segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Hélio José sinaliza voto contra o golpe

 

Depois de ter votado a favor do afastamento de Dilma, senador do PMDB fez um discurso nesta noite sinalizando que pode se manifestar contra o impeachment na votação final; ele disse ter ficado preocupado com possíveis mudanças "contra trabalhadores" e perguntou à presidente seus planos para o pleno emprego e direitos trabalhistas.

Hélio José sinaliza voto contra o golpe

 

Depois de ter votado a favor do afastamento de Dilma, senador do PMDB fez um discurso nesta noite sinalizando que pode se manifestar contra o impeachment na votação final; ele disse ter ficado preocupado com possíveis mudanças "contra trabalhadores" e perguntou à presidente seus planos para o pleno emprego e direitos trabalhistas.

Hélio José sinaliza voto contra o golpe

 

Depois de ter votado a favor do afastamento de Dilma, senador do PMDB fez um discurso nesta noite sinalizando que pode se manifestar contra o impeachment na votação final; ele disse ter ficado preocupado com possíveis mudanças "contra trabalhadores" e perguntou à presidente seus planos para o pleno emprego e direitos trabalhistas.

Jorge Viana duvida de justiça para Dilma no tribunal do Senado

 
"Que tribunal é esse onde os juízes são os senadores e a acusada é a presidente da República? Os juízes aqui são isentos como devem ser? Que chance há para a presidente Dilma encontrar justiça nesse tribunal?", indagou o senador Jorge Viana (PT-AC), em seu questionamento à presidente Dilma Rousseff no Senado.

Pau quebra na Paulista na repressão ao Fora Temer

 

Manifestação contra o golpe e contra o governo interino de Michel Temer na Avenida Paulista, região central da capital paulista, começou a crescer e a ser reprimida pela Polícia Militar, que joga bombas de gás lacrimogêneo contra os integrantes de movimentos sociais.
 
Outras cidades também têm grandes protestos contra o golpe e Temer no dia em que a presidente Dilma Rousseff foi ao Senado se defender e na véspera da votação final do impeachment.
 
Brasília, em frente ao Congresso Nacional, e Rio de Janeiro, na Calendária, são palcos de atos.

A coragem e a dignidade de Dilma calaram senadores


"A defesa de Dilma foi impecável. Senadoras e senadores como Ana Amélia, Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e outros desceram da tribuna de rabo entre as pernas", diz o colunista Laurez Cerqueira.
 
"Ela sairá do julgamento de espírito elevado, o Senado completamente desmoralizado, rebaixado, e exposto ao Brasil e ao mundo como uma instituição dominada por um bando de ratos".

Gleisi a Dilma: “O que nos dá o direito de julgá-la?”

 
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) volta a dizer que senadores não têm condições de se tornarem juízes da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, dias depois de ter dito que o Senado "não tem moral" para afastar Dilma.
"Nunca vi um senador se preocupar com responsabilidade fiscal", declarou a petista, lembrando que "muito da crise teve a colaboração desse parlamento".
"Nossos erros são maiores que os seus. O que nos dá o direito de julgá-la?" questionou.
Senadora classificou ainda como "momento cretino" o que passa hoje o Congresso brasileiro.

Dilma ao Senado: só temo a morte da democracia


 

Presidente Dilma Rousseff faz sua defesa no Senado.

Em seu discurso, ela admite erros em seu governo, mas diz que sempre defendeu a Constituição.

"Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes", afirmou.

Dilma chora ao falar da Olimpíada e denuncia “provas produzidas” e a “frágil retórica jurídica” para tirar do poder um governo eleito por mais de 54 milhões de brasileiros.

Ela falou do apoio escancarado de setores da mídia ao golpe e da chantagem explícita de Eduardo Cunha.

"Diálogo, participação e voto direto e livre são as melhores armas que temos para a preservação da democracia", ressalta.

"Confio que as senhoras senadoras e os senhores senadores farão justiça".

"Peço: votem contra o impeachment; votem pela democracia", apela.


