quinta-feira, 19 de março de 2015

Para Cristovam, medidas anticorrupção precisam ser votadas com urgência

Cristovam Buarque (PDT/DF) disse que uma das mais importantes medidas do pacote anticorrupção do governo é a proposta que criminaliza o caixa dois no financiamento das campanhas eleitorais. Para o senador, o pacote precisa ser votado em regime de urgência. 

O senador defendeu o fim da contribuição pública para os partidos, que deveriam ser custeados pelos filiados. 

— Nós não podemos deixar que o projeto fique aqui um ano, dois anos, três anos, quatro anos, dez anos sem ser aprovado. Aí, nós estaremos sendo corruptos pela omissão, por não criarmos as bases para este país não ter corrupção — afirmou o senador. 

Cristovam disse que outra proposta do pacote, a que prevê a extensão da exigência de ficha limpa aos servidores dos Três Poderes, poderia ser posta em prática pelo governo antes mesmo da aprovação da medida pelo Congresso Nacional, tendo em vista a sua importância.

Fonte: Jornal do Senado, 19/03/15

Malta chama eleitor à reflexão sobre importância de escolher representantes

Senador Magno Malta (PR/ES)
Magno Malta (PR-ES) convocou, anteontem, a população a refletir sobre a importância da participação política. Cobrou dos eleitores que escolham com responsabilidade os políticos para não contribuírem com a corrupção. Segundo ele, de nada adianta o Congresso aprovar um projeto anticorrupção, se os corruptos continuarem agindo na política. 

— Se você fechar um buraco de rato, ele abre em outro lugar. Uma lei contra corrupção é tapar um buraco de rato. Nós estamos fazendo papel de parlamentar ou de pedreiro? Você [eleitor] precisa, com seu voto, matar o rato — disse. 

Malta criticou as declarações de ministros de que as manifestações não teriam sido espontâneas. Afirmou que quem estava na rua não eram “oportunistas”, e sim pessoas que não aguentam mais corrupção nem ações do governo que classificou como “afronta” ao povo

Paulo Rocha, Senador do Pará apresenta prioridades do mandato

Paulo Rocha (PTPA) fez seu primeiro pronunciamento posicionando-se a favor da democracia e dos movimentos sociais. O senador criticou o que chamou de “golpistas de plantão”, que, segundo ele, buscam privilégios aos poderosos. 

Ele defendeu o combate ao “noticiário irresponsável” veiculado pelo “monopólio” dos meios de comunicação e pediu providências ao governo federal para conter os assassinatos de líderes de trabalhadores, crimes que classificou como “chagas para a democracia”. 

Senador Paulo Rocha
Paulo Rocha cobrou um tratamento igualitário aos estados da Amazônia, criticando o conceito de que o povo da região vive numa realidade distante. Na lista de pautas em defesa do Pará e da região amazônica, o parlamentar apoiou a realização de obras de infraestrutura, mas usou o exemplo das hidrelétricas para contrastar os projetos de desenvolvimento com a realidade que assola o povo desassistido.

— Faremos a defesa da geração de energia limpa, mas cobraremos as compensações pelos impactos que a construção de hidrelétricas provoca ao meio ambiente e ao povo da Amazônia — afirmou. 

Senado aprova combate ao bullying nas escolas

Pelo projeto, profissionais de educação serão capacitados para evitar violência, com a criação do Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Texto volta à Câmara antes da sanção porque foi mudado na Comissão de Direitos Humanos 

Famílias e responsáveis pelos alunos serão orientados para identificar e enfrentar situações de violência nas escolas, segundo proposta aprovada ontem pelos senadores. O projeto prevê também assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores. O problema pode ser monitorado com relatórios anuais das ocorrências nas escolas e nas redes de ensino. 

No texto, que volta para a análise de deputados, bullying é definido como uma sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados reincidentemente por um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, produzindo na vítima prejuízos psicológicos, físicos ou morais.

Fonte: Jornal do Senado, 19/03/14

segunda-feira, 16 de março de 2015

Tudo igual a 1964; só faltam os EUA. Ou não faltam?

campanha contra uma presidente acusada (sem provas) de corrupção debocha dela até em sua compleição física e a insulta cotidianamente valendo-se de nomes impublicáveis, lembrando os ataques debochados contra Jango Goulart e até contra sua família

Vejamos se esqueci alguma coisa.

