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quinta-feira, 24 de julho de 2014
Destroços de avião da Argélia que estava desaparecido são encontrados no Mali
Mapa mostra trajeto do voo AH5017, que partiu de Uagadugu, capital de Burkina Faso, em direção a Argel, capital da Argélia. De acordo com autoridades aéreas, o avião da empresa espanhola Swiftair estava com 116 pessoas a bordo. Ainda não há informações sobre mortos ou feridos Arte UOL
Equipes francesas estacionadas no Mali localizaram nesta quinta-feira (24) os destroços do avião da companhia aérea Air Algérie que havia sumido dos radares 50 minutos após a decolagem. O voo AH5017 havia partido de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, em direção a Argel, capital argelina.
Os destroços foram encontrados em Tilemsi, no meio do caminho entre as cidades de Gao e Kidal, uma zona desértica de acesso difícil.
"Os serviços de navegação aérea perderam o contato com um avião da Air Algérie que voava nesta quinta-feira de Uagadugu a Argel, 50 minutos após a decolagem", anunciou a companhia aérea, cujas informações foram divulgadas pela APS, agência estatal de notícias da Argélia.
Avião com 116 pessoas a bordo cai na África
A aeronave teria caído em Kidal, no Mali; jatos franceses foram encaminhadas à região para voos de reconhecimento
O avião da Air Algérie que estava desaparecido após perder contato nesta quinta-feira com 116 pessoas a bordo caiu, confirmaram autoridades envolvidas na investigação. Até o início da tarde, não havia confirmação oficial de mortos e causas do acidente.
A aeronave, que fazia o voo AH5017 de Burkina Faso à Argélia, teria caído na região de Kidal, no Mali. Dos 116 a bordo, 110 eram passageiros e 6, membros da tripulação; mais cedo, a companhia, através da agência estatal APS, havia informado que havia 119 pessoas viajando no avião.
Segundo uma autoridade da aviação civil argelina, o último contato com o avião ocorreu 50 minutos após a decolagem, que aconteceu à 1h17 locais (21h17 em Brasília), quando sobrevoava a cidade de Gao, no Mali. No entanto, autoridades da aviação em Burkina Fasso afirmaram ter passado o controle do avião para a torre de Niamey, no Níger, à 2h38 (22h38 em Brasília), tendo perdido o contato com o aparelho logo depois das 4h30 locais (0h30).
Entre os passageiros havia 51 franceses, 24 burquineses, 8 libaneses, 6 argelinos, 5 canadenses e 4 alemães, informou a empresa aérea argelina. Também viajavam um cidadão suíço, um belga, um camaronês, um ucraniano, um egípcio, um nigeriano e um malinês, além de uma tripulação composta por seis espanhóis. O avião que operava este voo entre Burkina Fasso e Argélia pertencia à companhia espanhola Swiftair.
Um funcionário argelino chegou a afirmar ao jornal inglês The Mirror que, em seu último contato, o avião estaria sobrevoando a cidade de Gao, no Mali, quando o piloto pediu para desviar da rota devido ao tempo ruim e má visibilidade. Segundo a agência de notícias argelina APS, a Air Algérie chegou a executar seu plano de emergência para lidar com alguma situação anormal durante o voo.
Terceiro acidente em uma semana
Em uma semana, este é o terceiro incidente envolvendo aviões internacionais. Na última quinta-feira, um avião da Malaysia Airlines caiu no leste da Ucrânia com quase 300 pessoas a bordo, derrubado por um míssil. Nessa quarta-feira, um avião da TransAsia Airlines sofreu um acidente que matou pelo menos 48 pessoas em Taiwan, após uma tentativa de pouso forçado pelo mau tempo na região.
Há quase quatro meses, outro Boeing da empresa Malaysia Airlines desapareceu após sair da capital Kuala Lumpur, Malásia, e ia em direção à China. Os restos do avião ainda não foram encontrados.
