domingo, 2 de julho de 2017

Justiça estrangeira assalta a soberania nacional

É a elite do Mundinho Falcao, de Gabriela...

                                                                                   (*)Francisco Carlos Teixeira da Silva

Conversa Afiada, 02/07/2017
Para Moro, o Alt. Othon é 3,7 vezes pior que o Cunha (Reprodução/Defesa Aérea Naval)

O Conversa Afiada reproduz artigo de Francisco Carlos Teixeira (*) publicado pelo Tijolaço:

Muitos brasileiros tinham esperança, ou ao menos expectativas, na atuação da Justiça. Mesmo sabendo que os tribunais brasileiros são lentos, formais e que se expressam num leguleio que poucos entendem – mesmo assim! – esses brasileiros tinham esperanças. Não podíamos crer, materializar, o dito antigo de que a Justiça no Brasil é feita – e com dureza! – apenas para ladrão de galinhas. “Para os amigos tudo, para os inimigos a Lei!”.

Muito menos podíamos imaginar que seria através de tribunais brasileiros que interesses estrangeiros declarariam guerra ao Brasil.

Uma guerra de novo tipo: uma guerra sem guerra, ou seja, uma guerra que usa meios não-bélicos para destruir, solapar, aniquilar a capacidade do adversário. Assim, utilizando-se de modernos meios tecnológicos – mídias digitais, propaganda massiva, formação de quadros de elite em universidades estrangerias, sistemas de estágios e bolsas de estudos em centros de treinamentos, etc… arma-se uma elite para atuar a serviço, consciente ou inconscientemente, desse poder estrangeiro.

O Brasil não seria o primeiro alvo. Na verdade Ucrânia, Líbia, Egito, Tunísia, Síria, Geórgia e Turquia foram alvos anteriores desse modelo novo de guerra – uma guerra que não precisava recorrer aos custosos meios tradicionais de luta com canhões, bombardeios e destruição de cidades. Podia-se fazer a guerra a bem dizer… sem guerra. Por outros meios. Não era exatamente uma “guerra híbrida” ainda. A guerra híbrida misturaria meios novos e meios tradicionais. Por enquanto, nas chamadas “primaveras”, a guerra seria “sem guerra”.

Para funcionar a “guerra sem guerra”, precisa-se conhecer bem o ponto fraco do inimigo. No caso brasileiro foi fácil: homens do talho de Victor Nunes Leal e Raymundo Faoro já apontavam para a chaga aberta do país – o caráter patrimonial do Estado brasileiro. O patrimonialismo, no perfeito conceito de Max Weber, permitiu que uma elite parasitária colonizasse o Estado e cooptasse tudo e todos que se apresentem como “o novo”, “o transformador”, “o renovador”. Trata-se do velho “transformismo” das elites, e de seu poder de cooptação, tão bem descrito por Jorge Amado em seu personagem “Doutor Mundinho”, de “Gabriela, Cravo e cCanela”.

Cabia,assim, utilizar-se dos males propiciados pela elite corrompida do país como brecha para iniciar o ataque à soberania nacional. O interessante é que tal ataque a nossa soberania seria feita pela parcela, aparentemente, não corrompida dessa mesma elite. Estrangeirada, imbuída do élan “renovador”, tal elite embora inteiramente colonizada, vestida, como no dizer de Frantz Fanon, com a máscara do colonizador para impor ao seu próprio povo um modelo importado e alienado. A elite “renovadora”, capacitada em centros estrangeiros,em nome de uma pureza que só o “outro perfeito”, “o estrangeiro”, “o espelho” em que devemos nos mirar e, assim, deixar de ser o que somos para ser a cópia mascarada do “Outro” colonizador, renega sua própria gente, sua história e suas tradições.

Com tudo isso destrói as bases da própria soberania nacional.

A Operação Lava-Jato abriu, sim, para muitos, a esperança de que as coisas mudariam: o patrimonialismo de mais de quatro séculos seria arrancado pelas raízes e o país seria “passado a limpo” – mas, infelizmente, só miravam no espelho do Outro, do estrangeiro. Depois de seus cursos e estágios no exterior se sentiam prontos para a hercúlea tarefa de “limpar” o Estado brasileiro, tomando-a como “missão”. De qualquer ponto que puxassem o fio viria o novelo de pecados da história-pátria: propinas, sinecuras, prebendas, filhotismo, estelionato, favoritismo, peculato, e tanto mais… Contra uma “história feia”, a nossa, a da própria pátria, considerada viciosa, antepunham a história virtuosa d´“Outro”, sem saber que a história desse “Outro” é uma pura construção mítica, ideológica, benzida na pia da religião.

Incultos na sua erudição, tomaram o mito d´Outro como história.

