terça-feira, 3 de novembro de 2015

Sinais de mudança na economia? O povo pode construir uma nova realidade

Hoje, certamente, foi um dos melhores dias em se tratando de economia, em mais de um ano. Olha só as noticias dos principais jornais brasileiros:

Bovespa tem maior alta em quase um ano

Subidas da Hypermarcas e da Petrobras puxaram dia de valorização de ações

Dólar cai 2,39% e fecha em R$ 3,771

Balança tem melhor outubro em 4 anos

Não pode, logo esses jornais que diariamente esmagam o PT, trucidam a presidente Dilma. O que está acontecendo? São sinais de que a economia está tomando seu curso normal? Por que, de repente, o quadro mudou?

O que leio nas redes sociais é que o País está quebrado, que a Dilma, o Lula, os filhos do Lula estão ríquíssimos; Que são todos ladrões de marca maior. A mídia golpista até publicou matéria onde mesmo sem julgamento, Lula, o maior líder da história brasileira, reconhecido mundialmente, aparece com trajes de prisioneiro. Isso não é liberdade de imprensa, mas sim um desrespeito a lei, um estímulo a desordem e a crise política, um malcaratismo sem precedentes.

Parece que a tática do PSDB não está mais funcionando. Parece que setores da PF, do MP e da Justiça chegaram ao limite, sem atingir seus objetivos. Ou seja, um amontado de acusações a base de vazamentos seletivos, deturpações processuais e algumas ações que evidenciaram uma verdadeira caça ao Partido dos Trabalhadores, não conseguiram estrangular, arrebentar e fazer sumir do mapa político do Brasil, o partido que teve a coragem de modificar o cenário nacional com políticas arrojadas que beneficiam a todos e de modo especial, a classe pobre.

A aposta no "quanto pior, melhor" se esgotou. É hora de recolher as armas fraticidas, acabar com os ressentimentos e apresentar propostas que representam mudanças significativas na conjuntura política e econômica atual. 

O Brasil não é do PT, não é do PSDB, não é do PMDB ou de que P for. O Brasil é dos brasileiros e nós queremos um país livre de amarras, com redução dos custos de cada politico com mandato, com redução do número de partidos e outras organizações que tem o objetivo tão puramente de  ganhar dinheiro fácil e manobrar a custo de representações arranjadas, compradas.

É preciso acabar com um conluio de aproveitadores e malversadores de recursos públicos. É preciso localizar e tapar as brechas na legislação que permitem a existência de organizações de mentirinha, que enganam trabalhadores e empresários e que enriquecem ilicitamente falsas lideranças.

É preciso saber sobre os recursos financeiros que estão em poder da Justiça, a quem beneficia e como ele é gerenciado. Como estão os cartórios espalhados pelo Brasil e quem e como os controla.

Todos que são contra a corrupção, independente de participar deste ou daquele partido, independente de ideologia, de credo e outras diferenças, devem, sim se organizar, discutir, mobilizar e construir propostas e pressionar os legisladores para acatá-las.

Um Congresso que representa a si mesmo não merece o respeito da sociedade. As casas de leis - Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores - tem que ouvir a voz rouca das ruas e se pautar nessas lutas e assim, ganhar credibilidade. 

Essa é a hora de passar o Brasil a limpo!

Processo que pode cassar Cunha é instaurado; PT, PR e PRB disputam relatoria

Deputado Zé Geraldo, PT/PA, pode ser o relator

Do UOL, 03/11/201515

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Reunião do Conselho de Ética para instauração do processo contra Eduardo Cunha

O Conselho de Ética deu início nesta terça-feira (3) ao processo que pode levar à perda do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar.

Deputados do PT, PR e PRB foram sorteados como possíveis relatores do processo. O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), deve anunciar o nome do relator na quarta-feira (4). Cabe ao presidente do órgão a escolha do relator após o sorteio da lista tríplice.

Foram sorteados os deputados Zé Geraldo (PT-PA), Vinícius Gurgel (PR-AP) e Fausto Pinato (PRB-SP).

Araújo afirmou que quer conversar com os três sorteados antes de anunciar sua escolha.

No mês passado, foi a vez de o Ministério Público da Suíça revelar contas atribuídas ao parlamentar no país europeu. Segundo apontam as investigações da operação Lava Jato, as contas foram abastecidas com dinheiro de propina da Petrobras.

Cunha nega ter cometido qualquer irregularidade e afirma não possuir contas no exterior. Ele já havia negado ter contas fora do Brasil em depoimento à CPI da Petrobras, em março.

O deputado tem reafirmado que não renunciará à Presidência da Câmara por causa das denúncias. Se for cassado, Cunha fica inelegível pelos próximos oito anos. E agora, desde que a representação foi apresentada, mesmo se ele renunciar ao mandato não escapa à proibição de disputar eleições, graças às mudanças introduzidas em 2010 pela Lei da Ficha Limpa.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

BNDES desmente Folha de São Paulo

Foi o BNDES que pediu a falência da empresa

Em 2002, num intervalo de 35 dias, a Fel-lha estampa o terceiro aumento no preço da gasolina.


O Conversa Afiada reproduz resposta do BNDES à sórdida Fel-lha, que insiste em prender o Lula:

Em relação a reportagem “BNDES suavizou exigências para socorrer amigo de Lula”, o Banco reafirma que não deu qualquer tipo de tratamento privilegiado a empresa São Fernando ou ao empresário José Carlos Bumlai.

O jornal insinua que a concessão do crédito para a São Fernando teria sido efetuada graças ao suposto vínculo entre o ex-presidente Lula e o empresário Bumlai, mas a ilação é claramente uma forma de “esquentar” sua manchete principal. A reportagem não apresenta nada que confirme ligação entre este vinculo e o empréstimo.

