sábado, 7 de novembro de 2015

Aécio Neves transportou Civita, Huck e Cia nas asas de Minas Gerais

Portanto, não tem moral para cobrar seriedade administrativas dos adversários

Nos anos em que foi governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) transportou, de graça, em aeronaves do estado, ou seja, com o dinheiro dos contribuintes mineiros, barões da mídia, como Roberto Civita, dono da Abril já falecido, e seus amigos, como o apresentador Luciano Huck, da Globo.

Outros que usaram os serviços da "AeroAécio", sem desembolsar um centavo, foram Ricardo Teixeira, ex-CBF, Maria Antonia Civita, esposa de Roberto, Sandy & Júnior, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, e o ator Milton Gonçalves.

A cessão não onerosa das aeronaves contraria a lei e justifica improbidade administrativa. Aécio, que há um ano tumultua a vida política e econômica do País com sua obsessão golpista, diz que os voos "atenderam a interesses do Estado".

O dinheiro da Odebrecht para FHC era limpo e o do Instituto Lula, sujo?

Se Fernando Henrique fosse petista já estaria preso há bastante tempo

"A revelação de que, ao longo de 13 meses, o Instituto Fernando Henrique Cardoso recebeu quase R$ 1 milhão em 'mesadas' da Construtora Odebrecht – aparentemente sem a contraprestação de serviços – é destas coisas de deixar a oposição com um elefante entalando a goela", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "Convenhamos que R$ 975 mil reais em um ano não é uma quantia 'esquecível'. A não ser que FHC esteja criando uma nova versão de sua famosa frase: 'esqueçam o que recebi'…", completa.


Relatório da Polícia Federal, na Operação Lava Jato, revela que a Odebrecht pagou R$ 975 mil ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012; foram 11 pagamentos mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil; o documento de 26 de outubro de 2015 analisou contas da construtora Norberto Odebrecht que ‘possibilitaram identificar registros contábeis indicativos de pagamentos feitos a ex-agentes políticos ou instituições e empresas a ele vinculados’; a PF analisou no laudo e-mails trocados entre a secretaria da presidência do iFHC, um representante de uma entidade identificada como ‘APLA’ e um executivo da área cultural; eles conversavam sobre uma possível palestra do ex-presidente, que acabou não ocorrendo.

Fonte: Brasil 247, 07/11/2015

Salvar Cunha exigirá o sacrifício da inteligência

Por Josias de Souza/Uol, 07/11/2015
Ser cego e surdo não é mais o bastante. Eduardo Cunha pede aos brasileiros que sejam também imbecis. Já estava combinado que não se deve dar ouvidos aos delatores da Lava Jato nem enxergar ao pé da letra os documentos vindos da Suíça. Sob pena de o presidente da Câmara, injustiçado, tocar fogo no país. Agora, Cunha espera que todos percebam que tudo o que está na cara não é o que parece. E ensina aos cretinos que não convém arriscar a estabilidade política do país por coisas tão relativas e politicamente supérfluas como a lógica e a verdade.

Em março, Cunha disse na CPI da Petrobras que não tinha contas bancárias no exterior. Passam uns meses e a plateia ficou sabendo que o deputado tinha não uma, mas quatro contas secretas na Suíça. Desmente daqui, desconversa dali surgem os documentos. Na sequência, o silêncio. E, de repente, Cunha esclarece que não é o titular das contas, apenas o beneficiário. Na verdade, nem existem contas. O que há são empresas batizadas de “trusts” (pode me chamar de lavanderia), que Cunha diz ter contratado para gerir seu dinheiro no estrangeiro.

No fim das contas, dá na mesma: autoconvertido numa espécie de neo-Maluf, Cunha escondeu milhões numa casa bancária da Suíça. Porém, desobrigado de fazer sentido, o deputado jura que não mentiu à CPI. Ele apenas foi mal interrogado. Se tivessem lhe perguntado sobre as “trusts”, teria respondido que, sim, elas existem. E estão conectadas a uma conta vinculada ao cartão de crédito de madame Cunha, que tem como dependente a filha do casal.

E quanto à origem dos milhões entesourados na Suíça? Bem, aí mesmo é que as coisas ficam claras como a gema. Nada a ver com os US$ 5 milhões que os delatores Júlio Camargo e Fernando Baiano dizem ter desviado de um contrato de fornecimento de navios-sonda à Petrobras. Cunha conta que, nos idos da década de 1980, aventurou-se no ramo alimentício.