Iniciaram-se, então, os procedimentos jurídicos, o flanco da “guerra sem guerra”, a primavera do Brasil: afinal poderosos iriam para prisão. E realmente foram. Foram mesmo? Bem, Eduardo Cunha – uma unanimidade nacional, uma espécie de “meu malvado predileto” da Nação – mas, só depois que cumpriu seu papel, o de defenestrar Dilma Rousseff do seu cargo via acusações que seriam nos meses seguintes “fichinha”, “crime” de freira de colégio interno, face ao chorume a vazar do Congresso Nacional nos meses seguintes ao seu impeachment.

Bom, prendeu-se Cunha com seu aspecto melífluo, sua voz dissimulada, suas mãos felinas e seu cabelo oleoso e com aparência de caspa severa – está lá! Condenado a 15 anos de prisão! No entanto, sua esposa – uma jornalista de grande experiência foi considerada inocente, pois não sabia de onde caía o dinheiro no seu generoso cartão de crédito… Há quem mais? Ah, não… Esse está livre; este outro… Fez delação e foi solto; aquele… hum, foi liberado e…. acolá outrem está em prisão domiciliar.

O próprio Cunha é personagem central de tramas noturnas da República e continua sendo personagem central no “esquema” (ou será “organização”, um sinônimo talvez de “quadrilha”) que sustenta com propinas e malas cheias o presidente em exercício. Portanto, é, em verdade, um homem mais livre que a maioria dos 204 milhões de brasileiros que não escolheram seu presidente e com passes de equilibrista esticam seus salários até o mês seguinte!

Ah, temos sim um prisioneiro da Lava-Jato: o Almirante Othon Silva, condenado a 43 anos de reclusão. Um homem que prestou inúmeros serviços à Pátria, que enfrentou terríveis forças internacionais para dotar o país de uma tecnologia única e avançada, resistindo heroicamente às pressões ocultas de grandes potências. Envergonhado, após a prisão, tentou o suicídio. Mostra caráter! Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, qual outro político escreveu sequer uma linha de arrependimento? Nada!

Muito pelo contrário continuam, com recursos escusos, conspirando contra a ordem constitucional da República. No entanto o tribunal entendeu que o homem que dotou o país de alta e exclusiva tecnologia de ponta, um saber estratégico para a Nação, merecia uma pena 3.7 vezes superior ao mago do mal que presidiu o Congresso Nacional, o senhor Eduardo Cunha. Decidiu-se punir um Almirante muito mais do que quaisquer um dos malfeitores que roubam não só o dinheiro, mas principalmente o bem maior do povo, roubam o voto dos cidadãos.

Temos, contudo, como explicar mais esse paradoxo: como permitir que um país com tantas riquezas como o Brasil pudesse se dotar de uma tecnologia nuclear autônoma? Tinha-se que exemplificar em alguém o castigo para parar, deter e nunca mais permitir a ousadia de uma mera colônia neo-extrativista de ser, de fato, um país verdadeiramente soberano.

Como se não bastasse, o mesmo tribunal, aliado a governos estrangeiros, condenam as empresas brasileiras. Isso mesmo, as empresas. Não condenam apenas os executivos responsáveis pelos atos de corrupção, condenam as empresas. Ou seja, em vez de julgar “CPFs”, o tribunal julga “CNPJs”. Condenando as empresas com multas bilionárias a serem pagas a governos estrangeiros, conseguem gerar desemprego massivo, destruição de postos de trabalho, extinção de modernas tecnologias, subdesenvolvimento e a retirada do Brasil de mercados duramente conquistados. E os executivos? Bem, esses são “premiados” e vão para casa! Uma tornozeleira aqui, outra ali; uma retenção de passaporte de um e de outro não… e para outros nenhuma punição! Ou seja, as empresas, os “CNPJs”, são condenadas, caminham para extinção, o desemprego campeia, os trabalhadores sofrem e os executivos – “CEOs”, gostam de dizer! – vivem feliz o resto da história!

Nem as empresas que colaboraram, e mesmo colocaram em funcionamento o Holocausto durante o Terceiro Reich, foram punidas desta forma. A punição recai sobre seus proprietários e executivos e hoje são orgulho da nova Alemanha. Aqui, como se não bastasse a contaminação de valores intangíveis das empresas, devora-se a própria capacidade das empresas sobreviverem. Assim, a engenharia, a pesquisa geológica, a mineral, agropecuária, ferroviária, a engenharia de alimentos, os laboratórios das universidades, transportes e logística passam a ser alvo de uma operação profunda de desmonte.

Enquanto isso, outros produtores/fornecedores internacionais, concorrentes do Brasil, ocupam fatias crescentes de mercados tradicionalmente do país. A capacidade de agregação de valor despenca e cada vez mais nos aproximamos de uma situação de colônia neo-extrativista.

Trava-se, assim, uma “guerra sem guerra” na qual o futuro da soberania nacional está em jogo. E o mais triste de tudo é que o povo brasileiro nada sabe sobre guerras.

(*)Francisco Carlos Teixeira da Silva é professor titular e História Moderna e Contemporânea da UFRJ e do departamento de História da UCAM. Foi o fundador do Laboratório de Estudos Presente e da Rede Brasil de Estudos do Tempo Presente; Professor-Emérito de Estratégia Internacional da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro

Rapidinhas

Temer, acuado, pode buscar uma solução negociada  Desesperado, Temer está fazendo o diabo para permanecer no cargo, agora não mais pelo apego ao poder, mas pelo temor de ser arrancado do Planalto e conduzido direto para a prisão.