Dilma encara Aécio, que apostou tudo na crise

 

Em seu discurso, a presidente eleita Dilma Rousseff fez uma referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o apontou como um dos responsáveis pela atual crise política; "Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo", disse ela.
 
"Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço".
 
Aécio a questionou em que medida ela se sentia responsável pela crise e pelos 12 milhões de desempregados.
 
Na resposta, Dilma afirmou que a confusão política, estimulada por Aécio, agravou profundamente a crise econômic. "Não podemos aceitar o quanto pior, melhor, senador".

Globo recua, critica PF e diz que Lula é inocente


A Globo fez na noite de ontem um dos movimentos mais inesperados desde que iniciou seu projeto para destruir o ex-presidente Lula.
 
O texto publicado por Época afirma que o relatório da Polícia Federal sobre o "triplex de Lula" é fraco e que "a acusação terá grandes chances de ser considerada inepta – de ir para o lixo".
 
A questão é saber por que a Globo recuou, mas há algumas hipóteses: (1) o risco de sair derrotada no golpe de 2016, (2) a percepção generalizada no mundo de que há um golpe e uma caçada judicial a Lula, como foi denunciado à ONU e (3) a busca de um pacto para evitar a destruição do sistema político brasileiro, depois que líderes tucanos foram atingidos por acusações bem mais sérias do que as que pesam contra Lula.

domingo, 28 de agosto de 2016

Com Lula, Dilma se prepara para a batalha final



Presidente eleita Dilma Rousseff se reuniu na noite deste domingo com o ex-presidente Lula e acertou o tom do discurso que fará, nesta segunda-feira, no Senado Federal.
 
Ela destacará que a batalha democrática é um compromisso seu desde jovem e que o golpe de 2016, que ainda pode ser revertido, na avaliação do Palácio da Alvorada, foi inflado pela mídia.
 
Dilma também dirá que mantém o compromisso de propor uma consulta pública sobre eleições gerais.
 
Entre os golpistas, o ambiente é ruim.
 
Além das críticas de tucanos e democratas à gastança de Temer, documentários registram o golpe para a História e os dois principais jornais do mundo – Le Monde e New York Times – demonstram espanto pelo fato de Dilma estar sendo vítima de uma farsa e julgada por parlamentares corrupto.

PF usa o relógio do Golpe

Lava Jato não tem nada contra Lula a não ser o desespero! 
 
Fonte: Conversa Afiada, 27/08/2016

Do NY Times em homenagem à equipe do Temer e seus arautos no PiG

O Conversa Afiada reproduz nota do site Lula.com.br:
Relatório-ficção comprova desespero da Lava Jato: não têm nada para acusar Lula
Operadores não têm como entregar a mercadoria prometida à imprensa, pois não há provas contra Lula, e produzem novo factoide

O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris, divulgado hoje (26/08), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da Petrobrás.

Não encontraram porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso, comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na mídia. O relatório do delegado Anselmo é "uma peça de ficção", de acordo com a defesa de Lula.

Lula não é e nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica; um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.

É simplesmente inadmissível indiciar um ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo suposto crime o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.

Mais grave, injusto e repugnante, no entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos sistematicamente cometidos.

Esta mais recente violência da Lava Jato contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:

1. O desespero dos operadores da Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da Petrobras.
 
2. Trata-se de mais uma retaliação contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;
 
3. É mais um exemplo da sistemática sintonia entre o calendário da Lava jato e a agenda do golpe, tentando criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.

O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições de 2018. O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do estado, que não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por vias tortuosas e autoritárias.

Têm medo de Lula e têm pavor da força do povo no processo democrático.

Golpe lançará o Brasil num abismo


"O golpe não representa o fim da crise, nem econômica, menos ainda social e política, mas sua passagem a um nível mais profundo, mais crítico, mais violento e mais regressivo. Tudo o que o Brasil construiu de positivo neste século não pode ser jogado fora por um golpe", diz o colunista Emir Sader, prevendo que a eventual aprovação do impeachment não será boa nem para o interino Michel Temer.
 
"O presidente golpista será personagem execrado por onde vá", afirma.

