sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Gilmar e seu escancarado abuso de autoridade


Fonte: Coversa Afiada, 25/08/2016


Na coluna do Janio de Freitas, na Fel-lha:
Excessos de autoritarismo da Lava Jato são problema institucional

Uma hipótese, um tanto óbvia, veio já no ataque inicial do ministro Gilmar Mendes ao "vazamento", maldoso e injusto, de referência na Lava Jato ao ministro Dias Toffoli, do Supremo. "É necessário investigar os investigadores" da Lava Jato –repetiu Mendes essa frase sua do ano passado, agora completando a observação de que procuradores da Lava Jato estão em choque com Toffoli, por eles atacado até em artigo. Entre hipóteses possíveis, porém, viceja em círculo judicial aparentemente estreito uma menos fácil e mais excitante que a de Mendes.

A delação afinal aceita por Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, poderia ser a mais promissora, mas já as discussões iniciais mostraram-se tão problemáticas quanto as de Marcelo Odebrecht. Muito afável, prestativo e de acesso simples, Pinheiro teria com que inundar a Lava Jato de informações e esclarecimentos. E, esperavam os procuradores, obsessão acima de todas, o que buscam em vão sobre a propriedade do sítio e do apartamento atribuída a Lula. Léo Pinheiro foi decepcionante para a Lava Jato nas preliminares sobre a futura delação: não admitiu que o sítio e o apartamento sejam de Lula.

Era muito fácil a previsão de que implicar um ministro do Supremo, em mais um "vazamento", daria oportunidade a sustar o acordo de delação premiada com Léo Pinheiro. Além de não dizer o que desejavam, o possível delator e seu manancial de informações por certo desvendariam pessoas e grupos não incluíveis na mira acusatória da Lava Jato. Criar o caso e, suspenso o acordo de delação, deixar Léo Pinheiro calado: está feito.

A hipótese de Gilmar e a outra não se excluem, talvez se completem. Em ambas, aliás, confirma-se que Léo Pinheiro paga pelo que não disse e não fez. Com toda a certeza, não é o autor do "vazamento", inexistindo qualquer motivo para a punição que o procurador-geral Rodrigo Janot lhe aplicou, e só a ele, cassando-lhe o direito de buscar o mesmo benefício dado a tantos delatores.

Se o "vazamento" é algo tão grave, definido como crime por Gilmar Mendes e motivador do ato extremado de Janot, à pergunta "a quem interessa?" emenda-se outra: por que tanto consentimento, por tanto tempo, para atos agora qualificados de "excessivos", "inaceitáveis" e "abusos de autoridade"?

O Conselho Nacional do Ministério Público manteve-se impassível diante da torrente de "vazamentos" que os tornou costume característico da Lava Jato. O Conselho Nacional de Justiça teve a mesma indiferença, em relação ao chefe da Lava Jato, juiz Sérgio Moro. O procurador-geral chegou a emitir uma nota com advertências sobre os excessos, mas recuou na aplicação dos seus conceitos à prática. Esses comportamentos constituíram uma carta branca para a Lava Jato e sua prepotência.

Até um leigo, como sou, anteviu que os excessos de autoritarismo da Lava Jato, uma vez consentidos, cresceriam em número e em grau de gravidade. E viriam a ser um problema institucional. São.

Léo Pinheiro de nada acusou Dias Toffoli, nem insinuou. Mas, se a substância não fere o Supremo, o "vazamento" o atinge pela intenção inequívoca de sua forma maldosa, desonesta mesmo. Dizem que vão investigar a procedência do "vazamento" ou "vazamentos". Quem a conhece são jornalistas. A Polícia Federal já pretendeu exigir de jornalistas a indicação de suas fontes. À Lava Jato só falta algo nessa linha, para um aparente atestado de bom comportamento contra a acusação de "abuso de autoridade". Iniciada por indignado Gilmar Mendes, aquele que reteve por ano e meio uma decisão importante do Supremo, enquanto expunha em público o teor do voto engavetado. Um abuso de autoridade escancarado.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

TJ do Pará determina que governo Jatene pague piso salarial nacional aos professores

Desembargadores do TJ Pará reunidos ontem, 24, em Belém

O TJ (Tribunal de Justiça) do Pará determinou que o governo Simão Jatene proceda o imediato pagamento do piso salarial nacional aos profissionais do magistério público da educação básica do Pará.