Os procedimentos de análise do ‪#‎BNDES‬ são técnicos e impessoais e, neste caso específico, diferentemente do que insinua o texto da “Folha”, não houve violação de norma do Banco para favorecer a empresa. A operação da São Fernando Energia era um financiamento indireto. Desta forma, a análise da operação e o risco de crédito foram assumidos pelos agentes financeiros, tanto público quanto privado.

No caso da São Fernando, o Banco está perseguindo com o rigor usual a recuperação dos recursos emprestados. Prova disso é que foi o BNDES que entrou com o pedido de falência da empresa, após esta não ter cumprido o acordo de recuperação judicial. A estruturação rigorosa de garantias exigida pelo BNDES para realizar a operação torna exequível que o Banco recupere seu crédito.

O rigor aplicado na análise de operações e na estruturação de garantias faz com que o BNDES tenha inadimplência de apenas 0,05%, a menor de todo o Sistema Financeiro Nacional, público ou privado.

Fonte: Conversa Afiada, 02/11/2015

Obsessão da mídia ajudará Lula a se eleger em 2018


"Lula, que hoje, em tese, é apenas um cidadão, no gozo de seus direitos políticos, tornou-se a pessoa mais transparente do país. Em 2018, o povo terá a tranquilidade de escolher um governante cuja vida já foi completamente devassada pela mídia – e não se encontrou nenhuma irregularidade – e um ou outro tucano cercado de mistério e blindagem", acredita o blogueiro Miguel do Rosário, do Cafezinho.

Em sua avaliação, "a mídia, em seu afã para destruir Lula, está construindo a sua plataforma de campanha. Lula, um homem transparente".

"O que estamos vendo é uma caça desavergonhada, inescrupulosa, sem limites, ao ex-presidente, tentando criminalizá-lo de todas as formas, e inviabilizá-lo politicamente", destaca.

Dia de finados


O Notijudiciário brasileiro e as “boas” reputações - institucionais




*Marconi Moura de Lima
Cada dia tenho tido dificuldades em levar a sério a minha República. E não sou o tipo medíocre cotidiano que carrega consigo uma síndrome que nos diminui [enquanto Nação], o tipo vira-latas. Meu rancor emergente está relacionado ao conteúdo nacional preposto, qual seja, a canalhice de uma elitezinha mesquinha e sem sal que teima em arvorar-se ao universo da vida e das coisas somente para pensar em si mesma – sem que sobre espaços à partilha dos insumos e da vida a todos os demais (ao povo).

Com base em que aspectos diria isso? Melhor represar meus [anti]sentimentos, cuja dor e a vergonha têm sido companheiras nestes últimos tempos por ter de conviver, veja: não com o contraditório, mas com o contraditório burro e sectário; jumento, por assim dizer, para daí enveredar-me sobre o arquétipo da reflexão de posturas e, quem sabe, ajudar a fazer com que dois ou três possam ter melhor abordagem quanto ao falsário momento democrático que vivemos. Destarte, vamos nos ater em atacar menos o sintoma, para nos lançar mais fortemente na causa. Paradoxo do diagnóstico. Portanto, relacionemos parte dessa elite distribuída: setores da Justiça; da Política; da Indústria; da Economia; outras. "Eu insulto as aristocracias cautelosas (...) / os duques zurros!" (ANDRADE, 1922).

Relevante considerar que todos estes componentes se engendram em tentáculos de outra elite ainda mais poderosa, na verdade um instrumento corporativo: a grande Mídia. Sua pedagogia é tão poderosa, tão intensa que produz seres servientes de sua própria difusão apodrecida. Assim sendo, conjugam poucos esforços para aportar reputações ao limbo e forjar outras tantas quais queiram consignar a seus propósitos. Além da tradição [brasileira] da novela que redistribui cognições e das programações ensurdecedoras a que a inteligência comum é incapaz de depurar, a força do jornalismo beira o surreal elemento construtor de novas realidades sobrepostas diante da verdadeiramente sensível.

Contudo, vão além. Extrapolaram quaisquer vestígios éticos escondidos sob as folhas caídas no chão pós-outono. O jornal "invadiu" os gabinetes magistrais, digo: magistrados. Ascenderam a quem operava o interesse dos seus, e apagaram a luz de quem usava o Direito em seu sacro-santo mandamento construído a mãos, sangue e inteligência seculares. O factóide das colunas de fofoca da grande imprensa resolvera também fotografar a rotina de um Poder tão relevante ao equilíbrio das forças proposto pelo Barão de Montesquieu (e vaidades afloraram adicionalmente). A isso resolvo chamar de "Notijudiciário". Ou seja: a Justiça feita pela Notícia. E vice-versa!

"Eu insulto o burguês!/ O burguês-níquel!/ O burguês-burguês!". Permita-me rapidamente avocar estas palavras do grande Mário de Andrade (1922) para fazer meu singelo desabafo (vocês são uns...) da sociedade brasileira contemporânea (hã?). É que dói um bocado e preciso fazer – vez e outra – essas rápidas notas de rodapé.

Quero voltar ao começo: não tenho como levar mais a sério meu País (?). Se vivêssemos numa civilização civilizada, jamais fechar escolas (como se faz no estado de São Paulo) seria motivo para menos protestos que fechar aos domingos a Avenida Paulista (na cidade de São Paulo) a fim de transformá-la por poucas horas num espaço de lazer e convivência de todos. Jamais "heróis" como o Augusto Nardes e o José Agripino (de fato e de direito, investigados por crimes – respectivamente: esquema de corrupção no Carf / Operação Zelotes; e corrupção no Detran-RN) teriam mais vozes que os filhos do ex-ministro Gilberto Carvalho (que em momento algum foram alvos de esquemas, ou suspeitos de quaisquer incidentes públicos). Tais questões ocorrem apenas em locais os quais loucos desgraçados matam reputações pelo sobejo do poder apequenado e têm respaldo de alguns mais ou menos sérios às ilações mortíferas.