Em fevereiro deste ano, um Hercule C-130 da companhia Air Argelie que voava entre Tamanrasset (2.000 km ao sul de Argel) e Constantine (450 km a leste de Argel) caiu pouco antes de sua aterrissagem, fazendo 76 mortos. Um passageiro sobreviveu.
Fonte: IstoÉ Online, 24/07/14
Premiê da Ucrânia renuncia ao cargo em meio a crise política
Arseni Yatseniuk anunciou decisão enquanto o país lida com um conflito armado com os separatistas pró-russos
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia, denunciando a dissolução da coalizão governamental no Parlamento, em plena crise econômica e em meio a um conflito armado com os separatistas pró-russos. "Eu anuncio a minha renúncia, dada a dissolução da coalizão parlamentar, o que bloqueia as iniciativas governamentais", declarou Yatseniuk, denunciando um "crime político e moral".
Pouco antes, o presidente da Assembleia, Olexander Turchynov, declarou que "a coalizão parlamentar 'Escolha europeia' deixou de existir no Parlamento", o que abre caminho para eleições antecipadas. Mais cedo, no início do dia, dois partidos políticos ucranianos, Udar, do ex-boxeador Vitali Klitschko, aliado do presidente Petro Poroshenko, e Svoboda (Liberdade, direita nacionalista) anunciaram sua retirada da coalizão governista.
O presidente Poroshenko, que prometeu eleições legislativas antecipadas logo após sua eleição, em 25 de maio, saudou a decisão dos dois grupos. "Esta atitude mostra que uma parte dos deputados não está agarrada aos seus assentos e está ciente do sentimento dos eleitores", ressaltou em um comunicado.
"Todas as pesquisas e todos os encontros com pessoas mostram que a sociedade deseja uma revisão completa do poder", continuou ele, citando o slogan preferido do Maidan, o movimento pró-europeu e anti-corrupção que derrubou em fevereiro o regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovytch.
Muitos ex-aliados deste último seguem no Parlamento, incluindo os comunistas acusados de apoiar os separatistas pró-russos e cujo grupo parlamentar foi dissolvido nesta quinta-feira pelo presidente do Parlamento.
As eleições antecipadas devem permitir que o presidente Poroshenko constitua uma sólida maioria, capitalizando seu sucesso na eleição presidencial, onde recebeu quase 55% dos votos. No entanto, para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas a Assembleia deve oficialmente constatar que o governo de coalizão deixou de existir depois de trinta dias e que neste período não pode ser reformulado.
Quando essas condições forem atendidas, o presidente pode convocar as legislativas, a serem realizadas dois meses depois. Udar e Svoboda apoiam este projeto, enquanto que um terceiro grupo, a mais importante formação da atual coalizão, o partido Batkivchtchina (Pátria) de Yulia Tymoshenko, se opõe.
Fonte: IstoÉ Online, 24/04/14
Governo refuta dados e diz que Brasil estaria em 67º no IDH
Ministros dizem que relatório da ONU utiliza dados desatualizados; País ficou em 79º no rankingTerra
O governo federal afirmou nesta quinta-feira que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil subiria de 0,744 para 0,764, passando virtualmente de 79º para a 67º no ranking de 187 países divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O recálculo do governo não leva em conta como os outros países ficariam na lista se alterados os índices.
“Nós reconhecemos a complexidade de fazer um relatório de mais de 180 países e da necessidade que se tenha parâmetro para permitir que sejam comparáveis. Ocorre que o Brasil tem dados disponíveis no relatório e outros países tem dados mais atualizados. Nós temos dados no relatório que são de 2009 e vários países contam com dados de 2012”, disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.
Para o governo, o Pnud levou em conta os dados de renda de 2012, mas não considerou números atualizados da educação e da saúde. Em entrevista coletiva concedida nesta manhã, ministros do governo Dilma Rousseff afirmaram que o indicador de expectativa de vida usado foi o de 2010 e a média de anos de estudo da população é de 2009, sendo que há informações mais novas disponíveis.
