O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta terça (23) que não há nenhum problema em seu instituto, o iFHC, receber recursos de empreiteiras investigadas pela Operação Lava a Jato, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez; perguntado sobre qual a diferença entre ele, Fernando Henrique, receber dinheiro para dar palestras e o ex-presidente Lula ser remunerado pela mesmo motivo, afirmou: "A minha palestra eu dou e vocês assistem..."; "Muita gente deu recurso, mas aqui o recurso é para fazer o que nós estamos fazendo –não tem nenhuma relação com política, partido", disse.
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quarta-feira, 24 de junho de 2015
Ministério Público tenta incriminar Lula e engaveta o caso Aécio
Por que a mídia se cala quando há evidência escandalosa contra o líder da oposição, presidente do PSDB, Aécio Neves?
Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, 24/06/2015
Há muitas evidências de que a Operação Lava Jato não passa de uma farsa que visa, exclusivamente, destruir Lula e o PT, mas, talvez, a mais contundente resida em entrevista que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), deu à Agência Reuters na última terça-feira (23).
Perguntado sobre os boatos de que Lula estaria sendo investigado no âmbito da Lava Jato, Santos Lima, que integra a força-tarefa do MPF que investiga o caso Petrobras, afirmou que, “Neste momento”, não há investigação contra o ex-presidente porque o que há contra ele são “só notícias da imprensa”, mas que, se a força-tarefa conseguir encontrar algo, Lula será investigado.
Antes de prosseguir no tratamento que o MPF e a própria Operação Lava Jato estão dando a políticos de acordo com o partido a que pertencem, vale comentar uma segunda informação do procurador Santos Lima, de que essa Operação “deve levar ao menos mais dois anos” para ser concluída e irá chegar ao setor elétrico, mais especificamente a obras da Eletrobras como Belo Monte e Angra 3.
Saiba, leitor, que a crise econômica que o país está vivendo tem ligação íntima com a Operação Lava Jato. Sem ela, o país já poderia estar recomeçando a crescer.
Na verdade, se não houvesse exploração política das investigações e o segredo de Justiça estivesse sendo mantido, a Lava Jato não estaria interferindo na economia. Contudo, essa investigação se transformou em um espetáculo regado a vazamentos seletivos que atingem, única e exclusivamente, o PT e seus aliados, de modo que o mercado tem dúvidas sobre a governabilidade e, sem governabilidade, não há confiança do empresariado para investir, e, sem investimento, ficamos atolados na crise.
A Lava Jato e sua força-tarefa, que congrega MP e Polícia Federal, demonstram, com seus vazamentos seletivos, o claro objetivo de, em primeiro, impedir que o país volte a crescer, pois isso poderia resultar em recuperação da popularidade da presidente Dilma Rousseff, e, em segundo, de estender essas investigações até a próxima eleição presidencial.
Enquanto um procurador do Ministério Público Federal diz abertamente à imprensa que está caçando elementos para implicar Lula, a mesma instituição engaveta evidência escandalosamente forte contra o líder da oposição, presidente do PSDB, Aécio Neves.
Lula nunca foi acusado diretamente de nada, jamais foi sequer citado nas delações premiadas, nada existe contra ele além de mísera especulação da imprensa de que teria “proximidade” com a Odebrecht, como se a empreiteira não tivesse igual “proximidade” com vários outros políticos de oposição, como Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso etc.
Ao contrário de Lula, porém, Aécio Neves foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff. Em delação premiada, o doleiro afirmou que o ex-deputado José Janene (PP/PR) – condenado no processo do Mensalão e mentor do esquema de propinas na Petrobrás – lhe contou que “dividia diretoria de Furnas com Aécio Neves”.
“O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves. Tinha algumas operações que ele (Janene) dividia com o então deputado Aécio Neves (PSDB).”
Youssef disse que não sabia qual diretoria Janene controlava em Furnas. “Mas ouvi dizer que, na verdade, ele dividia essa diretoria com o então deputado na época Aécio Neves. O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves.”
