quinta-feira, 6 de abril de 2017

Renan e aliados avaliam que Moro não conseguirá impedir candidatura de Lula


Informação é do jornalista Josias de Souza. Segundo ele, Renan Calheiros concluiu que já não há mais tempo para que a Lava Jato impeça a candidatura de Lula.

Outros peemedebistas compartilham da avaliação de Renan, entre eles o senador paraense Jader Barbalho e a ex-governadora maranhense Roseana Sarney.

É inacreditável que Bolsonaro não tenha sido preso por crime de ódio


Texto publicado pelo economista Carlos Fernandes no Diário do Centro do Mundo ressalta que a ida do pré-candidato à Presidência República Jair Bolsonaro (PSC) à Hebraica do Rio de Janeiro foi "um massacre à racionalidade e ao respeito ao ser humano nas suas infindáveis formas de pensar, agir, crer e se comportar".

Ao citar o discurso feito pelo parlamentar, ele diz ser "inacreditável que Jair Bolsonaro não tenha saído daquele lugar algemado pelos flagrantes e repetidos crimes de ódio cometidos com tanta convicção e orgulho".

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Deputados vão ao MP contra filme da Lava Jato e denunciam Moro ao CNJ


Os deputados do PT Wadih Damous, Paulo Teixeira e Paulo Pimenta anunciaram que irão protocolar no Ministério Público do Distrito Federal um pedido de apuração sobre as condições que vem sendo produzido o filme "Polícia Federal – A lei é para todos".

Eles pedem apuração do crime de improbidade por agentes da PF, peculato, abuso de autoridade e prevaricação e afirmam que o juiz Sergio Moro será denunciado no Conselho Nacional de Justiça por falta disciplinar, uma vez que permitiu que uma ordem sua fosse descumprida – a filmagem da condução coercitiva contra o ex-presidente Lula.

Os atores, produtor e diretor do filme, que deram entrevistas comentando as cenas sobre a ação contra Lula e o uso de materiais da PF no filme, serão arrolados como testemunhas.

Segundo os parlamentares, agentes foram instados pelo diretor da PF, Leandro Daiello, a buscar apoio e patrocínio para o filme.

Nature: Temer destrói a ciência brasileira


Reportagem publicada nesta semana pela Nature, principal revista de divulgação científica do mundo, mostra o desmonte da ciência brasileira com o mais recente corte feito pelo governo federal, de 44%, anunciado no fim de março.

A revista diz que, somando-se a outras "desgraças", Michel Temer também "demoliu o ministério da Ciência" quando tomou posse em maio de 2016 ao fundi-lo com o ministério das Comunicações.

"O novo orçamento é uma bomba atômica contra a ciência brasileira", comenta o físico Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências.

Cientistas estão "horrorizados", destaca a publicação.

Direita brasileira fez a sua opção pelo fascismo

Hitler e Mussolini são os personagens que melhor representam essa forma de fazer política. E aí dá pra embarcar com eles?
 

O que há em comum entre o "vai pra Curitiba" do prefeito João Doria contra um intelectual que o criticou, o racismo de Jair Bolsonaro durante uma palestra na Hebraica e a agressão do vereador Fernando Holiday a professores de escolas públicas? 

"São todas demonstrações da forma de agir que a direita brasileira escolheu e cujas características são a violência verbal (que sempre insinua que está a ponto de se transformar em violência física) e a tentativa de intimidação", diz o cientista político Luis Felipe Miguel, professor da Universidade de Brasília, em texto publicado nas redes sociais.

O ambiente de ódio instalado no País germinou as sementes do fascismo.

Caso Zé Mayer revela a hipocrisia da Globo


Jornalista Marco Damiani, do BR2pontos, diz que a hipocrisia da Rede Globo atingiu um um recorde no episódio envolvendo o assédio do ator José Mayer sobre a figurinista Su Tonami e a repercussão dentro do elenco da emissora.

"Pelas novelas, há décadas, todas as noites, em horários nobres, incentiva o sexo precoce, rebaixa as mulheres a objetos sexuais, faz elegia do machismo, glamouriza a prostituição, afiança traições, arranca roupas, tira camisas, exibe bundas, paga peitinhos e... agora diz que a política interna da emissora não se coaduna com o vil assédio sexual do ator José Mayer", afirma.

"Umberto Eco previu que a televisão de má qualidade destruiria a sociedade italiana. A Globo destruiu a brasileira, e não há no horizonte de longo prazo qualquer chance de reverter essa situação, levando a democracia a, ao menos, domar a Globo".

Renan rompeu porque 90% dos alagoanos rejeitam Temer e o caos pós-golpe



Movimento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que, ontem, mais uma vez, explicitou seu rompimento com o golpe de 2016, é antes de tudo pragmático.

Político experiente, Calheiros tem pesquisa encomendada por seu filho, que governa o Estado, que mostra que 90% dos alagoanos rejeitam Michel Temer; como tanto Calheiros como o governador Renan Filho tentarão a reeleição em 2018, estar ao lado de Temer será suicídio político.

O movimento de Renan Calheiros será seguido por outros caciques da política, que pularão fora do Titanic do golpe.

"Do jeito que está, cai Temer para um lado e PMDB para outro".

Gilmar acha que vai calar o Nassif

Entra com quarto processo contra blogueiro. Que horror, Moro!

Conversa Afiada, 04/04/2017

O Conversa Afiada reproduz artigo de Luis Nassif no GGN:


Gilmar Mendes e Sérgio Moro têm várias coisas em comum. Atropelam os procedimentos e a compostura jurídica, são poupados pela mídia e pelos colegas, e reagem a qualquer crítica abrindo ações contra os críticos.