O fim de Temer  O Brasil não suporta mais a gangue que despreza o nosso futuro e nos constrange diariamente. Por onde Temer viaja como chefe de Estado, um colar de vexames é detalhado pela imprensa. Erra nomes de outros líderes e até de países.

República às favas. Os encontros imorais de Temer e Gilmar  Julgador e julgado, ao se encontrarem sorrateiramente, não apenas implodem uma República já em frangalhos, promovendo uma influência mútua no poder alheio, como acabam de vez com qualquer esperança de moralidade deste governo.

Deleções premiadas: publicidade ou sigilo? Homologação: poderes e limites do pleno do STF  O princípio da publicidade existe para vedar o obstáculo ao conhecimento. Todos têm o direito de acesso aos atos do processo, exatamente como meio de se ofertar transparência à atividade jurisdicional e evitar o tráfico de influências que impeça a desejada aproximação da verdade dos fatos nos lindes do princípio da verdade real. 

Saída de Temer resolve a crise  Procurador-geral da República não está denunciando Temer ao STF por questões administrativas, como as chamadas "pedaladas fiscais", usadas como justificativa para cassar a presidenta eleita Dilma Rousseff. O crime tem natureza penal. Há mala de dinheiro e valores na conta bancária.

A ficção de Michel Temer  Para se defender com a maior cara de madeira, que não tem outra, o presidente Michel Temer valeu-se de um erro comum em políticos profissionais e até em jornalistas. A saber, que o outro nome da mentira é ficção.

Filme da lava jato precisa de uma sentença condenatória de Lula  Se o juiz Sérgio Moro decidir pela absolvição de Lula, como exige o PT, vai "queimar o filme" com os patrocinadores, que, secretamente, estima-se, investiram mais de R$ 15 milhões na produção.

Uma grave geopolítica  A trágica Era Temer nos lega apenas e, tão somente, miséria, muito mais conflitos sociais e um lugar menor e bem mais subalterno no plano das economias internacionais.

Moro mantém Vaccari na prisão por ser inimigo do PT, do Lula e alicerce do golpe violador do Estado de Direito  Juiz injusto, partidário, ideológico, parcial e seletivo, que atende pelo nome de Sérgio Moro, continua a fazer covardias e a julgar e a prender pessoas que comprovaram não ter cometido crimes, a não ser participar dos governos do PT ou ser membro do partido ou aliado.

Greve geral, arma democrática do trabalhador  A greve geral se apoia, portanto, em fatores objetivos, para reverter a visão neoliberal suicida, que tomou conta do País graças à ilegitimidade do Governo Temer, dissociado dos verdadeiros interesses populares, sendo um perigo para a soberania nacional.

Tchau desquerido  Uma das coisas mais sobrenaturais desse (des) governo, foi o sancionamento imediato da lei que legaliza abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso, motivo pelo qual uma plêiade de injustos utilizou-se para defenestrar Dilma Rousseff do poder. Ou seja, na era Dilma isso era crime de responsabilidade – mesmo sem o aval do MPF – mas para quem não deve (?), não há nada (ou havia) a Temer.

Rocha Loures, o homem-bomba, jura que não delata Temer. Será?  Se Rocha Loures delatasse, com certeza, abreviaria a “agonia” de Temer e o sofrimento do povo brasileiro.

Golpista Michel Temer vai fazer pedaladas  O pretexto que os golpistas encontraram para afastarem a presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República foi a questão das pedaladas fiscais. Pois bem, agora, o golpista Michel Temer também vai fazer pedaladas fiscais em seu governo. E com um fator agravante, vai aumentar impostos.

Meirelles é um mala sem alça  Para ser ruim, Henrique Meirelles precisa melhorar bastante. Até o Joesley abriu mão do mala...

Querem entregar o Brasil  O que está se vendo no último ano, após o golpe na democracia do Brasil, é um entreguismo sem limites do governo de Michel Temer. Áreas fundamentais para o avanço econômico do país, como fonte energética, comunicações, reservas minerais e ambientais, estão sendo vendidos de qualquer forma para atender a interesses internacionais.

Luis Felipe Miguel: não há eleição limpa com a força do dinheiro


"No Brasil, o amplo reconhecimento de que o poder do dinheiro compromete as disputas eleitorais não levou, até agora, a soluções efetivas para o problema", afirma o cientista político, para quem os resultados da decisão que fez retornar a proibição das doações empresariais em eleições "foram menos do que auspiciosos".

Papa Francisco vai reparar injustiça contra Boff


Do blog Mondolivro - O Papa Francisco vai convocar Leonardo Boff ao Vaticano para promover o que ele considera uma “reparação” à perseguição sofrida pelo teólogo brasileiro.

