segunda-feira, 25 de março de 2024

Temendo ser preso, Bolsonaro se refugiou na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval

Bolsonaro teve seu passaporte apreendido pela PF e quatro dias depois buscou abrigo na Embaixada da Hungria, onde não poderia ser preso por autoridades brasileiras

Brasil 247, 25/03/2024, 14:26 hAtualizado em 25 de março de 2024, 15:02 h
Foto: Reprodução)





O jornal norte-americano The New York Times revelou que Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação. Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, Bolsonaro foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14.

Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.

O The New York Times realizou uma análise detalhada das imagens das câmeras de segurança da embaixada, confirmando a presença de Bolsonaro durante o período de sua estadia. Além disso, a verificação das imagens foi complementada por evidências adicionais, incluindo dados de satélite que mostraram o veículo utilizado por Bolsonaro estacionado na garagem da embaixada durante sua visita. Um funcionário da embaixada húngara, que preferiu permanecer anônimo, confirmou a cooperação na acolhida de Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto, assim como a Embaixada da Hungria.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Imagens de satélite mostram 35% das construções de Gaza destruídas por ataques israelenses, diz ONU

Segundo o Centro de Satélites das Nações Unidas (UNOSAT), 88.868 estruturas foram danificadas ou destruídas

21 de março de 2024, 09:39 h
  •      Faixa de Gaza. Foto: Reuters
Reuters - Imagens de satélite analisadas pelo Centro de Satélites das Nações Unidas mostram que 35% das construções da Faixa de Gaza foram destruídas ou danificadas na ofensiva de Israel no enclave palestino.

O ataque israelense, lançado em resposta aos ataques de militantes do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, matou cerca de 32.000 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde do território administrado pelo Hamas.

Em sua avaliação, o Centro de Satélites das Nações Unidas, UNOSAT, usou imagens de satélite de alta resolução coletadas em 29 de fevereiro e as comparou com imagens tiradas antes e depois do início do último conflito.

A análise constatou que 35% de todas as construções na Faixa de Gaza - 88.868 estruturas - foram danificadas ou destruídas.

Entre elas, foram identificadas 31.198 estruturas como destruídas, 16.908 como severamente danificadas e 40.762 como moderadamente danificadas.

Isso representa um aumento de quase 20.000 estruturas danificadas em comparação com a avaliação anterior feita com base em imagens tiradas em janeiro, que mostrou que 30% de todas as construções haviam sido danificadas ou destruídas, disse a UNOSAT.