A decisão foi proferida ontem, 24, pelo Pleno do TJ.

O pedido foi feito pelo Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública) do Pará, através de ação de mandado de segurança que está sob a relatoria da desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães.

Leia também – Governo vai reformar delegacia da Polícia Civil em Aveiro.

Conforme a decisão, o piso salarial a ser pago corresponde ao atualizado pelo Ministério da Educação para o ano de 2016, no valor de R$ 2.135,64, devendo ainda o pagamento ser calculado, proporcionalmente, com a jornada de trabalho exercida e os efeitos patrimoniais incidirem a partir da impetração da ação mandamental.

O Sintepp argumentou na ação que o governador não paga o piso profissional nacional desde janeiro deste ano, violando, assim, a Lei Federal nº 11.738/2008, a qual instituiu o piso nacional para o magistério.

Alegou ainda que, embora exista a obrigatoriedade de reajuste do valor, conforme estabelece o artigo 5º da referida lei, cujo índice de reajuste é divulgado anualmente pelo Ministério da Educação, o governo permanece pagando o valor do piso anterior, que era de R$ 1.917,78.

O governo do Estado, contestando a ação, alegou a inexistência de direito, ressaltando a ruptura do equilíbrio federativo, bem como a falta de previsão orçamentária para o pagamento requerido pelos professores.

No entanto, no entendimento da relatora, não há nenhuma ruptura do Pacto Federativo, “pelo contrário, o texto constitucional dispôs que a Lei federal estabeleceria o piso salarial e assim foi feito, não havendo configuração de qualquer violação ao Princípio da Legalidade”.

Destaca ainda a relatora que, “quanto à alegação de ausência de previsão orçamentária para fazer face ao pagamento pleiteado pelo impetrante, observa-se que o artigo 5º da Lei nº 11.738/2008 previu que a atualização do valor do piso ocorreria desde o mês de janeiro/2009, o que se conclui que a Administração Pública teve tempo suficiente para organizar-se diante desse impacto de natureza orçamentária, sendo inaceitável que após sete anos do início do prazo para cumprimento da referida norma, o Estado alegue a ausência de condições financeiras para tal implemento”.
 
Fonte: Blog do Jeso, 25/08/2016

Vaza, Temer!


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Por que a administraçao da prefeita Eliene Nunes incomoda tanto os poderosos de Itaituba?

Em campanha eleitoral, oportunistas e aventureiros em busca de projeção para suas candidaturas tentam macular a imagem da atual gestão, que tem mudado, mas para muito melhor o município de Itaituba.

Mentir se tornou a nova arma daqueles que nunca fizeram nada pelo município de Itaituba. Alias que fazem sim, mas o único trabalho de ancorar na campanha difamatória contra a gestão que realizou e realiza trabalhos em prol da população de Itaituba.

Enquanto isso, a prefeita Eliene Nunes aproveita a oportunidade para mostrar, mais uma vez, os resultados do seu trabalho. Vejamos o que tem incomodado os adversários! O município de Itaituba está em 5º lugar no Oeste do Pará, em responsabilidade fiscal, isso se deve aplicação corretamente dos recursos.

Todos os recursos captados ao município de Itaituba são aplicados em benefício de sua população, seguindo todos os critérios de transparência e de responsabilidade fiscal. Isso foi reconhecido pelos órgãos avaliadores.

Foi o compromisso e responsabilidade da prefeita Eliene Nunes que proporcionou avanços nunca antes alcançados no município de Itaituba.