Trata-se de um atentado grave à democracia. Os abusos de ambos são reconhecidos por todo o meio jurídico. Mas, amparados ou pela mídia ou pelo clamor público, valem-se disso para despertar solidariedade ou intimidar o Judiciário e partir para a perseguição implacável dos críticos, valendo-se de seu poder de Estado.

Acabo de ser alvo da quarta ação de Gilmar.

Assim como sua extraordinária influência sobre o Judiciário colocam-no a salvo de qualquer ação, deveria valer também para impedir ações contra terceiros, especialmente contra os críticos. Como um juiz de 1a instância de Brasília – ou um desembargador – se sentirá julgando um processo de um Ministro do Supremo, poderoso e vingativo, com influência junto ao presidente da República, a tribunais superiores, a magistrados que lecionam em seu instituto, à mídia e a políticos em geral?

Gilmar tem um problema pessoal comigo. Deixou claro quando, na própria sessão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que não conseguiu bloquear a posse de Dilma, passou cinco minutos me ofendendo com injúrias de toda espécie. Abri um direito de resposta no Blog, avisando que não responderia no mesmo tom porque tinha mais respeito pelo meu blog do que ele pelo TSE.

A partir daí, começou a jogar no seu campo de uma forma pouco valente, porque escudado em seu cargo de Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), dono de um Instituto que emprega juízes e Ministros. E contra um jornalista que não dispõe sequer da retaguarda proporcionada por uma grande empresa.

Pergunto ao meio jurídico e aos colegas jornalistas: quem segura Gilmar? Para não enfrenta-lo, seus colegas do Supremo e do TSE preferem trata-lo como uma curiosidade, uma pessoa desequilibrada que fica aspergindo ofensas a torto e a direito. Tratam seu comportamento como se fosse uma inconveniência a ser ignorada, e não como um comprometimento grave à imagem do Supremo.

Seu comportamento é escandaloso, humilhante para o país, humilhante para os jornais que o preservam, para seus colegas que se intimidam com seus esbirros.

A imprensa o poupa de todas as maneiras. Com exceção de explosões eventuais do Procurador Geral da República (PGR), o único freio a Gilmar tem sido a crítica dos blogs. E sobre eles ele joga o peso do seu cargo e sua influência no Judiciário.

Essas ações de Gilmar custam tempo e recursos de suas vítimas. Mas fazem um estrago maior nos seus pares e na mídia, que aceitam em silêncio resignado a desmoralização que impõe ao Supremo e à Justiça e, por consequência, ao Brasil.

PS - Vou fechar para comentários, porque até comentários são utilizados como argumento na ação proposta por ele.

PS2 - Comentários liberados

Em tempo: sobre o Ministro Gilmar Mendes não deixe de assistir a "O Justiceiro perdedor". Na aba "não me calarão" contemple as múltiplas derrotas do perdedor. E admire a berniniana "Galeria de Honra Daniel Dantas", esculpida sob o princípio "diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és"! - PHA

Em tempo²: por falar em Ministro Gilmar e em derrotas, ocorreu ao ansioso blogueirorecomendar a edificante leitura de outra vitória esmagadora que o ansioso blogueiro impôs, no Supremo Tribunal Federal, ao ínclito banqueiro - PHA

TSE: julgamento fica para o dia de São Mendes

Brito concorda: fica para quando Michelzinho voltar de Harvard...

Conversa Afiada, 04/04/2017

Do Tijolaço, de Fernando Brito:

A atitude do relator Herman Benjamin de sugerir a complementação do prazo de alegações finais e – mais importante – a oitiva de testemunhas que ele próprio negara, quando pedidas pela defesa (no que foi, aliás, acompanhado pelo Ministério Público) mostra não um arrependimento, mas um temor e uma conveniência. 

O temor de que o processo esteja cheio de nulidades. E a conveniência de que Michel Temer pode contar com tudo o que delongue a cassação de seu mandato. 

O efeito prático é o de que reabre-se a instrução criminal, na fase de prova, o que “estica” por tempo indeterminado o processo. 

Por mais que digam o contrário, é inevitável que, após as oitivas e eventuais fatos novos, se peça para apresentar provas. 

Não tenho nenhuma vergonha de reconhecer que, desta vez, o “ministro honorário” Merval Pereira tem razão ao dizer que o julgamento fica para o “Dia de São Nunca”. 

Ou ao “Dia do Seu Mendes”.

Quem leva a sério um julgamento de Temer presidido por Gilmar?


"Embora tenha começado hoje no TSE - mas já adiado - um julgamento que teoricamente pode levar ao afastamento de Michel Temer da presidência, no mundo do poder ninguém teme que isso aconteça. E uma das razões para o ceticismo vem do fato de que o julgamento de Temer será conduzido por quem não esconde a amizade que os une 'há mais de 30 anos', o ministro Gilmar Mendes", diz a colunista Tereza Cruvinel.

"Em qualquer lugar do mundo, um juiz na posição de Gilmar estaria se declarando impedido para levar o julgamento adiante. Como isso não ocorrerá, o que se espera é uma arrastada encenação para salvar Temer no final. Para que, ninguém sabe, pois o desastre já produzido por seu governo consolidou a certeza de que ele não sabe o que fazer com o Brasil. Segundo a pesquisa Ipsos mais recente, 90% dos entrevistados acham que o país está no rumo errado".

