sábado, 4 de junho de 2016

Rapidinhas

Sem pão… só água Dilma Rousseff e auxiliares ficaram os últimos dias sem dinheiro para comprar comida para o Alvorada. O chamado “cartão de suprimento” foi cortado pela equipe de Temer na quarta (1º). Os recursos garantiam o abastecimento da despensa da presidente afastada e custeavam a manutenção do palácio. Procurada, a Secretaria de Governo reconheceu a suspensão, mas informou que se trata de uma “interrupção provisória” até receber parecer jurídico sobre os direitos de Dilma.

Habemus bocas O Planalto informou na noite de sexta que Dilma já estava liberada para compras. Além dela, circulam no Alvorada cerca de 30 pessoas, entre servidores do gabinete e funcionários que fazem a manutenção da residência oficial.

É o fim Segundo assessores, Dilma ficou furibunda com o corte do “cartão alimentação” e criticou a equipe de Temer pela “mesquinharia”.

Visita Dilma recebeu nos últimos dias a visita de senadores de fora do PT. Cristovam Buarque (PPS-DF) e Romário (PSB-RJ) — que declarou voto pelo impeachment, mas criticou Temer nesta semana — passaram pelo Alvorada.

All right A convite do Partido Conservador britânico, os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Mandetta (DEM-RS) foram a Londres explicar que o impeachment não foi golpe a parlamentares europeus e americanos.

Quem avisa Vice da CPI da Petrobras, Antonio Imbassahy (PSDB-BA) vai pedir audiência com Pedro Parente. Quer alertá-lo para áreas sensíveis da empresa sobre as quais a comissão se debruçou.

Bancada da bala Alexandre de Moraes está na mira da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Deputados se queixam de não conseguir audiência com o ministro e querem convocá-lo. Dizem que até Michel Temer já os recebeu diversas vezes.

Seleção O Ministério do Esporte nomeou Vanderlei Junior, o filho do cantor Wando, para ser assessor especial de Leonardo Picciani. Conhecido como Vandinho Pitbull, ele já foi condenado por dupla tentativa de homicídio em uma briga em 1999.

Já pagou O ministro diz que o assessor sempre desempenhou bem suas funções: “Ninguém pode ser condenado por uma vida inteira.”

Última que morre Rivais de Eduardo Cunha apostam na reversão de três votos considerados fiéis ao presidente afastado no Conselho de Ética: Sérgio Moraes (PTB-RS), Alberto Filho (PMDB-MA) e Mauro Lopes (PMDB-MG).

Caixa postal O PSOL divulgou e-mails de todos os deputados federais considerados a favor de Eduardo Cunha pedindo aos internautas que pressionem pela cassação do peemedebista.


Guia da crise Perdido em meio à profusão de escândalos, um dos maiores empresários do país contratou uma consultoria para elaborar uma “árvore das denúncias”. Quer ter clareza de quem, afinal, está sendo investigado e pelo o quê.

Longa data Fernanda Tórtima começou a defender Eduardo Cunha no STF em novembro de 2015. Em abril e em maio deste ano, acumulou outros dois casos do peemedebista na corte. Antes, advogara para ele no Rio e na defesa da filha Danielle.

Expectativa Depois de encaminhar o apoio do PP, tucanos paulistas esperam selar nos próximos dias uma aliança com o PV na capital. Esta semana, a bancada de vereadores do partido esteve reunida com o pré-candidato do partido, João Dória.

Explique-se O Secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Gustavo Maiurino, deve ser chamado a falar na Assembleia Legislativa de SP sobre a denúncia de fraude no contrato para a compra de medalhas pelo governo Alckmin. O PSOL já fez pedido.

Dilma ridiculariza O Globo

Ela quer ver o Merval provar

Fonte: Conversa Afiada, 03/06/2016

Ela conheceu o cabeleireiro quatro anos depois... (Foto: Anselmo Cunha / Mídia NINJA)

A Presidenta Dilma Rousseff participou nesta sexta-feira (03) da cerimônia de lançamento do livro “A Resistência ao Golpe em 2016”, realizada em ‎Porto Alegre. Em seu discurso, Dilma reiterou que o processo de impeachment foi um Golpe e tratou da denúncia que O Globo publicou hoje - e que fará Dilma processar o Ataulpho Merval.

"Hoje o Globo montou uma estratégia para atingir a minha imagem, dizendo que especificamente a refinaria de Pasadena pagou as contas do meu cabeleireiro", apontou Dilma, em afirmação que levou a plateia a gargalhar. 

"Tenho os comprovantes de que paguei a passagem e serviço de cabelo. Mas o mais interessante é que eles ligam o cabelo com Pasadena. Acontece que Pasadena foi em 2006, e eu fui conhecer o (cabeleireiro) Celso Kamura apenas quatro anos depois", explicou.

A Presidenta ainda questionou os métodos usados pela imprensa e assegurou que nenhuma das acusações comprovará qualquer participação dela em atos ilícitos. "Como pode isso? Mas isso já fizeram inúmeras vezes. Eles vão tentar de qualquer jeito me incriminar. Mas eu adianto que vai ser muito difícil", afirmou.