1 – O que mais se fala hoje, no Brasil, é em depor uma presidente da República reeleita há pouco mais de quatro meses.

2 – As ruas são tomadas por grupos que, aos milhares, pedem que essa deposição do governo seja feita via golpe militar.

3 – A grande imprensa divulga diariamente, e em destaque, textos opinativos pregando a deposição da presidente, ainda que por manobra no Congresso e apesar de não haver acusação formal alguma contra ela.

4 – A imprensa divulga em grande destaque a manifestação que tem, entre os seus, milhares de pessoas que pregam golpe militar

5 – Nas ruas, militantes de dois grupos antagônicos envolvem-se em choques violentos, ainda que restritos a pequenos grupos.

6 – Campanhas milionárias pela deposição do governo são vistas e ninguém sabe exatamente como foram financiadas.

7 – Nas ruas, pessoas que usem roupas identificadas com um determinado grupo político sofrem insultos e agressões físicas.

8 – Como em tantas vezes na história brasileira, a desculpa para depor o governo é a “corrupção” – contudo, investigações só foram possíveis porque o governo que supostamente roubou, nomeou pessoas com autoridade para investigá-lo que não hesitaram em fazê-lo.

9 – A campanha contra uma presidente acusada (sem provas) de corrupção debocha dela até em sua compleição física e a insulta cotidianamente valendo-se de nomes impublicáveis, lembrando os ataques debochados contra Jango Goulart e até contra sua família.

10 – O preenchimento deste espaço é de livre provimento pelo leitor.

O décimo tópico da lista acima é o que falta para que a situação política hoje no Brasil seja praticamente idêntica à que vigia em 1964, quando o Brasil foi sequestrado e assim permaneceu por 21 anos.

De acordo com vídeo que anda circulando na internet, porém, nem isso falta.

O vídeo que você assistirá a seguir reproduz com imagens artigo atribuído a Frederick William Engdahl, economista, escritor e jornalista americano que discute temas de geopolítica econômica e de energia há mais de três décadas. Engdahl contribui regularmente para várias publicações, incluindo Nikon Keizai Shimbun, a revista Foresight, Investor.com de Grant, Banker Europeu e Negócios Banker International e da revista italiana Eurasia estudos geopolíticos. Ele já participou de muitas conferências internacionais sobre a geopolítica, economia e energia.

Esse vídeo faz um resumo do que aconteceu na política brasileira ao longo dos últimos dois anos e insere na equação o décimo tópico da lista acima. Teoria conspiratória ou fato? Em 13 minutos de atenção, você terá elementos para decidir.


(Por F. William Engdahl na Revista americana NEO)

Vídeo e narração: Cibele Laura

Texto: publicado no “NEO – New Eastern Outlook”. Escrito por F. William Engdahl, norte-americano, engenheiro e jurisprudente (Princeton, EUA-1966), pós-graduado em economia comparativa (Estocolmo, Suécia-1969). Artigo transcrito no “Patria Latina” com tradução de Renato Guimarães.

Adaptação para o vídeo: Cibele Laura

sábado, 14 de março de 2015

Dez coisas que os homens gostam e não contam

Homens são seres silenciosos por natureza. O seu instinto prático de resolver problemas e a presença no seu DNA da vontade constante de proteger a família fazem do sexo masculino um ser silencioso, de diversas palavras e poucos atos.

Eles odeiam DR, discutir sobre algo que pode ser solucionado ou “refletir sobre o assunto”.

Mas tem coisas que se eles fossem mais abertos, com certeza comentariam. Tem coisas que eles curtem em suas mulheres e apreciam mais que um belo carro mas não comentam. O que seria?

1 – O cheiro – eles adoram o perfume feminino e não estamos falando as fragrâncias, mas de algo mais profundo como o cheiro da sua pele e até do suor. Eles adoram ter você do lado e não é uma questão de um bom perfume, apenas nem sempre externizam isso.

