domingo, 13 de setembro de 2015

Caçada a Lula coloca a Polícia Federal sob suspeita

Uma vez que um delegado da instituição pediu ao STF para ouvir o ex-presidente, mesmo sem nenhuma prova

247 – "A PF levou tão longe o propósito de enquadrar Lula que acabou na situação original de ficar ela mesma sujeita às suas suspeitas", afirma o jornalista Janio de Freitas, em sua coluna deste domingo.

Segundo ele, "se a Polícia Federal não apresentar indícios e argumentos, o alto número de convictos de haver caça a Lula vai aumentar muito".

O colunista comenta o pedido feito pelo delegado da Polícia Federal Josélio de Sousa ao Supremo Tribunal Federal para ouvir Lula no âmbito da Lava Jato, mesmo sem ter provas diretas contra o ex-presidente, conforme ele próprio admite no documento.

Trecho do documento da PF "recusa a possibilidade de inexistirem, no governo, pessoas insuspeitas de conexão com negócios ilícitos na Petrobras." Janio comenta: "Se a 'base de apoio' para isso era 'sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal', com 'vantagens mesmo para o governo', a PF, como parte do governo, fica incluída na suspeita que lança."

Fonte: Brasil 247, 13/09/2015 

A abertura dos Jogos Internos do BCS foi um sucesso


A Escola Benedito Correa de Souza, ontem à noite, abriu a programação de seus jogos internos 2015, que tem como tema: "Histórias Inspiradoras de Atletas Paraolímpicos". Direção, demais servidores, alunos e convidados, abrilhantaram a festa de abertura!

Professora Luana, de Educação Física, na abertura da programação festiva

A programação que envolve toda a escola, mas com responsabilidade direta dos professores de Educação Física, contou com rápidos pronunciamentos, apresentação das equipes, apresentação e desfile das candidatas a miss das equipes que vão disputar os jogos internos, tocha olímpica, etc.

Bandeira do Brasil

Bandeira do Pará

Bandeira de Itaituba

Bandeira da Escola Estadual Benedito Correa de Souza

Tocha olímpica conduzida por dois alunos da escola

Apresentação das candidatas a miss do evento

Apresentação das equipes que participarão dos Jogos Internos do BCS

Na segunda-feira,14/09, começará a competição esportiva que vai marcar a vida da escola em 2015.

Golpistas tem problemas com a Justiça e votam contra os trabalhadores

Em outra palavras são contra a maioria da sociedade brasileira

Brasília – O lançamento de uma "frente multipartidária" para coletar assinaturas com vistas a trabalhar pelo impeachment de Dilma chamou a atenção para alguns dos principais nomes que estão capitaneando o movimento, que de saída reuniu 53 assinaturas de parlamentares. Uma frase já antiga do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), voltou a ser lembrada e repetida: "O Congresso não tem moral para liderar deposição de Dilma".

Do outro lado do mundo, em entrevista a uma TV de Portugal, o cronista e comediante Gregório Duvivier fez um desabafo que acabou propalado pelas redes sociais. Chamou de "falácia" a narrativa de que se faz uma "limpeza da corrupção" no país. "Infelizmente, os que querem tirar a Dilma do poder o fazem para poder roubar mais", afirmou Duvivier. "É como limpar o chão com bosta", ironizou.

Nos corredores do Congresso, os chamados "capitães" dessa "limpeza" costumam ser citados com adjetivos como "histriônicos", "loucos por holofotes" ou "inventores de factoides a qualquer custo". No exercício parlamentar, muitos apoiaram escancarar a terceirização no país, a redução da maioridade penal, a manutenção do financiamento empresarial a partidos, sem falar em posturas homofóbicas, xenofóbicas e estimuladoras da violência.

Jair Bolsonaro (PP-RJ) é lembrado pelo esforço em chamar a atenção de seus eleitores reacionários, em entrevistas ou em plenário. Está sendo processado por insultos proferidos contra a deputada Maria do Rosário (PT-DF), em que disse que "não a estuprava porque ela não merece". Bolsonaro votou pelo financiamento empresarial de campanhas e pela redução da maioridade penal.

Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara (SP), é conhecido pelo seu estilo histriônico. Por ser originário do Ministério Público, é responsável por várias denúncias contra políticos da sua base eleitoral, e vez por outra leva um puxão de orelhas da direção nacional do partido por perder a medida nas atitudes e discursos. Nos bastidores, entre colegas com quem mantém contato direto, é considerado "trapalhão". Já chegou a ser chamado de "ridículo" e um "interessado desesperado por holofotes". Chegou a protocolar na Procuradoria-Geral da República representação por improbidade administrativa contra Dilma por causa do envio de cartões de Natal aos servidores públicos.