Youssef disse que não falara sobre esse caso antes porque “Janene era compadre dele e ele não quis abordar”. Como ninguém perguntou, ele também não falou. Indagado sobre quem lhe disse sobre Aécio, ele respondeu: “O próprio deputado José Janene. Mais de uma vez.”
Segundo Youssef, esse assunto surgiu em conversas políticas que eles estavam tendo”. Eu estava junto, acabava escutando. Por exemplo, ele (Janene) conversando com outro colega de partido, então, naturalmente, saía essa questão de que na verdade o Partido Progressista não tinha a diretoria só e, sim, dividiria com o PSDB, a cargo do deputado Aécio Neves.”
Quem era o operador do PSDB na época?, perguntaram os procuradores ao doleiro na audiência de fevereiro. “A gente sabe por ouvi dizer. Ouvi dizer, não tenho certeza, não posso afirmar, mas diziam que era a irmã dele, a irmã do Aécio. Uma das irmãs, não sei se ele tem duas ou uma. Ouvi do seu José [Janene], na época”.
Os defensores de Aécio poderão dizer que as acusações são vagas. Sim, de fato são. Contudo, as acusações ao hoje presidente do PSDB são muito mais do que existe contra Lula, contra quem não existe absolutamente nada.
Ora, como falar em investigar Lula sem que exista nada contra ele além de suposta “proximidade” com a Odebrecht enquanto, contra Aécio, existe uma citação formal na delação premiada de Alberto Yousseff? Como é que o MP e a mídia não dizem nada sobre isso enquanto ficam transformando especulações sem prova alguma contra Lula em investigação iminente?
Poder-se-ia perguntar, também, por que, apesar de tantas relações que a Odebrecht e tantas outras empreiteiras têm com o PSDB, só se fala nas relações dessas empresas com o PT.
Defensores dos tucanos dirão que quem controla a Petrobras é “o PT” – o que é falso, porque a Petrobras é controlada por um governo de coalizão integrado pelo PT. Mas o PSDB controla vários governos estaduais que têm íntimas relações com as empresas investigadas.
Se houvesse interesse real em acabar com a corrupção no Brasil, todas as relações dessas empreiteiras com governos de todos os níveis estariam sendo investigadas. Porém, como está se vendo, a Lava Jato irá continuar investigando só o PT até 2018, a fim de manter a economia andando de lado e, no ano eleitoral, inventar alguma coisa contra Lula para que nem se candidate ou tenha possibilidade de influir no pleito.
Assista, abaixo, vídeo em que Alberto Yousseff acusa Aécio Neves e a irmã. As principais acusações estão nos primeiros minutos.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Ministério Público ajuíza ação contra prefeita de Itaituba por causa de lixão
O MP (Ministério Público) do Pará ingressou hoje (23) com ação de improbidade administrativa contra a prefeita Eliene Nunes (PSD), de Itaituba, pelo descumprimento reiterado de legislação ambiental.
O promotor de justiça Nadilson Portilho Gomes foi quem ajuizou a ação.
Nela, ele pede à Justiça a condenação da prefeita com a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa.
Neste link, mais detalhes da ação.
Fonte: Blog do Jeso, 23/06/2015
Leitor deveria ir ao Procon contra a Revista Época
Para Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, os leitores da revista Época deveriam ir ao Procon reclamar que a revista não entregou uma mercadoria prometida: o fim da República. Ex-diretor da Editora Globo, o jornalista relembra um caso de 2007, quando a mesma revista prometera DVDs para o leitor que assinasse a publicação, mas não os entregara "por conta de um planejamento esdrúxulo e uma logística ainda pior".
"O pobre leitor da Época passou o final de semana contando para os amigos que a República chegaria ao fim na segunda. E eis que não acontece nada senão uma reação fortíssima da Odebrecht que bate, como jamais ocorrera até aqui, nos fundamentos da Lava Jato", escreve Nogueira. "Os leitores deveriam se dirigir, de novo, ao Procon", acrescenta, destacando o caso dos DVDs.
A última edição de Época traz uma frase atribuída ao empresário Marcelo Odebrecht, da Odebrecht. Ao ser preso, na última sexta-feira 19, o executivo teria feito um telefonema, segundo a publicação, para um amigo próximo do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, pedindo que o recado chegasse à cúpula: "É para resolver essa lambança. Ou não haverá República na segunda-feira". A frase virou piada nas redes sociais (leia mais).