Nessa época, Cunha dedicava-se a comprar e revender comida. Atuando como, digamos, atravessador, obteve lucros extraordinários vendendo carne enlatada para países africanos, sobretudo a República do Congo (antigo Zaire). Multiplicou seu patrimônio aplicando os lucros no mercado financeiro. Quem eram os fornecedores? Cunha não diz. Como se chamavam os compradores? Cunha não informa. Quanto faturou? Cunha fornece cifras aproximadas: US$ entre 2 milhões e US$ 2,5 milhões.

Em 2011, o lobista João Augusto Henriques borrifou numa das contas suíças de Cunha uma petropropina de US$ 1,3 milhão. Convertido em delator premiado da Lava Jato, o depositante contou que agiu a mando de Felipe Diniz, filho do ex-deputado federal Fernando Diniz, que morrera dois anos antes, em 2009. O morto era coordenador da bancada do PMDB de Minas Gerais. Mandava e, sobretudo, desmandava na diretoria Internacional da Petrobras.

Em torno desse depósito, Cunha construiu uma fábula edificante. Desapegado das coisas materiais, o presidente da Câmara sustenta que não notou a chegada do dinheiro. Só no ano seguinte, 2012, alertado pela instituição financeira, foi saber do que se tratava. Até hoje não tem absoluta certeza. Mas imagina tratar-se do pagamento de um empréstimo que fizera ao correligionário Fernando Diniz, provavelmente no ano de 2005.

Cunha não dispõe de cópia do contrato de empréstimo. Pior: não se lembra nem se chegou a assinar um contrato. Quer dizer: o filho do morto pagou por um empréstimo informal, que o credor não estava cobrando.

A plateia aprendeu duas lições: a bondade e a lealdade do ser humano são mesmo inesgotáveis. E o patriotismo de Eduardo Cunha é enternecedor. Tendo se revelado um fabuloso vendedor de carne enlatada, abandonou a perspectiva de tornar-se um concorrente do Friboi para servir ao país como homem público. Hoje, faz à Câmara o favor de presidí-la. E tudo o que pede em troca é o sacrifício da inteligência coletiva. Não é, afinal, um pedido descabido. Para uma nação habituada ao papel de boba, fingir que nada aconteceu não será nenhum sacrifício. Uma pantomima a mais, uma pantomima a menos…

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A entrevista de Lula no SBT deixou marcas

A entrevista de Lula, ontem no SBT, foi empolgante. Ele foi ótimo quando mencionou a campanha contra a CPMF, mas lembrou que até hoje não foi feita uma campanha para agradecer a desoneração da folha de pagamento.

A entrevista fluiu leve, clara, objetiva e, nas provocações inteligentes do entrevistador, Lula mostrou porque é um marco na história política do País; Mostrou também que um país não se faz com ódio, rancor, preconceito, vaidade, orgulho, mas com políticas públicas para beneficiar a  maioria da população. 

Lula não falou mas a turma do PSDB odeia ouvir falar sobre as obras estruturantes, como a que Dilma inaugurou ontem em Alagoas - mais um canal de transposição das águas do São Francisco - e outras como ferrovias de integração, casas para pobres, aumento constante do salário mínimo, e, principalmente, o Bolsa Família, tudo isto os deixa em atônitos.

O erro de Lula foi acreditar que a qualidade do seu governo seduziria a direita. Agora ele sabe que com a direita não tem acordo. E sabe também que deveria ter peitado antes os capitães da mídia. Por isso, se for candidato e ganhar, será melhor ainda.

O poder de Lula emana da sua essência verdadeira. Um ser de rara estirpe que felizmente para nós, não foi contaminado pelas tentações da vida na qual, a maioria sucumbe.

Quando o Lula entrou na política todos sabíamos que seria um guerreiro na defesa do povo brasileiro. E foi mesmo. Conduziu o pais de forma brilhante, com competência, ética e dignidade.

A princípio até imaginei que Lula corria o risco de nos decepcionar, devido à falta de formação acadêmica, a falta de um perfil de administrador. Lula me mostrou na prática que diploma não é tudo, que a escola da vida pode ensinar muito mais do que qualquer universidade do mundo.

Mesmo sem formação superior, Lula fez muito mais pela educação do que FHC, que além da formação  também foi professor universitário. Na comparação entre os dois presidentes Lula foi muito melhor. Lula fez muito pela Educação. Muitas universidades e escolas técnicas abriram espaços para os pobres se formarem. Faculdades particulares recebem filhos de pobres que antes nem podiam sonhar com uma graduação. Só de Lula e o PT terem feito mais universidades, escolas técnicas, bolsas Prouni e Fies que todos os governos juntos já é motivo de grande alegria.

