quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

'País não precisa de impeachment', afirma Pezão


Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que já se foi um ano (2015) "onde a racionalidade não operou na Câmara Federal".

Durante vistoria na estação de Metrô no Leblon, Zona Sul do Rio, ele disse a situação vivida no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi bem diferente da atual. "Uma pessoa séria com dificuldades de governabilidade, ela (Dilma) é uma pessoa acima de qualquer dúvida sobre sua vida. Pessoa muito séria".

Pedido de impeachment é boa notícia


"A oposição de direita e os desgarrados do centro precisarão reunir 342 dos 513 votos para aprovarem a admissibilidade do impeachment, sob a batuta de um homem marcado por denúncias fortíssimas de corrupção e movido pelo rancor", diz o colunista Breno Altman.

Ele lembra que o campo governista precisa de 172 votos e diz que, a partir de agora, "cabe apostar na mobilização dentro das instituições e nas ruas, para derrotar simultaneamente o golpismo e a chantagem, reconstruindo por baixo a governabilidade necessária para voltar ao programa eleito em 2014".

Dilma se reúne com Temer para discutir impeachment


Um dia após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma, o Palácio do Planalto começou a se mobilizar logo cedo para reagir à iniciativa.

Dilma chamou o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e a da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para uma reunião em seu gabinete.

“Todo brasileiro deveria estar indignado”


Deputado do PSOL diz que "chantagem barata de Cunha vai além do que jamais suporia Maquiavel"; Jean Wyllys ressalta que o impeachment é "um remédio drástico, só aplicável em última instância, quando existe crime de responsabilidade. E não é o caso"; "Estou extremamente indignado, como todo brasileiro e toda brasileira deveriam estar nesse momento, independentemente de sua opinião sobre o governo da presidenta Dilma Rousseff", afirma

CUT “vai para a rua” defender Dilma


Presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, classificou como "desespero" a decisão de Eduardo Cunha, que deveria estar preso, segundo ele.

Para Vagner, o país passa por um momento de paralisia provocado por um "terceiro turno que não acabou" e por uma política econômica equivocada. Manifestações em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff devem acontecer hoje em Brasília.

“Quem mentiu foi o presidente Eduardo Cunha”

Em coletiva à imprensa, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, respondeu às declarações feitas hoje mais cedo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a presidente Dilma Rousseff teria "mentido à nação" ao dizer que não faz barganha.

"O presidente da Câmara mentiu. Ele afirmou que o deputado André Moura teria estado com a presidenta Dilma, levado por mim", rebateu Jaques Wagner; "Essa é a prática do presidente da Casa: sempre fazendo chantagem", destacou o ministro.

Wagner falou ainda em "tapetão" e acrescentou que a oposição tentou o ano inteiro "encaixar um fato" para pedir o impeachment, mas que trata-se de "um impeachment sem causa".

PSDB volta aos braços de Cunha sem cerimônia


"O PT ganhou na loteria com a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma em meio à discussão sobre a cassação do mandato de Eduardo Cunha. O PSDB, que chantageou Cunha, volta aos seus braços sem nenhuma cerimônia. Agora, o PSDB é Cunha".

Todos os governadores do Nordeste dizem NÃO ao golpe contra Dilma


De forma unânime, os governadores do Nordeste contestaram a tese de impeachment lançada por Eduardo Cunha, réu por corrupção e lavagem de dinheiro, com apoio do tucano Aécio Neves, derrotado nas últimas eleições.

Em nota, os governadores Rui Costa (PT–BA), Ricardo Coutinho (PSB–PB), Flávio Dino (PCdoB–MA), Paulo Câmara (PSB–PE), Robinson Farias (PSD–RN), Camilo Santana (PT–CE), Wellington Dias (PT–PI), Jackson Barreto (PMDB–SE) e Renan Filho (PMDB–AL) manifestam repúdio ao que chamam de "absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional".

'Cunha desmoraliza o processo de impeachment'


"Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidente Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo. 

A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse".

A avaliação é do jornalista Renato Rovai. Segundo ele, "Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar".

Para Jarbas Vasconcelos, 'Impeachment é fruto de chantagem fracassada'



O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse que a abertura de processo de impeachment anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), contra a presidente Dilma Rousseff é resultado do fracasso generalizado do dirigente.

"Ele tentou chantagear a Oposição não conseguiu e partiu forte para cima do Governo e do PT querendo a mesma coisa e fracassou, portanto, o processo em voga é fruto do fracasso generalizado", observou.

Jarbas disse que Cunha é um "chantagista cínico".