A vida das pessoas de Itaituba melhorou, veja alguns trabalhos que proporcionaram o bem estar a população: foram mais de 50 kilometros de asfalto de boa qualidade, postos médicos construídos, tudo no padrão de exigência do Ministério da Saúde, escolas devidamente reformadas e ampliadas ficando todas no padrão MEC, foram varias passarelas reformadas, já que não tinham mais condições de uso. Com tanto trabalho, dá para saber quem é que está em desespero!

A turma que não comemora os avanços do município de Itaituba; a turma que não quer ver Itaituba melhor; a turma do quanto pior melhor. Enquanto isso, a prefeita Eliene Nunes trabalha e a vida dos Itaitubenses, melhora. 
 
Postado por Anderson Tadeu Pantoja - Portal Buré, 23/08/16 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Por que o Cerra peita a OEA?

Porque ele quer ser de um grande Porto Rico
 
Fonte: Conversa Afiada, 23/08/2016


A OEA condenou o Supremo Tribunal Federal do Brasil por anistiar a Lei da Anistia.

Uma vergonha diante de toda a América Latina, especialmente dos antigos membros da Operação Condor.

Agora, a OEA interpela o Traíra por causa do Golpe.

O Padim Pade Cerra, que recebeu "por fora" da Odebrecht, e se apropriou do Itamaraty como escritório de sua campanha presidencial - outra vez frustrada - , o trensaleiro peitou a OEA.

Segundo o Estadão, ele chamou de "besta" (sic) e "malfeito" o pedido de explicações da OEA.

E mais disse ele: o impeachment nao tem nada a ver (sic) com o Executivo: é coisa para ser tratada no Congresso.

Por que essa valentia?

Porque os Estados Unidos não dão a menor bola para a OEA.

De vez em quando mandam um embaixador à sede da OEA em Washington que, aliás, é sempre um diplomata de quinta extração.

O Departamento de Estado não consulta a OEA nem para saber como está o trânsito na rua 18.

Por isso, o Cerra é valente!

E, na verdade, essa reação totalmente inepta e deseducada - o Cerra é um diplomata desde a Mooca... - é um preludio do que fará quando a ONU interpelar o Traíra a propósito do linchamento ao Lula.

O Cerra vai propor que o Brasil saia da ONU!

E incorpore o status de Puerto Rico: "estado libre asociado" ...

PHA


Em tempo: ainda sobre a tragédia que se abate sobre a política externa brasileira, ir à Rede Brasil Atual: Com Serra no Itamaraty, Brasil se torna um 'anão diplomático', diz Igor Fuser.

Gilmar vs Janot. Lava Jato é só do PT!

E o Janot que se cuide! Está ali só para ferrar o PT!

 Fonte: Conversa Afiada, 23/08/2016


Não haveria de ser agora que o ansioso blog Conversa Afiada haveria de dar crédito a uma “denúncia” do Detrito sólido de maré baixa, dessa vez contra o Ministro Toffolli, do STF.

Mas, até agora, as denúncias do detrito sólido – que, como demonstram as provas contábeis, está à beira do tumulo – mereciam do ministro (sic) Gilmar (PSDB-MT) crédito ilimitado, a perder de vista.

Ou não foi a Veja que deu curso à lorota do grampo sem áudio, aquela ficção urdida entre Gilmar e o Varão de Anápolis, o Demóstenes Torres, para abafar a Satiagraha?

Agora, segundo o Ministro (sic), isso é coisa dos investigadores (os Procuradores do Janot) que, segundo declaração que deu à Fel-lha, estão “com mais liberdade que o normal”.

O Ministro suspeita que o pessoal do Janot tenha vazado delação de Léo Pinheiro, da empreiteira OAS, na Lava Jato, para atingir um Ministro do Supremo.