Sobre o processo de impeachment, Dilma explicou como agiram os golpistas em 2016. O método utilizado foi diferente daquele de 1964, mas o resultado foi o mesmo.

"Há uma diferença entre o golpe militar, a ditadura e o golpe parlamentar na democracia. Se considerarmos que a democracia é uma árvore, o golpe é um machado. O golpe parlamentar, no entanto, é um parasita que suga, que impede que as instituições funcionem plenamente", finalizou Dilma.

Pré-sal: 1 milhão de barris/dia

É isso o que eles chamam de "inviável"

Fonte: Conversa Afiada, 04/06/2016


Por Fernando Brito, no Tijolaço:
O tesouro que os canalhas dizem que “é prejudicial” à Petrobras: 1 milhão de barris num dia!

Um dia depois do ex-ministro do Apagão de FHC dizer a que a participação mínima de 30% da Petrobras nos campos do pré-sal era prejudicial à empresa, os fatos se encarregaram de dar uma bofetada no vende-pátria capaz de dizer esta sandice.

A Petrobras revelou que, dia 8 de maio, o volume de produção dos campos do pré-sal superou 1 milhão de barris. E só de petróleo, porque se medido o gás-equivalente também extraído, embora não haja número especificado, certamente terá sido acima de 1,2 milhão de barris o total.

Quer ter uma ideia do que é isso? É atingir, em apenas 9 anos, a marca que a Petrobras levou 45 anos anos – de 1953 a 1998 – para alcançar.

E as matérias sobre a “inviabilidade” do pré-sal com a crise dos preços do petróleo, que você cansou de ler na mídia?

Mentira deslavada!

O custo de extração, por barril, do pré-sal ficou, em US$ 8 por barril no primeiro trimestre deste ano. A média da indústria do petróleo é um custo de US$ 15!

Os poços, sobretudo dos campos de Lula e Sapinhoá, andam quase todos acima da faixa de 20 mil barris diários e esse volume de mais de 1 milhão de barris foi alcançado com apenas 52 poços. Há poço produzindo 36 mil barris diários, o que é capaz de levar ao céu qualquer executivo de petroleira no mundo.

É isto o que puseram um vendilhão da pátria para entregar.

É disto que te distraem com história de pedalinhos.

Dilma agora volta a Brizola

Presidenta participou de atos em Porto Alegre

Fonte: Conversa Afiada, 04/06/2016
Créditos: Roberto Stuckert Filho/PR

No Jornal Já, de Porto Alegre:
Dilma se inspira em Brizola e sua luta contra o golpe de 1961 

Dilma Rousseff citou Leonel Brizola nos dois discursos que fez na tarde desta sexta-feira em Porto Alegre. Lembrou que a partir da capital gaúcha, Brizola levantou a opinião pública nacional contra o golpe que os chefes militares tentaram aplicar para impedir João Goulart, em agosto de 1961.

Também, bem ao estilo de Brizola, Dilma resumiu numa metáfora de fácil compreensão popular o “golpe parlamentar” que tentam lhe aplicar. “A democracia é uma árvore. O golpe militar é um machado, que corta a árvore. O golpe parlamentar é aquele parasita que apodrece a árvore”.

(…)

Estimou-se em cinco mil pessoas, metade das quais, depois do comício saíram numa passeata que percorreu cerca de três quilômetros e só se dispersou no Parcão, por volta das dez da noite, no Parcão, o reduto dos “coxinhas” em Porto Alegre.

Machado joga mais farofa no ventilador do Temer

R$70 milhões para Renan, Jucá e Sarney

Publicado em Conversa Afiada, 04/06/2016
Montagem. Originais por Antônio Cruz/ Agência Brasil, José Cruz/Agência Brasil e Jane de Araújo/ Agência Senado.

No Globo:

Machado diz que pagou mais de R$ 70 milhões a Renan, Jucá e Sarney

Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, disse que distribuiu mais de R$ 70 milhões em propina de contratos da estatal para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), entre outros líderes do PMDB. Segundo Machado, o valor mais expressivo, de R$ 30 milhões, foi destinado a Renan, o principal responsável pela indicação dele para a presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras e maior empresa de transporte de combustível do país.

Machado disse ainda que repassou aproximadamente R$ 20 milhões para Sarney durante o período que esteve à frente da estatal. Romero Jucá, que ficou uma semana como ministro do Planejamento do governo Michel Temer, também recebeu aproximadamente R$ 20 milhões.

OAS e Odebrecht apontam 5% de propoina para Aécio Neves

Uai, logo para o santo Aécio?

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, é o nome mais surpreendente das delações premiadas de Marcelo Odebrecht, da empreiteira que leva seu nome, e Léo Pinheiro, da OAS.

No caso da Odebrecht, que aponta 13 governadores e 36 senadores, Aécio será acusado de receber, por fora, recursos para a sua campanha presidencial de 2014.

