sábado, 21 de março de 2015

Maior aquífero do mundo fica no Brasil e abasteceria o planeta por 250 anos

Carlos Madeiro/UOL, 21/03/2015

Imagine uma quantidade de água subterrânea capaz de abastecer todo o planeta por 250 anos. Essa reserva existe, está localizada na parte brasileira da Amazônia e é praticamente subutilizada.

Até dois anos atrás, o aquífero era conhecido como Alter do Chão. Em 2013, novos estudos feitos por pesquisadores da UFPA (Universidade Federal do Pará) apontaram para uma área maior e nova definição.

"A gente avançou bastante e passamos a chamar de SAGA, o Sistema Aquífero Grande Amazônia. Fizemos um estudo e vimos que aquilo que era o Alter do Chão é muito maior do que sempre se considerou, e criamos um novo nome para que não ficasse essa confusão", explicou o professor de Instituto de Geociência da UFPA, Francisco Matos.

Segundo a pesquisa, o aquífero possui reservas hídricas estimadas preliminarmente em 162.520 km³ --sendo a maior que se tem conhecimento no planeta. "Isso considerando a reserva até uma profundidade de 500 metros. O aquífero Guarani, que era ao maior, tem 39 mil km³ e já era considerado o maior do mundo", explicou Matos.


O aquífero está posicionado nas bacias do Marajó (PA), Amazonas, Solimões (AM) e Acre, todas na região amazônica-- chegando até a bacias sub-andinas. Para se ter ideia, a reserva de água equivale a mais de 150 quadrilhões de litros. "Daria para abastecer o planeta por pelo menos 250 anos", estimou Matos. 

O aquífero exemplifica a má distribuição do volume hídrico nacional com relação à concentração populacional. Na Amazônia, vive apenas 5% da população do país, mas é a região que concentra mais da metade de toda água doce existente no Brasil.

Por conta disso, a água é subutilizada. Hoje, o aquífero serve apenas para fornecer água para cidades do vale amazônico, com cidades como Manaus e Santarém. "O que poderíamos fazer era aproveitar para termos outro ciclo, além do natural, para produção de alimentos, que ocorreria por meio da irrigação. Isso poderia ampliar a produção de vários tipos de cultivo na Amazônia", afirmou Matos.

Para o professor, o uso da água do aquífero deve adotar critérios específicos para evitar problemas ambientais. "Esse patrimônio tem de ser visto no ciclo hidrológico completo. As águas do sistema subterrâneo são as que alimentam o rio, que são abastecidos pelas chuvas. Está tudo interligado. É preciso planejamento para poder entender esse esquema para que o uso seja feito de forma equilibrada. Se fizer errado pode causar um desequilíbrio", disse.

Mesmo com a água em abundância, Matos tem pouca esperança de ver essa água abastecendo regiões secas, como o semiárido brasileiro. "O problema todo é que essa água não tem como ser transportada para Nordeste ou São Paulo. Para isso seriam necessárias obras faraônicas. Não dá para pensar hoje em transportar isso em distâncias tão grandes", afirmou.

Fonte: Uol, 21/03/15

Marta Suplicy comemora 70 anos com festa em São Paulo e filiação ao PSB


A comemoração aconteceu na noite desta sexta-feira (20) no bairro dos Jardins, na zona Oeste de São Paulo. Durante o evento ela disse que sua filiação ao PSB deve acontecer em breve.

Membros do PSB marcaram presença na festa. Entre os convidados estavam o ex-senador José Sarney, ex-deputado Gabriel Chalita, o presidente do TJ José Renato Nalini, o vice-presidente Michel Temer, o cabeleireiro Celso Kamura, e Tereza Collor.

Fonte: Bol, 21/03/15

Possibilidade de Marta ir para o PSB faz PT querer o mandato da senadora

Partido já pensa em requerer judicialmente o mandato da senadora
Naira Trindade
Para aliados, a eleição majoritária garante o mandato a Marta

Diante da anunciada possibilidade de a senadora Marta Suplicy (PT-SP) trocar o partido dos Trabalhadores (PT) pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), em maio, os petistas já estudam pedir a cadeira dela no Senado à Justiça Eleitoral. Dirigentes do PT se reuniram em São Paulo ontem após ter circulado a informação da desfiliação da senadora da sigla, para discutir se deveriam brigar pela vaga dela no Senado.

