segunda-feira, 14 de março de 2016

'Se Lava Jato for até o fim, chegará aos tucanos'

Cientista político da Universidade de São Paulo, professor Fernando Limongi diz que as investigações da Lava Jato podem chegar à oposição: “Acho que Sérgio Moro vai até o final. E aí não tem como o PSDB ficar de fora. Muito difícil que o PSDB seja composto por vestais e o PT por gente que frequenta os piores lugares do mundo”, diz.

Ele cita o caso da suposta propina para Sergio Guerra [ex-presidente do PSDB que faleceu em 2014] para não abrir uma CPI. “As doações de campanha para o PSDB mostram que estas empresas não têm ideologia ou filiação partidária. Financiaram a campanha de Dilma e de Aécio. Ganhariam qualquer fosse o resultado”, completou.

domingo, 13 de março de 2016

Foi garantido o direito de manifestação dos contrários a continuidade do governo Dilma

Embora eles queiram trocar a presidente por pessoas citadas em processos de corrupção

Manifestações contra o governo na Avenida Paulista, dentro das expectativas

Em Porto Alegre a manifestação foi a favor da Continuidade da Inclusão Social

Foi um Coxinhaço

Constatação

Aécio Neves e GeraldoAlckmin são vaiados na Paulista e chamados de corruptos


Dois presidenciáveis tucanos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Geraldo Alckmin, que esperavam ser aclamados pela população neste domingo, foram surpreendidos com a reação hostil dos manifestantes.

Ambos foram recebidos com vaias, sendo chamados de corruptos e ladrões de merenda escolar.

Aécio já foi citado em cinco delações da Lava Jato como responsável de um esquema de propinas em Furnas.

Alckmin viu o primeiro escalão de seu governo ser atingido pelo escândalo do roubo da merenda escolar.

"É para esses políticos da oposição verem que tipo de manifestação apoiam e financiam. A criminalização da política atinge todos. Assim é que surgem os apolíticos e viram heróis", diz a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Veja o vídeo acessando: Manifestantes hostilizam Aécio e Alckmin, que ficam só meia hora na Paulista


Sérgio Moro pede que seja ouvida a voz das ruas

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Num email enviado à jornalista Cristiana Lobo, da Globonews, o juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, pediu que as forças políticas "ouçam a voz das ruas" e sejam capazes de cortar na própria carne.

Ele disse ainda que não haverá futuro no Brasil com o que chamou de "corrupção sistêmica".

Homenageado nos protestos, ele atribuiu isso "à generosidade do povo brasileiro".

Moro disse ainda, que, até agora o combate à corrupção tem sido conduzido quase que de forma exclusiva pelo Poder Judiciário.

Não ficou claro, no entanto, se o "ouvir a voz das ruas" dizia respeito ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Aécio: 'Menções a meu nome são falsas e desmoronam'


Recebido aos gritos de 'corruptos' nas manifestações na Avenida Paulista, em companhia do governador Geraldo Alckmin, o senador mineiro Aécio Neves, tentou minimizar as citações a seu nome por cinco delatores da Operação Lava Jato, que lhes atribuem benefício em propina no esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras.

"Acho que todas as citações têm que ser investigadas e elas estão se desmontando porque são falsas", disse o tucano.

Lula cai nos braços do povo em São Bernardo do Campo


O ex-presidente Lula recebeu manifestações de apoio neste domingo em frente ao condomínio onde mora, na Avenida Prestes Maia, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Os apoiadores, entre eles membros do PT; da CUT e da União Jovem Socialista (UJS), começaram a se concentrar no local por volta das 9h30.

A organização estima que cerca de 500 pessoas tenham participado do ato.

Moro se deslumbrou, diz Dallari sobre email do juiz

"O juiz Sérgio Moro perdeu de vista os limites e responsabilidade da magistratura e se deixou influir pela publicidade"

"O juiz Sérgio Moro perdeu de vista os limites e responsabilidade da magistratura e se deixou influir pela publicidade", avalia o professor emérito da USP e jurista Dalmo Dallari ao comentar o email enviado por Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, à jornalista Cristiana Lobo, da Globonews, para pedir que as forças políticas "ouçam a voz das ruas".

O dia seguinte


"Como irá terminar a crise política? Essa é a pergunta que todos se fazem neste momento e para a qual ninguém tem a resposta. 

No entanto, a questão mais importante é outra: qual será o modelo de governabilidade no Brasil a partir de agora?", questiona Leonardo Attuch, editor do 247.

"Disso derivam outras indagações. Como serão construídas as relações entre Executivo e Legislativo? Como serão formadas maiorias parlamentares? Como serão aprovadas reformas estruturais ou simples medidas de gestão, hoje tão importantes para destravar a economia?".

A ilusão, diz ele, é acreditar que será possível retomar práticas do passado com novos atores.