Membros do Poder Judiciário, do Ministério Público, Polícia Federal selecionam que parte do Processo vão soltar para a imprensa. Se alguns de seus amigos convenientes estiveram nas Operações, tratam logo de adornar o sigilo, impor o instituto do segredo de justiça. Se são seus adversários, dar-se-á uma rasgadinha na Constituição e panfletam à sociedade os pedaços processuais capazes de abalar o imaginário da população. Viva a Idade Média brasileira!

É sério: a República está em xeque. Há um enorme risco de ela chafurdar. Se continuarmos nos deixando levar por esses "moleques de recado" da imprensa brasileira, associados a um conjunto de ignóbeis baluartes da ética seletiva lá dentro do Judiciário brasileiro, estaremos realmente acabados. A política eivada não se cura com déspotas disputando mesquinharias. A nossa dificuldade econômica não pode estar a rigor dos ventos enquanto homens ensimesmados disputam suas bandeiras (leia-se: interesses) em meio às braquiárias da Praça dos Três Poderes (com puxadinhos no Paraná e outras localidades).

Preocupo-me de a lisura mínima que construímos em séculos de instituições falidas resolvam avocar-se da esparrela convencional por trocados (níqueis) sem tanto valor perene. Possivelmente, se continuarmos a mensurar nossa democracia política pelo Notijudiciário (ouvindo estes ermos conteúdos propositados), haveremos pela guerra, ou pelo ostracismo sócio-institucional – o que não sei qual é o pior. Diz-nos Andrade: "Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos, sempiternamente as mesmices convencionais!". E eu completo com ele mesmo: "Todos para a central do meu rancor inebriante!". Fique dito!

*Formado em Letras pela UnB, pós-graduando em Direito Público, foi Secretário Municipal de Educação e Cultura em Cidade Ocidental, na região do Entorno de Brasília

Fonte: Brasil 247, 02/11/2015

O Brasil está muito barato para investidores de fora, segundo Abílio Diniz

Quando o PSDB aceitar que perdeu a derrota de Aécio Neves, Eduardo Cunha ir para a prisão, a crise política acaba e o Brasil melhora
Presidente do Conselho de Administração da BRF disse nesta segunda-feira 2 em Nova York, em coletiva à imprensa durante um evento da empresa, que o Brasil "está muito barato para investidores de fora" e sua taxa de câmbio, "muito, muito alta".

Em sua avaliação, "no Brasil, não há crise econômica. Há apenas crise política, falta confiança, que é o mais importante. Ninguém está investindo".

"No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente", afirmou.

Otimista, declarou não saber "o que vai acontecer no curto prazo", mas disse ter "certeza que a situação vai ser superada. Tenho total confiança"; segundo ele, este é apenas "um momento".

Capas da revista VEJA e ISTO É se completam, basta olhá-las pra entender

A revista Veja desta semana traz o ex-presidente Lula em trajes de presidiário.

Não há nada que permita o jornalismo comprometido com o mínimo de seriedade defender esse absurdo.
*Renato Rovai

Lula não é réu. E se fosse, teria direito à defesa.

Tornar quem quer que seja em um presidiário antes de ser condenado é algo que foge completamente a qualquer possibilidade de se estar exercendo a liberdade de imprensa.

É autoritarismo de imprensa.

É jogo sujo da pior espécie.

É transformar o veículo de comunicação em arma de guerra, em instrumento de golpe.

Na história da imprensa marrom brasileira poucos veículos tiveram coragem pra tanto.

Eles sempre buscavam se esconder em ilustrações, em formas sub-reptícias de ataque. Nunca ousaram uma montagem tão direta e tão sem provas.

De alguma forma, o que é mais absurdo, é que só estão fazendo isso com Lula porque o atual ministro da Justiça preferiu ilustrar a capa da Isto É. No destaque da revista sem leitores ele diz que todos podem ser investigados na sua gestão.

Ou seja, ao invés de dizer que vai punir o delegado que conduziu as investigações de Luís Carlos, filho do ex-presidente, de forma absurdamente fora da lei, ele posa de justiceiro.

O jurista Pedro Serrano que já se posicionou a favor de outras decisões polêmicas de José Eduardo Cardoso é peremptório em dizer que sua atitude neste caso foi pífia. Que o ministro tinha todos os elementos para impedir que esse constrangimento da família do ex-presidente fosse tratado como algo natural. Que o ministro devia e podia ter agido dentro da lei punindo o delegado da PF.

Ao contrário, Zé Eduardo se tornou capa da Isto É para permitir que Lula se tornasse presidiário na Veja.

Não é por acaso, amigos.

A capa da Isto É complementa a da Veja e da Época.

Se havia alguma dúvida em relação ao papel que o ministro da Justiça desempenha em relação ao governo e aos seus aliados, principalmente do PT, não resta mais dúvida alguma.

Basta olhar as três capas.

*Renato Rovai é editor da Revista Fórum

Fonte: Brasil 247, 02/11/2015

Luiz Inácio Lula do Brasil


Há pessoas cuja biografia – segundo Hegel – são histórias particulares, das suas vidas privadas. Há outras que, por estarem no olho do furacão, suas biografias são cósmicas, refletem os grandes dramas e aventuras de cada período histórico.

*Emir Sader
O filme sobre o Lula reflete sua historia particular, de maneira tocante, mas é, ao mesmo tempo, a história de milhões de brasileiros – uns sobreviveram, outros não -, afetados pela seca do nordeste, atraídos pelas promessas do sul, que protagonizaram a construção industrial do país. Lula sobreviveu a tudo, mas soube alçar-se a níveis que o elevaram a ser a melhor expressão do Brasil da sua e da nossa época.