Perseguição esta que o fez sentar na cadeira na qual Giordano Bruno e tantos outros hereges, na época da Inquisição, estiveram para se submeterem a um interrogatório que terminava, quase sempre, na fogueira.

Boff ali sentou-se para dar esclarecimentos sobre a Teologia da Libertação, da qual ele é um dos ideólogos. Nossa sorte é que o querido ex-Frei não foi queimado – mas forçado a largar a batina, em 1991.

Lula desmente manifesto com Temer: “Pura invenção”

Ricardo Stuckert

Ex-presidente desmente, pelo Facebook, notícia da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, de que ele estaria, junto com Dilma Rousseff e Michel Temer, por meio de seus advogados, elaborando um manifesto conjunto contra o Judiciário e o Ministério Público.

"A informação, na capa do UOL nessa manhã de domingo, é pura invenção. De tempos em tempos, o jornal Folha de S.Paulo publica, com base em fontes anônimas, balões de ensaio mentirosos como esse", diz Lula.

"Jornalismo sério confirma os fatos e não se pauta por mentiras", critica.

Na campanha, Dilma já perguntava: onde estão os tucanos presos?

Vem a calhar neste fim de semana o trecho de um debate eleitoral da campanha presidencial de 2014, em que Dilma Rousseff questiona, num embate com o adversário Aécio Neves, onde estão os tucanos culpados por diversos crimes cometidos na história.

"Todos soltos", responde ela, destacando que isso é justamente o que ela não gostaria que acontecesse.

"Eu quero todos aqueles culpados presos. É essa minha indignação que o senhor não enxerga", disse Dilma.

Nesta sexta-feira 30, Aécio, que foi flagrado pedindo R$ 2 milhões em propina ao dono da JBS, teve seu mandato de volta por decisão do STF.

Não adianta,Temer, a Globo já te condenou


"Os deputados que se movem por inconfessáveis interesses vão ter que escolher: ou ficam com Temer e o salvam, mas se estrepam nas próximas eleições ou ficam com a Globo e se salvam, mas acabam com Temer. A Globo já condenou Temer. Resta saber, agora, se vai também condenar seus deputados de estimação", diz o colunista Alex Solnik.

"Não há defesa jurídica, portanto: há uma fita gravada num encontro secreto, há a confirmação do encontro e do teor da gravação pelo próprio acusado e há uma mala na mão de seu homem de confiança".

Janio: Gilmar opera nas meias sombras

Gilmar não merece vitaliciedade

Conversa Afiada, 02/07/2017

O Conversa Afiada reproduz trecho de artigo de Janio de Freitas na Fel-lha:

Em sua diatribe da semana, Gilmar Mendes disse algumas verdades importantes, em meio à torrente de quase duas horas. Mas a falta de efeito do melhor e do pior foi a mesma, no Supremo e fora. Nem sempre era assim.

As liberdades que Gilmar Mendes se dá não lhe trazem consequências funcionais. Por isso, tanto se permite atividade política, quanto a torna cada vez mais ostensiva. Inclusive nos dois tribunais em que seria apenas juiz. A ponto de parecer que, hoje, a política das meias sombras é seu principal interesse. As consequências ficam para o Supremo Tribunal Federal e para o Tribunal Superior Eleitoral (este, deixado pelo julgamento da chapa Dilma/Temer no ponto mais baixo da escala hipotética do prestígio).

Gilmar Mendes, sozinho, é uma justificativa para o sugerido fim da vitaliciedade no Supremo.

*

"O Globo": "Brasil registra segundo maior índice de confiança na mídia -país só fica atrás da Finlândia, segundo estudo da Universidade de Oxford".

Pode ser uma prova de que os brasileiros estão mal informados.

Janot chama Temer de picareta

É que o presidente ladrão perdeu a serventia...

Conversa Afiada, 02/07/2017

Do Globo:

(...) — Não é possível que para eu pegar um picareta, tenha que tirar uma fotografia dele pegando a carteira do bolso de outro. Ninguém vai passar este recibo. Isso é um tipo de prova satânica, quase impossível. Tem que se olhar a narrativa e ela tem indícios de que é preciso instaurar um processo de produzir provas — afirmou Janot, que justificou que quando se oferece a denúncia, não se oferece um caderno de provas.

— A narrativa é de uma clareza tão grande. Duvido que se fosse em outro caso a denúncia não fosse recebida — disse.

(...)

Só 44 deputados apoiam o ladrão

Sai o ladrão e entra o Botafogo

publicado 02/07/2017

Crédito: Carta Capital
O Globo Overseas Investment BV procurou todos os 513 deputados - golpistas e ladrões na maioria - e só 44 confessaram que rejeitarão a denúncia contra o presidente ladrão.
Assumirá a Presidência o Botafogo da lista de alcunhas da Odebrecht, onde o Careca, o maior ladrão do Brasil se destaca.
Por falar nele, colonista da Overseas diz que o Careca está muito chateado porque os institutos de pesquisa não incluem o nome dele entre os candidatos à Presidência.
Ele tem razão.
No Datafalha, por exemplo, ele sempre liderou, até a boca da urna.
Como se sabe, a profissão do Careca é ser candidato.
Até a vereador em Genebra.
Quá, quá, quá!
PHA

Quem é o “Tremito” que aparece da lista de propinas da Odebrecht ?