Paulo Nogueira escreve que, em meio às piadas, "o bonito foi ver a reação do editor da Época, o Kim Kataguiri do jornalismo, Diego Escosteguy", que, no Twitter, "se manifestou, depois do fiasco, como um Napoleão das notícias". "Escosteguy é um exemplo da miséria jornalística que tomou as grandes empresas de mídia na louca cavalgada para derrubar o PT", comenta o jornalista.
Leia aqui a íntegra do texto.
Fonte: Brasil247, 23/06/2015
Senadores veem "sórdida campanha" contra Lula
Bancada do PT no Senado divulga nota em solidariedade ao ex-presidente, chamado no texto de "uma das raras e fantásticas lideranças que conseguem transcender os limites de sua origem social, de sua cultura e do seu tempo histórico".
Para os parlamentares, há hoje no Brasil "uma sórdida campanha de deslegitimação dessa grande liderança". "Tentam transformar suas virtudes em vícios e suas ações pelo Brasil em crimes. Insinuam de forma leviana, acusam sem provas, distorcem, mentem e insultam", dizem os petistas. Segundo os senadores, "Lula está muito acima dessa mesquinhez eleitoreira" e "não será apequenado pelos que se movem por interesses menores e pelo ódio".
"Folha é injusta ao lançar suspeitas infundadas", diz ex-ministro Palocci
Ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci contesta reportagens do jornal de Otavio Frias, que questionam suas atividades de consultoria no período em foi deputado federal (de 2007 a 2010); “Não existe 'meia legalidade'. Ou estamos diante de uma legalidade ou de uma ilegalidade. A Constituição Federal e a legislação são claras nessa matéria: não é vedada a atividade privada concomitante com a atividade parlamentar”; “Ao ficar apenas no terreno da hipótese, o editorial e as reportagens da Folha incorrem na injustiça de lançar suspeitas infundadas”, diz; na Lava Jato, ele é acusado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de ter pedido R$ 2 milhões para a campanha de Dilma em 2010, mas o doleiro Alberto Youssef nega
Youssef e Costa: Qual dos dois está mentindo?
"Conflito de versões entre Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa questiona credibilidade da delação premiada, base da Lava Jato", argumenta Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília.
"Quando falamos de delação premiada, estamos acrescentando uma complicação: a pessoa negocia cada palavra, cada frase, em troca de um benefício. O acerto é consciente, escancarado. De certa forma, é um negócio".
Isso significa, para o colunista, que o mentiroso deveria, no mínimo, perder os benefícios do acordo negociado com o juiz Sergio Moro.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Requião pergunta: É melhor defender ou entregar o Brasil?
Uma frase publicada nesta segunda-feira 22 pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), em seu perfil no Twitter, resume bem a inversão de valores da imprensa no tratamento de episódios que envolvam o governo e o PT, de um lado, ou lideranças da oposição, de outro.
A comparação de Requião aponta que Lula virou 'lobista', de acordo com os grandes jornais, por defender empresas brasileiras no exterior, a exemplo da Odebrecht, enquanto o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), que retira a obrigatoriedade de participação da Petrobras em ao menos 30% nos consórcios de exploração do pré-sal, avança.
"Criticam o Lula por trabalhar a favor de empresas brasileiras e elogiam o Serra por querer entregar nosso petróleo a empresas estrangeiras", escreveu o parlamentar. O projeto de Serra, que desde a semana passada tramita em regime de urgência no Senado, ameaça a soberania da estatal do petróleo, criticam governistas.
Em artigo publicado sobre o tema, Requião afirma que o argumento de Serra para o projeto - de que há dúvida de que a Petrobras seja capaz de abastecer o mercado interno de petróleo em 2020 se for operadora exclusiva do pré-sal - "não se sustenta. Está francamente desatualizado".