Líder sindical na resistência à ditadura, conduziu o movimento sindical à ruptura de um dos pilares da ditadura – o arrocho salarial. Projetou a luta de massas dos trabalhadores a uma saga nacional, vitoriosa, que abriu o caminho para o fim da ditadura e a retomada da democracia.

Dirigente político, Lula conduziu a fundação do PT, um partido que apontou novos horizontes para o Brasil – não apenas a retomada da democracia, mas a justiça social. Foi candidato a presidente, até que foi eleito presidente, numa trajetória espetacular a que nos acostumamos, mas que condensa todos os dramas, os dilemas e o potencial do Brasil contemporâneo.

Lula passou também a representar o que o Brasil precisa e pode ser. De país da miséria, da violência, da ditadura, do neoliberalismo, passou a ser o pais da esperança, de que os brasileiros passaram a se orgulhar. 

Lula projeto o Brasil no mundo como p pais símbolo do sucesso na luta contra a fome. Aquele objetivo mínimo que ele se havia proposto no começo – que todos os brasileiros comessem tres vezes ao dia – expandiu-se para que todos os brasileiros tenham direito à vida e à esperança.

Lula se projetou como o líder popular mais importante no mundo, mais universal, cujo som do nome passou a remeter a justiça social, a dignidade, a um mundo melhor e mais humano. Sua imagem correu o mundo – depois de ter corrido tanto perigo – e provou que um líder de origem popular é quem melhor sente e resolve os problemas das grandes maiorias.

Lula tornou-se o símbolo maior da nossa história, das lutas seculares do Brasil, do sofrimento e da capacidade de superação de milhões de brasileiros. Projetam-se nele a esperança e a confiança dos milhões de brasileiros que viram reconhecidos seus direitos e sabem que suas vidas mudaram radicalmente para melhor graças às politicas do governo Lula.

Por isso Lula é objeto do amor de milhões e do ódio de milhares. Por boas razões, o amam por um lado e o odeiam por outro. Porque ninguém fez tanto bem pro povo e tanto mal pras elites conservadoras. Ninguém deu tanta esperança ao povo e ninguém fechou os caminhos da direita reacionária.

Lula representa o Brasil que dá certo, o Brasil da esperança, da auto estima, do progresso com justiça social, do crescimento com distribuição de renda. Lula representa para o mundo o país que superou a fome a saiu do mapa da miséria. E representa, para as elites tradicionais, a ameaça de que nunca mais vão poder fazer o que bem entendem deste país.

Nunca mais vão poder impor uma ditadura, quando perdem o controle do país. Nunca mais vão poder destruir a democracia e impor o arrocho sobre os trabalhadores. Nunca mais vão poder destruir os direitos dos trabalhadores e a propriedade pública, no altar do mercado e da privatização.

Daí o desespero da direita, da mídia conservadora, dos partidos das elites, dos que sentem que o país tornou-se um país de todos e não somente deles. Toda a energia lhes resta é canalizada para atacar Lula, na expectativa de gerar rejeições que lhe impossibilitem voltar a governar o Brasil. Mas fracassam, porque o caráter e a trajetória do Lula não foram construídos artificialmente pela mídia, mas foram feitos de suor e de sangue, de dignidade e de luta, resistem a tudo e a todos.

Luiz Inácio Lula do Brasil – esse é o teu nome, Lula.
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*Emir Sader é sociólogo e cientista político brasileiro

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015

Senhores parlamentares cortem suas emendas e o Fundo Partidário


Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) critica a proposta do relator geral do Orçamento da União, deputado Ricardo Barros (PP-PR), de cortar R$ 10 bilhões do programa "com a desculpa de equilíbrio fiscal e de que 'todos' têm de dar sua contribuição".

A senadora contesta: "Mas o relator não propõe cortar as emendas parlamentares, ou o Fundo Partidário. Muito pelo contrário, neste caso ele propõe aumento"; destacando o fato de que o Bolsa Família sempre "sofreu ataques", ela ressalta, em artigo, que trata-se de um investimento barato para o País. 

Ela questiona: "Será que temos de fazer um ajuste em cima dos mais pobres, dos mais sofridos? Se isso era comum no Brasil antes de Lula e Dilma, agora não é mais. Vamos resistir, apesar de todo preconceito e visão distorcida que tem parcela da população e o relator geral do Orçamento".

Aos casais

PT não é responsável pela crise ética, afirma general


Após demitir comandante militar do Sul por incitação ao golpe, o comandante do Exército Brasileiro, Eduardo Villas Bôas, diz em entrevista que há sim uma crise ética no país, mas que ela não é de agora e que a chegada do PT ao poder não tem responsabilidade nisso.

“Nem mesmo a autoridade da professora na sala de aula está sendo mais reconhecida”, compara; "O Brasil é um país sofisticado, com sistema de pesos e contrapesos, ou seja, não há necessidade de a sociedade ser tutelada".

Para ele, a corrupção está instalada, mas todas as instituições estão em pleno funcionamento, razão pela qual não há chance de intervenção dos militares. O general se queixa do corte do orçamento para o Exército, que deixa a corporação sem condições de fazer o trabalho de distribuição de água no Nordeste, a vigilância das fronteiras comprometida e a tecnologia dos equipamentos obsoleta.

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015

Sindicalista diz que fechar escolas e superlotar salas é um crime

Mas os governos do PSDB querem isso em todos os estados que governam

SP 247 - Continua a repercutir muito mal entre os professores a decisão do governador Geraldo Alckimn de fechar 94 escolas da rede pública estadual de ensino em São Paulo. A 'reorganização' elaborada pelo Estado tem objetivo de economizar dinheiro, e os profissionais de educação avaliam que a escolha da área para se fazer economia foi a pior possível.