Renan antecipa o naufrágio do golpe: Temer e PMDB podem cair


Ex-presidente do Senado e líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros considera como líquido e certo que o governo de Michel Temer naufragará; "O PMDB vai ter de patrocinar as reformas vindas do Planalto sem discutir? Se continuar assim, vai cair o governo para um lado e o PMDB para o outro. É uma questão política, não é pessoal", disse Renan em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 4.

"Com o governo do deputado cassado Eduardo Cunha eu já rompi, vou aguardar o próximo", disse o senador alagoano, que, experiente, se antecipa à tendência de apoio à eventual candidatura do ex-presidente Lula.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Pesquisa aponta Lula com 65% dos votos em Pernambuco

Vai lá e prende ele, Moro!

Conversa Afiada, 03/04/2017

O Conversa Afiada reproduz do JC Online:

Presidente da República de 2003 a 2010, Lula (PT) terá direito a um terceiro mandato no que depender dos pernambucanos. De acordo o Instituto de Pesquisa Uninassau, ele tem 65% das intenções de voto no Estado. Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede) aparecem com 6% e Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) têm 1%. O presidente Michel Temer (PMDB) possui 0% da preferência. O levantamento foi feito nos dias 23 e 24 de março, com 2.014 entrevistas em todo o Estado. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2%.

Lula mantém o favoritismo na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são citados pelos entrevistadores. O petista tem 58,8% das intenções de voto e é seguido por Bolsonaro (5,1%), Marina (3,3%) e a ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, (1,5%). O número de pessoas que apontaram outros candidatos soma 3,2% e 1,1% não escolheu ninguém. O índice de pessoas que não responderam ou não souberam responder foi de 27%.

O ex-presidente tem a preferência de 90% do eleitorado no Sertão do São Francisco. O favoritismo segue em outras áreas do Sertão (72%), Agreste (71%), Zona da Mata (65%), Região Metropolitana (58%) e Recife (53%).

Depois de atear fogo no país, Aécio diz que o brasil precisa de menos fogueiras


Da tribuna do Senado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) condenou nesta terça-feira, 4, a reportagem da revista Veja desse fim de semana, que o acusa de receber propina da Odebrecht em uma conta em Nova York.

Para o presidente do PSDB e principal responsável pela situação política do País, o Brasil precisa de "menos fogueiras".

Beneficiário de várias delações seletivas contra a presidente eleita Dilma Rousseff, incluindo a da própria Veja na véspera da eleição de 2014, Aécio agora diz que "reputações não podem permanecer reféns da má-fé de vazamentos selecionados".

"Ontem foi comigo, amanhã violência similar pode ocorrer contra qualquer outro cidadão. Eu ainda tenho, pela vontade majoritária dos mineiros, esta tribuna para me defender, mas milhões de brasileiros, que têm direito ao mesmo respeito e às mesmas garantias legais, não dispõem dela".

Ele pediu acesso à delação de Benedicto Júnior e investigação da origem do vazamento.

Dilma: como o Temer não tem nada a ver com isso?


A presidente deposta Dilma Rousseff criticou em entrevista nesta terça-feira o uso das delações de Marcelo Odebrecht na ação que pode cassar a chapa vitoriosa de 2014 no TSE; para ela, muitas das declarações do empreiteiro são meras peças de "ficção" motivadas pela coação que ele sofreu na cadeia.

Dilma atacou ainda a principal estratégia de defesa de Michel Temer, afirmando que é impossível dividir as contas da campanha: "E como o Temer não tem nada a ver com isso? Ele arrecadou R$ 20 milhões de um total de R$ 350 milhões. Nós pagamos integralmente todas as despesas dele", acusa.

Ela atacou ainda o choro de Aécio Neves e sua irmã, que têm se revoltado por agora aparecerem nos escândalos de corrupção.

"Quem abre a caixa cheia de monstros geralmente é devorado primeiro", diz.

Para Dilma, Lula só será preso "se eles forem muito doidos".

Segundo a FUP, Parente ´é da Total


Federação Única dos Petroleiros (FUP) acusa o presidente da Petrobras, Pedro Parente, de entregar "de mãos beijadas" à empresa Total um tesouro de 675 milhões de barris de petróleo (o bloco todo tem reservas provadas de três bilhões de barris).

A entidade se refere à venda de 22,5% da área exploratória de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos, que a estatal brasileira celebrou com a petrolífera francesa.

Para a FUP, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ao aprovar sem restrições o negócio nesta segunda-feira 3, oficializou "mais um crime de lesa-pátria".

Gilmar no artigo 145


"Num país onde o artigo 145 do Código de Processo Civil coloca sob suspeição todo juiz que seja 'amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes', o julgamento do TSE começa com uma situação insólita. Gilmar Mendes, presidente do tribunal e protagonista do caso desde as primeiras denúncias, na campanha de 2014, tem uma amizade 'de mais de 30 anos' com Michel Temer e é um adversário aberto de Dilma, Lula e do Partido dos Trabalhadores", afirma Paulo Moreira Leite.

Caso seja condenado, resta a Michel Temer "a estratégia B", diz PML: "conservar os direitos políticos e tentar uma eleição indireta pelo Congresso, acrobacia fácil de anunciar, difícil de entregar quando se trata de presidente no fundo do poço".

Ele avalia que, "mesmo fora do lugar do ponto de vista do pacto político que derrubou Dilma", a denúncia protocolada pelo PSDB no TSE "permanece mais atual do que nunca".

Constatação

O Aécio Neves aparece mais na Lava Jato do que no Senado.