Como diz o Bernardo Mello Franco, na própria Fel-lha:
“É a primeira vez que o vazamento de informações é usado como motivo para melar um acordo de delação. As acusações de Delcídio do Amaral, Sérgio Machado e Ricardo Pessoa jorraram à vontade antes de os três se livrarem da cadeia.“

As delações de Léo Pinheiro e de Marcelo Odebrecht – que subornou o presidente interino numa reunião no Palácio Jaburu e subornou o Padim Pade Cerra com dinheiro “lá fora” - essas delações vão para o lixo!

A Lava Jato é para pegar o PT!

Quando espirrar fora do PT ou daqueles que “roubaram” com o PT, a Lava Jato não avança.

O Moro quebrou a Odebrecht, desempregou um milhão de trabalhadores na indústria naval, quebrou a engenharia pesada nacional, desmontou o programa nuclear, fraturou a Petrobras, a ponto de permitir vender por US$ 8 bilhões o campo de Carcará que vale US$ 25 bilhões… e nada disso tem a menor importância!

Se sair do PT e seus cúmplices, a Lava Jato não presta!

E para configurar essa estratégia, que o Janot não se intrometa!

Ele também só serve se for para ferrar o PT!

Se não, o próprio Janot e seus Procuradores místicos, que falam direto com Deus, também esses serão imolados na fogueira em que arde o PT.

Precisa desenhar, amigo navegante?

Em tempo: finda a gloriosa Olimpíada, o Moro já pode prender o Lula!

PHA

Por Genoino, Aragão devolve Mérito Aeronáutico

É claro que o Sol vai voltar amanhã mais uma vez, eu sei

Fonte: Conversa Afiada, 23/08/2016

Aragão e Genoino: "Não vejo autoridade moral em ninguém que haja provocado essa iniciativa mesquinha"

O Conversa Afiada reproduz documento histórico:

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Procuradoria Geral da República

Ofício n.o

Brasília, em 23 de agosto de 2016

Excelentissimo Senhor

Ten. Brig. Ar Nivaldo Luiz Rossato

DD. Comandante da Aeronáutica e

Chanceler da Ordem do Mérito

Aeronáutico

Nesta

Senhor Comandante,

tenho tido, por toda minha vida profissional, alto apreço pelas Forças Armadas Brasileiras, incluindo-­se a Aeronáutica. Não foi por outro motivo que já lecionei e palestrei, dentre outras instituições militares, na Universidade da Força Aérea e tive, também, como alunos, oficiais da Aeronáutica no Curso de Especialização em Direito Internacional dos Conflitos Armados, oferecido em conjunto pela Escola Superior do Ministério Público da União, a Universidade de Brasília e a Ruhr- Universität Bochum (Alemanha), onde me doutorei após pesquisar por três anos no Instituto de Direito Internacional da Paz e dos Conflitos Armados. Tenho boa lembrança, também, do inestimável apoio que a Força Aérea deu ao desintrusamento do Parque Indígena Yanomami, em Roraima, que tive a honra de acompanhar, conhecendo, de perto, a competência, a dedicação, o compromisso social e o patriotismo dos militares empregados na operação. Em várias oportunidades, tenho me manifestado publicamente contra a desvalorização de nossos servidores militares, que, com denodo e esforço incomum, garantem a segurança de nosso País, com ganhos gritantemente desproporcionais com outras carreiras civis que não têm a complexidade e nem exigem de seus integrantes tamanho sacrifício e risco no desempenho de suas funções.

Por isso, recebi com muita honra condecoração da Ordem do Mérito Aeronáutico, no grau de comendador, em 23 de outubro de 2007. Pode crer, Vossa Excelência, o quanto para mim significou integrar o quadro da ordem de mérito de tão valiosa instituição que comanda.