Lula é o maior estadista brasileiro de todos os tempos. Ele fez história. Ele soube governar de frente para a sociedade. Ele foi ético, competente e respeitado. Não foi atoa que recebeu os títulos de Dr. Honoris causas mundo afora.

Do ponto de vista da formação de quadros, nomes como os de Fernando Haddad, Fernando Pimentel e Jaques Wagner se destacam. O PT pode ter gerado quadros questionáveis e até corruptos, como aliás todos os partidos, mas seguido do PCdoB, tem políticos de primeira ordem.

Fico imaginando a cara de desgosto do FHC depois de ver o Lula eleger e releger a Dilma presidente, eleger e reeleger o Haddad prefeito e e por fim eleger Haddad presidente da República.

A Presidenta Dilma deveria refletir sobre as questões econômicas e as ideias do Lula a respeito. Vencida a etapa de ajuste e de organização do orçamento vamos dar um ar de otimismo e incentivar o consumo interno através do crédito para obras de infraestrutura (saneamento, estradas, concessões, portos, energia) que são geradoras de emprego e, em consequência, de salários e consumo no comércio. Da outra parte o governo faz o controle de suas contas e combate a sonegação ( R$400 bilhões em 2015!!!) e fortalece os mecanismos já utilizados contra a corrupção. 

O impeachment de Dilma, as noticias fabricadas contra Lula e sua família, só tem um objetivo, a de denegrir e atingir Lula, a maior liderança política do País, visando descredenciá-lo à campanha eleitoral de 2018. Mas Lula está muito acima desses abomináveis enredos, que, constantemente, estão sendo manipulados contra ele, com a clara intenção de diminuir a grande dimensão do seu inexpugnável caráter, que nunca foi sequer questionado!

A oposição quer prender o Lula para voltar ao poder, mas nem com o Lula preso eles não voltarão. Mesmo que o Lula não seja candidato, nós estaremos com ele para eleger o candidato da sua preferência. 

Imagina só, depois de tanto virarem e revirarem a vida de Lula e família, e não encontraram nada para acusá-lo, um debate entre ele e os demais, sobre corrupção, vai ser um massacre!

A entrevista no SBT mostrou por que Lula é tão temido

Você pode não gostar de Lula. Pode detestar. Pode abominar. Mas você vê uma entrevista como a que ele concedeu ontem ao jornalista Kennedy Alencar, no SBT, e logo entende por que os caras têm tanto medo dele.

Imagine Lula, numa eventual campanha em 2018, debatendo com Aécio. Ou com Serra. Ou com Alckmin. Ou com quem quer que seja. É concorrência desleal. É profissional versus mirins.

O tempo deixou claro que desde Lacerda os brasileiros não viam um talento tão notável em oratória. Com a diferença de que Lacerda falava a língua da classe média, e Lula fala a língua do povo.

Lula é um natural, para usar uma expressão inglesa. Nasceu orador. O resto foi consequência, da carreira sindical à presidência. Ele fala com graça, com verve, com espírito. E, talvez o maior de seus atributos retóricos, transmite sinceridade.

Tudo isso se viu na entrevista de ontem. A forma como ele referiu às invencionices contra seu filho Lulinha faz você rir e refletir. Ele disse que Lulinha é dono da Casa Branca e da Torre Eiffel. Só com muito mau humor para não deixar escapar uma risada. As referências a FHC foram também um dos pontos altos da entrevista.

Primeiro, na questão de fundo: a inveja que FHC parece ter de Lula. Com o correr dos dias, FHC foi diminuindo do ponto de vista histórico e Lula aumentando. Hoje é claro que FHC governou para os ricos, para a plutocracia. E Lula para os excluídos.

É justo, num país tão desigual, que Lula seja por isso tão maior que FHC.

Lula deu também uma resposta definitiva a FHC na questão da corrupção. Toda vez que ele falar em corrupção tem que pensar na emenda que permitiu sua reeleição. O Congresso foi comprado com dinheiro vivo, embalado em malas, para que FHC pudesse ter um segundo mandato.

Na questão da Petrobras Lula deixou escapar uma estocada sutil mas doída na imprensa. Disse que jamais a nossa gloriosa imprensa o avisou de corrupção na Petrobras. É verdade. Nunca jornais e revistas fizeram nada no campo investigativo sobre a Petrobras.

É uma mídia viciada em vazamentos, em receber tudo no colo e depois gritar como se estivesse fazendo um outro Watergate.

Na entrevista, Lula mostrou também um bom senso que vem faltando a quase todo mundo.