Lula: Dilma é inocente e quem deu o golpe não sabe o que fazer com o Brasil

Em entrevista nesta manhã à Radiojornal de Pernambuco, o ex-presidente Lula disse que espera que o TSE faça justiça no julgamento da chapa Dilma-Temer, que começa nesta terça-feira 4, e declarou estar "convencido da inocência da Dilma".

Para ele, "as pessoas que deram um golpe no Brasil não sabem o que fazer com o Brasil".

"Tentaram destruir o PT e um ano depois o Brasil tá pior", constata.

Lula voltou a defender eleições diretas, para que o País volte a ter credibilidade, e sobre a economia, argumentou que "só tem um jeito nesse momento": "incluir o pobre no orçamento".

"O povo precisa ter dinheiro para gastar".

Marcelo Odebrecht fez 'delaçãozinha' após sofrer coação, afirma Dilma

FOLHA, 04/04/2017 

Marlene Bergamo/Folhapress 
A ex-presidente da República Dilma Rousseff em sua casa em Porto Alegre

Na véspera do início do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode cassar a chapa eleita em 2014 e torná-la inelegível, a ex-presidente Dilma Rousseff diz, em entrevista à Folha, que Marcelo Odebrecht "sofreu muitos tipos de pressão" para aceitar virar delator e que seus depoimentos são "uma coisa absolutamente ridícula".

"Não venham com delaçãozinha de uma pessoa que foi submetida a uma variante de tortura, minha filha. Ou melhor, de coação", diz.

Ela também critica a tese de que seria possível separar as contas da chapa. "Nós pagamos integralmente todas as despesas dele", afirma, sobre o agora presidente Michel Temer.

Folha - O julgamento do TSE começa já com o parecer do procurador eleitoral Nicolau Dino, baseado nos depoimentos de delatores como Marcelo Odebrecht, dizendo que a campanha da senhora recebeu R$ 112 milhões de caixa dois em 2014.
Dilma Rousseff - Eu fico estarrecida, primeiro, com o cerceamento de defesa do qual estou sendo vítima. [Marcelo Odebrecht] está fazendo delação de acordo com seus interesses. Portanto, tudo o que ele diz pode servir de indício para investigar, mas não para condenar. O STF [Supremo Tribunal Federal, que homologou a delação do empreiteiro] nem abriu investigação [criminal] ainda. É estarrecedor que um procurador use como prova o que não é prova.

Em segundo lugar, ele faz uma soma de laranja com banana. O senhor Marcelo Odebrecht diz que R$ 50 milhões [dos R$ 112 milhões] foram doados em 2009 e faz uma relação disso com o Refis [ele diz que prometeu os recursos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois que a Odebrecht foi beneficiada por uma medida provisória. O valor teria se transformado em crédito que só foi usado na campanha de 2014]. Ora, em 2009 eu tive um câncer e sequer era candidata a Presidência.

Além disso, terminamos a eleição de 2010 com uma dívida de R$ 10 milhões. E não usamos nada desses R$ 50 milhões para cobrir esse débito? Esses R$ 50 milhões são uma ficção, uma coisa absolutamente ridícula.

Marcelo Odebrecht e outros delatores dizem que houve também, entre outros, pagamentos de R$ 20 milhões para João Santana no exterior e de R$ 25 milhões para comprar o apoio de partidos. E afirmam que a senhora sabia da dimensão dos recursos doados à campanha pela empreiteira.
Eu acho que o senhor Marcelo Odebrecht exagera bastante a realidade. Ele fala "ah, ela sabia". Eu sabia do nível de investimentos deles no Brasil. Nós tivemos sete audiências [durante o governo de Dilma] em que ele fez apresentações exaustivas sobre isso. Nesses encontros, ele jamais tocou em outro assunto, e nem disse que tocou. As doações oficiais dele foram de R$ 29 milhões, ou 8% do total que arrecadamos. Então, minha querida, que grande doador é esse que eu teria de saber o que ele estava fazendo?

Ele diz que havia uma conta de R$ 150 milhões destinados à campanha, também via caixa dois.
Para se passar por grande doador, ele fala dessa conta. Em determinado momento de seu depoimento, diz: "É uma conta corrente que só eu tinha na cabeça". Ou seja, era uma conta da subjetividade dele.

A senhora indicou o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, para ser interlocutor de Marcelo Odebrecht?
Ele diz que, quando o [Antonio] Palocci saiu [do ministério], no começo do meu governo, me perguntou com quem trataria. De fato ele pergunta pra mim. E o que ele queria? Falar sobre crédito, tributos e as obras que iríamos fazer. Eu disse: ministro Guido é quem trata. Mas o Guido nunca foi interlocutor de Marcelo Odebrecht para assuntos eleitorais, até porque estávamos em 2011. Ele [Odebrecht] sempre faz essa confusão. [Elevando o tom de voz] Esse rapaz jamais ousaria conversar comigo sobre doação. Você acha que alguém ousaria? Pergunta se alguém ousaria.

Em outro trecho ele diz que sugeriu que eu deveria pedir doação para empresários porque a campanha estava sem dinheiro, e que eu nunca me interessei e nunca pedi. Essa narrativa me beneficia, mas essa conversa não aconteceu. Nunca, querida. É uma conversa estapafúrdia, esdrúxula, uma sandice desse rapaz.

Eu tenho a impressão de que o senhor Marcelo Odebrecht, para que sua delação fosse aceita, tinha de falar sobre coisas ilícitas da minha campanha e inventou essa ficção.