Sampaio também pediu explicações quando Alexandre Padilha, então ministro da Saúde, convocou cadeia de rádio e TV para falar da campanha nacional contra o HPV. Em outubro, apresentou pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para verificação da lisura das eleições presidenciais, solicitação que terminou sendo negada pelo órgão. Votou favorável ao financiamento privado de campanhas e à redução da maioridade penal. E faltou às votações do PL 4.330, sobre terceirização.

A deputada Mara Gabrilli (PSDB-RJ), respeitada por sua atuação por maior inclusão social para pessoas com deficiência, é constantemente criticada por derrapadas. É publicitária e psicóloga e está no segundo mandato na Câmara. Em maio do ano passado, durante visita feita por uma comissão de deputados à penitenciária da Papuda para verificar as condições em que se encontravam os ex-deputados José Dirceu e José Genoíno, Mara não pôde entrar na cela. Mesmo assim, saiu dizendo que os detentos estavam tendo privilégios. Suas declarações foram contestadas de imediato por colegas que também fazem oposição ao governo, como os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP). "Mara nem sequer pôde entrar na sala. Como é que ela sai da penitenciária dizendo essas coisas que nós, que entramos, não vimos?", rebateu na época, Jean Wyllys.

"Encontramos uma cela modesta, mal conservada, cheia de infiltrações, gotejando água no corredor e na porta. E a deputada Mara Gabrilli não entrou no local porque sua cadeira de rodas não pôde passar", contestou também Erundina. "Ela (Mara) e o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) acabaram desvirtuando o resultado da visita. Tentaram politizar uma inspeção. É um princípio sério para todos nós que lidamos com direitos humanos que não se deve partidarizar questões dessa natureza", afirmou o ex-deputado Nilmário Miranda (PT-MG).

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), ex-governador de Pernambuco por um período de nove meses, após a saída do então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) – de quem foi vice – é filho de um deputado federal por vários mandatos, José Mendonça, que iniciou carreira política na antiga Arena, morto em 2011. Vasconcelos, hoje deputado, também integra o grupo que pretende sacar Dilma do Planalto e é conhecido por ser um dos peemedebistas mais tucanos do Congresso. Votou contra o financiamento privado, mas a favor da terceirização.

Já Mendoncinha, como é chamado, chegou à Câmara no início dos anos 90. Em 1995, foi autor da emenda da reeleição para cargos executivos, que resultou anos depois na reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso – num processo em que a denúncia de compra de votos para assegurar a aprovação da emenda foi varrida para debaixo do tapete. Mendonça Filho também votou a favor do financiamento empresarial de campanhas e da redução da maioridade penal.

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) que ao lado do irmão, o ex-deputado e ex-ministro Geddel Vieira Lima, faz parte do grupo de peemedebistas que nada tem de base aliada ao governo, tem histórico de idas e vindas nas adesões e separações com o Executivo e brigas por cargos na Bahia desde o governo Lula. Como uma das últimas cartadas, os Vieira Lima articulam uma indicação para vice na chapa de reeleição do prefeito ACM Neto, do DEM, em 2016. E, para não negar os seus, como diz um ditado nordestino, defendem as mesmas posições dos demais colegas citados acima durante as votações.

Pauderney Avelino (DEM-AM), que já foi do PTB e é um parlamentar com vários mandatos no Congresso, tem tido, nos últimos tempos, um discurso de cobranças por respostas à crise energética brasileira e ao combate à corrupção. Por outro lado, embora não tenha sido indiciado e as denúncias não tenham sido comprovadas, teve o nome envolvido no esquema de compra de votos para reeleição de FHC.

Darcísio Perondi (PMDB-RS), que é médico e entre as áreas em que atua na Câmara está a saúde, tem chamado a atenção da mídia nos últimos meses por ter destinado, ao lado do ex-deputado Alexandre Roso, R$ 3,5 milhões da cota individual de emendas para o Hospital Memorial Jaboatão, em Pernambuco, o que foge totalmente da base parlamentar dos gaúchos. Ambos, aliás, já teriam indicado R$ 7,4 milhões à instituição.