Em relação à OAS, Pinheiro afirmou que o líder tucano levou 5% dos recursos da construção da Cidade Administrativa de Belo Horizonte, a nova sede do governo mineiro.

As revelações são da revista Veja, que teve acesso às delações, e também aponta acusações contra o ex-presidente Lula, assessores da presidente Dilma Rousseff e integrantes do governo Michel Temer.

Cai o terceiro ministro de Temer: Osório da AGU


Demissão de Fábio Medina Osório, nomeado para a Advocacia-Geral da União, foi anunciada neste sábado pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, colunista do Globo e porta-voz informal do governo provisório de Michel Temer. São dois os motivos: 

1. Na base área de Brasília, ele tentou dar uma carteirada para conseguir um jato da Força Aérea Brasileira para viajar a Curitiba.

2. O governo o responsabiliza pela lambança ocorrida na EBC, com a demissão ilegal do presidente Ricardo Melo e a nomeação também ilegal do jornalista Laerte Rimoli, que iniciou um desmonte na empresa, interrompido por decisão do ministro Dias Toffoli.

Além disso, Osório também se indispôs com a advocacia ao abrir sindicância contra o antecessor José Eduardo Cardozo. Com sua degola, ele se soma ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) e a Fabiano Silveira, demitidos do Planejamento e da Transparência.

Contra o golpe, a chance de Lewandowski


"Os desafios e impasses desta difícil etapa de nossa história política colocaram nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski uma decisão verdadeiramente crucial para o destino da democracia brasileira. Encarregado, pela Constituição, de assumir a presidência do julgamento de Dilma Rousseff pelo Senado, caberá a Lewandowski assegurar o respeito ao pleno direito de defesa, princípio fundamental que serve de linha divisória entre o Estado Democrático de Direito e as lamentáveis versões de Estado de Exceção construídas ao longo da história humana, numa sequência deprimente de excrescências político-jurídicas".

Quem faz a análise é o colunista do 247, Paulo Moreira Leite. Segundo ele, "cabe ao presidente do STF assegurar que as partes tenham direito ao contraditório, no qual o espetáculo midiático não venha a substituir a indispensável serenidade para uma decisão decente, fundamentada em fatos e provas - e não num circo de propaganda e pirotecnia".

Aos gritos de ‘golpista’, Cunha Lima é vaiado na abertura do São João de Campina Grande


Mais um escracho: desta vez, contra o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). na abertura do Maior São João do Mundo, em Campina Grande, nesta madrugada, o líder do PSDB no Senado foi fortemente vaiado e chamado de “golpista” pelo público presente ao Parque do Povo.

Temer permite viagens de Dilma só para o Rio Grande do Sul

Ela é presidente só do estado gaúcho?

Contrariando o que estabeleceu o Senado ao definir os direitos de Dilma Rousseff durante o seu afastamento do cargo, a Casa Civil do governo interino de Michel Temer restringiu ao trecho Brasília-Porto Alegre-Brasília os deslocamentos da presidente com aviões da Força Aérea Brasileira.

Temer estava contrariado com as viagens de Dilma para participar de eventos em que critica o governo. "É um escândalo que eu não possa viajar pro Rio, pro Pará, pro Ceará. Eu não posso pegar um avião, porque não tem segurança, é a Constituição que manda", criticou Dilma.

"O objetivo é impedir que a presidente se locomova. É uma tentativa de impedir que o discurso da presidente seja colocado pela sociedade", disse José Eduardo Cardozo.

A tentativa de destruição da comunicação pública

bem como da proposta aprovada nas eleições de 2014

"Presidente interino, Michel Temer [PMDB-SP] quer, além de privatizar estatais, demitir servidores públicos, flexibilizar a legislação trabalhista, enterrar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], estabelecer aposentadoria aos 65 e até aos 75 anos, destruir a comunicação pública no Brasil", diz o jornalista Renato Dias, sobre a tentativa frustrada de substituir Ricardo Melo por Laerte Rimoli, no comando da EBC.

Dilma: “Vão tentar, mas vai ser difícil me incriminar”


No dia em que foi alvo de uma denúncia mirabolante do Globo, a presidente Dilma Rousseff afirmou, durante discurso em Porto Alegre, que o jornal "monta uma estratégia para atingir" sua imagem.

"Mais uma", diz; "Eu não vou deixar de combater cada uma das falsidades, das mentiras que usarem contra mim. Eu não vou me calar", afirmou; em uma comparação entre o golpe militar e o parlamentar, ela disse que se o primeiro é um machado que corta a árvore, o segundo é um parasita, que corrói as instituições; a presidente ironizou ainda o anúncio feito ontem pelo novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, de que a estatal será a favor de mudar a lei do pré-sal, abrindo concorrência para as multinacionais.

"Eu nunca vi uma empresa de petróleo não querer petróleo. É uma coisa que foge à minha compreensão".