Significa­-me muito esse reconhecimento que me foi dado, ainda mais que sempre vinculei minha pesquisa acadêmica aos conflitos armados, tendo trabalhado no Timor Leste com o saudoso Sérgio Vieira de Mello e acompanhado autoridades militares brasileiras em visita ao teatro de operações em Porto Príncipe (Haiti), logo no início da missão. Sempre fiquei admirado e, até, profundamente tocado, com a qualidade de nossos militares. Não obstante todo apego afetivo e toda gratidão pela honraria a mim dispensada, tomei conhecimento, na data de ontem, da exclusão do corpo de graduados especiais da Ordem, de José Genoíno Neto, no grau de comendador (Portaria n.o 920, de 26 de julho de 2016, publicada no D.O.U. De 18 de agosto de 2016. Independentemente do juízo que se formou na esfera judicial sobre o honrado cidadão mencionado, conheço-­o e sua trajetória de muito amor pelo País, em prol da justiça social, das políticas inclusivas e da grandeza do Brasil no concerto das Nações. Poucos brasileiros tanto exerceram o patriotismo sincero, inclusive com elevado risco e sacrifício pessoal, como José Genoíno, pessoa correta e moralmente irretocável. Tenho certeza que a história lhe fará justiça que estes tempos de crise e desamor com o avanço social lhe negam. Não vejo autoridade moral em ninguém que haja provocado essa iniciativa mesquinha, que não encontra nenhum amparo legal, estando sujeita, apenas, ao juízo discricionário da administração, conforme os respectivos decretos regulamentares. Pelo exposto e com muito pesar restituo a Vossa Excelência a honraria a mim destinada, devolvendo­-lhe a condecoração e o respectivo diploma, requerendo minha exclusão, também, do corpo de graduados especiais da Ordem do Mérito da Aeronáutica, deixando claro o quanto isso me custa e me pesa sentimentalmente. Mas tomei essa decisão ao considerar que não posso participar de um quadro que excluiu esse gigante da política brasileira de seus graduados, por mais que outros possam, desconhecendo a pessoa de José Genoíno, lançar­-lhe juízos injustos.

Minha dor expresso nos versos “Mais uma vez”, de Renato Russo, acreditando, apesar de sua intensidade, sempre, num amanhã melhor:

Mas é claro que o Sol

Vai voltar amanhã

Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior

De endoidecer gente sã

Espera que o Sol já vem

Tem gente que está do mesmo lado que

você

Mas deveria estar do lado de lá

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar

Tem gente enganando a gente

Veja nossa vida como está

Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar

Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança

Mas é claro que o Sol

Vai voltar amanhã

Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior

De endoidecer gente sã

Espera que o Sol já vem

Nunca deixe que lhe digam

Que não vale a pena acreditar no sonho

que se tem

Ou que seus planos nunca vão dar certo

Ou que você nunca vai ser alguém

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar

Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar

Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança (7x)

Receba, Vossa Excelência, meus protestos de elevada consideração e distinto apreço, com a certeza de que este meu ato não pretende de forma nenhuma negar nem diminuir a grandeza e a honra das Forças Armadas Brasileiras, em especial da Aeronáutica, que continuarão a merecer, para o resto de meus dias, todo o respeito devido.

Respeitosamente,

Eugênio José Guilherme de Aragão
Subprocurador­Geral da República/Professor Adjunto da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília

Estrangeiros queriam saber daqueles que lutaram para o Brasil sediar as Olimpíadas

Cadê o Lula, cadê a Dilma?, perguntavam

Fonte: Conversa Afiada, 22/08/2016



Do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS):

O retrato da covardia

Pense comigo: um País luta por anos para conquistar a honra de sediar uma olimpíada. Disputa com grandes potências mundiais, e consegue. Na época Lula era o Presidente, e sua liderança, confiança e coragem foram decisivos para a conquista. Todos nós sabemos disso. Todos sem exceção sabem. No entanto seu nome jamais foi falado. Nenhuma autoridade brasileira, nenhuma grande rede de TV, nenhum jornal lembrou durante as olimpíadas que, sem ele, não existiria Rio 2016.

Dilma Rousseff, como ministra e como Presidenta, trabalhou muito para que o Brasil realizasse um evento de sucesso. Todos sabem que ela controlava pessoalmente os cronogramas, as metas e o andamento dos projetos para que tudo desse certo. Rio 2016 foi um sucesso. O nome de Dilma não foi citado. Não foi lembrado por ninguém.