Ficar falando em eleições três anos antes é uma insensatez. É conhecida a grande frase de Keynes: “A longo prazo estaremos todos mortos”.

Há um tempo para cuidar de eleições, e não é este de agora. Há problemas presentes que devem ser enfrentados antes de nos debruçarmos sobre 2018.

Temos na presidência da Câmara, por exemplo, um embaraço monstruoso, Eduardo Cunha. E temos também uma imprensa que se bate até contra o direito de resposta, uma coisa sagrada em qualquer democracia.

Há hora para tudo.

Por enquanto, o que se viu, ontem, é que não é à toa que os caras temem tanto Lula. Quem não temeria se estivesse no lugar deles?

De equilibrado a obsessivo

Lula: quem acusa, não tem 10% da minha honestidade

"Não vou mais admitir que corrupto me chame de corrupto"
"Tem um governo que está apurando mais do que eles apuravam antes"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom nesta quinta-feira, 5, e disse que não vai mais admitir que corruptos o acusem de corrupção. Durante discurso de quase uma hora na 5º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o petista também criticou a oposição por pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não vou mais admitir que corrupto me chame de corrupto porque todos esses que ficam nos acusando, se colocar um dentro do outro, não dá 10% da minha honestidade", afirmou Lula durante o evento promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), do qual é presidente de honra.

O ex-presidente conclamou a militância a reagir às críticas de corrupção que ele o PT vêm sofrendo. Sem citar qualquer investigação específica, Lula destacou que os escândalos de corrupção estão vindo à tona atualmente não porque começaram só agora. "É porque tem um governo que está apurando mais do que eles apuravam antes", ressaltou.

O petista reconheceu que a presidente Dilma Rousseff não vive o melhor momento de seu governo, mas ponderou que a dificuldade não é apenas dela. "É nossa, é do Brasil, é do mundo", disse, emendando: "Nós temos que ajudar. Quando as coisas não estão bem é que temos que assumir a postura."

Lula avaliou que, ao pedir o impeachment de Dilma, a oposição quer "derrubar um projeto que teve sucesso neste País". Segundo ele, os ataques que ele vem sofrendo "não são à toa". Para ele, a oposição quer derrubá-lo pelo medo de que ele volte à Presidência nas eleições de 2018.

Descobriram!!!


Até tu, Temer, traindo a Dilma?

Toffoli: 'PSDB só reclamou do sistema eleitoral quando perdeu'


O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, criticou nesta sexta-feira (6) o PSDB pelo fato de o partido ter afirmado em relatório de auditoria que, apesar de não terem sido encontradas irregularidades, não foi possível analisar a lisura das eleições de 2014.

De acordo com o ministro, os integrantes da legenda questionaram a segurança do sistema após o pleito, mas não participaram do processo de verificação dele. "O problema é que o PSDB não compareceu seis meses antes das eleições para acompanhar as audiências públicas de auditagem do sistema. Perde e reclama”, atacou.

Provas contra o presidente da Câmara são contundentes, afirma Aécio

A afirmação só acontece agora porque Cunha não é mais o seu aliado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta sexta-feira (6) que são contundentes as provas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por supostamente receber dinheiro de corrupção em contas na Suíça.

Pedro Ladeira - 30.jun.2015/Folhapress
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) finalmente
posiciona-se sobre o caso Cunha
"A partir do momento em que surgem as denúncias, nossa bancada tem que votar com as provas, e as provas são contundentes contra Cunha", afirmou Aécio em entrevista a rádio Metrópole, da Bahia.

Mais tarde, após participar de um debate sobre segurança pública na capital baiana, o senador afirmou serem "extremamente graves" as denúncias contra Cunha, que estaria numa posição "frágil" e que "contamina" a Câmara dos Deputados.

Segundo Aécio, os deputados do PSDB votarão "de acordo com as provas" tanto no Conselho de Ética, quanto no plenário, numa possível votação pela cassação do mandato de Cunha.

Ainda defendeu que o relator do processo que investigará Cunha, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), atue com independência na condução do caso.

O senador mineiro, contudo, evitou em falar nos acordos da oposição com Cunha em torno do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

E aproveitou para reiterar que os tucanos não apoiaram Cunha para a presidência da Câmara e votaram no deputado Júlio Delgado (PSB).

"O PSDB não votou no presidente da Câmara. Mas a partir do momento em que ele venceu e nos ofereceu alguns espaços para que exercêssemos nossas funções de oposição, isso foi feito a luz do dia", disse.

Fonte: Folha, 06/11/2015