domingo, 6 de março de 2016

Stédile: 'se houver golpe, fecharemos as estradas'


O líder do Movimento Sem-Terra, João Pedro Stédile avisa: se houver tentativa de golpe contra a democracia brasileira, o MST fechará todas as estradas do País.

"O MST vai se somar à luta da classe trabalhadora", diz ele.

Stédile lembra ainda que o movimento que ele lidera tem acampamentos em mais de 2 mil municípios, por onde passam todas as principais estradas do Brasil.

A articuladora do golpe, a Globo se surpreendeu com a onda de solidariedade popular em torno do ex-presidente Lula e já pede ajuda dos militares.

A fala de Stédile, no entanto, é bem mais pacífica do que a da Globo, uma vez que ele sempre enfatiza o "se", indicando que só haverá reação se a Globo e suas forças políticas insistirem no golpe.

O erro da Operação Lava Jato - ou Operação Caça Lula - e o ajuste do roteiro golpista


O roteiro estava traçado, segundo aponta a colunista Tereza Cruvinel: a suposta delação de Delcídio Amaral, a coação imposta ao ex-presidente Lula e milhões nas ruas pedindo impeachment.

O plano, no entanto, deu errado depois da "reação altaneira" de Lula e da onda de solidariedade que se formou em torno do ex-presidente.

"A 'solução final' viria a curtíssimo prazo. Seria uma solução paraguaia via Congresso. Mas deu-se a reação popular, que está em curso, e o roteiro teve que ser ajustado. Novamente a oposição terá que, tal como os militares de 1964, de criar cenas e simulacros de legalidade para o que tem outro nome", diz ela.

FHC muda discurso e sugere diálogo com PT


Diante do risco de implosão da democracia brasileira, graças à tentativa de golpe fomentada pelo PSDB e por grupos de comunicação, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sai da posição de regente irresponsável do caos e assume uma nova postura.

Em novo artigo, ele sugere diálogo e reconhece que "é preciso abrir o jogo: não se trata só de Dilma ou do PT, mas da exaustão do atual arranjo político brasileiro".

Na coluna deste domingo, FHC não usa as palavras renúncia ou impeachment, nem criminaliza o ex-presidente Lula: "É hora, portanto, de líderes, de pessoas desassombradas, dizerem a verdade: não sairemos da encalacrada sem um esforço coletivo e uma mudança nas regras do jogo".

FHC, que apostou no caos, agora acena a bandeira branca.

Nassif joga a pá de cal no Aecím

Será que o Janot vai ser De Grandis, de novo?

O Conversa Afiada reproduz artigo de Luis Nassif, extraído do Jornal GGN:

A carreira política de Aécio Neves - ou ao menos suas pretensões de voltar a se candidatar à presidência da República - terminará nos próximos dias.

Sua declaração recente, apresentando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin como o próximo candidato do PSDB, foi mais que um gesto de elegância: respondeu a uma avaliação realista do que o espera pela frente.

Não se sabe bem o que virá da Lava Jato.

Autoridade com acesso integral ao inquérito informa o seguinte:

Não há como conter vazamentos, que partem dos advogados, delegados e procuradores e do próprio juiz, que está dando publicidade a todos os depoimentos. Especificamente no caso da capa da Veja, o vazamento foi do advogado do doleiro Alberto Yousseff.

Até agora, os vazamentos foram seletivos, aliás "completamente seletivos", diz ele. Quando o inquérito total vier à tona, haverá "bombas de hidrogênio", supõe que envolvendo próceres da oposição. Não avançou sobre quem estaria envolvido, portanto não se sabe se a bomba atingirá Aécio ou não.

Mesmo que não atinja, o fantasma que persegue Aécio atende pelo nome de "ação penal 209.51.01.813801-0".

Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores - Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino - foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro.

No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.

A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim.

Carpena foi peça central no assassinato de reputação da juíza Márcia Cunha, trabalhando em parceria com a Folha de S. Paulo no período em que o jornal se aliou a Daniel Dantas. Coube a Carpena endossar um dossiê falso preparado por um lobista ligado a Dantas, penalizando uma juíza séria. 

Ao puxar o fio da meada de uma holding, os procuradores toparam com Carpena. O caso foi desmembrado do inquérito dos doleiros, tocado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e resultou na condenação do ex-juiz a três anos e meio de prisão.

O segundo fio foi puxado quando os procuradores encontraram na mesa dos doleiros uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor - que abriu uma offshore no Ducado de Lichtenstein.