Interlocutores petistas afirmam que há um forte consenso entre os aliados para que o PT requeira judicialmente o mandato da senadora. Interessada em disputar a prefeitura de São Paulo, em 2016, a senadora buscava desde o ano passado uma legenda que lhe oferecesse a oportunidade de concorrer no próximo ano. Após meses de negociações, Marta Suplicy teria fechado com o PSB. Ela, porém, nega qualquer tipo de antecipação do assunto.

No primeiro mandato no Senado, Marta já foi deputada federal e prefeita de São Paulo, de 2001 a 2004. Em 2010, garantiu a candidatura ao Senado e conquistou o mandato. No ano seguinte, tornou-se ministra da Cultura e, em 2012, trabalhou novamente para ser candidata à prefeitura da capital paulista, mas acabou preterida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apostou em Fernando Haddad, na época ministro.

Fonte: Correio Braziliense, 21/03/15

Ministério Público estuda medidas contra partidos envolvidos no escândalo

PGR quer pena de até 25 anos para corrupção


A força-tarefa da Operação Lava-Jato estuda tomar medidas contra os partidos políticos beneficiados pelo esquema de corrupção da Petrobras. As investigações apontaram que pelo menos o PT, PSDB, PP e PMDB receberam doações oficiais para disfarçar atos de corrupção na petroleira. 

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por exemplo, já está denunciado por lavagem e corrupção. Nesta sexta-feira (20/3), o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, afirmou que ainda não se sabe se as medidas serão tomadas, mas que elas são estudadas por um grupo de nove procuradores do Ministério Público.

Entre as 10 medidas de combate à corrupção anunciadas na manhã de hoje (20/3) pela Procuradoria Geral da Republica (PRG) estão a aplicação de multas aos partidos, a suspensão do fundo partidário, a suspensão do diretório estadual ou municipal e em último caso, o cancelamento do registro do partido político em todo país.

Fonte: Correio Braziliense, 21/03/15

A corrupção fede

"Como um animal morto fede, a corrupção fede, a sociedade corrupta fede, e um cristão que participa da corrupção também fede".
Papa Francisco

Educação no Pará deve entrar em greve a partir de quarta-feira que vem

Deliberação de greve tomada em Assembléia Geral       Foto do site do Sintepp

Em assembleia geral na manhã desta sexta-feira (20), realizada na quadra da EE. Cordeiro de Farias, em Belém, os trabalhadores em educação da Rede Estadual de ensino aprovaram GREVE em resposta a ameaça do Governo do Pará, de reduzir salários e pelo fato de está efetuando o pagamento do Piso Nacional da Educação.

Após o esclarecimento da Coordenação Estadual do Sintepp quanto a sequência de tentativas de negociação junto ao governo para o cumprimento do acordo da última greve e a pauta de reivindicação da categoria, os educadores externalizaram sua indignação.
Professores de Santarém também decidiram grevar para pressionar o governo

Também foi informado que a posição do governo é manter o sistema de lotação que vem sendo implantado, lotação de 150h, contrariando o que foi acordado com o Sintepp.

Os municípios presentes apontaram o panorama da educação em suas localidades e demonstraram para o início imediato da greve, para garantia do pagamento do piso, reforma das escolas, segurança, gestão democrática, PCCR unificado e ajustes da portaria de lotação.

Na segunda e terça-feira (23 e 24.03) nossa categoria permanecerá nas escolas, pois além de cumprir o prazo legal de 72 horas para a comunicação oficial do início do movimento, serão realizadas reuniões com a comunidade e também organizará a greve por distritos e subsedes. A partir do dia 25.03 (quarta-feira) as aulas serão suspensas, até que o governo cumpra o que nós exigimos.