Lula e Dilma tiveram seus nomes e protagonismos apagados da história da Rio 2016. Nas inúmeras retrospectivas nas TVs, suas imagens foram proibidas nas edições. Nos coquetéis e eventos, sequer fotos suas poderiam estar nos ambientes. Nos protocolos do governo interino seus nomes foram banidos.

O constrangimento foi a marca da presença dos representantes dos países que vieram ao Brasil. No coquetel que antecedeu a cerimônia de abertura, perguntavam insistentemente por Lula e Dilma. Muitos se reuniram com eles durante diferentes momentos na preparação dos jogos. Queriam vê-los, abraçá-los, agradecer. Mas suas presenças eram proibidas. Seus nomes, ignorados.

A vaia durante os 8 segundos envergonhados de Temer não deixou dúvidas: há algo muito errado acontecendo no Brasil.

No encerramento, pela primeira vez, ninguém veio. O primeiro-ministro japonês, por obrigação, por ser o próximo país-sede, teve que estar presente. Até agora tenta entender quem é esse indivíduo que não teve coragem de comparecer no encerramento do maior evento esportivo do mundo, que o Brasil é o anfitrião, porque tem medo do seu próprio povo. Temer é o retrato da covardia. O mundo sente vergonha por nós.

sábado, 13 de agosto de 2016

Constatação

Diante do quadro político nacional chego a conclusão de que a minha razão deixou de ser razão ou o Brasil vive um estado de exceção.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

‘Delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação’

:
Ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a baiana Eliana Calmon insinua que a delação premiada de executivos da construtora Odebrecht, incluindo o ex-presidente preso Marcelo Odebrecht, pode atingir membros do Judiciário.

Ela diz que é "impossível" fechar uma delação da maior empreiteira do país sem envolver magistrados.

"Delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação. É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer", diz Eliana.

Opep: Brasil terá maior crescimento global na produção de petróleo



No momento em que o Congresso discute a abertura do pré-sal a estrangeiros, um relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado nesta quarta-feira 10, elevou a previsão para a produção da commodity no Brasil para este ano.
 
A expectativa de produção média brasileira subiu para 3,11 milhões de barris/dia, uma elevação de 10 mil barris diários de petróleo (BPD).
 
Já para 2017, a entidade prevê um aumento expressivo de produção no Brasil, de 260 mil barris diários.
 
Trata-se do maior volume entre todos os países produtores de fora do cartel.
 
As entidades do setor no País são totalmente contrárias à proposta do governo interino, de abrir a exploração do pré-sal a companhias estrangeiras.

Intelectuais confirmam: Dilma foi vítima de golpe

:
Maior comunidade acadêmica dos Estados Unidos dedicada a estudos sobre a América Latina divulga nota em que reconhece o afastamento da presidente Dilma Rousseff como um golpe e classifica o processo de impeachment no Brasil como "arbitrário", "antidemocrático" e um "atentado contra a democracia brasileira".

O posicionamento foi definido por meio de uma votação interna dos pesquisadores, em que 87% dos membros reconheceram que o processo no Brasil foi um ato "antidemocrático".

Em maio, um abaixo-assinado de acadêmicos filiados à entidade pediu para que fosse retirada uma palestra do ex-presidente FHC programada em um evento que debateria a democracia.

Sob pressão, o tucano, que chegou a ser alvo de protestos em Nova York, desistiu de participar do debate.

Dilma reafirma golpe: “Continuamos lutando”

 

Presidente eleita Dilma Rousseff manda o recado de que não desistiu de lutar contra o processo de impeachment, que avançou mais uma casa no Senado esta semana.
 
"Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Continuamos lutando contra o golpe e pela democracia", postou Dilma no Twitter nesta quinta-feira 11.
 