A procuradoria-Geral da República investiga mais um indício de corrupção de Michel Temer.

Os procuradores suspeitam que o peemedebista seja o "Tremito" da lista de propinas da Odebrecht.

O apelido não foi esclarecido nas delações e está associado a uma propina de R$ 19 milhões.

Considerando o apelido e o valor crescem as suspeitas de que se trata de Temer.

Nome de Temer estava na planilha da propina do Porto de Santos em 2001


Crimes cometidos por Michel Temer não são de agora; suspeita de que houve pagamento de propina pela empresa Rodrimar, que atua no porto, ao então deputado federal consta em um inquérito de 2001, e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu reexaminar depois da denúncia de que o peemedebista também teria beneficiado a empresa no exercício da presidência, por meio de um decreto.

Os investigadores acreditam que Temer tenha recebido R$ 1 milhão em doação de campanha em contrapartida pela aprovação da MP dos Portos, cujo relator foi o deputado cassado Eduardo Cunha, hoje preso.

Globo se volta contra o sujeito que colocou no poder


Em reportagem intitulada "Temer perdeu as estribeiras", publicada na edição deste fim de semana, a revista Época diz que o peemedebista, "primeiro presidente da República denunciado por corrupção no cargo e enfraquecido politicamente, recorre a insinuações para rebater uma robusta denúncia de corrupção".

"Michel Temer está encurralado. Por um lado, pela contundência técnica das evidências levantadas pela Polícia Federal. De outro, pela contundência jurídica e política da denúncia apresentada por Janot", diz trecho da matéria de capa.

Em editorial, Veja parece arrependida do golpe


Em editorial intitulado "De costas para o país" a revista Veja parece até ter se arrependido do golpe que ajudou a perpetrar contra a presidente legítima, Dilma Rousseff; em um longo texto, a publicação da editora Abril faz uma série de críticas a Michel Temer.

"Além de ser o primeiro presidente denunciado no cargo, Temer está se transformando num presidente de deputados, e não do conjunto dos brasileiros", diz a revista.

Nassif: Xadrez dos atos estranhos do ministro Fachin

Por que o ministro libertou Rocha Loures?

O jornalista Luis Nassif analisa os últimos desdobramentos das decisões do Supremo Tribunal federal, em especial quanto ao ministro Edson Fachin.

O STF (Supremo Tribunal Federal) continua sendo uma incógnita. Ainda não se sabe para que lado vai e o que motivou a mudança surpreendente de posição do Ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato. Há algo de podre no ar, mas ainda não há clareza sobre tamanho e consistência", escreve.

"Intimado porra nenhuma", diz deputado procurado pelo Supremo

Ele age como se estivesse acima da lei. Assim foi com Renan, foi com um prefeito da Bahia. E agora, o próprio Temer peita a Justiça ao desqualificar Janot. Onde isso vai chegar?

Alvo de dez ações penais no STF, além de investigado em vários inquéritos, o deputado federal Roberto Góes (PDT-AP), ex-prefeito de Macapá (2009-2012), presidente da Federação Amapaense de Futebol e ligado à cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tem que ser constantemente notificado para comparecer a interrogatórios ou apresentar defesas.

Ele costuma receber os oficiais com agressividade; "Intimado porra nenhuma", respondeu o parlamentar em fevereiro passado, ao telefone, para um dos oficiais do tribunal, conforme certidão lavrada por três servidores do STF e anexada aos autos de um dos seis inquéritos contra o parlamentar.

Requião: “Nunca vi cabeça de bacalhau, enterro de anão e tucano preso”


Um dia depois da decisão que devolveu a Aécio Neves o mandato de senador, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) tuitou: “Nunca vi cabeça de bacalhau, enterro de anão e tucano preso. Sou extremamente cético quanto ao futuro da justiça no Brasil. Corporativismo”.

Temer não tem votos para barrar a denúncia de Janot


Dois levantamentos, feitos pelos jornais Globo e Folha, revelam que Michel Temer não tem votos para barrar a primeira denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot, que o acusa de corrupção passiva, no episódio da mala de R$ 500 mil, entregue a seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures.

Segundo O Globo, Temer tem 44 votos dos 171 votos necessários para escapar, enquanto a Folha contou 45.

Mesmo que escape na primeira, Temer ainda será acusado de obstrução judicial e organização criminosa por Janot, que vê provas sólidas.

sábado, 1 de julho de 2017

Conforme Marco Aurélio, do STF: o impeachment será anulado

*Edison Brito, 01 de Julho de 2017


Não foi de todo ruim a decisão do ministro Marco Aurélio de devolver Aécio Neves ao Senado. Basta olhar por um outro lado.