Veja as reivindicações da categoria:
  1. Cumprimento do Acordo de greve firmado em juízo;
  2. Cumprimento do PCCR.
  3. Cumprimento das 200 h/aulas sem redução de turma/salário como critério para lotação;
  4. Eleições diretas para direção de escolas;
  5. Merenda escolar;
  6. Lotação dos especialistas em educação levando som conta os níveis de ensino ofertados (fund., médio e EJA) e turno e considerar a hora aula dos docentes que já fazem parte do grupo magistério e 1/3 da carga horária para organizar as ações pedagógicas;
  7. Lotação de 2015, assegurando a jornada, destinando no mínimo 1/3 de hora atividade de acordo com a lei do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público; 
  8. Lotação de 2015 com base na lotação de 2014; 
  9. Lotação por jornada, assegurando as aulas suplementares de acordo com a lei aprovada;
  10. Reajuste do vale alimentação, com base no maior valor pago hoje, bem como a sua manutenção do vale alimentação no período de licença;
  11. Reajuste da gratificação de diretores, vices e Secretários;
  12. Reformular a portaria de lotação, incluindo como critério para lotação o local do concurso público prestado;
  13. Reforma e construção de escolas, bem como a Conclusão das obras paralisadas de construção e reformas de escolas;
  14. Concurso público para o preenchimento de vagas nas áreas de: sociologia, inglês, filosofia, espanhol, física, química, biologia e artes;
  15. Pagamento das perdas históricas; 
  16. Pagamento de salário família; 
  17. Pagamento do Pasep, 
  18. Pagamento do Piso Salarial retroativo a janeiro/2015 
  19. Pagamento do retroativo da mudança do percentual de hora atividade de 2014, tal qual firmado em acordo judicial; 
  20. Pagamento do recesso com o novo piso;
Segundo lideranças do Sintepp, na busca por um consenso foram incontáveis, no entanto alternativa do governo primeiro foi de ignorar o sindicato, em seguida partiu para a manipulação de informações.

Depois de só receber o Sintepp em 16.03, o secretário de educação, Helenilson Pontes, que foi vice governador na gestão passada, alegou estar arrumando a gestão. O fruto desta reunião foi uma ata adulterada, com informações que não condiziam com o negociado com o sindicato. Por isso o Sintepp devolveu a ata e solicitou as alterações.

A categoria chega ao seu limite no momento que recebe da Seduc a orientação de que nenhum professor poderá extrapolar as 150h e diante de mais um engodo quanto ao pagamento do piso nacional. O governo sinaliza que apresentará uma data a partir de 15 de abril. Enquanto isso padeceremos com redução salarial. Isso é inaceitável!

Acompanhe a AGENDA DA GREVE aprovada na assembleia:

23.03 (segunda-feira), faz reunião com a comunidade

24.03 (terça-feira), O Sintepp fará reuniões por distrito e subsedes, às 16h., nos seguintes 
locais: Daico/Daout: EE. Palmira Gabriel, Dasac: EE. Graziela de Freitas, Daent: EE. Cordeiro de Farias, Damos: EE. Nonato Filgueiras, Dagua: EE. Brigadeiro Fontenelle, Dabel: EE. Deodoro de Mendonça, Daben: EE. Raimundo Viana

25/03 (quarta-feira)   Assembleia geral, às 9h, Praça da Leitura (São Brás)

26.03 (quinta-feira), Ato público, às 9h, concentração Praça da República.

Observe como ficam as perdas remuneratórias a partir da proposta de Jatene/Helenilson com a imposição da jornada de 150h.

Papa afirma que a corrupção é suja e que uma sociedade corrupta fede

Alessandro di Meo/ Efe/ Epa
Papa Francisco realiza missa na praça Piazza del Plesbicito, em Nápoles, Itália

O papa Francisco pronunciou neste sábado (21) um de seus discursos mais duros ao afirmar que "a corrupção é suja", que "uma sociedade corrupta é uma porcaria", e que aquele que permite a corrupção não é cristão e também fede.

"Quanta corrupção há no mundo. (...) A corrupção é suja e a sociedade corrupta é uma porcaria. Um cidadão que deixa que a corrupção o invada não é cristão!", afirmou.

O pontífice argentino realizou estas declarações durante um discurso em Scampia, um dos bairros da periferia norte de Nápoles (sul da Itália) que tradicionalmente esteve vinculado à máfia local, a Camorra.

O bispo de Roma aproveitou a ocasião para se dirigir aos milhares de napolitanos que foram até a praça de João Paulo 2º para escutá-lo para incentivá-los a lutar contra o mal e a ter o valor e a coragem de ir pelo caminho do bem e da justiça.

"Espero que tenham a coragem de seguir adiante com alegria, de levar esperança, de ir pelo caminho do bem e não pela do mal. (...) De ir adiante limpando a própria alma, a alma da cidade e da sociedade para que não exista esse cheiro putrefato que tem a corrupção", ressaltou com firmeza.