Nos próximos dias, ela deve divulgar uma carta direcionada aos senadores em que firma compromisso com o plebiscito sobre novas eleições caso o golpe seja derrotado.

JB: grupo tomou poder “para se proteger e continuar saqueando”

 

Em palestra a empresários em São Paulo nesta semana, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal chamou partidos políticos de "facções" e, sem citar o PMDB de Michel Temer, declarou que o grupo que tomou o poder o fez para se proteger e continuar roubando.
 
"Nosso país está paralisado há mais de um ano em função de uma guerra entre facções políticas. Sabemos por alto que se trata de ambição, de ganância, de apego ao poder, tentativa de se perpetuar no poder para se proteger, mas também para continuar saqueando os recursos da nação", declarou.
 
Em maio, após a primeira votação do Senado pró-impeachment, ele havia denunciando um "conchavo" no Congresso e defendido enfaticamente novas eleições.

Rafael Correa: “O processo contra Dilma é uma piada”



Presidente do Equador diz em entrevista ao jornal Valor Econômico que o processo que afastou a presidente eleita Dilma Rousseff no Brasil "é a ditadura da maioria no Congresso, é absolutamente inconstitucional".
 
Ele destaca ainda que Dilma "é acusada de coisas que tanto [Fernando Henrique] Cardoso como Lula fizeram, e que eram permitidas. Então foram proibidas pelo Tribunal de Contas, e a julgam retroativamente".

Planalto opera e Maia adia cassação de Cunha para 12/9

 

Seguindo orientação do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), definiu que a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) só ocorrerá no dia 12 de setembro, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A estratégia inclui postergar votação da cassação de Cunha para esvaziar sessão e evitar que o ex-presidente da Câmara faça delação explosiva.
O delator disse ontem que Cunha sustentava 200 deputados.

O Clarín admite ter usado ‘jornalismo de guerra’ para destruir Cristina K — o mesmo método da imprensa brasileira



Verguenza

O ambiente jornalístico argentino está em chamas.

O motivo é uma confissão.

O jornalista Julio Blanck, editor chefe e colunista político do Clarín, admitiu, numa entrevista, que seu jornal praticou um “jornalismo de guerra” contra Cristina Kirchner. Ele acrescentou que isso não é “bom jornalismo”.
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É um eufemismo.

É crime. “Jornalismo de guerra” é crime. Você torce as informações para favorecer seus interesses. Ilude o público.

Blanck diz que gostaria que o Clarín voltasse a ser a “consciência média” do argentino. Mas como? Credibilidade, uma vez perdida, adeus. É como virgindade. Ou inocência.

É tentador o paralelo com o que aconteceu no Brasil. A imprensa brasileira fez — ainda faz — um jornalismo de guerra contra Lula, Dilma e o PT.

Um antigo diretor de redação da Veja, pioneira no jornalismo de guerra, usou uma expressão mais suave. Ele falou em “jornalismo de exceção”.

É a mesma coisa, apenas atenuada. Regime de exceção, por exemplo, sempre foi um substitutivo para ditadura.

A diferença entre o caso argentino e o brasileiro foi a resposta dos atacados. Cristina entendeu que estava numa guerra, e guerreou de volta. Dilma, como Lula antes dela, respondeu com flores às bombas. Não exatamente flores, aliás: dinheiro. Dinheiro copioso. Bilhões de reais em publicidade.

Vistas as coisas, você entende o espírito maligno da plutocracia sulamericana. Compreende também por que um ex-presidente da Turquia disse desdenhoso, referindo-se ao golpe fracassado, que seu país não é igual às repúblicas da América do Sul.

(É nisso que os golpistas nos transformaram: num país ridicularizado mundialmente.)

De volta ao jornalismo.

Você admite métodos de guerra. Com isso, interfere diretamente na política e na democracia.

E nada de consequências?

Apenas como comparação. Na Inglaterra, tão logo o centenário tabloide News of the World reconheceu que invadia celulares regularmente em busca de furos, foi sumariamente fechado. Não restou ao dono, Murdoch, outra saída tal o clamor da opinião pública.