"O mercado interno já ficou pequeno para a Petrobras, que já tem excedente exportador. Com os investimentos já realizados e os que estão em implantação, a Petrobras estará produzindo 5,2 milhões de barris em 2020[2], o que tornará o Brasil um dos maiores exportadores mundiais de petróleo", ressalta o peemedebista.
Leia abaixo a íntegra do texto:
Fonte: Brasil247, 22/06/2015
Blogueira diz que vai dar dinheiro de Caiado a escravos
Jornalista Cynara Menezes perguntou no Twitter para o senador onde estava o vídeo que ele diz ter filmado na Venezuela, com rebeldes atacando o ônibus com senadores brasileiros; parlamentar goiano reagiu e disse que Cynara é "bem paga para defender, ofender e mentir pelo governo".
"Toda a indenização que o senhor vai me pagar por me caluniar eu vou doar aos escravos das fazendas de sua família", respondeu a jornalista.
Familiares de Caiado já estiveram envolvidos em denúncias de trabalho escravo em suas fazendas; senador goiano também votou contra a PEC do Trabalho Escravo quando ainda era deputado, em 2012.
Fonte: Brasil 247, 22/06/2015
Brasil pede apoio aos EUA contra sua maior empresa
Isso implica em reconhecimento de incompetência do MPF para cumprir o seu papel?
O Ministério Público Federal quer ajuda de autoridades norte-americanas para investigar a maior empresa brasileira. É esta a manchete desta segunda-feira do jornal Estado de S. Paulo, que defende o apoio formal à Lava Jato dos Estados Unidos, onde, segundo a publicação, está a "mais eficiente rede de combate à corrupção do mundo".
Uma investigação norte-americana contra a Odebrecht, que atua com êxito nos Estados Unidos há vários anos, pode ter efeitos devastadores para a companhia. Foi lá, por exemplo, que Marcelo Odebrecht, preso pelo juiz Sergio Moro na décima-quarta fase da Lava Jato, iniciou sua carreira, participando das obras do Aeroporto de Miami.
Caso seja carimbada como empresa corruptora, a Odebrecht pode ser afastada de licitações nos Estados Unidos e em outros países – o que já vem sendo tentado há vários anos por autoridades estadunidenses. Em 2012, por exemplo, um juiz da Flórida tentou impor sanções a empresas com atuação em Cuba e na Síria – era uma forma de impedir que a Odebrecht atuasse em Miami, tomando o espaço de construtoras norte-americanas.
Neste fim de semana, a Associação de Comércio Exterior do Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Base publicaram manifesto nos jornais, defendendo a atuação dos exportadores de serviços. Segundo a nota, o financiamento às exportações de serviços pelo BNDES, que tem a Odebrecht como protagonista, garantem 1,2 milhão de empregos no Brasil, na cadeia produtiva do setor de engenharia.
Destruir o Brasil antes de destruir o PT
No entanto, setores da direita brasileira hoje consideram que, para destruir o PT, vale até destruir o Brasil. Já entraram em recuperação judicial três alvos da Lava Jato: OAS, Galvão Engenharia e Alumini. A Queiroz Galvão ameaçou parar as obras da Rio 2016 e a Mendes Júnior colocou em marcha lenta a execução do Rodoanel. A UTC Constran, por sua vez, demitiu um terço dos seus empregados. Agora, com Odebrecht e Andrade Gutierrez na mira, duas empresas que serão rebaixadas pela Moody's, todas as obras do setor elétrico ficam ameaçadas.
Com a ação contra a Odebrecht no exterior, as obras executadas por empresas brasileiras em outros países também ficam ameaçadas, colocando em risco, inclusive, um importante avanço geopolítico conquistado pelo Brasil nos últimos anos. Segundo a revista norte-americana Foreign Affairs, bíblia da geopolítica internacional, o Brasil se tornou um "global player" nos últimos anos, graças às posições conquistadas na África e na América Latina por suas construtoras (leia mais aqui).
O presidente americano Barack Obama agradece, até porque jamais pediria ajuda a outros países para investigar as práticas de empresas americanas como a Halliburton, que financiou a campanha de invasão ao Iraque para, depois de destruí-lo, reconstruí-lo.
Fonte: Brasil247, 22/06/2015
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