quarta-feira, 25 de maio de 2016

Temer exonera Miriam e nomeia Joaquim Lima como interino na Caixa


Presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, foi exonerada do cargo pelo presidente interino, Michel Temer, e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O posto será ocupado interinamente pelo vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa, Joaquim Lima de Oliveira, que passará a ocupar as duas funções simultaneamente.

Na semana passada, ela rebateu as declarações do ministro das Cidades, Bruno Araújo, de que o atraso na entrega de 50 mil moradias já prontas do Minha Casa, Minha Vida estaria diretamente relacionado a problemas burocráticos e a dificuldades na agenda do governo Dilma.

Cunha custa R$ 500 mil por mês para a Câmara


Incluindo o salário mensal de R$ 33,7 mil e verba de R$ 92 mil para pagar os funcionários do gabinete, o deputado Eduardo Cunha, afastado do cargo de presidente da Câmara e do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF), custa mais de R$ 500 mil por mês aos cofres públicos.

Os dados foram levantados pelo PSOL e deverão ser entregues à Procuradoria-Geral da República junto com pedido de suspensão de pagamento de benefícios a Cunha, garantidos por ato da Mesa Diretora.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Rede Globo pede direito de resposta ao The Guardian e leva fora

Depois de ser citada em texto do The Guardian que trata do que está por trás do impeachment de Dilma Rousseff no Brasil, a Rede Globo exigiu um direito de resposta, mas recebeu o desprezo do jornal britânico
William Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional, telejornal de maior audiência do Brasil. Seu patrão, João Roberto Marinho, está incomodado com a repercussão internacional do impeachment


A publicação de um artigo de David Miranda no jornal britânico The Guardian provocou (leia o texto abaixo) forte reação das Organizações Globo.

Por meio de seu vice-presidente, João Roberto Marinho, o grupo Globo insistiu para que o jornal publicasse uma resposta ao texto, dizendo que jamais houve apoio ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O The Guardian tratou a Globo de uma maneira que a emissora não está acostumada no Brasil: com desprezo.

Na ânsia de produzir uma contra-narrativa ao texto do The Guardian, o poderoso executivo da Globo enviou sua opinião, numa tentativa de rebater os elementos apontados no jornal britânico. O texto de Marinho, no entanto, foi relegado à singela caixa de comentários do jornal e não foi publicado.

Em seu texto “A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment”, Miranda apresenta ao mundo os interesses que estão por trás do golpe em curso no Brasil. Entre eles, o da mídia, setor extremamente concentrado no país.

Desde o início do processo de impeachment de Dilma, outros diversos veículos internacionais denunciaram o golpe em curso no Brasil e manifestaram preocupação com a condução do caso por Eduardo Cunha (PMDB).

Ps.: No jornal O Globo, dois textos desmentem a tese de Marinho de que a Globo não apoia o impeachment. São os editoriais intitulados “O impeachment é uma saída institucional da crise” e “Tempo no impeachment corre contra o país”. A cobertura enviesada do Jornal Nacional, comandado por William Bonner, também é um elemento que merece destaque.

Abaixo, leia a íntegra do texto que enfureceu a família Marinho:


A história da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.

Aliás, a maioria dos grandes grupos de mídia atuais – que aparentam ser respeitáveis para quem é de fora – apoiaram o golpe militar de 1964 que trouxe duas décadas de uma ditadura de direita e enriqueceu ainda mais as oligarquias do país. Esse evento histórico chave ainda joga uma sombra sobre a identidade e política do país. Essas corporações – lideradas pelos múltiplos braços midiáticos das Organizações Globo – anunciaram o golpe como um ataque nobre à corrupção de um governo progressista democraticamente eleito. Soa familiar?

Por um ano, esses mesmos grupos midiáticos têm vendido uma narrativa atraente: uma população insatisfeita, impulsionada pela fúria contra um governo corrupto, se organiza e demanda a derrubada da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, e do Partido dos Trabalhadores (PT). O mundo viu inúmeras imagens de grandes multidões protestando nas ruas, uma visão sempre inspiradora.

Mas o que muitos fora do Brasil não viram foi que a mídia plutocrática do país gastou meses incitando esses protestos (enquanto pretendia apenas “cobri-los”). Os manifestantes não representavam nem de longe a população do Brasil. Ao contrário, eles eram desproporcionalmente brancos e ricos: as mesmas pessoas que se opuseram ao PT e seus programas de combate à pobreza por duas décadas.

Aos poucos, o resto do mundo começou a ver além da caricatura simples e bidimensional criada pela imprensa local, e a reconhecer quem obterá o poder uma vez que Rousseff seja derrubada. Agora tornou-se claro que a corrupção não é a razão de todo o esforço para retirar do cargo a presidente reeleita do Brasil; na verdade, a corrupção é apenas o pretexto.

