quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A lógica pela qual a imprensa não cobre o caso Lu Alckmin


A bordo, como de costume: Lu Alckmin

Acabo de dar uma vasculhada nos tuítes dos últimos dois dias de Ricardo Noblat.

Era um teste cujo resultado, a rigor, eu já conhecia.

Queria ver se ele tinha feito alguma menção aos vôos de Lu Alckmin patrocinados pelo contribuinte paulista.

Nada.

Escolhi Noblat porque, para mim, ela é a essência do jornalista que temos nas grandes empresas. O JP, o Jornalista Patronal, aquele que se empenha loucamente em produzir e reproduzir conteúdos que agradem os patrões.

O caso aéreo de Lu é exemplar para entender a alma abjeta da imprensa.

Se fosse a mulher de Lula, jornais e revistas se atirariam, em matilha, às denúncias. Manchetes, primeiras páginas, capas, demorados minutos no Jornal Nacional. O público, ou vítima, seria bombardeado.

Mas não é Dona Mariza.

Sendo a mulher de Alckmin, ninguém repercute a história ou, muito menos, a aprofunda. A própria Folha, que deu, logo esquece, ao contrário do que faria se fosse Dona Mariza, ainda que o furo fosse da concorrência.

A mídia já não faz questão sequer de manter as aparências. É preciso ser definitivamente um analfabeto político para levá-la a sério.

Machado de Assis escreveu que o pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Jornais e revistas usam essa lógica machadiana para encobrir os pecados dos amigos: não os publicam.

O problema é que, na Era Digital, a informação se espalha velozmente pelos sites progressistas e pelas redes sociais.

Quem perde é a sociedade com o comportamento delinquente da mídia.

Discussões importantes são perdidas. Por exemplo: faz sentido um Estado, mesmo sendo São Paulo, ter aviões e helicópteros para o transporte do governador?

Um governo que não pode pagar decentemente professores pode se dar a tal luxo?

Recentemente, o governo britânico conseguiu enfim aprovar a aquisição de um jato para uso do premiê e dos ministro. Uso a serviço, naturalmente, não aquilo que Lu Alckmin e Aécio fizeram com aviões mantidos por recursos públicos.

A argumentação contrária era que um avião para o governo seria um gesto ruim em tempos de austeridade e uma afronta à cultivada frugalidade britânica.

O governo teve que fazer contas para mostrar que economizaria dinheiro com um avião particular.

Foi uma batalha.

Enquanto isso, você fica sabendo, por vias tortas como a compulsão aérea da primeira dama de São Paulo, que o governo paulista tem uma frota aérea.

O Brasil necessita de um choque urgente de simplicidade e frugalidade para que excessos dessa natureza, e de muitas outras, sejam evitados.

A mídia poderia ajudar se fizesse um trabalho decente.

Mas o que ela faz é indecente.

Vice-Presidente admite que não haverá impeachment de Dilma

Numa velocidade relativamente estonteante para um homem de seu quilate, Michel Temer passou de autor de cartas constrangedoras a golpista fracassado.

Um deputado do PMDB, Osmar Terra, contou ao Estadão que ele, Temer, “trabalha com a ideia de que não vai ter impeachment. Pelo menos este ano ele acha que não vai”. Terra ainda falou que Temer “quer todo o PMDB unido para a eleição de 2018”.

O afastamento de Dilma teria “perdido relevância” depois da decisão do STF. Lúcio Vieira Lima, também da facção peemedebista pró golpe, fez uma conta: “Com esses embargos, a votação na Câmara deve ficar lá para maio ou junho deste ano. No segundo semestre, tem eleições municipais e depois, acabou o ano”.

Se alguém ainda achava que Temer era um grande articulador — e não faltaram colunistas descrevendo-o desta maneira — , é melhor repensar.

MT passou 2015 tentando se vender como alternativa diante de uma queda de Dilma. Conspirou à luz do dia, chegou a ser cortejado por parlamentares (Serra tentou emplacar um ministério), palestrou para empresários, recebeu cupinchas no Palácio do Jaburu, tentou cavar uma vaga como alguém capaz de “unir o Brasil”.