“O IDH brasileiro não reflete o que aconteceu nos últimos quatro anos, porque os dados estão desatualizados”, disse a ministra. "Há muitos países que têm dados disponíveis de 2012. O Brasil quer ser medido e avaliado por indicadores atuais, e não de 2009", acrescentou.
Com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012, a expectativa de vida atual do brasileiro é de 74,8 anos, e não 73,9, como aponta o relatório do Pnud; os anos esperados de escolaridade passariam de 15,2 para 16,3; e a média de anos de estudo subiria de 7,2 para 7,6.
Apesar de contestar os dados, o governo comemorou a melhora no IDH e as diversas citações do país como exemplo em políticas sociais e ações em resposta à crise de 2008.
Embora o relatório mostre o Brasil como um país desigual, o governo considerou que o índice que aponta o problema vem caindo. O IDH ajustado à desigualdade em 2006 era de 29,6% e passou para 27% em 2013. Dados oficiais mostram que a renda entre os 5% mais pobres cresceu 20,1%.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, também comemorou o aumento de 11 anos na expectativa de vida do brasileiro desde 1980 e apresentou políticas públicas que repercutiram na melhora do índice. O Brasil, no entanto, apresenta expectativa de vida menor que de países como a Líbia (75,3 anos), palco recente de uma guerra civil.
Apesar de o Brasil não ser uma zona de conflito, o ministro lembrou que fatores externos, como homicídios e acidentes de trânsito contribuem para que o índice não seja mais elevado.
“Nós não vivemos um conflito, mas é absolutamente considerável as situações que temos em homicídio em relação aos adultos jovens do sexo masculino e os problemas de acidentes de trânsito que ainda tem um impacto”, disse o ministro.
Fonte: IstoÉOnline, 24/07/14
Dilma lidera entre os mais pobres, mas perde para Aécio entre os ricos
Conclusão óbvia é a favorita nesta eleição para presidente da República
Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (22) mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, tem 38% das intenções de voto. O senador Aécio Neves, candidato do PSDB, aparece em segundo lugar com 22%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) é o terceiro colocado, com 8%.
O Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios entre 18 e 21 de julho. A margem de erro é dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Contratada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-00235/2014.
Dilma tem o melhor desempenho entre os mais pobres, mas perde para Aécio entre os mais ricos.
Fonte: O Quaro Poder, 23/07/14
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Acusado de mandar matar advogada em Itaituba, será ouvido amanhã, pela Justiça
O advogado Altair Santos será ouvido nesta quinta-feira (24) durante a audiência de instrução sobre o assassinato da advogada Leda Martha Lucyk dos Santos, da filha de 9 anos e da secretária, Hellen Taynara Siqueira Branco. Altair é ex-marido da advogada e acusado de ser o mandante do crime.
A audiência ocorrerá no Fórum da Comarca do município de Itaituba, localizado na região sudoeste do Pará. Ao todo, mais de vinte testemunhas serão ouvidas, entre acusação e defesa. Por fim, haverá a qualificação e interrogatório do acusado.
A presidente da subseção da OAB em Itaituba, Cristina Bueno, afirma que há elementos suficientes para que o ex-marido de Leda Martha seja pronunciado. “Nós entendemos que não há dúvida quanto ao envolvimento dele no crime. A Leda não tinha desafetos, não tinha inimigos. Por conta disso, entendemos que o ex-marido idealizou tudo”.
As três vítimas foram assassinadas no dia 22 de fevereiro deste ano. No dia 25 de fevereiro, o ex-marido de Leda foi preso pela Polícia Civil do Pará, após ter a prisão temporária decretada.
No decorrer das investigações, Dejacir Ferreira de Souza foi apontado como executor dos homicídios. Ele foi reconhecido por meio das imagens gravadas em circuito interno. Ele está foragido.