O partido de Dilma, de centro-esquerda, conseguiu a presidência pela primeira vez em 2002, quando seu antecessor, Lula da Silva, obteve uma vitória espetacular. Graças a sua popularidade e carisma, e reforçada pela grande expansão econômica do Brasil durante seu mandato na presidência, o PT ganhou quatro eleições presidenciais seguidas – incluindo a vitória de Dilma em 2010 e, apenas 18 meses atrás, sua reeleição com 54 milhões de votos.

A elite do país e seus grupos midiáticos fracassaram, várias vezes, em seus esforços para derrotar o partido nas urnas. Mas plutocratas não são conhecidos por aceitarem a derrota de forma gentil, ou por jogarem de acordo com as regras. O que foram incapazes de conseguir democraticamente, eles agora estão tentando alcançar de maneira antidemocrática: agrupando uma mistura bizarra de políticos – evangélicos extremistas, apoiadores da extrema direita que defendem a volta do regime militar, figuras dos bastidores sem ideologia alguma – para simplesmente derrubarem ela do cargo.

Inclusive, aqueles liderando a campanha pelo impeachment dela e os que estão na linha sucessória do poder – principalmente o inelegível Presidente da Câmara Eduardo Cunha – estão bem mais envolvidos em escândalos de corrupção do que ela. Cunha foi pego ano passado com milhões de dólares de subornos em contas secretas na Suíça, logo depois de ter mentido ao negar no Congresso que tivesse contas no exterior. Cunha também aparece no Panamá Papers, com provas de que agiu para esconder seus milhões ilícitos em paraísos fiscais para não ser detectado e evitar responsabilidades fiscais.

É impossível marchar de forma convincente atrás de um banner de “contra a corrupção” e “democracia” quando simultaneamente se trabalha para instalar no poder algumas das figuras políticas mais corruptas e antipáticas do país. Palavras não podem descrever o surrealismo de assistir a votação no Congresso do pedido de impeachment para o Senado, enquanto um membro evidentemente corrupto após o outro se endereçava a Cunha, proclamando com uma expressão séria que votavam pela remoção de Dilma por causa da raiva que sentiam da corrupção.

Como o The Guardian reportou: “Sim, votou Paulo Maluf, que está na lista vermelha da Interpol por conspiração. Sim, votou Nilton Capixaba, que é acusado de lavagem de dinheiro. ‘Pelo amor de Deus, sim!’ declarou Silas Câmara, que está sob investigação por forjar documentos e por desvio de dinheiro público.”

Mas esses políticos abusaram da situação. Nem os mais poderosos do Brasil podem convencer o mundo de que o impeachment de Dilma é sobre combater a corrupção – seu esquema iria dar mais poder a políticos cujos escândalos próprios destruiriam qualquer carreira em uma democracia saudável.

Um artigo do New York Times da semana passada reportou que “60% dos 594 membros do Congresso brasileiro” – aqueles votando para a cassação de Dilma- “enfrentam sérias acusações como suborno, fraude eleitoral, desmatamento ilegal, sequestro e homicídio”. Por contraste, disse o artigo, Rousseff “é uma espécie rara entre as principais figuras políticas do Brasil: Ela não foi acusada de roubar para si mesma”.

O chocante espetáculo da Câmara dos Deputados televisionado domingo passado recebeu atenção mundial devido a algumas repulsivas (e reveladoras) afirmações dos defensores do impeachment. Um deles, o proeminente congressista de direita Jair Bolsonaro – que muitos esperam que concorra à presidência e em pesquisas recentes é o candidato líder entre os brasileiros mais ricos – disse que estava votando em homenagem a um coronel que violou os direitos humanos durante a ditadura militar e que foi um dos torturadores responsáveis por Dilma. Seu filho, Eduardo, orgulhosamente dedicou o voto aos “militares de 64” – aqueles que lideraram o golpe.

Até agora, os brasileiros têm direcionando sua atenção exclusivamente para Rousseff, que está profundamente impopular devido à grave recessão atual do país. Ninguém sabe como os brasileiros, especialmente as classes mais pobres e trabalhadoras, irão reagir quando virem seu novo chefe de estado recém-instalado: um vice-presidente pró-negócios, sem identidade e manchado de corrupção que, segundo as pesquisas mostram, a maioria dos brasileiros também querem que seja cassado.

O mais instável de tudo é que muitos – incluindo os promotores e investigadores que tem promovido a varredura da corrupção – temem que o real plano por trás do impeachment de Rousseff é botar um fim nas investigações em andamento, assim protegendo a corrupção, invés de puni-la. Há um risco real de que uma vez que ela seja cassada, a mídia brasileira não irá mais se focar na corrupção, o interesse público irá se desmanchar, e as novas facções de Brasília no poder estarão hábeis para explorar o apoio da maioria do Congresso para paralisar as investigações e se protegerem.

