segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Rapidinhas

Cargo da secretária adjunta de Saúde de Santarém, está vago há um mês 

Prefeito de Santarém, Alexandre Von (PSDB), ainda não encontrou uma pessoa de sua confiança para substiuir a ex-secretária adjunta de Saúde (Semsa), Lívia Corrêa e Castro ou então, não está preocupado em nomear alguém para o cargo vago. Lívia pediu exoneração há um mês. 

Povos da floresta e o novo governo Dilma: o que esperar?

Povos da floresta e o novo governo Dilma: o que esperar? É o questionamento de Edilberto Sena, em artigo no Blog do Jeso. O cenário é o segundo mandado da presidenta Dilma, que terá início em janeiro vindouro. Vai mudar ou continuar o mesmo estilo do eu quero assim, assim será feito? Quais serão seus ministros? Quem vai dar o rumo a esse novo mandato? 

Minério coloca Pará em 8º lugar no país

Ocupando a 12ª colocação entre os 27 Estados brasileiros, incluído aí o Distrito Federal, no tocante à formação do Produto Interno Bruto (PIB), o Estado do Pará ganha quatro posições e passa a ocupar o oitavo lugar quando o parâmetro passa a ser o PIB industrial. Essa variação põe em relevo, mais uma vez, o peso da atividade mineral na economia do Estado. Mais que qualquer outro fator, é a grandeza dos números relativos à indústria de mineração que explica essa singularidade num Estado cujo processo de industrialização é ainda incipiente.

Advogado é preso por estelionato e falsificação de documentos

O advogado Rodrigo Jennings (foto) foi preso em Santarém, acusado de acusado de falsificar documentos públicos, inclusive a assinatura de um juiz, estelionato, falsidade ideológica, entre outros crimes. A informação é *do Blog do Alailson*. A ordem de prisão partiu do magistrado Paulo Evangelista, titular da 4ª Vara Penal. A gravidade do caso está sendo apurada, assim como as consequências que possam ter sido ocasionadas pela falsificação de assinaturas e documentos. Preso, o advogado alegou desconhecer as acusações. 

Marcelo Adnet admite traição: “Errei e me arrependo”

O humorista Marcelo Adnet foi flagrado, nesta quinta-feira (6), beijando uma mulher na rua, perto de um bar. Ele resolveu, nesta sexta-feira (7), se pronunciar no Twitter. — Errei e me arrependo. Minha atitude afetou a mulher mais importante pra mim. Eu e Dani estivemos sempre juntos. Ela é minha melhor amiga e o amor da minha vida.


Governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, priorizará os 20 municípios mais pobres

O deputado estadual Neto Evangelista, que integrará a equipe de governo de Flávio Dino (foto) como secretário de Desenvolvimento Social a partir de 2015, anunciou que buscará o Governo Federal para assumir relações institucionais e trabalhará pela mudança desde o primeiro dia de governo “É fundamental diminuir as desigualdades sociais e combater a pobreza. 


Empresa de Tomé-Açu ganha Prêmio Finep de Inovação

Apenas uma empresa do Pará está entre as 4 que venceram a edição 17 do Prêmio Finep de Inovação na região Norte. Três são do Amazonas. A única paraense é a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), que venceu na categoria “tecnologia social”. Os prêmios foram entregues na quarta-feira (26), no Rio de Janeiro. 

MEC elimina 65 candidatos por uso de celulares no Enem 

No 1º dia No primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 65 candidatos foram eliminados por uso indevido de telefones celulares, segundo balanço parcial do Ministério da Educação (MEC). O número já é superior ao registrado em todo o final de semana de provas da edição passada, quando 47 pessoas foram eliminadas – 24 no primeiro dia. 

A lerdeza do 8ºBEC e o Drama da Rodovia Transamazônica

O Fórum das Entidades de Itaituba, reuniu ontem, 05/11, na sede da CDL, com um representante do 8º BEC, para saber do por quê da paralisação da obra de recuperação do trecho urbano da Transamazônica, bem como o prazo previsto para seu término. Segundo o Major Nogueira, do 8º BEC, o fornecedor não entregou insumos, e sexta feira, amanhã, se dará o reinicia dos trabalhos. Os serviços para este ano deverão se estender até o km 4, a parte mais crítica da dessa via. O militar garantiu que o Exército não vai abandonar a obra. Mas vai demorar quanto tempo para terminar?