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Senador Eduardo Braga é mais um indeciso


Senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que se ausentou da votação pela admissibilidade do processo por razões de saúde, disse que ainda está avaliando a questão; "Acho que é uma questão muito séria, mas eu ainda não tenho uma definição", comentou; "Ajudei no governo da presidenta Dilma, estou ajudando no governo do presidente Michel, seja pela articulação do meu partido, seja nas votações do Senado, sempre votando de acordo com a minha consciência".

A Globo se desespera e ataca Dilma com denúncia mirabolante de Merval


Preocupado com eventual reversão do processo de impeachment no Senado, o jornal O Globo dedica sua manchete desta sexta-feira a uma história mirabolante contada pelo colunista Merval Pereira, que troca o papel de editorialista pelo de repórter investigativo.

O "furo" de Merval dá conta de que recursos desviados na compra da refinaria de Pasadena teriam sido usados para pagar viagens do cabeleireiro pessoal da presidente Dilma Rousseff, Celso Kamura.

A prova seriam emails em poder da procuradoria-geral da República, salvos como rascunho no gmail – sem terem sido enviados de parte a parte; denúncia sem pé nem cabeça revela apenas eventual preocupação do Globo com virada política no País.

O IMPEACHMENT SUBIU NO TELHADO APÓS MACHADO?


"O Senado tem agora uma batata quente nas mãos: como será possível condenar Dilma Rousseff pelas pedaladas fiscais, quando o Brasil inteiro já sabe que a motivação real foi conter os efeitos da Operação Lava Jato sobre a oligarquia política?", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247.

Só isso explica a pressa do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) em apressar o processo e tentar votar o mérito ainda em julho, antes que novas revelações apareçam; no entanto, a tendência é que o Supremo Tribunal Federal acolha o pedido do ex-ministro José Eduardo Cardozo e devolva ao processo seus prazos normais.

RENAN SE DIZ CONTRA ENCURTAR PRAZOS E DIREITOS DE DEFESA DE DILMA


Presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se manifesta contra manobra da comissão do impeachment, que ontem no Senado foi favorável ao encurtamento do prazo das alegações finais de 20 para 5 dias, a fim de que o processo seja votado em julho.

"O que devemos transmitir ao Brasil e ao mundo é a certeza de um julgamento isento, responsável e civilizado", ressaltou Renan, em nota divulgada nesta sexta-feira 3.

"Vejo com preocupação as iniciativas para comprimir prazos. Mais ainda se a pretensão possa sugerir supressão de direitos da defesa, que são sagrados", afirma, em outro trecho.

Aecim a Papuda te espera

Aecím, a Papuda te espera!

Temer derrama dinheiro no Supremo!

E dane-se o Meirelles!

publicado 02/06/2016, em Conversa Afiada

Na Fel-lha, a "pauta-bomba"!


Apesar da expectativa de fechar 2016 com um rombo de R$ 170 bilhões nas contas públicas, o governo interino de Michel Temer (PMDB) e sua base na Câmara concordaram com a aprovação de um megapacote de reajuste para o funcionalismo federal –Executivo, Judiciário e Legislativo, além do Ministério Público–, com impacto de ao menos R$ 58 bilhões até 2019.

Represados na gestão de Dilma Rousseff, 15 projetos de lei que estabelecem reajuste e benefícios ao funcionalismo foram aprovados entre a noite desta quarta-feira (1º) e o início da madrugada desta quinta (2).

A de maior impacto foi o aumento do salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O rendimento, que delimita o teto do funcionalismo, passou de R$ 33.763 para R$ 39.293.

O efeito cascata gerado em todo o Judiciário deverá, segundo o Ministério da Fazenda, ter um impacto de R$ 6,9 bilhões até 2019.

(...)

Após delações de empreiteiros, "não vai sobrar ninguém no Brasil"


Assim como Emílio Odebrecht, os donos da empreiteira OAS, Cesar Mata Pires Filho e Antonio Carlos Mata Pires, filhos do fundador da empresa, Cesar Mata Pires, também devem ser chamados para prestar depoimento na Operação Lava Jato, segundo a colunista Mônica Bergamo.

De acordo com uma pessoa envolvida nas negociações das empreiteiras com a força-tarefa, depois das delações de Odebrecht, OAS e Sérgio Machado, "não vai sobrar ninguém no Brasil. Ninguém é ninguém".

Cardozo se retira da comissão do impeachment em protesto


Maioria na comissão quer acelerar a votação do processo de afastamento de Dilma Rousseff; a Constituição prevê 180 dias para o processo, mas a tropa de Michel Temer (PMDB) quer reduzir esse tempo para apenas 40.

“Pela ilegalidade da situação”, o advogado-geral da União afastado, José Eduardo Cardozo, se retirou nesta quinta-feira (2) da comissão do impeachment no Senado, em protesto contra o cerceamento de defesa.

Folha: Temer se põe de costas para a sociedade


‘Em meio a uma das maiores recessões de nossa história, e enquanto parcelas crescentes da sociedade sofrem com a deterioração da renda e dos serviços públicos, Temer aplaude a decisão de promover aumento bilionário de gastos estatais. Tudo às custas do contribuinte’, destaca o jornal de Otavio Frias.


