quarta-feira, 16 de março de 2016

Citação de propina a Aécio prejudica discurso do partido, avaliam os tucanos

16/03/2016

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Aécio (foto) recebeu propina de Furnas, disse Delcídio em sua delação

O PSDB está hoje dividido em três núcleos com projetos diferentes de poder, mas todos compartilham da mesma análise: a citação do senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS) ao nome de presidente nacional da sigla, Aécio Neves, em seu depoimento de delação premiada prejudica neste momento o discurso de todo o partido.

A afirmação de que o senador mineiro recebeu propina de Furnas, empresa subsidiária da Eletrobras, é classificada como "requentada" e "frágil", mas ocorre justamente no momento em que o volume das ruas impulsionou os tucanos a abandonarem de vez a cautela sobre o impeachment.

A palavra de ordem nos gabinetes da oposição é obstruir toda iniciativa do Planalto, manter o Congresso Nacional sob pressão e a opinião pública focada no impedimento.

Nesse contexto de batalha final, o PT ganhou munição. "O Delcídio é ardiloso. É provável que ele tenha usado o Aécio para fazer um contraponto e colocar o PSDB no mesmo patamar", pontua José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, órgão vinculado ao PSDB.

Aliados de Aécio, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do senador José Serra (SP), os três postulantes tucanos ao Palácio do Planalto, também avaliam que o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, em algum momento vai mirar sua artilharia para o PSDB para proteger o seu legado e da operação.

No que se refere a "Lista de Furnas", tucanos ligados a Aécio dizem que o episódio tem potencial para atingir todas alas do PSDB caso esse seja o caminho escolhido por Moro para "equilibrar" a alcance da Lava Jato. Por outro lado, a narrativa de que tudo não passa de armação construída pelo PT mineiro é considerada inconsistente.

Por fim, as palavras de Delcídio não serão usadas como artilharia de fogo amigo. A preocupação no entorno de Aécio é o estrago que dessa agenda negativa em um nome que acabou de ser trabalhado nacionalmente.

Mensalão da Globo resulta em sonegação de R$ 615 milhões


Denúncia: Rede Globo sonega impostos para sustentar ‘mensalão’ no Congresso. Jornalista teve acesso a investigação da Receita Federal que revela uma dívida de R$ 615 milhões ao contribuinte brasileiro. Valores são de 2006. "Alguém calcule o quanto isso dá hoje", sugere o jornalista.

A Rede Globo de Televisão deve à Receita Federal um montante superior a R$ 180 milhões em impostos não recolhidos até 2006. Com juros e multas, a dívida com o Erário superava os R$ 600 milhões na época, segundo denúncia publicada nesta quinta-feira na página do jornalista Miguel do Rosário, editor do blog O Cafezinho. Rosário teve acesso a “uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo”.


Um dos documentos que provam a dívida da Globo com o Erário 
brasileiro tornou-se público nesta quinta-feira

“Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje” sugere o jornalista.

Leia a publicação a seguir

A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.Leia também





O mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos (publicados no artigo).

Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no Congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, tudo que se relaciona à Globo, a (Daniel) Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tona, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a ‘privataria tucana’, e do STF em levar adiante o julgamento do ‘mensalão mineiro’.

Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.


O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. Deste total, as organizações Globo respondem por um percentual significativo.

A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.

Segundo uma pesquisa da Fiesp, a corrupção faz o Estado brasileiro perder de R$50 bilhões a R$84 bilhões por ano, correspondendo a 1% ou 2% do PIB.

Por conta disso, creio que a sociedade civil, que tem se mobilizado de maneira tão enérgica contra a corrupção, deveria entender que, no Brasil, a pior das corrupções tem sido a sonegação.

Inclusive porque há ligação orgânica entre os dois crimes. As grandes empresas sonegam, e usam o dinheiro para pagar caixa 2 de campanhas eleitorais e subornar políticos e burocratas.

Acesse o link a seguir e tire suas próprias conclusões: Globo sonegou impostos 
Os dois vídeos estão no Youtube.

Fonte: Pragmatismo Político, 28/06/2013

Doleiro abriu conta de Aécio Neves em Liechtenstein

Será que isso vem ao caso?