Primeiro. O STF acaba de dar um tapa na cara dos "coxinhas". E não foi com luva de pelica não! foi com a de açougueiro, de aço. O juiz rebaixou-os a outra categoria, a de trouxinhas.

Muitos questionam os "paneleiros", cadê vocês agora? Por que não batem panela?

Podem esperar sentado, essa turma só irá se manifestar novamente com a prisão do Lula.

Experimente. Dê uma de João-sem-braço e questione o seu amigo, ou ex, que votou no Aécio, o que ele acha dessa decisão. Ou fica mudo, ou sai com a resposta chavão: sou contra todos os corruptos, roubou? Tem que pagar. E dará as costas.

Só o deus PATO AMARELO poderá salvá-los. De qualquer forma, uma significativa parcela dessa turma começa a desconfiar que foi manipulada. Pela Globo.

Segundo. O pau que bate em Francisco, bate em Chico.

Quando julgarem o mandado de segurança que pede a anulação do impeachment de Dilma Rousseff já saberemos que a defesa da presidenta tem um voto a favor, a do ministro Marco Aurélio, certo? Questão de coerência. Porque as loas e argumentos que usou para devolver o mandato ao Aécio servem para reconduzir Dilma ao poder, também.

O ministro contrapõe ainda que Aécio "É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira".

Bem, qual dos corruptos do primeiro escalão não é "brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável..."?

Se o senador é tudo isso e foi pego exigindo dinheiro da JBS, ameaçando matar se algum "mula" o delatasse, quais os elogios seriam tecidos sobre a Dilma pelo sr. Marco Aurélio? Sim, porque ela em questão de lisura, honestidade e ética é infinitamente superior a qualquer quadrilheiro que se assenhorou do poder. Aliás, não tem nem comparação.

Pena que a decisão chegou tarde para Delcídio do Amaral, senador do PT.

Terceiro. Aécio é uma batata quente. Ninguém segura, se não houver proteção. O senado não é bem visto pelos brasileiros, com o Neves então a coisa piorou. Os parlamentares terão que se desdobrar pra proteger o menino mimado.

Agora, é de se desconfiar essa complacência com o PSDB. Quais as relações dos tucanos com o judiciário? Com o MPF?

Os usurpadores estão acabando com o Brasil. Todo dia rasgam a constituição.

O impeachment foi tão esdrúxulo que os criminosos subverteram até um dos ditados mais enraizados na cultura popular, "Pros amigos, tudo. Pros inimigos, a lei".

Se a lei for seguida Dilma Volta. E Lula não será preso. E o poder devolvido ao povo.

Edison Brito

Eduardo Cunha quer delatar

Assim, talvez ele seja libertado!

Segundo a coluna Radar On-Line, de Veja, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai, finalmente, fazer sua delação premiada.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados já havia sinalizado essa intenção semanas atrás, ao dizer que estava escrevendo os termos da sua delação "com papel e caneta".

Estranho: Fachin soltou Loures quando ele ia delatar

A impressão que passa é que o Judiciário é uma extensão do Executivo

"O ministro Edson Fachin mandou soltar o mais famoso carregador de malas do país no mesmo dia em que o colunista Ricardo Noblat publicou no Globo que ele iria delatar – e, no caso, delatar o presidente da República, seu único alvo possível numa delação premiada. Não sei se a decisão de Fachin tem algo a ver com isso, mas que é esquisito, é", escreve o colunista Alex Solnik.

"No mês passado, se tanto, o mesmo Fachin determinou que os inquéritos contra Temer e contra Aécio deveriam tramitar separadamente. Agora, ele volta a uni-los: justifica a libertação de Loures, ligado a Temer, com a de Andréa Neves, ligada a Aécio. Data vênia, o eminente magistrado tenta nos vender gato por lebre", critica o jornalista

Janot: Só prova satânica selaria ligação entre Temer e Loures


Para o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, seria preciso uma "prova satânica, quase impossível" para selar definitivamente a ligação entre Michel Temer e a mala com R$ 500 mil carregada por seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures.

A declaração foi uma resposta a Temer, sobre críticas de que a inédita denúncia de corrupção passiva contra um presidente em exercício, que apresentou na segunda (26), é frágil — faltaria a "prova cabal" para associar o peemedebista ao dinheiro.

Janot fez um trocadilho com "prova diabólica", termo jurídico que significa prova excessivamente difícil de ser produzida.

Prisão de Delcídio Amaral foi errada. A de Aécio também seria



"Do ponto de vista dos princípios do Estado Democrático de Direito, a sentença de Marco Aurélio Mello que garantiu liberdade de Aécio Neves está correta", avalia Paulo Moreira Leite, articulista do 247.

"Absurdo foi manter o petista Delcídio Amaral em prisão preventiva por 85 dias, sem direito a se defender no STF ou no Senado, apenas para fazer delação premiada", diz ele.