Rodeado de dezenas de crianças que cantavam seu nome e que interromperam em algumas ocasiões seu discurso, Francisco descreveu Nápoles como uma cidade na qual "se tentou criar uma 'terra de ninguém', um território em mãos da chamada microvioleêcia".

Além disso, o papa destacou da cidade sulina sua "longa história, atravessada por desafios complexos e dramáticos" e reconheceu que o dia a dia está cheio de dificuldades e de "duras provas".

Complicações que, no entanto, podem contribuir para criar "uma cultura de vida que ajuda a se levantar após cada queda, que ajuda a conseguir de alguma maneira que o mal não tenha a última palavra".

Por isso, o máximo representante da Igreja Católica insistiu na importância de que estes fiéis mantenham a esperança para não permitir que "quem voluntariamente" tome "o caminho do mal roube um pedaço de esperança de si mesmo e dos demais".

Paralelamente, o papa insistiu na importância de dividir uma boa educação para formar, assim, a jovens e ensiná-los que sigam o caminho do bem e se afastem das práticas delitivas.

"A educação é o caminho justo porque previne e ajuda a ir para frente", assinalou.

O bairro de Scampia foi o segundo parada da viagem que empreendeu o papa Francisco hoje à região sulina de Campânia.

O início de sua visita aconteceu no Santuário de Pompéia, onde chegou aproximadamente por volta das 8h local (5h, em Brasília) e onde permaneceu cerca de 35 minutos, orando para Virgem Maria e em companhia de milhares de fiéis que se aproximaram para vê-lo e receber sua bênção.

Fonte: Uol, 21/03/15

sexta-feira, 20 de março de 2015

Empreiteira fecha acordo e denuncia cartel de empresas ligadas à Petrobras

Foram 22 empreiteiras acusadas, entre elas as três maiores do setor de construção: Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade e Gutierrez. Ao contrário, 15 firmas não participavam do esquema, segundo a Setal


Veja a lista de 22 empresas denunciadas pela Setal Engenharia e Setal Óleo e Gás (SOG), além dos funcionários e executivos ligados a elas, como Augusto Mendonça. Eles fecharam nesta sexta-feira um acordo de leniência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), indicando um cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras. O cartel era formado por 23 empresas, incluindo o grupo Setal. Ao contrário, eram 15 firmas que não participavam do esquema, segundo o acordo firmado com o Cade.

Empresas denunciadas
1. Construtora Norberto Odebrecht
2. Construções e Comércio Camargo Corrêa
3. Construtora Andrade Gutierrez
5. Engevix Construções
6. Galvão Engenharia
7. GDK
8. Iesa Óleo e Gás
9. Mendes Júnior Trading Engenharia
10. MPE Montagens e Projetos Especiais
11. Promon
12. Queiroz Galvão Óleo e Gás
13. Skanska Brasil Ltda
14. Techint Engenharia Construção
15. UTC Engenharia
16. Alusa Engenharia (atual Almini Engenharia)
17. Carioca Christiani Nielsen
18. Construcap CCPS Engenharia e Comércio
19. Fidens Engenharia
20. Jaraguá Engenharia e Instalações Industriais
21. Schahin Engenharia
22. Tomé Engenharia

A Setal e seus funcionários disseram que outras firmas “não participaram do cartel”:

Empresas não denunciadas
1. Niplan Construções e Engenharia
2. Egesa Engenharia
3. Sinopec
4. Usimec
5. Tenace
6. Potencial Engenharia e Construções
7. Enesa Engenharia
8. Confab Industrial
9. Encalso Construções
10. Technip Brasil Engenharia Instalações e Apoio Marítimo
11. Contreras Empreendimentos e Construções
12. MCE Engenharia
13. TKK Enegnharia
14. Serveng – Civilsan S/A Empresas Associada de Engenharia
15. Toyo Engeneering Co.

Ilações indevidas

A Andrade Gutierrez negou participação no cartel da Petrobras. Em nota enviada aoCorreio na noite de hoje, a assessoria da empresa disse que as acusações da Setal perante o Cade são “ilações indevidas”.