Seu suposto rompimento com o Planalto naquele mimimi antológico que ele mesmo vazou para um jornalista amigo dividiu o partido. Suas próprias pedaladas foram lembradas. Consolidou-se como comparsa de Eduardo Cunha. Comprou briga com Renan Calheiros. E ainda tem sobre a cabeça a Lava Jato.

Terminou dezembro bambeando e começa janeiro tentando juntar os cacos de seu papel de vice decorativo, lutando apenas para não perder o comando da legenda.

Em algum lugar do passado recente, Temer acreditou que poderia ser mais do que isso. A realidade acabou por demonstrar que, como dizia o pessoal de Tropa de Elite, nunca será.

Fonte DCM, 06/01/2016

Movimentos sociais reagem contra a reforma na previdência


O anúncio da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 7, de que o Brasil terá que encarar uma reforma da Previdência recebeu reação imediata dos movimentos populares; líder do MST, João Pedro Stedile disse que "haverá mobilização contra o governo" se a reforma proposta pelo governo retirar benefícios dos trabalhadores do campo.

"Se o governo tentar mudar a idade mínima no campo, certamente haverá mobilizações em todo o país contra o governo", disse Stedile: "O governo não é dono, nem responsável pela previdência dos trabalhadores", afirmou.

Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, os movimentos irão para "o enfrentamento" contra a medida, que classificou como "desastrosa" e "covarde". A decisão da presidente pode resultar em perda de apoio dos que foram às ruas defender seu mandato.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Terreno onde funciona a usina de asfalto de Itaituba foi negociado

Na manhã desta quarta feira, os vereadores Peninha e Iamax Prado foram comunicados que o empresário José Oliveira Lemos – conhecido por Tata, estava limpando o terreno para murar. Imediatamente os vereadores que estavam na Câmara foram até o local e constataram que o empresário usando maquinas pesadas estava fazendo a limpeza da área para murar.



Há vários anos a Usina de asfalto funciona ali, devido o terreno pertencer ao município. Os edis apuraram que o terreno era de propriedade do falecido vereador José Alexandre Primo, que na época do então prefeito Francisco Xavier Lages de Mendonça havia trocado com o município e recebido vários terrenos situados na área do antigo aeroporto (Bairro Boa Esperança).

Entretanto, com o falecimento do então vereador José Alexandre, o terreno não chegou a ser transferido para o patrimônio municipal e em seguida apareceu varias escrituras desmembrando este terreno.

Agora, os vereadores estão buscando junto ao Cartório de Registro de Imóveis e no Setor de Terra da Prefeitura de Itaituba documentos para evitar a perda da área, que mesmo sem documento, pertence ao município.

Também, os vereadores, através da Câmara vão cobrar do município (prefeita e Procuradoria do Município) que embargue qualquer obra nele terreno, até que seja esclarecida a origem e a veracidade dos documentos daquela área.

Fonte: Blog do Peninha, 06/01/2016

Família difícil de entender

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Bolsa da China deixa clara cafajestice com que imprensa e oposição trataram da crise

O que não é novidade para ninguém

Bolsa da China: crise mundial

O que aconteceu com a Bolsa de Valores da China no primeiro pregão do ano deixou clara a cafajestice com que a imprensa nacional e a oposição política brasileira trataram a crise mundial durante todo esse tempo.

O tombo de 7% no principal índice chinês arrastou para o abismo as demais bolsas asiáticas e causou danos na Europa e no continente americano. O estrago só não foi maior porque as negociações foram encerradas antes do fechamento oficial com a intervenção do chamado “circuit breaker”.

Para conter a queda livre na desvalorização do Yuan, o Banco Central chinês injetou num único só dia, 20 bilhões de dólares no mercado. Uma mordomia para quem possui o luxo de contar com reservas internacionais de 343 bilhões de dólares. Um pouco menos do que as reservas do Brasil.