A senhora quer dizer que os investigadores o pressionaram para envolvê-la?
Olha, eu tenho a impressão de que o senhor Marcelo Odebrecht sofreu muitos tipos de pressão. Muitos tipos de pressão. Por isso, não venham com delaçãozinha de uma pessoa que foi submetida a uma variante de tortura, minha filha. Ou melhor, de coação.

Ele nunca teve essa proximidade comigo [para tratar de verba de campanha]. Da minha parte sempre houve uma imensa desconfiança dele.

E por quê?
Eu era ministra-chefe da Casa Civil em 2007 e supervisionava os grandes projetos do governo como as usinas do complexo do rio Madeira, Santo Antônio e Jirau. E um empresário começou a dizer que estava muito difícil participar do leilão porque havia uma espécie de cartel organizado pelo senhor Marcelo Odebrecht. Eu fui averiguar. E havia um processo de cartelização. Chamada a direção de Furnas [que participou do consórcio], isso foi imediatamente resolvido. Mas não é só. O leilão já estava marcado e ele disse em vários locais que ninguém faria lance se o preço mínimo da energia não ficasse em R$ 130. Decidimos não adiar. E a própria Odebrecht ganhou por R$ 78,87.

Faça as contas e veja a diferença de margem de lucro [que a Odebrecht deixou de ganhar]. Ele nunca deve ter me perdoado.

Marcelo também diz que, já com a Lava Jato em curso, avisou a senhora, num encontro no México, que a sua campanha poderia ser contaminada, pois ele havia feito pagamentos ao marqueteiro João Santana no exterior.

Eu viajei ao México para um encontro com o [presidente] Peña Nieto e depois houve um almoço e uma reunião com empresários. O Marcelo estava lá. No fim do dia, eu já estava saindo para o aeroporto, atrasada, mas queria ir ao banheiro. Fui para [o toalete de] uma sala reservada e fiz o que tinha que fazer [risos]. Quando voltei, tá lá o senhor Marcelo nessa sala. Ele começou a falar comigo, do jeito Marcelo, tudo meio embrulhado. E eu numa pressa louca, olhando pra ele. Não entendi patavina do que ele falava. Niente ["nada", em italiano]. Ele diz que me contou que poderia ocorrer contaminação. Mas eu não tinha conta no exterior. Se o João tinha, o que eu tenho com o João? Por que eu teria que saber?

A senhora acredita que a chapa pode ser cassada e a senhora se tornar inelegível?
Mais uma vez vão cometer uma injustiça e com base em um depoimento [de Odebrecht] absolutamente sofrível. E como o Temer não tem nada a ver com isso? Na campanha, ele arrecadou R$ 20 milhões de um total de R$ 350 milhões. Nós pagamos integralmente todas as despesas dele. Jatinhos, salários de assessores, advogados, hotéis, material gráfico, inserções na TV. Separar essa conta só tem uma explicação: dar tempo para ele entregar o resto do serviço que ficou de entregar: reforma da Previdência e desregulamentação econômica brutal.

A senhora afirmou recentemente que conhecia bem o grupo de Michel Temer no PMDB e disse que não deixou Moreira Franco roubar.
Diz-me com quem tu andas que eu te direi quem és.

A senhora soube de algo que comprometa o Temer?
Não, querida, isso eu não posso dizer. Porque se eu soubesse ele não demorava nem dois minutos para sair. Já do Moreira eu suspeitava. Suspeito. O Eliseu Padilha [ministro da Casa Civil] é do Rio Grande do Sul, como eu. Sai na rua e pergunta para as pessoas quem ele é.

Se a senhora sabia tanto, por que eles ficaram no seu governo?
Eu soube bem lá pelo fim do governo.

A senhora conviveu muitos anos com eles.
Eu não convivi não, querida. "Yo", no. Agora, há uma coisa gravíssima no Brasil, que não é se rouba ou deixa roubar, porque isso você pune, prende.

O problema muito mais grave é que o centro foi para a direita. Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara] está preso mas tudo o que garantiu a sobrevivência dele está solto, lá no parlamento.

Há um processo gravíssimo de radicalização. Não adianta agora as pessoas que criaram esse processo, como o senador Aécio Neves e sua irmã, irem para as redes sociais gravarem depoimentos emocionados contra esse tipo de conflito, de vazamento, dizer que queimar a moral de pessoas em praça pública é condenável. Quem abre a caixa cheia de monstros geralmente é devorado primeiro.

Fiquei bastante impactada quando li que houve pagamento de propina no exterior ao Aécio na usina de Santo Antonio. Suamos tanto para fazer um leilão competitivo e a propina rolando solta? Aí é dose.

Aécio desmente a acusação.
Querida, a mim ninguém nunca acusou de ter conta no exterior. Mas, enfim, vivemos uma conjuntura complexa que tem também a ver com a forma como a imprensa espetaculariza certas coisas.

Lula será preso?
Só se eles forem muito doidos. Não dá para continuar nesse ritmo. Nós precisamos de uma eleição para ver se conseguimos criar um consenso novo, para que nos encontremos todos e sejamos capazes de fazer um novo pacto.

E a senhora, é candidata?
Eu não quero. Mas posso até ser. Me casse que eu vou passar o tempo inteiro lutando [na Justiça] para não ser cassada e ser candidata.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Grana para empresa do Gilmar aumenta 1.766%

Seria um "é dando que se recebe"?
 
Conversa Afiada, 02/04/2017


Do UOL:

Repasses do governo para faculdade de Gilmar Mendes aumentam 1.766% em 2 anos
Os repasses do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) para o IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), faculdade que tem o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes entre seus sócios, aumentaram 1.766% entre 2014 e 2016. No mesmo período, os recursos totais destinados ao Fies aumentaram 40%.