Em texto publicado na Rede Brasil Atual, a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que 'fechar escolas e superlotar salas é um crime'. Ela ainda desconstrói todos os argumentos do ponto de vista pedagógico usados como justificativa pelo governo Alckmin. Abaixo a íntegra do texto.

'Fechar escolas e superlotar salas é um crime!'

Temos dito, e reafirmamos, que esta verdadeira bagunça que o governo Alckmin está fazendo, com o fechamento de 94 escolas e mudanças em outras 752 unidades visa tão somente o corte de gastos, a "racionalização" administrativa e financeira, o "enxugamento" da máquina do Estado, enfim, a aplicação do receituário neoliberal do Estado mínimo, concepção sempre implementada pelo PSDB aos serviços públicos.

A tese de que é preciso separar crianças menores de crianças maiores e separar crianças e adolescentes não tem nenhuma sustentação pedagógica e não tem nada a ver com ciclos de aprendizagem. Em sua correta acepção, os ciclos reúnem estudantes de acordo com seus estágios de aprendizagem, pouco importando suas idades.

O que o governo estadual está fazendo é um retrocesso, um rompimento com os avanços que experimentamos nos últimos anos e a quebra do ensino fundamental de nove anos. É um retorno à seriação, aos tempos em que, em plena ditadura, tínhamos separados o primário, o ginásio e o segundo grau (ou colegial).

Alckmin tenta justificar as barbaridades que está fazendo por exemplo dizendo que quer implantar escolas de "ciclo único" (termo incorreto, como já vimos), mas entre as 94 escolas que quer fechar, 40% já são de "ciclo único". Diz que vai investir no ensino médio, mas 10% das escolas a serem fechadas são de ensino médio. Diz que quer melhorar a qualidade do ensino, mas muitas escolas que serão fechadas tŅm médias mais altas no IDEB e no IDESP, que são indicadores de avaliação nacionais e estaduais.

Afinal, como acreditar em um governo estadual que tergiversa tanto? Primeiro, fecharia ou alteraria a situação de 30% das escolas; depois, não fecharia escolas, agora anuncia o fechamento de 94 unidades, sendo que muitas delas nem sequer são as mesmas cogitadas inicialmente.

Esta bagunça vai alterar muita coisa na vida de estudantes, suas famílias e professores. Fechar escolas é enviar estudantes para outras unidades, superlotando salas de aula. Da mesma forma, fechar o noturno ou uma etapa de ensino em uma unidade é sobrecarregar as demais da região ou a rede municipal. Não apenas serão afetadas escolas com as quais o governo paulista mexe diretamente, mas toda a rede, pelo "efeito cascata".

No caso dos professores, será mais difícil compor jornada em apenas uma unidade escolar, se ministrarem aulas para o segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. Professores das escolas que serão fechadas irão disputar aulas com os colegas das demais unidades, assim como os das escolas "reorganizadas". Se não conseguirem aulas, poderão ficar "adidos", ou seja, "encostados", recebendo salários menores.

Por exemplo, um professor PEB II, com jornada de 40 horas semanais, hoje recebe R$ 2.415,89 em início de carreira. Na disputa por aulas, poderá ter sua jornada reduzida para 30 horas ou 24 horas semanais de trabalho, com redução salarial. No limite, poderá ficar adido, recebendo salário equivalente à jornada inicial (12 horas semanais de trabalho). No caso do PEB II, significa R$ 724, 77. No caso de PEB I, poderá passar de R$ 2.086,93 (40 horas semanais) para R$ 626,07. O que está em jogo é a sobrevivência desses professores. O governo do PSDB quer mesmo transformar o magistério em um "bico".

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015


As definições e indefinições de candidaturas para prefeito de Itaituba no ano que vem

Valmir Climaco, ao que tudo indica será o candidato a prefeito do PMDB. Para vice, o nome mais provável é de Litinho, filho do ex-prefeito Roselito Soares, com forte liderança política, que agregaria o apoio do deputado Eraldo Pimenta.

A pergunta que se faz é se o deputado Wladimir Costa, cacique do SD, é inimigo ferrenho do grupo Barbalho, vai permitir que Hilton apoe Valmir ou se Hilton deixará o SD. A nível nacional o SD, de Paulino da Força, também está longe do PMDB já que articula o impeachment da Presidente Dilma e do vice, Michel Temer. 

O deputado Chapadinha, do PSD e irmão de Hilton, quer o comando do partido, em Itaituba, mas não conseguirá, pois Eliene Nunes, prefeita pela mesma sigla, conta com o apoio de deputados do PSD, que não abrem mão da gestora municipal.

O PT, pelo que se percebe internamente, não apoiará Valmir Climaco. Afábio Borges não é mais uma liderança petista expressiva e portanto, sua vontade certamente não prevalecerá, no sentido de caminhar com o PMDB.

O PMN, do médico Benigno Reges, deve apoiar Ivan D’Almeida, do PSDB, por conta da relação de negócios do mandato passado de Benigno, como prefeito.

O PSD, terá Eliene Nunes como candidata a reeleição.

O governador do Estado, Simão Jatene, deve seu cargo a Hilton Aguiar, a Valmir Climaco e ao PSDB local, portanto, a princípio, apoiará, Valmir, Eliene Nunes e Ivan D'Almeida, sem subir em palanque de ninguém.

A meu ver PP, DEM, PSB e PSC, deverão ficar a vontade para apoiar Ivan ou Eliene e com uma boa negociação o próprio Valmir. 