“Provavelmente a opção de Michel Temer lhe renderá dias de tranquilidade com o funcionalismo, mas evidencia o quanto se põe de costas para a sociedade”, conclui.

Câmara cria 14 mil cargos federais, quatro vezes o que Temer prometeu cortar


Sem fazer alarde, a Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais — quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu ceifar neste ano, segundo a colunista Natuza Nery.

De acordo com ela, a autorização passou batida até por deputados e estava no projeto de lei que concedeu aumento a servidores da Suframa, aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas.

DILMA: SEI QUE SOU UM GRANDE INCÔMODO PARA OS GOLPISTAS


A presidente Dilma Rousseff participou nesta quinta (2), no Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro, do ato "Mulheres Pela Democracia", que reuniu mais de 20 mil pessoas. Em seu discurso, ela defendeu o protagonismo feminino e também voltou a atacar o governo interino de Michel Temer.

"Eu sei que sou um grande incômodo, porque eles olhavam e diziam o seguinte: como eu sou mulher, eles acham que a mulher é frágil. Não somos frágeis", disse. "No início, eles queriam que eu renunciasse, para tirar o incômodo que é a minha presença, eu não cometi nenhum crime de corrupção, eu não desviei dinheiro público, não tenho conta na Suíça. Então era melhor eu renunciar. Porque não teria o constrangimento de condenar uma pessoa inocente. Mas nós, mulheres, temos uma imensa capacidade de resistir. Todas as mulheres anônimas deste país resistem no dia a dia. A minha vida inteira eu lutei. Agora eu tenho a honra de lutar pela democracia neste momento. Eu tenho que lutar e zelar pela dignidade da mulher brasileira. Nós não somos covardes. Nós mulheres somos corajosas", reforçou. "É fundamental para que este país não tenha um deficit de civilização que as mulheres sejam respeitadas por serem mulheres", frisou.

AZEVÊDO REBATE SERRA SOBRE IMPORTÂNCIA DA OMC


“Ao negociar na OMC, um país não está enfraquecendo sua posição em outros acordos. Ao contrário, é bem possível que, atuando em várias negociações ao mesmo tempo, possa maximizar seus interesses e alavancar seu poder de barganha”, diz Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC.

O ministro José Serra questionou recentemente a credibilidade do organismo e fez críticas a decisões tomadas pela organização nos últimos anos, que não teriam beneficiado o Brasil.

Petroleiro dizem que o novo presidente da Petrobras quer privatizar a empresa


Ao assumir a Presidência da Petrobras nesta quinta-feira, o tucano Pedro Parente deixou claro a que veio: retomar a agenda de privatização que iniciou no governo FHC, quando aprovou no Conselho de Administração mudar o nome da empresa para Petrobrax e entregar 30% da Refap à Repsol, segundo a Federação Única dos Petroleiros.

"Agora, a bola da vez é o Pré-Sal, o troféu que José Serra e Michel Temer prometeram entregar aos financiadores do golpe. Pedro Parente chegou avisando que "a Petrobrás apoia a revisão da lei do Pré-Sal", reforçando o que Temer já havia anunciado: o apoio ao PL 4567/2016, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Para impedir que o texto seja aprovado, a FUP, Aepet e FNP realizam um ato público na Casa.

Secretária fez parte de 'articulação criminosa', diz Procuradoria

Como sei com quem Temer anda, também já sei quem é ele

Foto:Evaristo SA/AFP 
A indicada para a Secretaria de Políticas para as mulheres, Fátima Pelaes, com Michel Temer

LEANDRO COLON/DE BRASÍLIA, 03/06/2016


Prestes a assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) é apontada em investigação do Ministério Público Federal como integrante de uma "articulação criminosa" para desviar R$ 4 milhões de suas emendas parlamentares.

Um relatório da Procuradoria-Geral da República dá mais detalhes da suspeita de envolvimento dela no esquema desmantelado pela Operação Voucher, em 2011.

Na época, o nome de Pelaes foi citado no escândalo ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com o Ministério do Turismo dois anos antes.

Sua nomeação para a Secretaria das Mulheres, vinculada ao Ministério da Justiça, está prevista para ocorrer nos próximos dias, mas ela já participou de reuniões no governo de Michel Temer.

O inquérito aberto em 2013 pelo STF (Supremo Tribunal Federal) foi devolvido à Justiça Federal do Amapá no ano passado depois que Pelaes deixou de ser deputada. As investigações estão em andamento. Os sigilos fiscal, bancário e telefônico de Pelaes foram quebrados.

Nos autos está o pedido de abertura de investigação feito em 30 de novembro de 2012 pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Toda essa articulação criminosa contou com a participação da deputada federal Fátima Pelaes, que constantemente se reunia com servidores do Ministério do Turismo para agilizar a liberação das verbas do convênio", diz o documento.

Segundo a investigação, Pelaes indicou uma ONG fantasma chamada Ibrasi para receber R$ 4 milhões de suas emendas para promover o turismo no Amapá. Na época, quatro depoimentos a apontaram como beneficiária de parte do dinheiro.