Em 2015, Mendes chegou a criticar o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) por ter aumentado os recursos do programa em ano eleitoral. Procurada, a faculdade disse que apenas 11% de seus alunos são financiados pelo programa e que esse número vem caindo.

O Fies é um programa do Ministério da Educação que prevê o financiamento para estudantes do ensino superior que não tenham condições de pagar as mensalidades em faculdades privadas.

Os alunos que têm suas inscrições aceitas podem ter até 100% do seu curso pago pelo governo, que repassa esses recursos diretamente para as instituições de ensino. Os beneficiários e beneficiárias do programa têm um prazo de carência após o final do curso para começarem a reembolsar o governo.

O IDP foi fundado em 1998 e, segundo o cadastro de empresas da Receita Federal, Gilmar Mendes é um de seus sócios.

De acordo com dados do Portal da Transparência do governo federal, os repasses do Fies para o IDP saíram de R$ 75 mil em 2014 para R$ 1,4 milhão em 2016, um aumento de 1.766%.

O valor é pequeno se comparado ao volume total do programa. Em 2014, o Fies movimentou R$ 13,7 bilhões. Em 2016, esse valor foi de R$ 19,2 bilhões.

O que chama a atenção no caso do IDP é a velocidade do crescimento.

O grupo Anhanguera Educacional, um dos maiores participantes do programa, viu seus repasses aumentarem 13% entre 2014 e 2016.

Ministro criticou ampliação do Fies

Beneficiado pelo aumento no volume dos recursos recebidos por sua faculdade, Gilmar Mendes criticou a ampliação dos recursos destinados ao Fies em 2014, durante as eleições presidenciais.

Durante o julgamento de uma ação movida pelo PSB contra restrições de acesso ao Fies impostas pelo governo com base na nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em 2015, Gilmar Mendes atacou o governo e o aumento no volume destinado ao programa.

O governo queria limitar o acesso ao programa a candidatos que tivessem obtido uma nota mínima no Enem. Gilmar Mendes, ao contrário, defendia que a exigência de uma nota mínima representava uma mudança nas "regras do jogo".

"Há essa elevação significativa de valores num ano. Veja, nós saímos de R$ 5 bilhões de gastos em 2013, vamos para R$ 12 bilhões em 2014 e aí se diz: 'Não tem dinheiro'. Veja, isso tem nome", disse Mendes à época.

Na ocasião, o STF manteve as restrições impostas pelo governo. Gilmar Mendes, que se posicionou contra, foi voto vencido.

Outro lado


Procurado pelo UOL, o IDP enviou uma nota por e-mail sobre o aumento no volume de recursos. Segundo a nota, a instituição disse que 108 dos seus 926 alunos "utilizam o Fies" e que o número de novos alunos financiados pelo programa está caindo.

Segundo o IDP, o crescimento do valor repassado pelo governo à faculdade "se deve ao fato de que apenas no segundo semestre de 2014" é que o "IDP passou a receber alunos com esta modalidade de contratação".

Ainda segundo a nota do IDP, o ministro Gilmar Mendes, apesar de sócio de uma instituição de ensino, não tinha razões para se julgar impedido de apreciar a ação que envolvia, em última instância, repasses do Fies para faculdades privadas.

"O caso citado não se enquadra (entre os casos de suspeição) ou então magistrados ficariam impedidos de julgar planos econômicos se tivessem uma poupança, ações contra impostos de combustíveis por abastecer seu automóvel ou processos contra reajustes de escolas por terem filhos em idade escolar", disse a nota.

Documento da presidência rebate acusação do MP contra Lula sobre triplex



Registro mostra que o ex-presidente não frequentou o triplex do litoral paulista, do qual Lula é acusado de ser proprietário e que teria recebido da empreiteira OAS, investigada na Lava Jato.
 
"Lula, como todos os [presidentes] que o antecederam, conta com um grupo de assessores mantidos pela Presidência da República. Eventuais gastos com diárias por essa equipe são registrados na Presidência da República, indicando o local onde estiveram. A última vez que os assessores pernoitaram no Guarujá (SP) foi em 17/01/2011, quando ficaram com o ex-Presidente em uma base militar naquele município, em função do convite feito pelo então Ministro da Defesa Nelson Jobim. É o que comprova o documento", diz nota da defesa.

domingo, 2 de abril de 2017

Em novo vídeo, Renan rompe de vez com o golpe de Temer


O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou um vídeo neste domingo em sua página no Facebook criticando as medidas do governo de Michel Temer e afirmando que "quem não ouve erra sozinho", reforçando seu rompimento com o Planalto.

O líder do PMDB no Senado, Renan critica a sanção da lei que libera a terceirização e a reforma da Previdência, dizendo que ela "pune trabalhadores", e chamando o governo de "errático".

Mercadante:fim do Ciênccia Sem Fronteiras é "retrocesso inaceitável"


Ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reagiu ao anúncio do fim do programa Ciência Sem Fronteiras, criado pelo governo da presidente Dilma Rousseff.

"Quando denunciamos o fim do Ciência Sem Fronteiras, falaram também que só queríamos criar pânico nos estudantes. Agora, confirmam o desmonte do programa", disse Mercadante sobre a medida de Michel Temer.

Ele lembra que dos alunos que participaram do Ciência Sem Fronteiras, 26,4% são negros, 25% são jovens de famílias com renda até três salários mínimos e mais da metade são de famílias com renda de até seis salários mínimos.