O PROS, do ex-deputado Dudimar Paxiuba, apoiará Eliene Nunes a reeleição, pois os dois vereadores na Câmara são os que mais defendem o governo municipal e a família do ex-deputado tem vários cargos no governo. 

Há uma possibilidade remota de surgir uma quarta candidatura, como a ensaiada e abortada em 2012. PT, PP, PPS e PCdoB, já fizeram uma reunião para discutir as eleições de 2016 . Também, o ex-prefeito Botelho, do PR, frequentemente faz reuniões e prepara as bases para a disputa eleitoral.

O quadro politico começa a se definir em Itaituba. Todavia, como na politica tudo é possível, muitas surpresas poderão acontecer, principalmente pelo tempo de filiação que foi prorrogado para seis meses antes das eleições e ainda a janela que se abre em abril com a nova lei eleitoral para quem está com mandato, poder sair de um partido e filiar-se em outro.

Com grande parte das informações do Blog do Peninha, 31/11/2015

domingo, 1 de novembro de 2015

Levy se desdiz ou se demite já!

Ministro da Fazenda do Governo Cerra?

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agência Reuters informou que o Ministro Levy disse no Marrocos, num evento de coxinhas internacionais, essa turma que lava dinheiro no Grão Ducado de Luxemburgo e prega a moralidade, que a Petrobras não será mais a operadora unica do pré-sal.

O ministro das Minas, Eduardo Braga fez o mesmo num evento no Texas, com os coxinhas do petroleo internacional, e levou uma chinelada publica da Presidenta.

Ja faz tempo que o Joaquim Levy rumina dentro do Ministerio da Fazenda uma formula para tirar a Petrobras do pré-sal e entregá-lo ao Cerra, para doá-lo à Chevron.

O Conversa Afiada e o destemido senador Requião sabem que um sub do sub do Levy preparava um "projetinho" para enfiar pela goela abaixo da Presidenta.

Com um daqueles argumentos "é uma ordem de cima".

Como se alguém fosse bobo.

Isso faz parte da agenda neolibeles do Levy: ele tenta empurrar pela goela da Presidenta o que a Presidenta repudia.

Como se sabe, Levy é um tucano enrustido.

Como os delcidios, que no Senado, votam com o Cerra ...

Mas, o Levy não tem o poder de mudar o regime de partilha.

Mas, não custa tentar.

Não custa botar lenha numa fogueira extinta - a do Cerra.

Conversa Afiada esperou o domingo inteiro para ver se o Levy ia se desdizer.

Atribuir a um erro da tradução da Reuters ...

Não se desdisse.

Portanto, melhor se demitir.

E ficar no Marrocos mesmo.

Paulo Henrique Amorim
Fonte: Conversa Afiada, 01/11/2015

Polícia Federal encontra despacho de macumba na casa de Collor

Alvo das “magias” era Rodrigo Janot

O jornalista Guilherme Amado, do jornal O GLOBO, revela que a PF teria encontrado um despacho de macumba endereçado a Rodrigo Janot e Fábio George da Silva, o homem-forte de Janot no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A informação foi publicada no blog do Lauro Jardim neste domingo (01).

Em uma mesa, os agentes encontraram uma foto do conselho do CNMP com os rostos de Janot e de George assinalados num círculo feito a caneta. Acima da foto, numa folha de papel com o timbre do Senado, os nomes de vários orixás: Iemanjá, Elegbara, Oxalá, Ogum, entre outros.

Em 1992 não deu muito certo, mas pelo visto Fernando Collor ainda aposta em expedientes nada terrenos para se livrar de encrencas.

Em julho, a operação da Polícia Federal realizada na famosa Casa da Dinda, do senador e ex-presidente Fernando Collor, causou repercussão na mídia pela apreensão de uma verdadeira coleção de carros de luxo, em cumprimento aos mandados de busca e apreensão da Operação Lava Jato.

Fonte: Br29, 01/11/2015

Taís Araújo é vítima de insultos na web e responde: 'Covardes'

LINDA, TAÍS ENCARA OS RACISTAS: NÃO VOU ME CALAR

Uma das mais belas e talentosas atrizes brasileiras, Taís Araújo respondeu, neste domingo, em seu Facebook, aos ataques racistas e covardes de que foi vítima, desde que atualizou sua imagem de perfil, na rede social.

"Quero que esse episódio sirva de exemplo: sempre que você encontrar qualquer forma de discriminação, denuncie. Não se cale, mostre que você não tem vergonha de ser o que é e continue incomodando os covardes. Só assim vamos construir um Brasil mais civilizado", afirmou.

Os perfis dos criminosos online serão repassados à Polícia Federal; "Se a minha imagem ou a imagem da minha família te incomoda, o problema é exclusivamente seu!", disse a atriz.

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015

Governo não deve temer Eduardo Cunha

Cunha tem problemas demais e não tem força para obstaculizar o governo

Demitido do Ministério da Educação depois de chamar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de "achacador", o ex-ministro Cid Gomes afirma que o governo federal não deveria tentar qualquer tipo de acordo com o presidente da Câmara.
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Cid Gomes, ex-ministro da educação
"O governo tentar acordo com uma figura como essa não contribui em nada para que ele resgate sua popularidade. Pode até ficar até o fim, mas sem popularidade, qual o retorno disso? Só vale a pena estar no governo para estar bem com o povo. Estar no poder sobrevivendo, sem ter respaldo popular, para que serve isso?", diz ele.

Cid prevê que o ex-presidente Lula não será candidato em 2018; "Só se for burro, coisa que ele não é. Quem foi presidente duas vezes tem que cuidar do seu legado, da sua história". Sua aposta é o irmão Ciro Gomes.