Fonte: DOL com informações da OAB-PA, 23/07/14
Escritor e dramaturgo Ariano Suassuna morre aos 87 anos
O autor estava internado na UTI Neurológica do Real Hospital Português, após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico
O escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, 87 anos, morreu nesta quarta-feira (23/7), no Recife-PE, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) Hemorrágico. Suassuna foi internado no Real Hospital Português, às 20h de segunda-feira (21) com um sangramento intracraniano. Ele foi levado para a sala de cirurgia em um procedimento emergencial. Em agosto do ano passado, o escritor sofreu infarto e AVC em intervalo de uma semana. O corpo será velado à partir das 23h, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. O sepultamento ocorrerá no Morada da Paz, em Paulista, às 16h.
Em abril deste ano, Ariano foi aplaudido de pé ao entrar no auditório do Museu Nacional, onde recebeu homenagem na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Ele prendeu a atenção do público durante a aula-espetáculo que, como todas as outras que fez durante a vida, teve por mote a valorização da cultura popular. Ariano reivindicava nas palestras o Brasil como berço de sua própria manifestação cultural.
Lúcido, Ariano concedeu entrevista exclusiva ao Correio na última vez em que esteve na capital federal. Falou sobre crenças, militância artística, e sobre o andamento do livro O jumento sedutor, que escrevia há mais de 30 anos.
Vida: presentes e perdas
O autor paraibano sempre foi muito interessado pelas relações humanas e acreditava que a convivência com os seres humanos poderia ser rica de significados e experiências. O talento, que descrevia como um dos presentes que ganhara de Deus, dava a ele a habilidade para transformar o modo como costumava ver os trâmites da vida em histórias, tanto no teatro como na literatura. "Acho a vida um espetáculo maravilhoso, tem momentos muito duros, mas a convivência com o ser humano é muito enriquecedora, muito boa."
Católico, Ariano levava para todos os lugares a imagem de Nossa Senhora gravada em uma medalha. Era ela que, segundo ele, mediava as conversas que tinha com Deus, principalmente, quando os pedidos eram muitos. "Converso muito com Deus, todos os dias. E entra muito assunto, muitos pedidos. Vergonhosamente, acho que tem mais pedido que agradecimento. Quando acho que estou incomodando muito, recorro a medianeira de todas as graças, que me acompanha a todo momento e para todo o lugar que vou, levo."
As perdas na vida de Ariano vieram cedo. Aos 3 anos de idade, o pai foi assassinado e esse episódio o marcaria pelo resto da vida. "Éramos nove irmãos e hoje somos quatro, ou seja, eu perdi cinco irmãos e de homem só restou eu. Essas foram as piores perdas, além de outras perdas familiares, como uma tia, porque sou um homem que teve duas mães. Além da perda da minha mãe, teve a perda dessa tia." Mas os presentes também vieram dentro da própria família. "Tive uma família maravilhosa, inclusive, meu pai exerceu uma grande influência, apesar de ter convivido tão pouco."
Prêmio Nobel
Ariano chegou a ser indicado pelo Senado Federal, em 2012, para concorrer à premiação. O nome de Suassuna foi defendido por ser um dos escritores brasileiros mais reconhecidos, mas principalmente pela valorização na sua obra da cultura nacional e, em especial, sertaneja. “Parece-me um prêmio político. Vou te dar um exemplo. O (político e primeiro-ministro britânico) Churchill, com todo seu pensamento belicista, começou a reivindicar, no fim da carreira, o Prêmio Nobel da paz. Ficaram com vergonha e deram o de literatura! (risos) Tolstói perdeu. Não deram. O jovem sueco (e dramaturgo Johan August) Strindberg ainda fez campanha, mas não deram. Acabaram dando para um outro sueco que só quem lembra o nome sou eu. Complicado. Problemas de geopolítica”, opinou o escritor.