Lembrando que o caráter seletivo da Justiça é bem resumido pelo ditado popular sobre "Pobre, Preto e Puta", PML sublinha que em sua sentença Marco Aurélio disse que o país vive "tempos estranhos" acrescentando que "quando o direito deixa de ser observado, tudo, absolutamente tudo, pode acontecer; para o jornalista, a história ensina que "todo ato contra a democracia se volta, cedo ou tarde, contra a parcela da sociedade que mais precisa dela -- os trabalhadores e a população pobre".

Neoliberalismo do STF cria saia justa para Moro no caso Lula


A sexta-feira gorda do Supremo Tribunal Federal, que libertou o homem da mala Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma mala de R$ 500 mil, e devolveu o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que negociou R$ 2 milhões em propinas, torna mais complicada a narrativa da direita brasileira, que aguarda, ansiosa, a condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sergio Moro.

Afinal, como justificar que Lula pode ser condenado por um apartamento que não lhe pertence, quando Aécio e Loures, com provas devastadoras contra si, são soltos?

O Supremo está ouvindo o clamor de justiça que vem das ruas?

Com a palavra a ministra e presidente do STF

Durante discurso na última sessão antes do recesso do Judiciário, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, mandou um recado aos críticos da impunidade no País: "Não seremos ausentes aos que de nós esperam uma atuação rigorosa em sua esperança de Justiça, não seremos avaros em nossa ação para garantir a efetividade da Justiça", afirmou a presidente aos colegas no plenário na manhã desta sexta-feira (30)

Ficou claro demais, o Supremo não ignoraria o clamor de justiça das ruas. Pois bem, algumas horas depois, duas decisões estarrecedoras abalaria o País, Aécio Neves, apesar das graves acusações que lhe são imputadas, teria o mandato devolvido por determinação do ministro Marco Aurélio e o ministro Fachin, por sua vez, extremamente benevolente, libertaria Rocha Loures, da cadeia. 

Rocha Loures, estava prestes a delatar e fatalmente entregaria Temer, de bandeja. Por que esse carregador de mala de dinheiro foi libertado?

Aécio Neves, além de receber de volta o mandato, ainda foi elogiado pelo ministro benfeitor.  Marco Aurélio disse que Aécio tem “carreira política elogiável”. Esse elogio soou aos nossos ouvidos como um acinte. O traidor da Pátria, golpista e famigerado senador mineiro que mora no Rio de Janeiro está à vontade para continuar suas práticas nada republicanas.

Temer, o único presidente da República que pode se tornar réu no exercício do mandato, tem um comportamento de quem é o dono do poder. Cercado por ministros delatados, de líderes maculados e com o apoio de uma maioria congressual espúria, governa para o capital em detrimento do trabalho.

Pelo que podemos observar, Temer e sua turma está conseguindo "estancar a sangria", enquanto isso sua popularidade é baixíssima, no cenário internacional o Brasil virou uma república bananeira e o colapso econômico parece estar  a caminho.

No Congresso, onde se concentra brasileiros mais iguais que todos os outros iguais, é uma esperteza atrás da outra. Ali, os representantes do povo, votam contra o povo e, logicamente, legislam em causa própria.

Nesse contexto, cabe perguntar a ministra-presidente do Supremo, a sociedade brasileira queria a libertação do homem da mala de Temer e o retorno de Aécio ao Senado? O clamor de justiça das ruas está sendo ouvido por esta instituição?

Mídia serve a pizza da Lava Jato aos seus leitores


Era inevitável: depois que a Lava Jato fugiu do script original, que previa a destruição do PT e do ex-presidente Lula, e passou a atingir também as forças golpistas – leia-se o PMDB e de Michel Temer e o PSDB de Aécio Neves – o Supremo Tribunal voltou a ser garantista.

Num mesmo dia, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve seu mandato devolvido e o homem da mala Rodrigo Rocha Loures foi solto.

Constrangidos, os jornais que apoiaram o golpe agora retratam esse novo velho Brasil.

PT denuncia perseguição da Lava Jato contra o partido


O Partido dos Trabalhadores, presidido pela senadora Gleisi Hoffmann (PR), divulgou uma nota condenando a "série de ataques" contra a legenda pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em postagens em sua página no Facebook.

"O direito à manifestação é livre, mas causa estranheza que um funcionário público de alto escalão exprima suas opiniões reiteradamente fora dos autos, numa clara tentativa de pressionar a Justiça e a opinião pública".

Rogério Correia: decisão de Marco Aurélio sobre Aécio é escárnio


Decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello sobre devolver mandato no Senado a Aécio Neves é escárnio.

O ministro passa mão na cabeça do senador flagrado pedindo propina e ainda faz elogios, diz Rogério Correia, no Viomundo.

Tropa de elite de Temer em ação

Parlamentares e ministros querem a volta do dinheiro das empresas nas eleições, propõem o parlamentarismo e debatem uma PEC para salvar Temer

Piauí/Folha, por Júlia Duailibi, 30/06/2017

Um grupo de parlamentares se reuniu na última terça-feira na casa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), em Brasília, para discutir “saídas para a crise”. Entre as propostas específicas que foram debatidas estavam a volta do financiamento privado de campanha, a adoção do parlamentarismo como sistema de governo e uma possível anistia ao presidente Michel Temer. Além de Eunício, participaram do encontro o ex-líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE), o senador, José Serra (PSDB-SP), o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP) e o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE).