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015

Em tempo de crise, Bahia tem 95% de ocupação hoteleira


Dados da Secretaria de Turismo do Estado revelam que municípios do interior baiano registram taxa de ocupação de até 95% para o feriado prolongado de Finados.

A expectativa de taxa de ocupação dos meios de hospedagem em Praia do Forte, em Mata de São João, é de 95%; Ilhéus, por sua vez, já registra 80% dos leitos cheios; o município de Lençóis também espera que a ocupação chegue a 80%; no sul, Porto Seguro tem estimativa de encher 90% dos leitos; já a capital baiana vai registrar uma média de 71,4% de ocupação.

Nardes atuou em consultoria mesmo após entrar no TCU

Mas que uma pedalada, ele é acusado de roubar os cofres públicos
Investigação da Polícia Federal sugere que o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, agiu em favor de uma consultoria acusada de negociar descontos fiscais para clientes como o grupo RBS, afiliada da Globo, quando já estava na corte.

Nardes e um sobrinho são suspeitos de terem recebido R$ 2,6 milhões; o novo indício é um email que conecta o ministro à consultoria, mas Nardes, que foi relator do caso da pedaladas fiscais, diz não se lembrar de nada.

Sob pressão, Richa desiste de fechar escolas

Em SP, PA, PR e onde governar o PSDB, na prática será contrário a mudanças sociais significativas

Diante da péssima repercussão que teve o anúncio do fechamento de 100 escolas públicas no Paraná, o governador Beto Richa cedeu ao apelo dos professores e de pais de alunos e recuou da medida.

O tucano pensou na estratégia para 'economizar' inspirado em seu correligionário Geraldo Alckmin, que, por ora, mantém promessa de fechar 94 unidades de ensino em São Paulo, que serão 163 segundo a Apeoesp.

O anúncio de Richa, porém, ainda gera desconfiança por parte da comunidade estudantil, pois, em nota no Facebook, ele diz ter determinado à secretária de Educação, Ana Seres Trento Comin, que sejam "retomados os critérios utilizados nos últimos anos para o planejamento e ensalamento de estudantes".

Boff defende Gilberto e critica "vale-tudo"


Nem tudo vale nesse mundo. Um testemunho veraz por Gilberto Carvalho
Por Leonardo Boff, em seu Facebook

Nem tudo vale nesse mundo. E Jesus morreu também para mostrar que nem tudo vale. Não vale a mentira, não vale a calúnia, não vale a má intenção que fabrica ilações sem fundamento.

Hoje parece moeda corrente simplesmente dizer que tudo o que vem do PT ou posui referência a ela, é sinônimo de corrupção, roubalheira e populismo.

Pelo fato de um punhado de membros do PT, violando suas bandeiras mais autênticas, se corromperam e prejudicaram o bem público, se toma esta parte podre pelo todo.

É injúria e injustiça daí generalizar que todos os membros desse partido são ladrões e bandidos. Se um filho de seis da família imaginária Barreto, honesta e trabalhadora e tida assim pelos vizinhos, tiver feito algum delito, não é legítimo e é ofensivo dizer que toda a família Barreto e todos os demais fihos são ladrões.

Na rua e nos supermercados lhe gritam – olhem o ladrão, olhem o corrupto. Pois assim algo parecido está ocorrendo com Gilberto Carvalho, ex-secretário da Presidência em dois governos do PT. Acresce ainda que o tal filho nunca roubou coisa nenhuma, foi apenas falsamente acusado. E essa falsidade se projeta ilegitimamente sobre toda a família.

Conheço Gilberto Carvalho do tempo dos estudos de teologia, da pastoral operária, na inserção nos meios mais lascados, indo morar numa perigosa favela de Curitiba como forma de solidariedade e se acercar aos mais excluídos da sociedade. Entrou para política por um imperativo ético de poder realizar os sonhos de justiça e libertação dos oprimidos.

Viveu sempre uma vida pobre e vive hoje modestamente, saindo apenas há pouco tempo do aluguel. Ele se transformou num amigo-irmão pelo sonho, pela mesma espiritualidade e busca da intimidade com Deus no meio da vida complexa e conflitiva que é o campo da política partidária. Se não saio em defesa do amigo, que tipo de amigo sou.

Testemunho com total sinceridade a inteireza de Gilberto e a forma severa e ética pela qual educou e acompanha os filhos e as filhas. Por isso me solidarizo com ele em sua dor pela calúnia que lhe foi imposta a ele e sua família.

A nossa certeza é que nada resiste à verdade. Ela com sua luz desmascara a falsa imputação. E Gilberto para quem a fé e a piedade possuem um lugar central em sua vida, sabe suportar,mesmo com dor, e no espírito das bem-aventuranças evangélias, as mentiras e falsificações forjadas como tropeço em seu caminho. E sairá engrandecido ele, e sua família. Assim o queira Deus e as pessoas que o cercam com amizade e carinho. Por isso transcrevo sua nota de auto-defesa- Lboff

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015

Volkswagen busca reparar apoio à repressão na ditadura

01/11/2015
A Volkswagen é a primeira empresa a negociar uma reparação judicialmente por ter financiado ou participado ativamente da repressão à oposição política e ao movimento operário durante a ditadura militar no Brasil. Dirigente da matriz do grupo que esteve no Brasil neste mês a pedido do Ministério Público Federal (MPF) afirmou ao "Estado de S. Paulo" que a companhia busca um acordo com o órgão, que baseia sua ação nas investigações feitas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Segundo Manfred Grieger, diretor do departamento de Comunicação Histórica do Grupo Volkswagen, sua intenção ao participar do encontro no MPF, ocorrido em São Paulo no dia 14, era de entrar em contato com vítimas da ditadura militar brasileira e buscar mais informações sobre o relacionamento entre a Volkswagen do Brasil e as instituições brasileiras daquela época.