Tudo isso causado com a simples divulgação da retração na produção industrial da China. Muito antes disso, a Alemanha, a maior economia da Europa, já emitia sinais profundos de dificuldades em função da crise global.

A despeito de tudo isso, economistas picaretas como Miriam Leitão e Carlos Sardemberg, além da trupe circense que se transformou os líderes de oposição, teimaram em querer imputar as dificuldades da economia brasileira a fatores exclusivamente internos.

Tentaram, de todas as formas, desenhar um quadro onde um Brasil em ruínas se apresentava como uma ilha de retrocesso em meio a um oceano mundial de bonança e prosperidade.

O triste – para a turma do quanto pior, melhor – é que contra fatos e dados não existem argumentos. Apesar da crise MUNDIAL, o Brasil fechou o ano de 2015 com a maioria dos indicadores sociais de causar inveja a muitas potências européias.

Além de um saldo positivo na balança comercial de 19,7 bilhões de dólares, entramos 2016 com um histórico de redução da extrema pobreza de inacreditáveis 63% nos últimos dez anos.

Mais do que isso, o salário mínimo completou o seu décimo terceiro ano consecutivo de aumento real. Uma seqüência jamais vista desde a sua criação em 1 de maio de 1936 no governo de Getúlio Vargas.

Com o aumento estipulado em 11,67%, considerando o acumulado de 2002, já atingimos um ganho frente à inflação de 77,3%. Como efeito prático, o que em 1995 dava para comprar 1,1 cesta básica, em janeiro de 2016 o SM eqüivale a 2,4 o valor da cesta. Mais do que o dobro.

Evidente, como deixou exposto o primeiro dia útil do ano, que o cenário atual que se impõe para o Brasil e para o mundo é extremamente desafiador, principalmente com a queda das importações pela China de commodities produzidas no mundo inteiro.

No Brasil, os índices de desemprego e inflação são indicadores que merecem especial atenção pelo governo, justamente por serem os que mais rapidamente afetam a população de menor poder aquisitivo.

O fato é que ao fim e ao cabo, a exemplo das demais crises que já superamos, muitas delas piores do que a atual, iremos mais uma vez sair de uma crise internacional muito maiores e mais fortalecidos.

Apesar da grande mídia e de partidos como o PSDB e o DEM.

Fonte: DCM, 05/01/2016

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Constatação

Constatação

A PF do Zé só falta colocar na farda a insignia ou um broche de "tucaninho".

Comentário de Nilson Fernandes, na postagem "A Democracia americana é uma democracia?", em Conversa Afiada, 04/01/2016

FHC passou de grande sociólogo a golpista inveterado

Que coisa feia, deprimente, ex-presidente dando canelada!

Em entrevista ao programa Manhattan Connection, do GloboNews, nesta madrugada, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso voltou a defender o afastamento da presidente Dilma Rousseff: “não precisa de empurrão, se cair, Dilma cai sozinha”.

Segundo ele, Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) ‘disputam cabeça a cabeça’ pelo título de pior de 2015. “Sou otimista, para recompor uma situação política no Brasil, 3 a 5 anos”, completou. 

Ele afirma ainda que "o risco maior na América Latina é esse populismo (...) tomara que o Brasil se livre disto". Um dos principais líderes do movimento golpista, FHC escreveu ontem que vale tudo para derrubar Dilma: "renúncia, retomada da liderança presidencial em novas bases ou, sendo inevitável, impeachment ou nulidade das eleições".

Dolar fecha a R$ 4,03 pressionado pela China


SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu com força ante o real nesta segunda-feira e fechou a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro, em um dia marcado por aversão a risco e aumento do temor de uma desaceleração econômica global, após a divulgação de dados fracos da China.

O dólar avançou 2,18 por cento, a 4,0339 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 29 de setembro (R$4,0591). Na máxima da sessão, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a 4,0717 reais, alta de 3,13 por cento. (Por Flavia Bohone)

Fonte: Brasil 247, 04/01/2016