Segundo a PGR, "é razoável supor que o objeto inicial da celebração do convênio era o desvio e a apropriação dos R$ 4 milhões". "A parlamentar [Pelaes] teria ainda escolhido as pessoas que ministrariam os cursos oferecidos no âmbito do convênio, que aparentemente sequer foram realizados", diz a Procuradoria.

"Tais pessoas teriam sido selecionadas para que, caso fosse apurada a não realização dos cursos, pudessem falsamente testemunhar afirmando terem efetivamente trabalhado", ressalta.

Questionada pela Folha, Pelaes respondeu, por meio da assessoria: "Eu confio no trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será esclarecido".

A Operação Voucher expediu 38 mandados de prisão em agosto de 2011 e o caso de Pelaes foi remetido ao STF por causa do foro privilegiado.

A investigação partiu de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que a ONG não tinha condições mínimas de executar o contrato. Listas de prestadores de serviço, por exemplo, foram "forjadas mediante a participação de empresas fantasmas".

Ações penais tramitam desde 2011 na Justiça Federal no Amapá contra pessoas vinculadas à ONG e ao Ministério do Turismo na época da celebração do convênio.

O inquérito sobre Fátima Pelaes poderá se transformar em denúncia à Justiça ou ser arquivado.

Temer admite recorrer à CPMF e aumentar a idade mínima para aposentar

Do UOL, 02/06/2016

O presidente interino, Michel Temer, admite que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) pode voltar e que o limite de idade para a aposentadoria poderá aumentar. As declarações foram feitas em entrevista veiculada na noite desta quinta-feira (2) ao SBT Brasil, concedida ao jornalista Kennedy Alencar.

"Ou a Previdência Social tem de ser reformulada, ou então todos os pensionistas sofrerão", disse o presidente, que acredita que a questão da idade mínima e o tempo de contribuição precisarão ser modificados, tanto para a iniciativa privada como para os servidores públicos. "Não queremos prejudicar aqueles que já estão no mercado de trabalho. Podemos estabelecer regras de transição. Se o prazo é de 35 anos, talvez quem tenha, sei lá, 15, 20 anos [de contribuição] tenha que contribuir mais um ano, por exemplo. Mas isso é benefício do próprio cidadão".

Sobre a CPMF, ele afirmou que a volta do imposto não está descartada, mas que seu governo tentará ao máximo evitar recorrer a esse expediente. "Descartado aumento de imposto não está, se for necessário, farei. Tentaremos evitar. Se vier, será necessariamente temporário", disse o presidente interino.

Em relação à herança que recebeu da presidente afastada, Dilma Rousseff, Temer disse que encontrou um panorama bastante complicado, com o desemprego em alta, com 11 milhões de pessoas sem trabalho, e um déficit orçamentário de R$ 170 bilhões. "Ainda bem que o Congresso aprovou novas metas fiscais, assim o governo poderá continuar operando."

Pedalada Fiscal

Ao ser questionado sobre acusações que constam no processo de impeachment contra Dilma, o presidente interino afirmou que pedalada fiscal é uma violação da Constituição. "Se você desobedece a lei orçamentária, o impeachment está previsto no texto constitucional. E o julgamento é político, diferentemente de um julgamento jurisdicional", afirmou.

A respeitos dos programas sociais, Temer declarou que irá mantê-los: "Manter o Bolsa Família e até revalorizá-lo. Ampliar o Minha Casa, Minha Vida. Promover grande geração de empregos. Se isso for ser de direita, que seja. Hoje os rótulos não valem absolutamente nada."

Temer fez referência ao tempo de resolução do processo de impeachment de Dilma no Senado: "Esta situação de transitoriedade não é útil para ninguém. Nem para a presidente, que faz campanha para voltar, nem para o governo, que fica parecendo transitório." Ao responder se haveria votos suficientes no Senado para o afastamento definitivo de Dilma Rousseff, o presidente interino afirmou ter informações que 59 ou 60 senadores tendem a voltar pelo impeachment. 


Aplausos

No início da tarde de quinta-feira (2), pouco menos de oito horas depois de a Câmara dos Deputados aprovar uma "pauta-bomba" que prevê o reajuste de servidores públicos ao custo de R$ 58 bilhões até 2019, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), pediu "aplausos" ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (2).

"Temos apenas 20 dias de exercício governamental e temos tantos outros projetos e vamos precisar sempre da Câmara dos Deputados, portanto, se me permitem a informalidade, eu peço aplauso ao nosso Congresso Nacional", disse Temer.

Entre os reajustes aprovados pela Câmara na madrugada desta quinta-feira estão o que eleva o teto do funcionalismo público de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O mundo do FMI e o mundo de Temer


O colunista Marcelo Zero destaca duas políticas neoliberais que, de acordo com as reflexões de economistas do FMI, "não só não estão resolvendo problemas econômicos como os estão agravando".

"A primeira tange à abertura da conta de capitais, particularmente no que se relaciona aos capitais especulativos de curto prazo, e a segunda tange à política de consolidação fiscal, mais conhecida como política de austeridade", explica.