2 – Cabelo molhado – homens curtem na verdade e sensualidade dos fios recém saídos do banho. Alguns até preferem uma fantasia no chuveiro por conta deste visual sem muito charme, ao natural.

3 – Morder os lábios – é um dos atos sensuais que elas fazem sem perceber. Na obra literária “50 tons de cinza”, Cristian cita diversas vezes como a Ana o prova apenas com uma mordida de lábio quando está ansiosa ou excitada.

4 – Paquera com os lábios – homens são silenciosos, e por isso adoram muito mais uma paquera e boa olhada, troca de olhares cruzados e nervosos ao invés de uma conversa super mega ambiciosa e cheia de indiretas. Use seu olhar com sua arma.

6 – Ficar deitado sem nada fazer – apenas deitado na cama ou no sofá. Há uma lenda urbana que mulheres é que curtem esses momentos íntimos, mas os homens são muito mais apreciadores de uma boa tarde de descanso vendo filmes ao invés de sempre pensar na cama com uma conotação sexual. Eles curtem o contato físico, uma conversa ou não, apenas ficar abraçados.

7 – Mulheres vestindo as roupas dele – é sexy, é divertido e eleva o grau de intimidade. Homens curtem quando você levanta e veste a roupa dele apenas por diversão, em especial após momentos bem íntimos. Também ajuda a manter vocês mais conectados.

8 – Encarar problemas com bom humor – mulheres que entram em pânico com pequenos problemas é uma boa pedida para deixar a relação mais prazerosa. Você não sabe o quanto é chato conviver com a pessoa que vê problema em tudo, não consegue relaxar e nem ao menos ver pontos positivos quando tudo está ruim.

9 – Falar de seus planos para ter filhos – eles podem não curtir conversar sobre quantos filhos querem ter, quando e sexo, mas a ideia de ser pais e saber que você está pronta para ter mães é uma boa pedida.

10 – Ouvir você perguntar como ele está – é alguém se preocupando com ele. Parece que não curtem, as vezes até fingem não gostar, mas curtem sim. Continue perguntando, mesmo que eles pareçam se esconder.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Tolerância nos dias 13 e 15 de março: O outro não é seu inimigo

Política é bom e é sensacional que as pessoas estejam vivendo, fazendo e respirando política.

Mas, como já disse aqui durante aquela zorra em que se transformaram as eleições do ano passado, fazer política significa também estômago forte e alma tranquila, considerando que está em jogo a forma pela qual achamos que o país deve ser conduzido.

Ou seja, em tese, o seu interlocutor – seja ele um avatar estranho teclando loucamente em uma rede social ou o seu melhor amigo lançando perdigotos em um debate acalorado – não é seu inimigo. Ele está no mesmo barco e, também em tese (ok, pelo menos em tese), compartilha com você um mesmo objetivo comum: uma vida melhor.

Enfim, manter um mínimo de civilidade é importante, como sempre lembro por aqui. Até porque a vida continua depois que as faixas e cartazes forem recolhidos. Tomo a liberdade, portanto, neste momento de ânimos exaltados, de retomar o que já escrevi sobre o tema.

Pois você fica satisfeito em só ter amigos e amigas que concordam com você? Se sim, pense em como isso é triste! Há pessoas que parecem não aceitar serem questionadas. Talvez para afastar os medos e inseguranças sobre suas próprias crenças.

Acredito que meu ponto de vista está correto. E defendo-o de corpo e alma. Mas sei que isso não faz dele o único. Uma outra pessoa pode defender que a forma mais correta de acabar com a fome, a violência, as guerras, a injustiça seja por outro caminho. Já encontrei respostas para indagações pessoais em pessoas que escrevem sob um ponto de vista totalmente diferente do meu. E, creio, que o mesmo já aconteceu.

Desse enfrentamento de ideias e de propostas sairá um vetor resultante que apontará para uma direção, dependendo da correlação de forças envolvidas, dos atores dedicados a isso, da aceitação dessas propostas pelo restante de uma sociedade.

Eu sei que é duro acreditar nisso neste momento, com manifestações praticamente antagônicas marcadas com dois dias de distância. E, pior: com as redes sociais distribuindo granadas à população para que entre em uma guerra fratricida.