Embora o gesto não seja ilegal, é interpretado como um favor ou retribuição a empresários do setor hospitalar. Em entrevista ao jornal Zero Hora, o presidente do Memorial Jaboatão, José Leôncio de Carvalho Neto, disse ser amigo de Perondi e não viu impedimentos para receber ajuda de políticos não pernambucanos.

Estranho é que em Ijuí, terra de Perondi, o Hospital Bom Pastor tem feito eventos e campanhas para completar R$ 12 milhões necessários à conclusão de novas instalações. Já em São Leopoldo, onde Roso foi vice-prefeito, o Hospital Centenário teria cerca de R$ 1,4 milhão de dívida com fornecedores, além de R$ 4 milhões em energia elétrica.

Também na lista de "impichadores" está Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força. Na última terça-feira (8) o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ação penal contra ele sob acusação de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Apesar da origem no movimento sindical, Paulinho votou a favor do projeto que autoriza empresas a substituir mão de obra direta por terceirizada em qualquer atividade. E também apoiou a presença do dinheiros empresarial nas eleições.

Outro que sempre levanta a bandeira contra o governo nos seus pronunciamentos, Alberto Fraga (DEM-DF), também foi alvo do STF. A segundo turma do tribunal abriu, esta semana, ação penal para investigar denúncia apresentada contra ele pelo Ministério Público, segundo a qual o parlamentar teria exigido e recebido R$ 350 mil para, em troca, assinar contratos entre o governo do Distrito Federal (GDF) e uma cooperativa de transportes, entre julho e agosto de 2008, época em que era secretário de Transportes do GDF.

"A lista é grande se formos nominar detalhes da biografia de vários destes parlamentares. O que importa é mostrar o quanto é contraditório o pedido por afastamento de uma presidenta, contra quem não existem acusações concretas, apesar da crise observada no país", diz o cientista político Alexandre Ramalho. "Sabemos que sempre há exceções, mas na maioria dos casos ou há críticas contra a corrupção vindas de pessoas que constantemente são citadas em denúncias ou de pessoas que se esforçam para aparecer em um holofote a qualquer custo. Ou, ainda, de políticos que pelo histórico de trapalhadas não possuem credibilidade".

Fonte: Brasil 247, 12/09/2015

Oposição colocará golpe em marcha já nesta terça


Parlamentares que integram a frente pró-impeachment pedirão, já na próxima sessão da Câmara dos Deputados, que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se posicione sobre os diversos pedidos de impedimento da presidente Dilma Rousseff que tramitam no Congresso.

Eduardo Cunha deve negar os pedidos, mas os oposicionistas pretendem recorrer ao plenário. Se tiverem maioria simples, o processo será deflagrado, dando à presidente Dilma Rousseff dez sessões para apresentar sua defesa; "A oposição não quer adotar um caminho que seja questionado juridicamente", disse o líder do DEM, deputado Mendonça Filho, que integra o movimento pelo impeachment. 

Em entrevista a uma emissora portuguesa, o ator Gregório Duvivier questionou o fato de o processo de impeachment contra a presidente Dilma estar sendo conduzido por políticos notoriamente corruptos.

Fonte: Brasil 247, 13/09/2015

Governo Federal fará corte de 15 bilhões no Orçamento


Em reunião convocada ontem no Palácio da Alvorada, presidente ordenou a redução de gastos de R$ 15 bilhões nesta primeira fase, que deve ser anunciada no início desta semana. O número, porém, ainda pode crescer. 

O objetivo é reavaliar investimentos e reduzir cargos comissionados e contratos de serviço. O plano da presidente Dilma Rousseff é "cortar na própria carne" antes de iniciar qualquer diálogo com o Congresso sobre aumentar ou criar um novo tributo a fim de elevar a receita do governo.

VEJA mentiu outra vez, ao noticiar corte do Bolsa Família


"É mentira da Veja: o governo não cortou o Bolsa Família", escreveu o ex-presidente Lula ao rebater reportagem da revista neste fim de semana.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social afirma que "a revista Veja desta semana mente quando diz que o governo corta benefícios do Bolsa Família para fazer o ajuste fiscal. O Bolsa Família não sofreu corte no Orçamento, está integralmente preservado".

O texto corrige ainda o número de beneficiários (13,9 milhões em setembro) e nega que ele tenha caído para 13,2 milhões, como diz a matéria; "A revista Veja poderia ter evitado o erro se tivesse procurado o ministério para checar as informações, como recomenda o bom jornalismo".