Obras
ROMANCES
- O romance d'A pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. Rio, José Olympio, 1971; Agir, 2005
- História d'O rei degolado nas caatingas do sertão: ao sol da Onça Caetana. Recife, Diario de Pernambuco, 1975-1976; Rio, José Olympio, 1977
- As infâncias de Quaderna, Recife, Diario de Pernambuco, 1976-77 (folhetins semanais)
- Fernando e Isaura [1956],Recife, Bagaço, 1994
- História de amor de Fernando e Isaura, Rio de Janeiro, José Olympio, 2006
PEÇAS TEATRAIS
- Uma mulher vestida de sol – Recife, Imprensa Universitária 1964
- O auto da compadecida – Rio de Janeiro, Agir, 1957
- O casamento suspeitoso – Recife, Iguarassu, 1961
- O santo e a porca – Recife, Imprensa Universitária, 1964
- A pena e a lei – Rio de Janeiro, Agir, 1971; 2005
- A farsa da boa preguiça – Rio de Janeiro, José Olympio, 1974
- A história do amor de Romeu e Julieta – São Paulo, Folha de S. Paulo, 19/01/1997
Fonte: Correio Braziliense, 23/07/14
Para o Tribunal de Contas da União Dilma é inocente na compra de Pasadena
Para Corte de Contas, executivos devem ser responsabilizados por prejuízo de US$ 792,3 mi na compra da refinaria, em 2006
Rio - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou onesta quarta-feira, 23, por unanimidade, relatório que aponta prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobrás pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e isenta de responsabilidade a presidente da República Dilma Rousseff, que presidia o conselho de administração da estatal na época em que o negócio foi aprovado, em 2006.
Para o TCU, os possíveis responsáveis pelo prejuízo são o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, o ex-diretor internacional Nestor Cerveró e o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, alvo da Polícia Federal na Operação Lava Jato e acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro, e outros oito dirigentes da estatal.
Gabrielli, Cerveró e Costa compunham a cúpula, segundo o tribunal, que produziu documentos para embasar a aprovação da compra de Pasadena pelo conselho de administração.
O ministro José Jorge, autor do relatório acatado por seus colegas, disse que não incluiu os integrantes do conselho de administração entre os responsáveis porque, “neste momento”, quer focar a investigação nas “pessoas que realmente fizeram o negócio” com a empresa Astra, de origem belga.
Os 11 dirigentes da Petrobrás apontados como possíveis culpados pelo prejuízo terão seus bens bloqueados até que haja uma definição sobre eventuais ressarcimentos de valores aos cofres públicos. O prejuízo apontado pelo TCU, de US$ 792,3 milhões, é maior do que aquele que vinha sendo admitido pela Petrobrás, que falava em perdas de US$ 530 milhões.
'Distinto'. O conselho de administração da estatal, afirmou Jorge em seu relatório, está em “situação distinta” da diretoria executiva porque tomou a decisão com base em um resumo feito pela diretoria internacional, à época dirigida por Cerveró.
A decisão do TCU não é definitiva sobre a atribuição de culpa. O tribunal, agora, abrirá uma Tomada de Contas Especial para seguir as investigações. Esse procedimento não tem prazo definido para terminar, mas de acordo com o presidente da corte, Augusto Nardes, servirá para “aprofundar” as investigações.
Para a tomada de contas começar é preciso, primeiro, que a decisão seja oficialmente publicada e que as partes ofereçam suas explicações. Depois, a área técnica do TCU analisará os argumentos das defesas e apresentará um estudo para José Jorge produzir um novo relatório. Quando tudo isso terminar, o caso estará pronto, mais uma vez, para ser analisado pelo plenário. Aí sim haverá uma decisão final. Essa decisão será, posteriormente, encaminhada para o Ministério Público a fim de que medidas judiciais sejam tomadas.
O relatório apresentado por José Jorge surpreendeu a corte. Havia a expectativa de que ele recomendasse aos colegas a responsabilização da presidente. O Palácio do Planalto escalou o ministro José Múcio para convencer os colegas do TCU a votar pela isenção da presidente. Na terça, o chefe da Advocacia-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, fez périplo por todos os gabinetes do tribunal em defesa da presidente. “Fui discutir com os ministros a questão da própria decisão. É uma decisão que faz justiça, porque o conselho de administração, de fato, não esteve envolvido, não foi o responsável pela decisão 'negocial'”, afirmou Adams antes da decisão do plenário. / COLABORARAM ANDREZA MATAIS e FÁBIO FABRINI
Fonte: MSN, 23/07/14
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