Documentos apreendidos em operação da PF de 2007, divulgados pela revista Época, revelam que Norbert Muller abriu contas bancárias no LGT Bank, sediado no principado de Liechtenstein, para o tucano Aécio Neves, presidente do PSDB.

Em uma das pastas encontradas na casa do doleiro constava uma etiquetada por “Bogart e Taylor”.

Era o nome escolhido por Inês Maria Neves Faria, mãe e sócia do senador mineiro, então presidente da Câmara dos Deputados, para batizar a fundação que, a partir de maio de 2001, administraria o dinheiro da conta secreta 0027.277 no LGT.

A conta foi citada pelo Delcídio do Amaral, na delação homologada no STF, e está sendo investigada pela PGR na Lava Jato.

A Globo parece ter rifado de vez o senador Aécio Neves.

Lula pode levar Meirelles ao Banco Central


Entrada do ex-presidente Lula no governo Dilma Rousseff, para assumir a Secretaria de Governo ou a Casa Civil, deve ser anunciada a qualquer momento.

Lula teria por missão coordenar um plano para "reinjetar um ânimo nacional, com recuperação rápida do emprego".

Uma "guinada à esquerda" estaria descartada para não comprometer as diretrizes fiscais apresentadas em fevereiro pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

No entanto, deverá excluir a reforma da Previdência Social.

Lula prevê a destinação de mais recursos ao programa Minha Casa Minha Vida e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além da ampliação do crédito para a construção civil.

Ele deve ainda levar para o Banco Central Henrique Meirelles, no lugar de Alexandre Tombini.

Ele, que já comandou a instituição, chegou a ser cogitado para ocupar o ministério da Fazenda, no lugar do ex-ministro Joaquim Levy.

Prestes a ser investigado, Aécio Neves ganha o Furnaleco


Depois de ser citado em mais uma delação, a do senador Delcídio Amaral, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) deverá ser finalmente investigado.

O caso ainda será analisado pelos procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, mas investigadores avaliam preliminarmente que deve ser pedida abertura de inquérito contra o tucano.

Delcídio afirmou, na delação, que o tucano recebeu propina de Furnas e atrasou envio de dados para a CPI dos Correios, para fazer uma "maquiagem" nas informações do Banco Rural.

Segundo Delcídio, o deputado Carlos Sampaio sabia da fraude feita em dados do banco a pedido de Aécio. Nas redes sociais, começa a se disseminar a imagem do 'Furnaleco', com Aécio vestido de presidiário.

Para Renan, delação não comprovada deveria agravar pena

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou a delação do senador Delcídio do Amaral, homologada nesta segunda pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, como “delírio”, porque não confirma nada nem apresenta provas concretas.

O peemedebista é citado pelo ex-líder do governo petista no Senado: “Acho até que, quando não confirmada, a delação tem que agravar a pena. Esse é um aprendizado que já poderíamos ter nesse curto período de validade da delação premiada”, disse Renan.

Wagner Moura diz que preocupa o fato da Justiça está trabalhando sob influência de uma agenda política

Em vídeo postado no Facebook, ator critica o “circo midiático” em torno de algumas ações da Justiça brasileira: “É evidente que as investigações estão sendo usadas como massa de manobra para a disputa política”, diz, criticando em sequência também o papel da mídia.

“A grande imprensa, evidentemente, se a gente olhar pra trás, todos estiveram envolvidos no golpe de 64”; “Sou a favor das investigações, mas sou mais a favor da democracia. Por uma investigação desprovida de ódio político e pela defesa da democracia e do Estado de Direito”, finaliza.

'Lula quer ampliar crédito para consumo e produção'

É disso que o Brasil precisa

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) afirma que, uma vez no governo, ex-presidente Lula fará o fundamental pelo ajuste fiscal: “Lula quer aproximar o partido da base, mas sua linha é diferente da esquerda. Fará o fundamental mesmo que desagrade. Ele quer ampliar o crédito para a produção e o consumo”, disse ele, segundo o colunista Ilimar Franco.