"Vê-se, portanto, que o FMI está mudando seu enfoque. Quem não mudou nada, porém, foram nossos neoliberais (...). Se submetido às urnas, o pacote brasileiro de insanidades não passaria do primeiro turno. Daí a necessidade do golpe para implantá-lo. Se submetido ao FMI e ao Banco Mundial, esse pacote celerado despertaria estupor e risos de incredulidade. Na certa se perguntariam: em que mundo eles vivem?", questiona o sociólogo.

"Pois eles vivem no mundo de Temer. Um mundo sem voto e sem democracia", responde.

“População brasileira não pode aceitar retrocessos”


Ex-secretário do Ministério da Saúde Heider Pinto criticou, em vídeo publicado na página da presidente Dilma Rousseff no Facebook, as ações do governo interino de Michel Temer contra o SUS e o Mais Médicos.

Segundo ele, o Ministério da Saúde teria investido apenas metade do que investiu no ano passado se fossem consideradas as regras de financiamento propostas pelo governo interino.

"Isso significa menos SUS, menos recursos e redução dos direitos da população. A população brasileira não pode aceitar retrocessos", afirmou.

EM 1º DISCURSO, PARENTE DEFENDE REVISÃO DO PRÉ-SAL


"A Petrobras apoia a revisão da lei do pré-sal", afirmou o novo presidente da Petrobras nesta quinta-feira 2, durante cerimônia de transmissão de cargo na sede da estatal, sem a presença do presidente anterior, Aldemir Bendine.

"Como está, a lei não atende aos interesses da empresa nem do país. Se a exigência não for revista, a consequência é retardar sem previsão a exploração do pré-sal. Além disso, restringe a liberdade de escolha da empresa", sustentou Pedro Parente, sobre a lei que obriga a Petrobras a ter participação mínima de 30% em todos os campos de exploração.

O executivo também alfinetou a "euforia" dos últimos anos em relação à empresa e anunciou que seguirá com o plano de desinvestimentos.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) vê como "desmoralização" a ida de Parente para o cargo.

Congresso já prepara eleição direta prevendo eventual queda de Temer


O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) já conseguiu assinaturas suficientes para colocar em tramitação uma proposta de emenda constitucional (PEC) determinando a realização de eleições diretas caso os cargos de presidente e vice-presidente da República fiquem vagos, segundo informa o jornalista Tales Faria; a aposta dos congressistas é que Temer não conseguirá chegar até 2018 como presidente.

Mulher e filha culpam Cunha por contas na Suíça


Em depoimentos prestados à força-tarefa da Lava Jato no dia 28 de abril, a mulher de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, e sua filha, Danielle Dytz, culparam o deputado afastado pelas contas movimentadas pela família na Suíça.

Cláudia disse que a conta batizada de Kopep “foi aberta única e exclusivamente para custeio dos filhos no exterior” e que “não declarou as contas às autoridades brasileiras porque quem era o responsável por isso” era Cunha.

Danielle, por sua vez, afirmou que era financeiramente dependente do pai e que “presumia que o dinheiro que mantinha o alto padrão de vida da família era proveniente do patrimônio da atividade anteriormente desenvolvida” pelo peemedebista.

Janot diz que é imperioso investigar Aécio Neves


“Como adiante se demonstrará, o pedido que deu origem à instauração deste inquérito foi devidamente acompanhado não só de notícia de novas provas como também de efetivamente novas provas, suficientes à convicção do Ministério Público Federal de que, para uma completa elucidação dos fatos, faz-se imperioso o prosseguimento das investigações", disse o procurador-geral Rodrigo Janot no despacho de 41 páginas em que pede investigação sobre a ligação de Aécio com o caso Furnas.

Ele também fez uma crítica à blindagem judicial, ao dizer que “a conduta de Aécio Neves no que diz respeito ao nominado ‘esquema de Furnas’, a rigor, nunca foi efetivamente investigada”.

O ministro Gilmar Mendes defendia o arquivamento do caso.

Governo da "austeridade" começa com gasto de R$ 58 bi e silêncio da mídia


Embora tenha chegado ao poder prometendo duros ajustes fiscais e apontando a "herança" de um governo Dilma que teria quebrado o Brasil com suas "pedaladas fiscais", a primeira medida prática do governo interino de Michel Temer foi avalizar uma pauta-bomba do Congresso Nacional que amplia os gastos públicos em R$ 58 bilhões, com aumentos para várias categorias do funcionalismo.

O mais curioso é notar o silêncio complacente da mídia familiar, agora convertida ao oficialismo, com o aval do governo Temer aos aumentos dos servidores.

A missão do ministro Henrique Meirelles, de resgatar a "credibilidade", se tornou ainda mais delicada, mas, agora, ficou mais simples entender por que Temer aprovou uma meta de déficit fiscal de R$ 170 bilhões.

Jogo do lmpeachment já começa a virar no Senado


Começo tortuoso do governo interino de Michel Temer leva senadores a falar abertamente em votar contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na análise do mérito, que deve ocorrer em setembro.