"Foi o início de uma discussão sobre como chegar a um acordo a respeito dessa questão", afirmou Grieger. "Uma ideia é talvez desenvolver um conceito de memorial em conjunto com outras instituições brasileiras, como sindicatos, e colocá-lo em prática. Queremos continuar as discussões para explorar os prós e contras a respeito dos próximos passos", disse, por e-mail, o diretor.

Desde 2014 Grieger recolhe informações e documentos sobre as acusações de apoio dado pela montadora ao regime. Quem se reuniu com ele foi o procurador regional dos Direitos do Cidadão, do MPF, em São Paulo, Pedro Antônio de Oliveira Machado.

"Queremos fazer um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). O objetivo é que o dinheiro da reparação seja depositado no Fundo de Interesses Difusos ou usado para a construção de um memorial ou museu sobre o período", confirmou Machado.

Objetivo

Nas mãos de Machado e de seus colegas do MPF estão os documentos reunidos por dez centrais sindicais, associações, pesquisadores, por ex-integrantes da CNV e ex-operários da Volkswagen perseguidos pelo regime militar.

Os papéis foram entregues aos procuradores em setembro. Por meio de uma representação, eles pediam a abertura de um inquérito civil público a fim de que se apurasse "o quanto objetivamente contribuiu a Volkswagen do Brasil para a consecução das violações de direitos humanos noticiadas na representação".

Os sindicalistas queriam ainda que o MPF apurasse o grau de participação do corpo dirigente da empresa em cada violação, em especial "aos crimes de tortura perpetrados no interior de suas plantas industriais" e a "colaboração com os órgãos de segurança estatal, unidades militares e organizações sindicais patronais". Por fim, o grupo pediu que fossem investigados "benefícios obtidos pela empresa em razão da cumplicidade com o regime".

Entre os documentos apresentados pelos sindicalistas estão os relatos de que a montadora doou equipamentos - como modelos Fusca - para o Destacamento de Operações de Informações (DOI) do 2º Exército. Há documentos com o carimbo do Departamento de Segurança Industrial da empresa que foram enviados ao Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops-SP) com detalhes sobre a atuação de operários, descritos como subversivos, em manifestações e greves.

Torturas

Há ainda cópias de cerca de 200 "boletins de ocorrência" feitos pela segurança da empresa e enviados ao Dops. Neles há relatos de operários surpreendidos pela Polícia Militar fazendo piquetes que, em vez de serem levados à delegacia, eram conduzidos pela PM para a fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para serem identificados e interrogados. Há ainda relatos de espancamento e torturas de operários ligados a partidos comunistas ocorridos dentro da empresa.

Além de Machado e de Grieger, sindicalistas, pesquisadores e algumas das vítimas que reuniram esses papéis também estiveram na reunião na sede do MPF. Da Alemanha também veio para o encontro Joerg Kother, representante da Comissão Internacional dos Trabalhadores da Volkswagen.

"Nós queremos que seja feita uma reparação. Não procuramos acordos individuais, mas uma solução que seja coletiva", disse Sebastião Lopes de Oliveira Neto, que coordenou o grupo de trabalho sobre a repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical, da CNV. De acordo com ele, que dirige o instituto Intercâmbio, Informações Estudos e Pesquisas (IIEP), "havia uma relação muito íntima entre a segurança da montadora e os órgãos de repressão do regime militar". As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

Socos, tapas e pontapés na Volkswagen: era só o começo da tortura

Uma das muitas histórias que os reacionários desconhecem ou querem que se repita em nosso País

, 01/11/2015

Aos 28 anos, Lúcio Bellentani trabalhava na Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP) como ferramenteiro, profissão muito requisitada na época. Entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e tentava organizar uma base do partido em grandes empresas da região. Foi preso em julho de 1972, na ala de prensas em que trabalhava, às 23h30, numa ação acompanhada por seguranças da companhia. Outros 12 operários também foram detidos.

Marcio Fernandes/Estadão Conteúdo
Lúcio Bellentani trabalhava na Volkswagen
e teve os dentes arrancados na prisão
Bellentani primeiro foi levado a uma sala do setor de recursos humanos, onde conta ter levado socos, chutes e pontapés. Depois foi transferido para o Dops e passou por frequentes sessões de tortura: palmatórias nas mãos, pés e cabeça, pau de arara, choque elétrico e chegou a ser arrastado em um veículo amarrado pelas mãos.

Teve dentes arrancados com alicate e, até cinco anos atrás, "era banguela, pois não tinha coragem de ir ao dentista", conta Bellentani, hoje com 71 anos. "Só nos anos mais recentes criei coragem e fui fazer tratamento", diz ele, que também tem pesadelos e afirma não ficar em quartos escuros.

Ele passou, ao todo, um ano e oito meses na prisão. Após ser solto, mudou-se para o interior de São Paulo, pois não conseguiu emprego no ABC, onde morava a família. "As empresas trocavam lista de pessoas que não deveriam ser contratadas, mas como não havia internet, em cidades pequenas era mais fácil conseguir uma vaga". Além disso, os atestados de antecedentes políticos solicitados na época levavam em média seis meses para serem enviados.

O ex-metalúrgico vive atualmente em Jacareí (SP) e há três meses fundou o Sindicato dos Aposentados da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Ele esteve na reunião no Ministério Público Federal, onde se encontrou com Manfred Grieger, diretor da Volkswagen.

"Não reivindicamos nenhuma questão de penalidade ou de criminalização. Queremos que a empresa reconheça que fez besteira, e se responsabilize por seus desmandos", diz Bellentani. "Que a verdade venha à tona, pois várias empresas também foram responsáveis pelo que ocorreu em nosso país." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".