Por fim, as elites políticas e a mídia do Brasil têm brincado com os mecanismos da democracia. Isso é um jogo imprevisível e perigoso para se jogar em qualquer lugar, porém mais ainda em uma democracia tão jovem com uma história recente de instabilidade política e tirania, e onde milhões estão furiosos com a crise econômica que enfrentam.

Caiu a ficha? No Facebook do MBL, seguidores atacam movimento e se dizem “traídos”



(…)

Nada contra a nomeação dos ministros investigados de Temer. Nada contra a extinção da CGU. Se o MBL era mesmo anti-corrupção, já era de se esperar um levante contra isso, não é mesmo? Contrariando a máxima da internet de ‘não leia os comentários’ eu decidi encarar esse poço sem fundo para checar se outras pessoas estavam achando estranho tanto quanto eu esse silêncio. E estavam!


Ele também não entende o que está acontecendo.


Ela também não.


Ele é sim um anti petralha de carteirinha, mas não precisa ser trouxa por causa disso.


Ele até ajudou a organizar protestos e agora está tipo: ‘UÉ?’

Respondendo a esses questionamentos o MBL publicou em seu site uma nota sobre a discussão da legitimidade dos ministros investigados. Em um tom defensivo e de justificativa, estranho para um movimento que sempre se mostrou extremamente crítico em relação ao governo, o movimento procura passar a limpo as acusações diferenciando ministros que foram citados em algum momento da operação Lava Jato daqueles que realmente já estão sob investigação da Polícia Federal. No final, termina com o veredito de que está contra a nomeação de apenas dois ministros de Temer. E foi isso. Nem convocação de panelaço nem nada.


Quantos ministros investigados são necessários para se gerar um panelaço?

Tentei entrar em contato com algumas das pessoas que estavam também se questionando sobre a suavidade com que o MBL tratou estas deliberações do governo Temer e tentar entender melhor como estão se sentindo em relação a isso no momento.




Eu nem precisei perguntar muita coisa e a ela já foi abrindo o coração sobre sua decepção com o MBL e ainda citou outros movimentos.






PV decide deixar base aliada do governo Temer

Partido Verde (PV) pede que Sarney Filho se licencie do Ministério do Meio Ambiente. Após reunião da Executiva Nacional, partido decidiu deixar a base aliada do governo Temer
Sarney Filho

Após reunião da Executiva Nacional do Partido Verde na manhã de ontem (23), a legenda decidiu deixar a base de apoio do governo de Michel Temer. Assim, o partido sugeriu que Sarney Filho peça licença do Ministério do Meio Ambiente.

O senador Alvaro Dias (PV-PR) subiu à tribuna no Plenário do Senado nesta segunda-feira e comunicou a decisão. “A sugestão que se fez hoje de manhã na reunião do Partido Verde foi a licença do ministro, para que o partido possa se posicionar de uma maneira mais confortável e coerente em relação ao atual governo”, disse o senador.

Alvaro Dias destacou que a nomeação de Sarney Filho para o comando da pasta foi uma escolha pessoal do presidente interino Michel Temer, e não houve deliberação partidária sobre o tema.

O senador, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, fez críticas ao governo Temer, e disse que o peemedebista “não fez a leitura correta desse manifesto de protestos escritos nas ruas do país pelo povo brasileiro. A população não pediu apenas a substituição de um presidente por outro, pediu a substituição desse sistema de governança que é promíscuo e que abriu as portas para a corrupção”, argumentou Alvaro Dias.

Para o senador, Temer deveria ter afastado Jucá logo pela manhã, quando foram publicados no jornalFolha de S.Paulo os trechos de uma gravação envolvendo o ministro e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

No áudio, Jucá diz que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” provocada pela Operação Lava Jato, que investiga os dois peemedebistas. Jucá afirmou quesó com o “impeachment de Dilma” seria possível livrar alguns caciques da política de investigações.

“Ou o presidente afasta o ministro ou ele transfere para todo o governo a suspeição que pesa sobre ele”, disse Alvaro Dias, algumas horas antes do próprio ministro anunciar que se licenciará do cargo.

Agência Senado e Congresso em Foco

STF já tem as provas para anular o impeachment

Quando Cardozo pediu que o Supremo anulasse o impeachment, alegando que Cunha agiu com desvio de finalidade, Teori Zavascki negou a liminar, pois "seria impossível provar as intenções do presidente da Câmara". Agora, no entanto, a questão é objetiva: Romero Jucá confessou que a motivação do impeachment era trocar o governo para deter a Lava Jato e salvar uma elite política corrupta, num acordo que envolveria integrantes do próprio STF
Teori Zavascki, do STF, aparece nos áudios de Jucá. Na gravação, ministro é chamado de ‘burocrata’ e considerado ‘inacessível’


No dia 11 de maio deste ano, o então advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, tentou uma liminar para suspender o impeachment da presidente Dilma Rousseff, alegando que o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia agido com “desvio de finalidade” ao abrir o processo.