Fonte: Brasil 247, 13/09/2015

sábado, 12 de setembro de 2015

Tem início hoje os Jogos Internos do BCS


Hoje a noite começam os Jogos Internos do BCS e a cidade está convidada a prestigiar mais esse evento que tem a participação efetiva de toda a comunidade escolar.


Hoje foram os últimos preparativos para recepcionar todos os convidados e integrantes desta escola que marca pela criatividade e organização em eventos dessa natureza.  


A quadra poliesportiva merceu uma atenção especial por conta da programação de abertura dos jogos que prenderá a atenção de todos, pelo brilho e competitividade que se espera.

Todos estão convidados!

Delegado da PF do zé foi exonerado!



O Conversa Afiada publica informação de Stanley Burburinho

Delegado da PF que pediu para Lula depor na Lava Jato foi exonerado de cargo de chefia em 08/2013, pelo atual diretor-geral da PF

O delegado da Polícia Federal, Joselio Azevedo de Sousa, que pediu ao STF que autorize Lula depor na Lava Jato, mesmo sem ter provas contra ele, conforme diz o próprio delegado no seu pedido, foi exonerado de cargo de chefia em 08/2013, pelo atual Diretor-Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Veja na imagem abaixo o treco do Diário Oficial da União falando sobre a exoneração. Para conferir, coloquei o link:



/Dica @clfranco
Antes, o Conversa Afiada já havia publicado artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Recomenda-se aos professores de Direito e aos instrutores das academias de polícia que copiem o texto publicado agora há pouco no Valor sobre o pedido do delegado federal Josélio Azevedo de Souza.

É pra mostrar como NÃO se faz um interrogatório policial.

“Em seu relatório, o delegado reconhece que não há provas do envolvimento direto de Lula, porém considera que a investigação “não pode se furtar à luz da apuração dos fatos” se o ex-­presidente foi ou não beneficiado “pelo esquema em curso na Petrobras”.

Vejam que maravilha ditar para o escrivão: “Inquirido sobre se foi beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, o depoente disse que não”.

Depois: “ao citar eventuais indícios sobre o papel de Lula no esquema da Petrobras, o delegado reconheceu que o doleiro Alberto Youssef e o ex­-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apenas “presumem que o ex-­presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção”.

E lá vai o delegado ditando: “sobre as suposições dos indiciados Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef de que presumiam que teria conhecimento do esquema de corrupção, o inquirido disse não tem a menor ideia de onde tiraram a suposição e sugeriu que se vá perguntar a eles”…

No final, mas um esclarecimento sobre tudo o que (não) tem o delegado contra Lula, informando ao STF que “os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente Lula nos fatos”.

Então, depois do “aos costumes disse nada; testemunha sem contradita” o Dr. Josélio manda lavrar, no termo de declarações: “indagado se, como os denunciantes não têm qualquer prova de seu envolvimento, o inquirido poderia daur uma mãozinha e fornecer alguma, declarou perante esta autoridade policial que não, ao que agregou um ‘muito obrigado’ e mais não disse nem lhe foi perguntado”.

Que beleza! Digno de um Sherlock Holmes!

Não sei porque a semelhança do nome me fez lembrar do personagem “Joselito Sem-Noção”, simpático personagem interpretado por Adriano Pereira, lá pelo ano 2000, na MTV.

É obvio que o pedido de interrogatório será – se houver um mínimo de bom-senso da Procuradoria Geral da República – recusado por absoluta falta de indício que o justifique.

Porque não faz sentido interrogar alguém senão para colher provas ou explicar fatos concretos que lhe forem imputados, jamais para responder ao que outros “acham” e “não dispõem de elementos concretos”.

Como não faz sentido que um delegado da Polícia Federal, ao qual certamente não faltam experiência e a noção do significado dos seus atos, convoque alguém a depois apenas para “ouvir o que ele vai dizer”.

A menos que o sentido já nem seja assim tão “sem noção”, mas o de produzir dano político e eleitoral, transformando a atividade policial em gazua de interesses partidários.

A propósito, o Dr. Joselito pediu para interrogar Aécio Neves, de quem Yousseff não disse “achar”, mas ter certeza que recebia dinheiro de uma diretoria de Furnas, que dividiria com o falecido deputado José Janene, do PP?

Não? Sem-noção!