Os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha.

Como o caso envolvia um senador da República, os três procuradores desmembraram do inquérito principal e encaminharam o caso ao então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. Foi no mesmo período em que Gurgel engavetou uma representação contra o então senador Demóstenes Torres.

O caso parou na gaveta de Gurgel.

No próximo mês deverá ser apreciado pelo atual PGR Rodrigo Janot. Há uma tendência para que seja arquivado. Alega-se que Aécio não seria titular da conta - que está em nome de familiares - mas apenas beneficiário. Certamente não se levantará a versão jabuticaba da "teoria do domínio do fato", desenvolvida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Arquivado ou não, certamente será a pá de cal nas pretensões políticas de Aécio.

Fonte: Conversa Afiada, 06/03/2016

Jornal Nacional, da Globo, frauda nota do Instituto Lula


Leia a nota na íntegra, que foi censurada na edição de ontem do Jornal Nacional; "Isso não é, nunca foi e nunca será jornalismo. É o exercício cotidiano da censura, da manipulação e da fraude, numa concessionária de serviço público que constrange e envergonha os verdadeiros profissionais da imprensa", diz o Instituto Lula

247 – O Instituto Lula divulgou nota, neste domingo, em que questiona o fato de o Jornal Nacional ter censurado informações enviadas ontem sobre a operação da Lava Jato contra o ex-presidente. Confira, abaixo, a nota na íntegra:

Rede Globo frauda nota do Instituto Lula outra vez
06/03/2016 08:21 

Leia aqui a íntegra da nota enviada pelo Instituto Lula ao Jornal Nacional para ser lida na edição de sábado (5/03). Em negrito, os trechos censurados pela Globo.

“1)O ex-presidente Lula sempre esteve à disposição das autoridades para esclarecer a verdade e repudia qualquer insinuação diferente disso. O Instituto Lula e a LILS forneceram voluntariamente todos os dados solicitados pelo Ministério Público Federal e pela Receita Federal, que recebeu todas as informações em janeiro. A firme reação da sociedade aos abusos cometidos ontem pela Operação Lava Jato deve servir de alerta aos investigadores para que não persistam em atuar fora da lei.

2) A Operação LavaJato prestará um serviço ao estado de direito se apurar e punir o vazamento do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Lula e dos Instituto Lula para a revista Veja e para as Organizações Globo.

3) O Instituto Lula e a empresa LILS Palestras não têm apenas receitas, também têm despesas, como qualquer instituição. A insistência dos procuradores da Lava Jato em divulgar apenas parte da contabilidade, misturando entidades e recursos distintas, com clara intenção difamatória, é uma vergonha para a instituição do Ministério Público.”

Não é a primeira vez que o telejornal da Família Marinho censura, distorce e frauda as manifestações do Instituto Lula apresentadas, cinicamente, como “outro lado” de seu noticiário faccioso em relação ao ex-presidente Lula.

Na edição deste sábado, a Globo dedicou 4 minutos e 15 segundos a um vídeo que misturava fofocas de policiais anônimos com acusações sem fundamento do Ministério Público Federal (Força Tarefa) ao ex-presidente.

Estas acusações, levianas e irresponsáveis, foram lidas pela repórter, sobre uma reprodução cinematográfica do texto.

Em mais uma exibição de sua falsa imparcialidade, seguiu-se um vídeo de menos de 30 segundos com cenas do ex-presidente Lula, durante os quais se informou laconicamente que o ex-presidente “negou todas as acusações”.

Mas negou como? Com que argumentos, se eles foram omitidos na reportagem? Que espécie de “outro lado” é esse, onde o Ministério Público fala o que quer, pela voz da repórter, pela reprodução de seus documentos, pelas cenas exibidas ao longo de 4 minutos e 30 segundos de acordo com o enredo da acusação, e Lula simplesmente “nega”?

Além disso, se o Jornal Nacional dá tanta importância ao vazamento de informações na Operação Lava Jato, por que não mencionou em sua reportagem principal, de 5 minutos e meio, o tweet do editor ególatra da revista Época, que antecipou a 24a. fase na madrugada de sexta-feira? 

Mais do que manipulador, o jornalismo da Globo é desonesto. Ao solicitar manifestação da assessoria do Instituto Lula, a produção do Jornal Nacional escondeu o inteiro teor da reportagem, prática antijornalistica que também se tornou habitual. É o que se pode comprovar no email enviado pela produção à assessoria do Instituto Lula:


--------- Mensagem encaminhada ----------

De: 

Data: 5 de março de 2016 19:10

Assunto: NOTA PARA O JORNAL NACIONAL DE HOJE


Boa noite

O Jornal Nacional está fazendo uma reportagem que vai tratar sobre a busca e apreensão no Instituto Lula.