Mas vamos discutir os argumentos que embasam as diferentes posições e não chamar o outro de canalha ou burro, esquerdista idiota ou direita fascista, e travar por aí a discussão. A saída para contrapor uma voz não é um xingamento, mas sim outra voz.

Discordo o que defendem vários veículos de comunicação ou colegas de profissão, mas não quero que eles fechem ou sejam atacados. Pelo contrário, desejo que se fortaleçam, bem como as vozes dissonantes a eles, de forma a contemplar devidamente o espectro ideológico, garantindo ponto e contraponto, peso e contrapeso à democracia.

Repetindo Voltaire, discordo, mas defendo o direito de que seja dito. Lembrando, contudo, que os discursos que incitarem a violência a terceiros, indo contra o que está determinado pela Constituição, terão que responder legalmente após serem ditos. Nunca antes, pois isso seria censura.

Muitos simplesmente repetem mentiras que leem na internet, ouvem em bares ou veem na igreja e não param para pensar se concordam ou não realmente com aquilo. É um Fla-Flu, um nós contra eles cego, que utiliza técnica de desumanização, tornando esse outro uma coisa sem sentimentos.

É mais fácil pensar de forma binária, preto no branco, os de lá, os de cá. “Ah, mas você faz isso, japs!'' Todos nós em alguma medida fazemos, infelizmente. Mas é como percebemos isso e atuamos para mudar nossas atitudes que realmente conta. Afinal, ninguém nasce pronto.

Pois, caso contrário, a vida vai ficando mais pobre, paramos de evoluir como humanidade. Do outro lado sempre estará um monstro e do lado de cá os santos. Isso sem contar a impossibilidade de apreciar tudo o que o outro tem de melhor – do ombro amigo à conversa inflamada em uma mesa de bar.

Sugiro para esta sexta (13) e domingo (15), que busquem a tolerância no diálogo, mesmo que firme e duro, e se perguntem se acham que estão certos a todo o momento, uma vez que nossa natureza não de certezas e sim de dúvidas e falhas que só poderão ser melhor percebidas no tempo histórico.

Fonte: Blog do Sakamoto/Uol, 13/03/15

Ministro diz que protestos pró-impeachment de Dilma cheiram a "golpe"

O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse nesta quinta-feira que protestos para defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff cheiram a "golpe" e isso é "inadmissível".
Pepe Vargas, Ministro das
Relações Institucionais
A avaliação do ministro, que é responsável pela articulação política do governo, ocorre três dias antes das manifestações contra a petista que estão sendo convocadas no Brasil inteiro, e um dia depois do PSDB, maior partido de oposição, ter chamado sua militância para integrar os protestos.

"Há uma presidente no exercício do seu cargo e ungida pelas urnas. E falar em impeachment, com todo respeito, é desrespeitar a vontade majoritária da população brasileira que foi às urnas, é algo que cheira a golpe e isso é inadmissível", disse o ministro a jornalistas nesta quinta-feira, após participar de um café da manhã com líderes aliados da Câmara.

Questionado se todos que forem às ruas no domingo pedindo o impeachment seriam golpistas, o ministro afirmou que não acredita que só haverá manifestantes pedindo isso nas ruas.

"Acho que não vai todo mundo para a rua no domingo a favor do impeachment. Essa é a tese de alguns da oposição sim", argumentou.

Pepe é o primeiro ministro a classificar as manifestações pró-impeachment como "golpe". Esta semana, a presidente e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disseram que a contestação do resultado das urnas seria um "terceiro turno" das eleições.

A manifestação do ministro ocorre um dia depois de o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), convocar a militância tucana para ir às ruas protestar contra o governo.

Aécio, que perdeu as eleições presidenciais no segundo turno para Dilma, disse que não irá aos protestos para não reforçar o discurso de terceiro turno do governo.

O governo acompanha com apreensão as manifestações convocadas para domingo, ainda mais depois de a presidente ter sido vítima de protestos e panelaços em várias cidades do país enquanto fazia um pronunciamento na TV no último domingo.

Uma fonte do governo disse à Reuters, sob condição de anonimato, que Dilma pediu aos principais ministros que permaneçam em Brasília no domingo para analisar a repercussão e o impacto das manifestações.