A proposta de volta do financiamento privado teve o apoio de todos os presentes. O grupo de quatro senadores e três deputados considera essa uma questão que deve ser enfrentada pela classe política, apesar da provável resistência da opinião pública. O financiamento empresarial foi vetado em 2015, por decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou o mecanismo inconstitucional. Os senadores e deputados se opõem à ideia de criação de um “fundão”, tal como proposto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que prevê o uso de recursos públicos, num montante de 3,5 bilhões de reais, para financiar eleições no país.

No encontro dos sete, decidiu-se tentar aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de 2015, que libera a captação de recursos privados nas eleições. Ela já passou pela Câmara dos Deputados e agora está em tramitação no Senado. A aprovação até setembro, um ano antes da eleição de 2018, permitiria que a nova regra já entrasse em vigor no próximo pleito. Tasso apoiou a volta do financiamento privado na próxima eleição, mas defendeu que se realize um plebiscito para decidir se a regra deveria continuar a valer nas disputas seguintes – ou se é o caso de adotar o financiamento público.

Já a ideia de oferecer algum tipo de anistia a Temer encontrou maior resistência. De acordo com o relato dos presentes ao encontro, Beto Mansur se disse preocupado com a situação jurídica do presidente e afirmou que, caso houvesse algum tipo de solução jurídica que protegesse Michel Temer, seria mais fácil discutir uma eventual renúncia. Sem o mandato, Temer perderia o foro privilegiado e passaria a responder a processos em primeira instância – o presidente já foi denunciado por corrupção passiva e é investigado por organização criminosa e obstrução à Justiça. À piauí, o deputado e vice-líder do governo na Câmara negou ter falado em “renúncia”. Toda a conversa teria sido feito em tom de brincadeira, disse Mansur.

Levantou-se a hipótese de uma PEC para estender o direito de foro privilegiado a ex-presidentes, o que contaria com o apoio de partidos da oposição, já que beneficiaria também Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Renan, que está praticamente na oposição a Temer e deixou a liderança do PMDB ontem, desaconselhou a medida. “Não existe clima para isso”, disse o peemedebista, segundo relato de um senador presente. Um dos integrantes lembrou então o modelo italiano, onde os ex-presidentes se tornam senadores, o que garantiria por aqui a imunidade parlamentar. A ideia não foi bem recebida.

Sílvio Costa defendeu a adoção do parlamentarismo, com o apoio de Serra. A proposta conta há anos com o interesse dos tucanos, e voltou a ser ventilada por setores do PSDB durante o impeachment de Dilma Rousseff no ano passado. Segundo os seus defensores, o sistema de governo permitiria enfrentar eventuais crises políticas de maneira mais eficaz e menos traumática do que acontece no presidencialismo. O grupo decidiu criar uma comissão mista no Congresso para voltar ao assunto.

Um derradeiro ponto de convergência surgiu entre os parlamentares presentes ao encontro, ao discutirem a atual conjuntura política. Todos – tucanos e não-tucanos – concordaram que o PSDB foi engolido pela crise e que está com a imagem “arranhada” por defender Temer. Serra, aliado do presidente, pediu cautela. Tasso, que já defendeu o desembarque do governo, concordou com as avaliações mais críticas ao seu partido. “Eu digo isso ao Serra todo dia.”

Minha especialidade é matar, diz Bolsonaro


Pré-candidato à presidência da República disparou a frase quando foi perguntado sobre o fato de não ter aprovado nenhum projeto enquanto deputado na Câmara.

Singer: decisões sobre Aécio e Loures provam que Justiça é seletiva

E cúmplice do golpe contra Dilma e contra a Democracia

O cientista político André Singer afirma que as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o homem da mala Rodrigo Rocha Loures comprovam a seletividade do Poder Judiciário no Brasil.

Segundo Singer, "agora que é outro o presidente da República denunciado, o tratamento mudou".

Ao soltar homem da mala, STF evitou sua delação

Que estava muito prestes a acontecer

"Quando se trata dos interesses do golpe, o STF se torna imediatamente garantista e respeitador dos direitos dos presos à liberdade", diz Miguel do Rosário, editor do Cafezinho.

"Palocci, Vaccari, Dirceu (até ontem), empreiteiros, ninguém teve colher de chá no STF. Já o homem de Temer, flagrado correndo pelas ruas com uma mala pesando meio milhão de reais em propina, é solto imediatamente".

Dallangol avisa: Aécio pode matar a Lava Jato


Líder da Força-Tarefa da Operação Lava Jato que comanda as investigações do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol deu a entender que a volta de Aécio Neves ao Senado poderá ter consequências devastadoras para a investigação.

“Havia razões para estar preso, pois solto influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia”, comentou o procurador.