"A Andrade Gutierrez repudia as ilações indevidas que vêm sendo feitas sobre a suposta participação em cartel e reitera, como tem feito desde o início da Operação Lava Jato, que não tem ou teve qualquer envolvimento com os fatos relacionados com as investigações em curso”, afirma a empreiteira. É importante ressaltar que não há qualquer tipo de prova sobre a participação da AG nesse suposto cartel e que todas as acusações equivocadas vem sendo feitas em cima de ilações e especulações.”

A Odebrecht veem negando “veementemente” qualquer participação em ilícitos. “A empresa reafirma que todos os contratos que mantém, há décadas, com a Petrobras, foram obtidos por meio de processos de seleção e concorrência que seguiram o estabelecido na legislação vigente”, afirmou em uma das ocasiões. “A Odebrecht não participa e nunca participou de nenhum tipo de cartel.”

Dois executivos da Camargo Corrêa prestam delação premiada ao Ministério Público. Em nota, a empreiteira disse que irá colaborar com as investigações e “sanar eventuais irregularidades”.

Fonte: Correio Braziliense, 20/03/2015

Afagos de Perillo em Dilma irritam cúpula tucana

Conversa entre a presidente Dilma e o governador de Goiás, Marconi Perillo

Integrantes da cúpula do PSDB ficaram aborrecidos com os rapapés que o governador tucano de Goiás Marconi Perillo dedicou a Dilma Rousseff. Ao saudar a presidente durante visita dela à cidade de Goiânia, Perillo disse coisas assim: “Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência.''

Um integrante da Executiva Nacional do PSDB resumiu a sentimento do ninho: “Numa hora em que o PSDB adiciona pimenta no seu vatapá, o Marconi vem dizer que o partido ‘às vezes faz oposição’. Enquanto nos esforçamos para aproximar nosso discurso do sentimento de aversão das ruas pelo governo Dilma, nosso companheiro fala do ‘respeito e do reconhecimento ao trabalho’ dela. É demais! O Marconi escolheu uma péssima hora para corresponder aos que não têm nenhum motivo para confiar nele.”

Fonte: Uol/Blog do Josias, 20/03/15

quinta-feira, 19 de março de 2015

É hora de Gilmar Mendes devolver processo


Passadas as marchas pró e contra o governo, é hora de nós, brasileiros e brasileiras, nos juntarmos para, sem coloração partidária, sem ressentimentos e sem rivalidades mesquinhas, promovermos ações políticas coletivas que estejam acima de qualquer suspeita de ambos os lados.

Tanto nas passeatas do dia 13, como nas do dia 15, era imenso o número de pessoas portando cartazes e faixas contra a corrupção. Trata-se, pois, de uma agenda política de todos os brasileiros. Que tal representantes de ambos os lados da disputa política, como, por exemplo, Lobão e Stédile ou FHC e Lula, demonstrarem que não se limitam à retórica emocional dos palanques? Que estão dispostos a abraçar uma causa objetiva e concreta que possui amplas possibilidades de produzir algum efeito positivo em nossa política?

A partir dessa repugnância à corrupção demonstrada por todos e dadas as informações que são reveladas a partir da Operação Lava-Jato, a primeira dessas ações concretas que merece ser abraçada parece ser o financiamento privado das campanhas políticas. E nem há necessidade de produção de projeto de emenda constitucional ou de lei de iniciativa pública. Já há uma interpretação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal prontinha para entrar em vigor. Basta apenas exigir que Gilmar Mendes cumpra o seu dever constitucional, como integrante do Poder Judiciário, de impedir ou mitigar os conflitos sociais. Juiz não existe para produzir questões, mas para resolvê-las.

É hora de incrementar a campanha "Devolve, Gilmar".

Gilmar Mendes, Ministro do STF, pediu vistas e está há quase um ano sentado no processo que decidirá o fim do financiamento privado das campanhas políticas. A votação já estava decidida, por 6 votos favoráveis e um contrário, pelo fim do financiamento privado. Ou seja, a vista pedida pelo Ministro, em princípio, aparenta constituir somente uma manobra para postergar a decisão e, assim, dar tempo ao Congresso para que produza uma emenda constitucional que permita o financiamento das campanhas por pessoas jurídicas.

Entretanto, a partir dessas manifestações populares de sexta-feira e de domingo, não há a menor possibilidade de o Congresso produzir qualquer emenda ou lei nesse sentido. O clima pesou. Um projeto de lei nesse sentido colocaria todos na rua novamente.

Fonte: Jornal GGN, 19/03/15