Verissimo: brasileiros foram feitos de palhaços



"Depois da provável cassação da Dilma pelo Senado, ainda falta um ato para que se possa dizer que la commedia è finita: a absolvição do Eduardo Cunha", diz o escritor Luis Fernando Verissimo, um dos maiores intelectuais brasileiros.
 
"Pela lógica destes dias, depois da cassação da Dilma, o passo seguinte óbvio seria condecorarem o Eduardo Cunha. Manifestantes: às ruas para pedir justiça para Eduardo Cunha!".
 
Neste fim se semana, Le Monde e New York Times ridicularizam o Brasil. No jornal francês, o impeachment foi chamado de golpe ou farsa. No NYT, Dilma é devorada por ratos. 
 
Verissimo faz ainda um lembrete: "evite olhar-se no espelho e descobrir que, nesta ópera, o palhaço somos nós".

Filme censurado por Temer é eleito o melhor em Amsterdam



Aquarius foi o vencedor do prêmio de melhor filme segundo o júri do World Cinema Amsterdam; a película, que estreia no circuito nacional no dia 1º de setembro, é vítima de uma tentativa de boicote pilotada pelo Palácio do Jaburu depois que o elenco e diretores denunciaram a tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff durante o Fesrival de Cannes, na França.

Golpistas agora tentam fugir do golpe que criaram



Tucanos e democratas no Senado agora criticam o presidente que incensaram; teriam percebido que o golpe deu errado; com a inflação ainda em alta e desemprego recorde, a economia não reage.
 
DEM e PSDB querem ser sócios apenas no sucesso e ensaiam afastamento do governo provisório de Michel Temer, que vive a iminência do fracasso.
 
Aécio Neves, Tasso Jereissati e Ronaldo Caiado vocalizam uma suposta preocupação com o rigor fiscal, alegando que a frouxidão da equipe econômica do governo interino indica que o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) ambiciona disputar a Presidência da República em 2018.

Batochio: MP definiu Lula como culpado para depois buscar os fatos

 

O advogado José Roberto Batochio, que se juntou à defesa do ex-presidente Lula, afirma, em entrevista ao portal Conjur, que o Ministério Público inverteu a lógica das investigações criminais neste caso: primeiro definiu Lula como culpado, para depois buscar fatos que o incriminassem; “É uma perseguição com conotação política, na qual não se investiga determinado ato atribuído ao Lula. O que se investiga é a pessoa dele, procurando atos para incriminá-lo. Isto não é legítimo”, avalia.

Carlos Araújo: Dilma é julgada por ladrões e vigaristas

Ex-marido de Dilma Rousseff (PT) diz que seu principal sentimento diante do processo de impeachment da ex-companheira de lutas contra a ditadura é de indignação: “Não tem nada contra ela, é julgada por um bando de ladrões, vigaristas e pessoas sem escrúpulos. Essa é a inversão dos fatores, uma coisa inacreditável. O New York Times publicou uma matéria longa dizendo exatamente isso, é inconcebível. A história vai marcar isso e pode ser ainda na nossa era.”.
 
Ele afirma também que o PT nunca suportou Dilma e quer se ver livre para atribuir a ela todos os problemas que enfrenta.

Requião garante: “Já viramos e vamos vencer essa parada”



“Já viramos e vamos vencer essa parada”, comemora o senador, que contabiliza 31 votos contrários ao impeachment; Requião acredita que após a ida de Dilma ao Senado a vantagem poderá ser ampliada para 40 votos.

Sonia Braga: nunca é suficiente repetir que é golpe



"Nunca é suficiente repetir que é golpe. Ter criado esse precedente foi um crime", disse a atriz Sonia Braga sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, na noite de ontem, em Gramado (RS).
 
No início deste ano, Sonia participou dos protestos em Cannes contra o golpe de 2016 no Brasil, o que levou o governo interino de Michel Temer a praticamente censurar o filme, com uma classificação indicativa de 18 anos.
 
"A democracia ainda é a melhor forma de sociedade", diz o diretor Kleber Mendonça Filho.