Fonte: Conversa Afiada, 12/09/2015

É a Globo que dá ao Brasil uma nota de mau pagador

Entre todas as patifarias ideológicas vomitadas pela Velha Mídia, sobretudo pela TV Globo, relativamente às decisões das chamadas agências de risco, a mais sórdida é a que define a nota emitida por elas como um atestado de bom ou mau pagador. Ora, como se pode dar atestado de mau pagador antes que se saiba que a empresa ou país pagaram suas obrigações? Seria um atestado de não pagamento futuro? Se é assim, é melhor para o país que não pague agora; assim, ficará com algum dinheiro em caixa para eventualidades!
*José Carlos de Assis

É claro que isso tudo é um absoluto nonsense. Não há a mais remota possibilidade de o Brasil suspender o pagamento de suas dívidas em função do que dizem as agências de risco. Temos reservas internacionais de quase 400 bilhões de dólares. É verdade que, sobretudo por erros acumulados na política cambial do passado, e sobretudo por causa da estúpida taxa de juros, temos também muitas dívidas externas de curto prazo. Contudo, o balanço nos é ainda favorável. E não precisamos, para isso, de nota de bom pagador de agências de risco.

O fato extraordinário de que não é a agência, em si, que usa essa terminologia – ela libera apenas uma nota -, mas a forma como a TV Globo, por sua conta e risco, "explica" a nota. São os jornalistas da Globo, como Bonner, que dizem que a nota é um "atestado de mau pagador". Como consequência, caindo a nota, perdemos o status de bom pagador mesmo que nada nos tenha sido cobrado e a economia funcione como antes.

A embromação não para aí. A nota das agências é um expediente tremendamente arbitrário. Se tivesse um mínimo de cientificidade não teria havido o desastre de 2008, no qual todas as agências de risco – rigorosamente, todas – haviam dado nota de "bom pagador" AAA a empresas, bancos e títulos que, por suas fraudes, quase destruíram o sistema financeiro mundial. Sob aperto do Congresso para explicar o que, afinal, havia acontecido, todas combinaram a mesma resposta: O que fizemos foi dar nossa opinião, mais nada.

Então qual é a razão para a Grade Imprensa dar tanta atenção às agências? Simplesmente porque elas funcionam como a vanguarda dos interesses financeiros, e são os interesses financeiros que dão suporte à Velha Imprensa. No caso atual, a agência está dando um sinal para que o Governo brasileiro mantenha taxas de juros básicas extorsivas e estrangule o orçamento público para tapar o déficit primário, irrisório em relação ao orçamento como um todo, o qual, caso mantido, não traria qualquer consequência negativa para a economia real.

*Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

Fonte: Brasil 247, 12/09/2015

Cerveró cita propina para campanha de Lula em 2006, segundo revista

Sem apresentar provas, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse ter negociado uma propina de R$ 4 milhões que seria paga pela Odebrecht para a campanha de reeleição do então presidente, Lula (PT), em 2006.
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras

A informação, revelada pela revista "Época" deste fim de semana, faz parte das negociações de Cerveró para firmar um acordo de delação premiada, depois de ter sido condenado a 17 anos de prisão. Seus advogados já fizeram quatro reuniões com procuradores, mas o acordo não foi fechado porque o ex-diretor não tem provas.

Segundo Cerveró, a propina estaria ligada a um contrato para modernizar a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), que seria firmado entre a Petrobras e a Odebrecht, mas que não foi adiante.

O acordo, conforme relato de Cerveró, foi fechado a poucos meses da campanha presidencial de 2006 entre os ex-executivos da Odebrecht e ex-diretores da estatal em um almoço no Rio de Janeiro.

O ex-diretor também descreveu um encontro com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), em 2007. Ele afirmou que estava sendo achacado por peemedebistas que exigiam US$ 700 mil mensais para mantê-lo na diretoria Internacional. Por isso recorreu ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, para o colocar em contato com Temer. O político confirmou a reunião, mas negou intervenção.

Cerveró, sempre segundo a revista, disse ter pago US$ 6 milhões para os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e o presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) com dinheiro de contratos para a construção de navios-sonda.

O ex-diretor também contou que, em 2009, o então presidente Lula "agraciou" o senador Fernando Collor (PTB-AL) com cargos na BR Distribuidora. Cerveró relatou ainda que ajudou o alagoano a fechar uma rede de postos que lhe rendeu propina.

A Odebrecht disse que não atuou na modernização de Pasadena. Os demais citados negam ter participado de qualquer irregularidade.

Fonte: Folha de S Paulo, 12/09/2015