O objetivo de Eduardo Cunha seria emplacar uma troca de governo para que pudesse se salvar das investigações de corrupção, algumas delas promovidas pela própria Operação Lava Jato, dizia Cardozo.

Teori Zavascki negou a liminar, apontando que não seria possível comprovar as motivações de Cunha naquele instante. Para o ministro do STF, a questão seria, portanto, de natureza subjetiva.

No entanto, nesta segunda-feira, o que era subjetivo se tornou cristalinamente objetivo.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos braços direitos do presidente interino Michel Temer, confessou que o impeachment nada mais foi do que uma tentativa de uma elite corrupta de deter a Lava Jato.

Para “parar essa porra” e “estancar a sangria” (palavras de Jucá), seria preciso retirar a presidente Dilma Rousseff do poder, colocando no cargo o vice-presidente Michel Temer – e o mais grave, segundo Jucá, é que esse acordão envolveria até integrantes do Supremo Tribunal Federal (saiba mais aqui).

Agora, diante dessa bomba sem precedentes, os integrantes do STF têm apenas uma saída: anular um processo de impeachment aberto na Câmara por razões espúrias e aprovado no Senado para deter a Operação Lava Jato, num escândalo que envergonha o Brasil diante do mundo.

AE e informações de 247

Bancada do PSOL vai pedir prisão de Jucá

Partido alegará 'obstrução da Justiça' por parte do ministro do Planejamento

Saiu no Estadão:


Partido vai entrar com representação na PGR após conversa vazada apontar Jucá sugerindo pacto para frear a Lava Jato

A assessoria de imprensa da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados informou na manhã desta segunda-feira, 23, que entrará com uma representação contra o ministro do Planejamento, Romero Jucá, na Procuradoria Geral da República (PGR). O partido irá sugerir a prisão do peemedebista por obstrução da Justiça.

A expectativa é de que o partido vá à PGR ainda na tarde desta segunda. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que, em uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Jucá sugere a existência de um pacto para obstruir a Operação Lava Jato e diz que é preciso "estancar a sangria".

(...)

Meirelles detona BB, Petrobras e BNDES

Liquidação total!


O presidente interino e o ministro interino da Fazenda anunciaram as medidas para conter o rombo de R$ 170 bilhões:

- vão vender a Petrobrax e entregar o pré-sal à Chevron, com aprovação do projeto do Cerra no Senado;

- vão detonar o Fundo Soberano, a começar pelas ações do Banco do Brasil;

- vão tomar grana do BNDES e acabar de quebrar a indústria nacional.

Clique aqui para ler os detalhes das medidas

Temer e Jucá são um sucesso na imprensa mundial

O Supremo só tem uma saída: anular o impeachment


Há duas semanas, quando o então ministro José Eduardo Cardozo pediu que o Supremo Tribunal Federal anulasse o impeachment, alegando que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) agiu com desvio de finalidade, o ministro Teori Zavascki negou a liminar, alegando que seria impossível provar as intenções do então presidente da Câmara.

Agora, no entanto, a questão é objetiva – e não mais subjetiva; Romero Jucá confessou que a motivação do impeachment era trocar o governo para deter a Lava Jato e salvar uma elite política corrupta, num acordo que envolveria integrantes do próprio STF.

Depois da bomba atômica desta segunda-feira, que provocou a demissão do próprio Jucá, só há uma saída: anular um impeachment com desvio de finalidade comprovado.

Joaquim Barbosa sobre a saída de Jucá: "Bem, eu avisei!!!"


Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa lembra, pelo Twitter, de ter avisado sobre as consequências negativas de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff; "Bem, eu avisei!!!", postou na noite de ontem, dia em que Romero Jucá deixou o cargo de ministro do Planejamento após um escândalo que revelou uma conversa sua com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

No áudio, ele sugere um pacto e a troca de governo para "resolver essa porra" e "estancar a sangria" da Operação Lava Jato, na qual ele é investigado; há poucos dias, Barbosa postou várias manchetes contra o impeachment.

Leonardo Boff diz que se Temer fosse um homem bom, renunciaria


No México, onde participa de um ciclo de palestras, o teólogo Leonardo Boff, amigo do Papa Francisco, desabafou sobre a crise brasileira e defendeu a renúncia do presidente interino Michel Temer.