Empresário diz que a solução da crise brasileira exige acordo político

"Tem de haver um acordo político. Se os políticos quiserem, conseguirão fazer. É só querer, mas querer do fundo do coração", disse Elie Horn, fundador da Cyrela.

O empresário, que ressalta que não faz política, afirma estar otimista com a economia e considera a crise atual "pequena e parte da vida"; "Sem crise, não tem vida, não tem amor. Se as mães adoram os filhos, é porque sofrem com os filhos. Quanto mais sofrem, mais amam".

Delação de Delcídio contra Mercadate é "tempestade em copo d'água"

Uma rápida análise dos trechos publicados, envolvendo Mercadante

DELAÇÃO

  • Aloizio Mercadante - "O que é que tem que você acha que eu possa ajudar?"
  • Eduardo Marzagão - "Ministro...”
  • AM - "De verdade. Tô falando assim. Eu tô aqui. Ó, eu falei: Eu não quero nem saber o que o Delcídio fez.(...) Eu acho que ele devia esperar, não fazer nenhum movimento precipitado (...)"  O entendimento é que Mercadante sugere cautela a Delcídio
(...)
  • AM - Eu acho que precisa esfriar o assunto dele. Vão vir outros. Vai vir Andrade Gutierrez, não sei quem, não sei quem, o Zelada, o caralho, vai vir merda pra caralho toda hora. Aí vai diminuindo. Precisa esfriar o caso dele. Segundo: ele tando lá, não tem inquérito no Senado. Não tem como cassar um senador preso                                                                                                O entendimento é que esta pode ser mais uma delação a respingar no governo, no PT e prejudicar o contexto político e econômico, o que seria ruim para o País
Otávio Azevedo 
Ex-presidente da empreiteira, que também fechou acordo de delação premiada
Jorge Zelada 
Ex-diretor da Petrobras, preso na Lava Jato

AJUDA FINANCEIRA

  • EM - [Estão vendendo coisas para] Arrecadar dinheiro. Os carros, a casa (...) 
  • AM - Patrimônio da família. (...)
  • EM - Patrimônio, as dívidas que ele tem. (...) 
  • AM - Bom, isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu possa ajudar. Eu só to aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar.                                                          Não há nenhuma intenção de se comprar o silêncio de Delcídio mas, uma sensibilização com a situação financeira, daí o termo ajudar

AJUDA JURÍDICA

  • AM - Eu conversei com vários senadores. Eu falei: vocês se acocoraram!
  • EM - Foi.
(...) 
  • AM - Aí veio a nota do PT. Que nota do PT? Onde que o Rui Falcão agora dirige o plenário do Senado? (...) 
  • EM - Abriu uma porteira.
  • AM - Vai abrir a porteira. Então, vocês precisam repensar o encaminhamento. Talvez o Senado fazer uma moção, à mesa do Senado, ao Teori, entendeu? Um pedido: olha, nós demos autorização considerando o flagrante, considerando as condições etc, mas não há necessidade pá, pá, pá - pá, pá, pá. E tentar construir com o Supremo uma saída.  (...) Eu posso tentar ajudar nisso aí no Senado. Vou tentar conversar com o Renan e ponderar a ele de construir uma, entendeu, uma moção…                                                                                                                             São aventadas algumas alternativas do campo politico e nada mais. "Vou tentar conversar com o Renan..." usado por Mercadante, explicita bem isso
Rui Falcão
Presidente do PT, que divulgou nota dissociando partido de Delcídio após sua prisão, em novembro
Teori Zavascki
Ministro do STF e relator da Operação Lava Jato

AJUDA JURÍDICA

  • AM - Vou tentar um parecer jurídico que tente encontrar uma brecha pra que o Senado se pronuncie junto ao Supremo com o pedido de relaxamento da prisão (...). (...) Precisa conversar com o Lewandowski. Eu posso falar com ele pra ver se a gente encontra uma saída                    De novo, Mercadante trabalha uma possibilidade: "Vou tentar um parecer jurídico..."
Ricardo Lewandowski
Atual presidente do STF

Nenhuma dessas falas constitui crime, confissão de culpa ou o claro objetivo de atrapalhar as investigações