Mas no Brasil e na Argentina — e mais genericamente na América do Sul — as coisas são bem diferentes.

A plutocracia faz o que quiser para manter suas mamatas e privilégios, incluído aí o jornalismo de guerra das grandes empresas corporações de mídia.

E não acontece nada.

Os argentinos pelo menos deram um passo à frente em relação a nós. Confessaram, pelo editor chefe do Clarín, o antijornalismo que fizeram.

Nem isso ocorreu no Brasil.

Os donos da mídia fingem, cinicamente, que fazem jornalismo. Seus fâmulos — os comentaristas e colunistas — fazem a mesma coisa.

Mas sabemos todos que o que Globo, Veja, Folha e Estadão praticam está longe de ser jornalismo.

É, para roubar a expressão de Blanck, jornalismo de guerra.
 
Fonte: DCM, 18.07.2016

“Tenho 200 deputados para sustentar”, disse Cunha, segundo delator

Do Brasil 247:

O lobista Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que em 2011, foi pressionado e extorquido pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) – ex-presidente da Câmara – a pagar propina de US$ 5 milhões. A denúncia ocorreu na segunda(9) durante depoimento na 6.ª Vara Criminal Federal da Justiça Federal em São Paulo.

Segundo Julio Carmargo, “para justificar a cobrança dos valores, ele (Eduardo Cunha) disse que tinha uma bancada de mais de duzentos deputados para sustentar”, afirmou o delator.

Eduardo Cunha é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber ao menos US$ 5 milhões de propina referentes a contratação de um estaleiro para a construção de dois navios-sonda pela Diretoria Internacional da Petrobrás, em 2006 e 2007.

Júlio Camargo não se intimidou com a presença de Cunha que estava presente à audiência. Cara a cara com o acusado, Júlio Camargo reiterou os detalhes da extorsão que afirma ter sofrido.

Júlio Camargo manteve as informações que já havia revelado à força-tarefa da Lava Jato sobre propinas para Eduardo Cunha no âmbito de um contrato para operação de navio-sonda da Petrobrás.

Anteriormente, à Justiça Federal ele contou que na época em que estava sofrendo pressão de Cunha chegou a procurar ajuda do então ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB/MA). Segundo ele, Lobão ligou para o deputado e disse. “Eduardo, você está louco?” O telefonema, segundo o delator, ocorreu no final da tarde de um domingo, em 2011, na Base Aérea do Aeroporto Santos Dumont, no Rio.

A informação está publicada no blog do jornalista Fausto Macedo através do link.
 
Fonte: DCM,  09.08.2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Lula vai ao CNMP contra procuradores da Lava Jato



Advogados do ex-presidente protocolaram nesta quarta-feira 10 uma reclamação ao Corregedor Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra atos de quatro procuradores da República "por terem antecipado juízo de valor em relação a Lula sobre fatos que ainda são objeto de investigação".
 
Na última sexta-feira, dia da abertura da Olimpíada do Rio, a defesa de Lula já havia apontado que a peça divulgada à imprensa pelo Ministério Público teve como objetivo "servir de manchete" na mídia contra o petista.
 
A reclamação diz que procuradores, "em vez de se limitarem à discussão jurídica" em torno da competência do juiz Sérgio Moro, disseram que "já há elementos de prova de que LULA participou ativamente do esquema criminoso" e que recebeu "vantagens indevidas".

Kotscho: “Fecham-se as cortinas, fim de jogo para Dilma”

 

"Mais do que a nova derrota, foi o placar estampado no painel do Senado que selou o destino da presidente afastada, agora tornada ré no processo de impeachment em que é acusada por crime de responsabilidade fiscal", afirma o jornalista, destacando a "goleada de 59 votos a favor do prosseguimento do processo e 21 contra".
 
Para Ricardo Koscho, Dilma "não tem mais chances de voltar ao seu cargo no Palácio do Planalto".