Uma outra fonte do Palácio do Planalto afirmou à Reuters, também pedindo para não ter seu nome revelado, que o governo está monitorando nas redes sociais as convocações para os protestos.

"O que estamos vendo é que há muitos robôs operando nas convocações e tentando inflar os protestos", disse a fonte.

Dilma enfrentará a onda de protestos no momento em que o governo passa por uma crise política com o Congresso, tenta levar adiante uma série de medidas para fazer um forte ajuste fiscal e vê sua popularidade no menor nível.

Uma pesquisa do instituto Datafolha mostrou no começo de janeiro que apenas 23 por cento da população considera a gestão da petista como ótima ou boa.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

Povo corrupto por natureza

Ninguém abriu as portas para corrupção, é que o povo brasileiro por natureza já e corrupto mesmo. Seja para conseguir um documento com maior facilidade ou qualquer outras pequenas coisas. Se for possível facilitar, vamos fazer. Temos a mania de colocar a culpa em alguém, ou em algum sistema. O problema somos nós mesmos e ponto final. Comentário de Ademar de Oliveira em "Decreto da época de FHC abriu porta para corrupção na Petrobras, diz Cunha", Msn, 12/03/15

Decreto da época de FHC abriu porta para corrupção na Petrobras, diz Cunha

Em depoimento à CPI da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que decreto editado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso permitiu a instituição de esquema de corrupção na estatal.

Segundo Cunha, o decreto que modificou a lei de licitações na empresa foi o “fato motivador” que resultou na formação de cartel e de irregularidades em contratos da estatal.

“No meu ponto de vista pessoal, a razão do esquema de corrupção na Petrobras se deu pela mudança da regra de licitações”, afirmou.

“Foi exclusivamente por decreto da Presidência da República, não foi na Presidência atual, foi ainda na época do governo de Fernando Henrique”, disse o presidente à CPI, acrescentando que o conceito da mudança visava dar agilidade para que a Petrobras pudesse competir internacionalmente.

“(O decreto) foi a porta aberta para que se permitisse instalar uma possível lista de privilegiadas na execução de obras e serviços na Petrobras”, acrescentou.

A CPI, assim como a Justiça, apuram a existência de esquema de corrupção na Petrobras envolvendo pagamento de propina em contratos de três diretorias, em benefício de políticos e partidos.

Cunha, assim como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), figura em lista de 49 pessoas --47 deles políticos, com ou sem mandato--, que passaram a ser investigadas a partir de autorização do STF após pedido de abertura de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última semana, para apurar suposto envolvimento em esquema.

 Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ)  depõe na CPI da Petrobras
 
© REUTERS/Ueslei Marcelino
Cunha aproveitou seu depoimento para questionar o que considera uma condução política do caso pelo procurador-geral, afirmando que sua inclusão na lista ocorreu de foma "irresponsável e leviana”.

O presidente da Câmara sugeriu ainda que o Legislativo mude as regras para vedar a possibilidade de recondução ao cargo de procurador-geral. Atualmente, o procurador-geral depende do poder Executivo para condução à sua reeleição.

“Caberia a nós, até, mudarmos a legislação para vedar a recondução. Para dar isenção. Para ele, no exercício de sua função, não ter que agradar a quem quer que seja. Seja quem vai reconduzi-lo ou seja quem aprová-lo na Casa competente.”

Embora o clima na CPI fosse de elogios a Cunha --tanto de oposicionistas quanto de governistas --, alguns, como a deputada Maria do Rosário (PT-RS) discordou e disse não acreditar em politização dos atos do procurador.

Já o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), em coro com os que teciam elogios a Cunha, apresentou requerimento, qua ainda precisa ser votado, pedindo a quebra dos sigilos telefônicos de Janot e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Cunha, por sua vez, afirmou que não colocaria seus sigilos à disposição para não fazer “bravata” ou “constranger” outros investigados, que poderiam sentir-se na obrigação de fazer o mesmo. Ressaltou, no entanto, que sua declaração fiscal já é pública e que se a CPI assim entender, poderá quebrar os sigilos.

Fonte: Msn, 12/03/15