"E se ela propuser eleição direta, o que já devia ter feito uma ano atrás? E se ela acenar para a oposição? O jogo não está decidido, não", afirma Cristovam Buarque (PPS-DF).

"A crise no governo Temer influenciará não só a minha opinião, como a da maioria", reforça Acir Gurgacz (PDT-RO).

"Estamos no fio da navalha", diz Lasier Martins (PDT-RS).

Romário (PSB-RJ) não se pronunciou, mas deixou a comissão do impeachment, numa sinalização de que já estaria mudando seu voto.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

OAS inocenta Lula e Moro trava Lava Jato

Delação só presta se for para prender o Lula!



Saiu na Fel-lha:

As negociações do acordo de delação de Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da OAS condenado a 16 anos de prisão, travaram por causa do modo como o empreiteiro narrou dois episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A freada ocorre no momento em que OAS e Odebrecht disputam uma corrida para selar o acordo de delação.

Segundo Pinheiro, as obras que a OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de a empresa agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido.

A versão é considerada pouco crível por procuradores. Na visão dos investigadores, Pinheiro busca preservar Lula com a sua narrativa.

O empresário começou a negociar um acordo de delação em março e, três meses depois, não há perspectivas de que o trato seja fechado.

Pinheiro narrou que Lula não teve qualquer papel na reforma do apartamento e nas obras do sítio, segundo a Folha apurou. A reforma do sítio, de acordo com o empresário, foi solicitada em 2010, no último ano do governo Lula, por Paulo Okamotto, que preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as obras no sítio.

Já a reforma no tríplex do Guarujá, pela versão de Pinheiro, foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente. A empresa gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a delação, em versão igual à apresentada por Lula. 

(...)

Para o Ministério Público, delação da OAS só vale se for contra Lula

E que comprova que a investigação tem um caráter politico

Reportagem dos jornalistas Mario Cesar Carvalho e Bela Megale, publicada nesta quarta-feira, aponta a tentativa de direcionamento da delação premiada do executivo Léo Pinheiro, da OAS, pelo Ministério Público.

Segundo eles, a delação de Pinheiro travou porque ele se negou a incriminar o ex-presidente Lula nos episódios do "triplex do Guarujá" e do "sítio em Atibaia".

No primeiro caso, o presidente diz ter feito as obras por vontade própria, sem que Lula prometesse nada em troca. No segundo, as reformas teriam sido feitas a pedido de Paulo Okamotto – e não do ex-presidente. Como os procuradores não gostaram das explicações, travaram toda a delação – o que pode mandar Léo Pinheiro de volta para a prisão.

Chico Vigilante sobre delação travada da OAS: “escândalo, indecência”


Após reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, que aponta que a delação de Léo Pinheiro, sócio da OAS, está parada por ele não ter incriminado o ex-presidente Lula, o deputado Chico Vigilante (PT-DF) disse estar "claro que o depoimento feito pelo sócio da OAS não agradou aos procuradores".

"Eu espero que tanto o Conselho Nacional do Ministério Público quanto o Supremo Tribunal Federal se pronunciem e tomem providências com urgência contra esse ultraje", cobra o parlamentar.

Até agora, Temer não conseguiu agradar nem o mercado


Ao contrário dos prognósticos de mercado, o mês de maio chegou ao fim com o dólar como o melhor investimento do mês e a Bovespa o pior; isso significa que, ao contrário do que se dizia, o governo interino de Michel Temer, mesmo com Henrique Meirelles na Fazenda, não trouxe de volta a credibilidade.

Sem a força das urnas e sem uma base sólida e confiável no Congresso, Temer adiou reformas estruturais e já prepara um pacote de reajustes aos servidores públicos, para tentar conquistar alguma legitimidade; mercado pode ter comprado gato por lebre.

Governo Temer é marcado pela irresponsabilidade fiscal


"A ordem é fechar qualquer acordo que garanta a manutenção do poder, para avançarem sem dó sobre o orçamento exclusivamente para atender à fome das hordas bárbaras. Lembra uma gincana de tirar o máximo possível no menor tempo", diz o jornalista Luis Nassif.

"De cara, conseguiram a aprovação para ampliar o rombo orçamentário para R$ 170 bilhões. Ora, o fundamento político para o afastamento de Dilma Rousseff foi o descontrole fiscal", diz ele, apontando a contradição dos movimentos iniciais.

Cardozo entrega nova defesa de Dilma nesta quarta


Expectativa é que ex-advogado-geral da União entregue pessoalmente a defesa à Comissão Processante do Impeachment do Senado nesta quarta-feira, quando expira o prazo de 20 dias.

No documento, José Eduardo Cardozo deve reforçar a tese de que os atos pelos quais a presidente afastada Dilma Rousseff é acusada não configuram crime de responsabilidade e que o processo de impeachment tem "vícios de origem", sendo motivado por "vingança do presidente afastado da Câmara" Eduardo Cunha (PMDB-RJ).