"Mais uma vez, a sociedade paga pelos retrocessos e desmandos na educação. Sofrem, principalmente, os mais pobres que, em razão da renda, dificilmente terão a oportunidade de estudar no exterior, como faziam com o suporte do Ciência Sem Fronteiras".

Ator rejeita papel de FHC e diz que filme da Lava Jato é propaganda tucana


Filme sobre a operação Lava Jato voltou a ser criticado na imprensa; a película, que obteve de maneira ilegal imagens da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu comentários negativos do ator da Globo Herson Capri.

Segundo o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, Herson Capri foi convidado para representar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no filme.

"O artista recusou. Publicamente, ele não fala sobre o assunto, em respeito aos colegas, profissionais que ele 'respeita muito, independentemente da posição política'. Mas, a um amigo, Capri disse que o filme é 'uma peça de propaganda do governo do PSDB, do Plano Real e do mandato do FH, visando a 2018'", diz Ancelmo Gois em sua coluna deste domingo, 2.

Perdeu, Playboy!


"Aécio foi o mentor do golpe. Quando perdeu as eleições de 2014, ao invés de trilhar um caminho altivo na oposição responsável e se cacifar para a disputa em 2018, preferiu escancarar seu lado ególatra", diz o cientista político Robson Sávio Reis Souza.

"Enquanto maquinava sem cessar, com apoio da mídia e de seus sócios no parlamento, no governo e na justiça tudo caminhava razoavelmente bem. Mas, as delações foram mostrando que o mineirinho tem telhado de vidro. Campeão absoluto nas trairagens premiadas, o menino do Rio foi derretendo lentamente".

Segundo ele, "Aécio assiste uma de suas últimas trincheiras ser derrubada: a mídia golpista que o sustentava também quer jogá-lo fora do barco".

Professor detalha ‘a dimensão do desastre do golpe’


"FHC pegou o Brasil com uma dívida pública de 34% do PIB. Doou metade do patrimônio público sob a alcunha de "privatização". Duplicou a dívida externa. Quebrou o país três vezes, precisando recorrer ao FMI. Entregou o país a Lula sem reservas e devendo 76% do PIB". 

"O PT pegou o Brasil com a dívida pública em 76% do PIB, recapitalizou a Petrobrás a transformando na segunda maior petrolífera do mundo, não privatizou nada, "pagou" a dívida externa, e entregou, no último ano do primeiro mandato de Dilma, a dívida pública em 63% do PIB", compara Gustavo Castañon, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Um depois, os golpista chafurdam na lama


Praticamente um ano após o golpe de 2016, cujo processo começou em 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados acolheu o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade, os homens que conspiraram contra a democracia brasileira estão na lama.

Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), político mais delatado na Lava Jato, é capa de Veja como beneficiário de propinas em Nova York pagas pela Odebrecht.

Michel Temer, em quem 79% dos brasileiros não confiam, pode começar a ser cassado na próxima terça-feira.

Enquanto isso, não há uma única acusação de corrupção contra Dilma Rousseff, a presidente honesta que foi afastada para que uma quadrilha tomasse o poder e liquidasse com direitos sociais e trabalhistas.

sábado, 1 de abril de 2017

Temer, sinônimo de traição, colhe o que plantou



O dado mais sintomático da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira, é assustador: nada menos que 79% dos brasileiros não confiam em Michel Temer;

O dado, no entanto, não chega a surpreender.

Temer traiu a presidente eleita Dilma Rousseff, ao conspirar para derrubá-la.

Ele traiu os eleitores ao, no poder, adotar o programa do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG), que nomeou vários ministros em seu governo.

Ele traiu também todos os brasileiros, ao extinguir direitos trabalhistas e lançar uma proposta de reforma da Previdência que deixará milhões de pessoas sem nenhum tipo de proteção social.

Tudo isso já era previsível desde 17 de abril do ano passado, quando Temer mandou que sua assessoria distribuísse aos jornais a foto acima, em que ele aparece sorrindo, com aliados, no dia em que Eduardo Cunha conduziu a sessão que acolheu o pedido de impeachment contra Dilma.

O brasileiro não confia em quem trai compulsivamente.

Lula: Temer propõe desmonte da Previdência

Em vídeo divulgado hoje, o ex-presidente Lula voltar a criticar duro a reforma da Previdência de Michel Temer, alvo dos protestos que ocorreram ontem em todas as regiões do País.
 
Segundo Lula, Temer tenta fazer com que as pessoas tenham mais dificuldade de se aposentar e transfere para o trabalhador a culpa pela crise fiscal do país, decorrente da falta de arrecadação provocada pela política econômica.
 
“Essas pessoas não querem fazer reforma pensando em ajudar o trabalhador. Tudo o que pensam, e sempre foi assim na história do Brasil, é tirar direitos dos trabalhadores”.
 
O líder na preferência da maioria do eleitor brasileiro para 2018, apesar da intensa caçada judicial a que está submetido, Lula diz que se considera “convidado para a luta”.

Letícia Datena, a gata em evidência


Ela quer descolar do pai, apresentador famoso. Ela foi capa na Playboy lançada ontem





Resultado de imagem para imagens de Letícia Datena

Veja decreta a morte política de Aécio Neves

Mais uma propina. Desta vez, em NY

Se não bastassem as propinas em Furnas, na Cidade Administrativa (MG) e até o caixa dois em Cingapura, agora surge mais uma bomba.

Segundo reportagem de capa da revista Veja deste final de semana, o ex-­presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, delator da Lava Jato, afirmou que a empresa depositou propina para o senador tucano numa conta em Nova York operada por sua irmã.