"Se Temer fosse um homem bom que amasse seu país mais que sua vaidade pessoal, sabendo-se sem apoio do povo, renunciaria. Terá essa grandeza?".

Ele também criticou ministros do Supremo Tribunal Federal, como Gilmar Mendes, por sua "imparcialidade zero", e profissionais de imprensa, como Cristiana Lôbo, por defenderem os interesses dos patrões.

Cunha e Jucá, líderes do impeachment caem pouco após Dilma

Pedro Ladeira/Folhapress 
O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conversa com Romero Jucá

Michel Temer soube domingo (22) à noite que Sérgio Machado, um antigo personagem da política brasileira, havia grampeado uma conversa com seu ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR). Junto com as especulações sobre o conteúdo do áudio, ouviu um veredito: seria impossível manter o aliado no cargo.

Reportagem publicada pela Folha nesta segunda-feira (23) com as falas do diálogo confirmou a previsão dos aliados de Temer.

Considerada inevitável, a queda de Jucá marca o naufrágio dos dois maiores artífices do impeachment de Dilma Rousseff, 36 dias depois de o primeiro algoz da petista, Eduardo Cunha (PMDB-RR), ter obtido a aprovação do pedido na Câmara.

Se Cunha deu início ao calvário de Dilma, aceitando a tramitação do pedido de afastamento, Jucá trabalhou para materializar em votos no plenário a insatisfação da classe política com a petista.

Habilidoso, comandou o rompimento do PMDB com o PT, assumiu a presidência do partido e atuou fortemente para trazer o PSDB, o PP e o PR para o lado de Temer.

O resultado desse trabalho conjunto é conhecido. Cunha sequer pôde participar da posse de Temer. Foi afastado do cargo e do mandato uma semana antes pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Jucá, por sua vez, não só foi à cerimônia como ganhou nela o título de ministro e homem forte do governo. Permaneceu 12 dias no poder.

Integrantes do PMDB próximos a Temer definiram a rápida passagem de Jucá pela Esplanada como a "crônica de uma morte anunciada", numa alusão a um livro do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez.

Investigado na Lava Jato, Jucá sempre foi alvo de especulações a respeito do impacto que desdobramentos da operação poderiam trazer para ele e para Temer.

Peemedebistas lembram que é a segunda vez que Jucá "tenta ser ministro". A primeira foi no governo Lula, em 2005, quando deixou a Previdência após denúncias de irregularidades em contratos. Na época, ficou três meses no cargo. Um amigo do peemedebista diz que ele incorreu no mesmo erro duas vezes ao não reconhecer que "não sobrevive nessa altitude".

CONFIANÇA

Sérgio Machado, o ex-presidente da Transpetro que negocia delação e apresentou o diálogo com Jucá como prova de sua vontade de colaborar com as investigações, é um velho conhecido do PMDB.

Ex-senador filiado ao PSDB, Machado foi líder no governo Fernando Henrique Cardoso. Os anos no plenário lhe renderam trânsito entre parlamentares de diversos matizes. Tornou-se um dos homens mais próximos ao hoje presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o patrono de sua indicação para o cargo na Transpetro.

Machado ocupava, até recentemente, o posto de "conselheiro" de Renan, e conversava frequentemente com o senador. Por isso, a alardeada disposição de Machado em entregar pessoas do PMDB é vista na sigla como uma "traição" só comparável à que "Delcídio do Amaral fez ao delatar os colegas do PT".

Cunha acompanhou à distância a queda de Jucá. A uma pessoa próxima, avaliou que o presidente interino "pode se decepcionar" ao optar por sempre "ouvir as ruas". "Um dia vão gritar 'Fora Temer'." 

Fonte: Folha, 24/05/2016

Romero Jucá e a primeira grande baixa do governo interino Temer

© Agência Brasil Gravações sugerem que ministro falava em 'estancar sangria' da operação Lava Jato.

Menos de duas semanas depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o governo interino de Michel Temer foi atingido por sua primeira bomba relacionada à operação Lava Jato.

O jornal Folha de S. Paulo divulgou nesta segunda-feira trechos de conversas entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, que sugerem o uso do impeachment como forma de trocar o comando do país para conter as investigações de corrupção.

O trecho mais grave das conversas relevadas pelo jornal é o momento em que Jucá diz que "tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria". Segundo a reportagem, a fala se refere à Lava Jato, que investiga os dois interlocutores da conversa, Jucá e Machado. Jucá negou as acusações, dizendo que falava não de uma interferência na Lava Jato, mas sim em estancar "a paralisia do Brasil, estancar a sangria do desemprego, separar (os políticos) que têm culpa dos que não têm culpa".

No entanto, a Folha de S. Paulo divulgou os áudios apontando que Jucá não falava sobre economia na conversa.

