quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dallari: decisão de Cunha é “antiética e oportunista”


Jurista reafirma que continua não havendo fundamento jurídico para uso da pedalada como base para abertura de um processo de impeachment e, sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Dalmo Dallari lembra que "ele foi eleito por deputados que sabem que ele é absolutamente antiético e oportunista. Portanto, os deputados que o elegeram também participaram do jogo antiético".

Para ele, processo contra a presidente Dilma tem "pouquíssima possibilidade de sucesso".

CNBB questiona 'autoridade moral' de Cunha


Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é mais uma entidade representativa da sociedade a levantar contra o ataque de Eduardo Cunha à ordem democrática.

Em nota, a CNBB que a atitude de Cunha "carece de subsídios que regulem a matéria" e que a sociedade está sendo levada a crer que "há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum".

"Que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com consequências imprevisíveis para a vida do povo?", questiona.

Lula questiona reportagem do Globo em audiência


Ex-presidente compareceu nesta quinta-feira 3 a audiência da ação por danos morais que move contra jornalistas do jornal O Globo, na 46ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

Ao juiz, Lula reafirmou que jamais teve um apartamento tríplex no Guarujá, como afirmou o jornal em agosto. Já os repórteres disseram ao juiz que tinham apenas ouvido falar por meio de "fontes" anônimas sobre o apartamento e sua relação com a Lava Jato e o doleiro Alberto Youssef, mas não chegaram a ver documentos. Os advogados das partes têm cinco dias para apresentar as alegações finais.

'Movimentos irão às ruas impedir tentativa de ferir democracia'


Líder do MST, João Pedro Stédile, afirma que "certamente, os movimentos populares irão fazer suas avaliações e, nos próximos dias, nos articularemos para programarmos mobilizações e impedirmos, nas ruas, qualquer tentativa de ferir nossa nascente democracia".

Ele afirmou ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "não tem moral" para encaminhar processo de impeachment.

'País não precisa de impeachment', afirma Pezão


Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que já se foi um ano (2015) "onde a racionalidade não operou na Câmara Federal".

Durante vistoria na estação de Metrô no Leblon, Zona Sul do Rio, ele disse a situação vivida no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi bem diferente da atual. "Uma pessoa séria com dificuldades de governabilidade, ela (Dilma) é uma pessoa acima de qualquer dúvida sobre sua vida. Pessoa muito séria".

Pedido de impeachment é boa notícia


"A oposição de direita e os desgarrados do centro precisarão reunir 342 dos 513 votos para aprovarem a admissibilidade do impeachment, sob a batuta de um homem marcado por denúncias fortíssimas de corrupção e movido pelo rancor", diz o colunista Breno Altman.

Ele lembra que o campo governista precisa de 172 votos e diz que, a partir de agora, "cabe apostar na mobilização dentro das instituições e nas ruas, para derrotar simultaneamente o golpismo e a chantagem, reconstruindo por baixo a governabilidade necessária para voltar ao programa eleito em 2014".

Dilma se reúne com Temer para discutir impeachment


Um dia após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma, o Palácio do Planalto começou a se mobilizar logo cedo para reagir à iniciativa.

Dilma chamou o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e a da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para uma reunião em seu gabinete.

“Todo brasileiro deveria estar indignado”


Deputado do PSOL diz que "chantagem barata de Cunha vai além do que jamais suporia Maquiavel"; Jean Wyllys ressalta que o impeachment é "um remédio drástico, só aplicável em última instância, quando existe crime de responsabilidade. E não é o caso"; "Estou extremamente indignado, como todo brasileiro e toda brasileira deveriam estar nesse momento, independentemente de sua opinião sobre o governo da presidenta Dilma Rousseff", afirma

CUT “vai para a rua” defender Dilma


Presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, classificou como "desespero" a decisão de Eduardo Cunha, que deveria estar preso, segundo ele.

Para Vagner, o país passa por um momento de paralisia provocado por um "terceiro turno que não acabou" e por uma política econômica equivocada. Manifestações em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff devem acontecer hoje em Brasília.

“Quem mentiu foi o presidente Eduardo Cunha”

Em coletiva à imprensa, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, respondeu às declarações feitas hoje mais cedo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a presidente Dilma Rousseff teria "mentido à nação" ao dizer que não faz barganha.

"O presidente da Câmara mentiu. Ele afirmou que o deputado André Moura teria estado com a presidenta Dilma, levado por mim", rebateu Jaques Wagner; "Essa é a prática do presidente da Casa: sempre fazendo chantagem", destacou o ministro.

Wagner falou ainda em "tapetão" e acrescentou que a oposição tentou o ano inteiro "encaixar um fato" para pedir o impeachment, mas que trata-se de "um impeachment sem causa".