O texto diz que situação de Aécio "é um pouco pior" que a dos outros caciques tucanos que poderiam concorrer à presidência, José Serra e Geraldo Alckmin, e que "pode se complicar ainda mais".

Aécio seria o político que recebeu uma das mais altas somas da empreiteira, R$ 70 milhões, considerando-se pagamentos de 2003 até hoje.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. É golpe mesmo!


"Recordamos, mais uma vez, o malfadado golpe civil-militar de 1964. E somos obrigados a falar do golpe de 2016. Nas democracias, a mudança do poder político só é legítima pela via eleitoral. Portanto, golpe é a mudança do poder político, de forma repentina, sem a deliberação ou o respaldo do povo", escreve o cientista político Robson Sávio nesta sexta-feira 31, quando se completam 53 anos do golpe militar no Brasil.

O coordenador da Comissão da Verdade em Minas Gerais, ele alerta que, "na atual fase, os golpistas se articulam para recolocar o Brasil à sua condição de colônia do capitalismo rentista. Portanto, destruir os direitos sociais, econômicos e trabalhistas conquistados na Constituição Federal de 1988. Para tanto, há uma orquestração de ações nos campos político (executivo e legislativo) e jurídico-constitucional (Supremo)".

"1964, que estava no retrovisor, voltou. É preciso reagir. Ou cairemos numa situação de barbárie", conclui.

Rapidinhas

Renan Calheiros
Procurou? Achou! Separação litigiosa Michel Temer desistiu. Após receber sucessivas críticas do líder de seu partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente afirmou a aliados na noite de quinta (30) que, se o alagoano buscava o rompimento, conseguiu. A fagulha que levou à implosão da aliança foi um vídeo postado pelo senador na internet, no qual ele ataca propostas do governo. A decisão de usar as redes sociais para divulgar conteúdo explosivo rendeu um apelido a Renan no Planalto: “Trump do agreste”.

Vai sem ele A ordem no Planalto é seguir com a defesa de reformas, como a da Previdência, sem contar com qualquer ajuda de Renan. Para o governo, o senador vinha sinalizando uma ruptura. “Não existe casamento forçado”, resumiu um auxiliar de Michel Temer.

É guerra O Planalto não engole a tese de que o senador está se realinhando com o PT só de olho na eleição em Alagoas. Acredita que Renan busca, acima de tudo, suporte em diversas alas da Casa para segurar o tranco que se aproxima com os desdobramentos da Lava Jato.

Nem aí Por enquanto, Renan tem feito graça da situação. Disse recentemente que “nem lembrava mais como era bom ser oposição”. Sabe que pode atrapalhar os planos do governo. Como líder, tem a prerrogativa de indicar relatores de projetos e integrantes de comissões.

Não vai sozinho Renan tem um grande peso político no Congresso Nacional e não está sozinho na decisão de se distanciar de Temer. Com certeza Temer passa a ter dificuldades no Legislativo!

Realinhamento Ao deixar o barco de Temer, Renan não ficará isolado e nem terá um grupo a parte, mas juntar-se-á a oposição 

Abandonando o barco Um fato também imaginável é que boa parte das bancadas do nordeste, onde Temer está muito fragilizado, tome o mesmo rumo de Renan.

Valmir Climaco
O Temer de Itaituba No município de Itaituba, Pará, nas eleições do ano passado para prefeito, Valmir Climaco, foi eleito com o dobro de votos de seus adversários. Teve amplo apoio dos trabalhadores da educação e agora se nega a reajustar o salário dessa categoria, negando assim seu discurso de palanque. Por outro lado, seus apaniguados estão vivendo um tempo de "vacas gordas".  

O bicho vai pegar Os lesados politicamente prometem dar o troco ao prefeito e já estão ensaiando uma rebelião sem precedentes. Sindicato forte eles têm!

De qualquer jeito O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai para o tudo ou nada. Quer levar à votação na próxima semana o projeto que trata da dívida dos Estados. Governadores se recusam a apoiar a exigência de contrapartidas, mas o Planalto não abre mão.

Só os astros Em campanha pela aprovação do projeto de renegociação das dívidas, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), se agarrou à astrologia. “Dizem que quando você faz aniversário acaba o inferno astral. Espero que seja verdade”, disse, na quarta (29), quando completou 62 anos.

Mordida O Senado vota na terça-feira (4) um requerimento de urgência para colocar em pauta projeto que transfere 30% dos recursos destinados às confederações do “Sistema S” para financiar a seguridade social.

Tem dono A proposta é do tucano Ataídes Oliveira (TO), que historicamente critica a destinação de recursos a essas entidades. O potencial para tumultuar a reforma da Previdência atraiu simpatia da oposição e de rebelados do PMDB para o projeto.

Sob pressão O governo já admite a possibilidade de mudar a regra de transição e a idade mínima de aposentadoria de trabalhadores rurais.

Conectados A reunião dos chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai para discutir sanções à escalada autoritária na Venezuela foi acertada em um grupo de WhatsApp. O encontro ocorre neste sábado (1), em Buenos Aires.

Tempo sombrio Segundo o ministro Aloysio Nunes, “a gravidade do quadro exigiu uma conversa pessoal”. Antes, ele falou por telefone com Julio Lopes, presidente do Parlamento venezuelano. “Houve ruptura da ordem constitucional.” Nova sanção só sairá se os quatro países chegarem a um acordo.

Visita à Folha Flávio Dino (PC do B), governador do Maranhão, visitou a Folha nesta sexta (31), a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Márcio Jerry, secretário de comunicação e articulação política, e Ednilson Machado, assessor de imprensa.