Além disso, a conversa sugeriria a necessidade de realizar um "pacto", inclusive com o Supremo Tribunal Federal, para delimitar o alcance da operação.

Segundo a Folha, os diálogos foram gravados de forma oculta, em março, portanto antes de a abertura de processo de impeachment contra Dilma ter sido autorizada pela Câmara, em 17 de abril, e confirmada pelo Senado, em 12 de maio. A reportagem diz que os áudios estão em posse da Procuradoria-Geral da República (PGR) - a assessoria da instituição informou que não comentaria o assunto.

Entenda abaixo os trechos mais importantes da conversa entre Jucá e Machado e quais seu significados e possíveis consequências políticas.

Em determinado trecho da conversa revelada pela Folha, Jucá diz que "tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria", em aparente referência à operação Lava Jato. Os trechos transcritos pela reportagem indicam que essa fala foi dita quando ambos discutiam o risco de novas delações premiadas que poderiam comprometer o PMDB.

Em outro trecho, Jucá acrescenta que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional "com o Supremo, com tudo". Machado então responde: "aí parava tudo". "É. Delimitava onde está, pronto", resume o ministro, a respeito das investigações.

Para Renato Perissinoto, professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a revelação desses diálogos pode aumentar a pressão para que o STF julgue o mérito do processo de impeachment, ou seja, se manifeste sobre se há fundamento jurídico para a cassação de Dilma. Até o momento, a maioria dos ministros tem sinalizado que a Corte deve se limitar a interferir para garantir a legalidade do rito do processo.

"Claro que isso torna esse governo, do ponto de vista da legitimidade, ainda mais fraco", afirma o professor.

Segundo Rafael Cortez, analista político da Consultoria Tendências, a conversa de Jucá e Machado certamente será usada pelos apoiadores do retorno de Dilma como forma de questionar a legitimidade do impeachment. No entanto, considera que "ainda não há evidência de que isso por si só vai reverter o apoio (à cassação de Dilma)", já que o novo governo "gerou toda uma expectativa nos grandes agentes econômicos e em parte relevante da sociedade".

No último dia 12, 55 senadores votaram pela abertura do processo de afastamento da presidente. Será preciso que 54 votem por sua condenação para que a petista seja definitivamente cassada.

Para Cortez, o fato de a conversa de Jucá ter vindo à tona "é um sinal de que a votação final do impeachment não está garantida", ainda que ele opine que a absolvição da presidente ainda seja o cenário menos provável.

Na avaliação dos dois cientistas políticos, se a divulgação dessas conversas tivesse ocorrido antes das votações da Câmara e do Senado sobre o impeachment de Dilma, poderia ter influenciado o destino da petista.

"Se essas gravações tivessem saído antes do processo de impeachment, o constrangimento de tirar uma presidente contra quem não se tinha nenhuma acusação (de favorecimento pessoal por corrupção) para colocar no lugar um governo com sete ministros citados na Lava Jato seria ainda maior", opina Renato Perissinoto, da UFPR.

Para Cortez, o impacto das gravações seria mais relevante se elas tivessem sido reveladas antes, pois agora que Temer chegou ao poder "tem mecanismos na mão", como nomeações de cargos, para limitar impacto das gravações no meio político.

"Enquanto era uma coalizão fora do governo (defendendo o impeachment) e o status quo era o governo Dilma, certamente a gravação teria impacto mais relevante", disse.

Em outro momento da conversa, Jucá e Machado falam sobre como políticos do PSDB podem ser atingidos pela Lava Jato.


No trecho mais comprometedor revelado pela Folha, Machado diz que "o primeiro a ser comido vai ser o Aécio (Neves, senador e presidente do PSDB)". Em seguida, as transcrições indicam que teria havido um "esquema" para eleger Aécio presidente da Câmara dos Deputados. O mineiro presidiu a Casa entre 2001 e 2002, no final do governo Fernando Henrique Cardoso.

"(Sussurrando) O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara?", pergunta Machado, segundo a Folha.

Pouco depois, Machado continua: "O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...".

Jucá apenas responde: "É, a gente viveu tudo".

Para Cortez, a referência a Aécio traz instabilidade para a aliança política que dá base ao governo Temer no Congresso.

"Isso indica que a coalizão (pró-impeachment) não vai necessariamente se traduzir numa ampla janela de (aprovação de) reformas (no Congresso). O PSDB vai dar o apoio (ao governo Temer) mas ao mesmo tempo vai procurar se descolar".

Já Perissinoto observa que esse é mais um episódio que tende a enfraquecer Aécio, que já vinha enfrentando o desgaste de ter sido citado em delações da Lava Jato, por exemplo como suposto beneficiário de um esquema de corrupção em Furnas, estatal do setor elétrico, o que o senador nega.