Segundo apuração da nossa reportagem em Curitiba, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar se houve vazamento de informações sobre a operação. O que o Instituto tem a dizer? 

A reportagem vai abordar ainda os valores recebidos pela (LILS) empresa de palestras do Ex- Presidente Lula e pelo Instituto. São quase 30 milhões de reais, de seis empreiteiras entre 2011 e 2014. O que tem a dizer ?

A mensagem foi encaminhada às 19h10, faltando 1 hora e 20 minutos para o Jornal Nacional ir ao ar, a resposta precisaria ser dada até as 20h. Isso mostra que não houve a menor intenção de apurar seriamente os fatos, checar informações duvidosas, dar a Lula a mesma oportunidade de responder que a Lava Jato teve para acusar.

Isso não é, nunca foi e nunca será jornalismo. É o exercício cotidiano da censura, da manipulação e da fraude, numa concessionária de serviço público que constrange e envergonha os verdadeiros profissionais da imprensa.

Constatação

Globo apela e agora pede socorro aos militares


Assustada com a onda de solidariedade ao ex-presidente Lula, que inflamou sua base de apoio junto aos movimentos sociais, a Globo, que ajudou a implantar uma ditadura militar no Brasil em 1964, agora usa dois de seus colunistas, Merval Pereira e Ricardo Noblat, para espalhar que os militares estão prontos para colocar ordem na casa.

"Militares colocaram tropas à disposição para garantir a ordem pública", disse Merval, que classificou os cidadãos que defendem a democracia como "milícias petistas".

"Os generais estão temerosos com a conjugação das crises política e econômica e com o que possa derivar disso. Cobram insistentemente aos seus interlocutores do meio civil para que encontrem uma saída", avisa Noblat. A Globo tentará repetir 1964?

Como incitadora do golpe, a Globo recebe a ira do povo


Centenas de pessoas se aglomeram diante da sede da Globo, no Rio de Janeiro, neste domingo; manifestantes expressam sua revolta contra a campanha de ódio movida pela emissora dos Marinho contra o ex-presidente Lula, reconhecido pela população como o melhor presidente da história.

Num dos cartazes, manifestante pede para ser levada para o triplex em Paraty, utilizado pela família Marinho, mas registrado em nome de uma empresa offshore no Panamá.

A Globo tenta impor seu golpe branco, mas não contava com a reação popular. Colunistas do jornal O Globo já pedem ajuda dos militares para conter a desordem que ela própria criou.

Pimentel amplia frente de governadores contra possível golpe


O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) disse que viu com "extrema preocupação" o desenrolar da última etapa da operação "Lava Jato", que levou o ex-presidente Lula para depor coercitivamente.

Ele se declarou "indignado"; "Os mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão concedidos contra o ex-presidente Lula, seus familiares e os funcionários do Instituto Lula, constituem claramente uma violência aos direitos individuais garantidos pela Constituição Brasileira a todo e qualquer cidadão. Lula jamais se negou a prestar esclarecimento sobre o que quer que seja demandado pela justiça brasileira", disse.

A posição anti-golpe de Pimentel faz coro a de outros governadores como Rui Costa (BA), Wellington Dias (PI), Flávio Dino (MA), Jackson Barreto (SE), Camilo Santana (CE) e Ricardo Coutinho (PB).

Ativistas ocupam triplex dos Marinho em Paraty


"Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, quem vier", cantam manifestantes que, neste momento, ocupam o triplex da família Marinho, em Paraty (RJ).

A mansão está registrada em nome de uma offshore registrada no Panamá e os Marinho negam sua propriedade.

"Ao desculpar-se pela colaboração no Golpe de 64, a Globo alertou que já tramava outro. Mas os tempos mudaram e já não somos os mesmos. Sabemos perfeitamente que seu império foi erguido durante a Ditadura Militar com recursos que pertencem à sociedade brasileira. Tudo que é da Globo é nosso. Nós vamos invadir sua praia!", dizem os integrantes da Mídia Ninja, que fez a reportagem.



Novos "rolezinhos" no triplex estão sendo convocados.

Neste domingo, a Globo pediu ajuda aos militares para colocar ordem na casa.

Hashtag #OcupaRedeEsgoto é um dos temas mais comentados no mundo.