Jucá e Machado comentam que Aécio não teria mais chances de vencer eleição, aparentemente em referência à próxima disputa presidencial em 2018.

"Curiosamente, embora o PSDB tenha sido uma das lideranças no processo de impeachment, esse processo o enfraqueceu", diz Perissinoto, citando o fato de a Lava Jato ter "transbordado para todos os partidos".

Jucá e Machado também conversam sobre a situação de Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados sob acusação de usar seu cargo para atrapalhar investigações. 


Para o ministro do Planejamento, o deputado "está morto". Em aparente referência a Cunha, ela também indica a necessidade de que algum político seja punido para diminuir a pressão popular.

"Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem", disse a Machado. Na entrevista coletiva desta segunda-feira, Jucá disse que não se referia a um bode expiatório, mas sim em "punir os culpados" pela corrupção.

Para Perissinoto, a estratégia de eventualmente usar Cunha como bode expiatório não funcionaria. "Eu acho que é um erro de cálculo, porque se tem um cara que não se deixa matar tranquilamente é o Cunha. Porque ele tem não sei quantos deputados na mão dele, conhece o podre de meio mundo. Se ele cai, vai cair um castelo de cartas com ele".

Em outro momento do diálogo, Jucá diz que teria conversado com ministros do STF e militares sobre apoio ao processo de impeachment.

"(Em voz baixa) Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de (inaudível) sem ela (Dilma). Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca'. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar", disse Jucá, segunda a transcrição da Folha.

Na avaliação de Cortez, essas afirmações tendem a fazer com que o Supremo atue para "reforçar esses sinais de que ele não está associado a partidos políticos e que tampouco é partidário do movimento de minimizar os efeitos da Lava Jato".

"É usual que lideranças políticas encontrem canais de diálogos com ministros de Supremo. Evidentemente, a insinuação de que esses contatos deveriam representar desvios aumentam o incentivo do Supremo de reforçar os sinais de que ele de fato é independente do processo político", observa.

Fonte: Msn, 24/05/2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Até quando Gilmar Mendes, com o comportamento condenável que tem, será ministro do Supremo?

Quando Gilmar Mendes, ministro do Supremo disse que Jose Eduardo Cardoso, Advogado Geral da União, poderia recorrer do Golpe "ao céu, ao Papa e ao Diabo", ele ultrapassou todos os limites, mostrou-se psicologicamente despreparado para o cargo que exerce. 

Ele ultrapassou todos os limites da compostura, do pudor, da boa-educação e da civilidade que devem reger a relação entre seres humanos civilizados. E entre homens públicos.

Os ministro podem ter suas opiniões, mas expressá-las, dependendo do que se trata, é eticamente inaceitável. 

Há muito tempo ele demonstra claramente ser contra o PT e, enquanto ministro da Suprema Corte, não pode e nem deve expressar isso. 

Convém a um ministro ser discreto, sensato e, portanto não sair por aí emitindo juízo de valor fora dos processos.

Gilmar Mendes não honra a toga que usa e apesar de embates em que se envolveu, não tira lição dos fatos.

Até quando o Supremo terá um suas fileiras um ministro desrespeitoso, inconveniente, indiscreto e que tanto mancha a instituição?

Gilmar cospe na nossa cara!

Ele e a Globo são incompativeis com a democracia



Como se sabe, o Ministro Gilmar (PSDB-MT) participou de um café da manhã com o então Presidente da Camara Eduardo Cunha e o Pauzinho do Dantas para organizar o impeachment.

Gilmar vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral que deve condenar a Dilma e dizer que o Traíra Temer jamais foi vice dela.

Nos últimos dois dias, porém, parece que o Ministro se declarou irremediavelmente impedido de ser imparcial.

Ele ultrapassou todos os limites da compostura, do pudor, da boa-educação e da civilidade que devem reger a relação entre seres humanos civilizados.

E entre homens públicos.

Ele mandou o zé da Justiça Cardozo, Advogado Geral, recorrer do Golpe "ao céu, ao Papa e ao Diabo".

Ja tinha dito que a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de cancelar a sessão do impeachment foi uma "Operação Tabajara"!

E que a "pinga" talvez a explicasse.

Gilmar é mais nefanda das malditas heranças do FHC Brasif.

Gilmar é a prova de que esse Golpe é uma fraude !

De que as instituições capotaram e se destruiram irremediavelmente na queda, como se diz no "Puf, o Temer não se segura".

Assim como a Globo, Gilmar é incompativel com uma Democracia.

Gilmar a Globo provam que isso aqui nao é !

PHA

Ou Temer renuncia ou Forças Armadas intervirão

Wanderley: o impedimento venceu! O Golpe foi derrotado!


O Conversa Afiada reproduz artigo do professor Wanderley Guilherme dos Santos:


Não há reversibilidade possível no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. O atual Supremo Tribunal Federal não tem coesão para tanto ousar, declarando inconstitucional a decisão iniciada pela Câmara dos Deputados e completada pelo Senado Federal. Os fundamentos da acusação à presidente são precários, a sentença é notoriamente desproporcional, mas a convergência de conspirações entre agentes econômicos, maiorias parlamentares conservadoras, ressentimentos de ricos e remediados, com a liga propiciada pelo oligopólio dos meios de comunicação, historicamente antidemocráticos, alcançou eficácia inédita na contra-história golpista brasileira. Em vão a tonelada de argumentos e evidências da insustentabilidade de processos em que maioria decide que 2 e 2 são 5 porque ela assim quer. O impedimento se deu porque a maioria assim o quis. Qualquer objeção jurídica ou lógica à decisão é pura perda de tempo.

Por isso o golpe fracassou. As sucessivas ilegalidades da força-tarefa da Lava-Jato, com prisões injustificadas, humilhações de investigados, difamações, tortura psicológica de presos, vazamentos operados com oportunismo, incansável repetição de incriminação e degradação de investigados ou mesmo réus em curso de julgamento, linguagem virulenta de procuradores, policiais federais e Procurador-Geral da República, cultivando hostilidade e ódio na opinião pública e, finalmente, o apelo dos homiziados de Curitiba aos movimentos sociais conservadores e mídia golpista para continuado apoio, esquecendo as instâncias judiciárias e de outros poderes a que estão subordinados, substituiu a indumentária de cavaleiros pelo restabelecimento da moralidade pelo descarado uso da força bruta, e só ela, contida nas leis. Não há salvação: Michel Temer é um usurpador e seu governo não deve ser obedecido.

Não deve e não o será. O golpe fracassou socialmente e o usurpador só governará mediante violência física, repressão sem disfarce. Ou a sublevação social pela democracia é submetida pela força (e aí o golpe, finalmente, será vitorioso), ou a coerção servirá de combustível à sublevação. Então, de duas uma: ou Michel Temer renuncia e o STF convoca novas eleições ou as forças armadas intervirão.


Navalha

A propósito, convém meditar sobre as serenas palavras do futuro Ministro da Justiça (!) do "Governo" Temer:

Protestos pró-Dilma foram 'atos de guerrilha', diz Alexandre de Moraes

Cotado para o Ministério da Justiça, que deve ser fundido com a Secretaria de Direitos Humanos em um provável governo Michel Temer (PMDB), o secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse que os protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça (10) foram "atos de guerrilha". Moraes disse que a polícia vai identificar os responsáveis.

"Eu não diria que foram manifestações. Foram atos que não configuram uma manifestação porque não tinham nada a pleitear. Tinham, sim, a atrapalhar a cidade. Eles agiram como atos de guerrilha. Nós vamos identificar [as pessoas], porque há atitude criminosas, inclusive colocando em risco outras pessoas, como no caso da 23 de Maio e em outros locais onde pneus foram queimados", disse o secretário do governo Alckmin (PSDB). 

(...)

Em tempo: depois do zé Cardozo, só faltava esse no Ministério da "Justiça"...

Não deixe de votar na enquete "depois de bater nas mulheres baianas, em quem mais a PF do Temer vai bater?

Paulo Henrique Amorim

Para Marcelo Coelho, as pedaladas foram só pretexto para tirar Dilma


    Membro do Conselho Editorial da Folha, Marcelo Coelho aponta claros sinais de mau funcionamento das instituições democráticas, de limites rompidos, de algo próximo ao vale-tudo contra o governo de Dilma Rousseff.

    “O próprio impeachment. Para quase todos os participantes, a favor ou contra, o caso das pedaladas e dos decretos serve mais ou menos como um pretexto. Pouca gente acredita com sinceridade que as trapalhadas contábeis de Dilma foram de fato decisivas na crise econômica ou na vitória do PT nas eleições”.
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Senado vai afastar Dilma nesta quarta


Sessão extraordinária para votar a instauração do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff no Senado começa às 9h desta quarta-feira (11).

Com voto de maioria simples, parlamentares deverão afastar Dilma pelo prazo máximo de 180 dias pela acusação de crime de responsabilidade.

A defesa do governo diz não haver base jurídica no processo, aponta golpe em curso e diz que vai judicializar o caso até o fim.

O vice Michel Temer (PMDB) assume assim que for notificado da decisão.

A votação será aberta no painel eletrônico: "Meu papel como presidente do Senado é conversar com todos os atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com bom senso, com responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a situação de impasse que está apavorando o Brasil", afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros, sobre a votação.