Socorro Oliveira fez aniversário

A família Oliveira se reuniu na noite da ultima sexta feira, dia 6, para comemorar idade nova da minha colega e professora Socorro Oliveira. A comemoração foi na residência de sua irmã, Eli Oliveira. Dona Maria Oliveira, matriarca da família esteve presente juntamente com toda a família, entre elas; Lia e Ana Lídia. A festa também contou com a presença de parentes e amigos.



Juiz pune Receita por violar sigilo bancário de empresa em Santarém

Só o Judiciário pode confrontar direitos fundamentais para decidir, em cada caso, qual deve prevalecer. Por isso, a Receita Federal não pode violar o sigilo bancário dos contribuintes sem a devida autorização judicial. Foi o que decidiu o juiz federal José Airton de Aguiar Portela, da 2ª Vara Federal de Santarém (PA). 

Prefeita foi vaiada em inauguração no Piracanã

O que era para ser uma festa se tornou um constrangimento para a prefeita de Itaituba, Eliene Nunes. No final da tarde de sexta-feira, quando da inauguração da Unidade de Saúde no Bairro do Piracanã, no Residencial Minha Casa Minha Vida, ela foi vaiada quando fez uso da palavra. A gestora municipal foi pedir desculpa pelo atraso da entrega daquela obra, momento em que foi repudiada com vaias pelos moradores do bairro. Mas o pior ocorreu quando a prefeita foi justificar o atraso da obra da construção da creche naquele bairro, as vaias foram bem maiores. 

Desmatamento disparou na Amazônia

Agora é oficial: o desmatamento na Amazônia disparou em agosto e setembro. Foram devastados 1.626 km² de florestas, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de 2013. O governo federal já conhecia esses dados antes do segundo turno da eleição presidencial, realizado no último dia 26. As análises mensais do sistema de alertas de desmatamento estavam prontas pelo menos desde 14 de outubro no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 

GAZETEIRA ESTÁ FORA DE VEZ


Em breve cerimônia realizada na Câmara municipal de Rurópolis na manhã desta quinta-feira, 06/11/14, o presidente da Casa Jonas Lourenço da Silva/PT, acompanhado de outros vereadores e representações políticas, reconduziu ao cargo de vereador VALMIR RIBEIRO DE MATOS/PP. Valmir popularmente como Mil, volta a ocupar a vaga deixada por Flora Maria Variani que perdeu o mandato no final de 2013, após exceder o número de faltas permitido no regimento interno da casa. 

Itaituba se prepara para não ser surpreendida pela febre Chikungunya

A febre chikungunya é oriunda da África. *Chicungunha é um aportuguesamento de chikungunya, o nome da doença na língua maconde, um dos idiomas oficiais daTanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença em 1953. O termo provém da raíz verbal kungunyala, e significa "tornar-se dobrado ou contorcido", em referência à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares e musculares, características da doença. Em Angola (África) a doença é popularmente conhecida por catolotolo.

Itaituba sediou 1º Encontro de Atualização para Farmacêuticos do Sudoeste do Pará

Pela primeira vez o Conselho Regional de Farmácia se fez presente em Itaituba, e logo para promover um encontro de atualização dos farmacêuticos da região sudoeste do estado. O evento foi realizado, ontem, quinta, no auditório da FAI, tendo contado com a maioria dos profissionais da área. Abriu o encontro, o presidente do CRF, Daniel Jackson Costa, que falou aos presentes dos trabalhos do conselho, discorrendo sobre o esforço que está sendo feito para que se cumpra a lei 13.021/2014, que torna obrigatória a presença de um farmacêutico de plantão em todas as farmácias. 
Aumento da gasolina deve chegar ao bolso do consumidor na segunda-feira

O reajuste de 3% no preço da gasolina anunciado na noite de ontem (06), pela Petrobras, não afetará o consumidor neste fim de semana. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia, a previsão é que somente na segunda-feira (10), quando os postos de gasolina começarem a demandar o produto com o preço reajustado nas refinarias o consumidor vai pagar mais caro para abastecer seu carro.

Vereador Peninha denuncia abandono do Ginasio Municipal de Itaituba 

Peninha diz que o ginásio que custou muito dinheiro está abandonado e aos poucos está sendo destruído pelo tempo. e que na próxima semana, denunciará na Câmara o abandono do ginásio. Segundo ele aquele local está servindo de depósito para os utensílios da Defesa Civil fato que causou a destruição do piso da quadra, que está se soltando. Aquela obra está comprometida, ele afirma. A poeira está tomando conta e está parecendo mais um galpão abandonado do que um ginásio de esportes.

Rio Tapajós Shopping abre ao público em Santarém


O Rio Tapajós Shopping finalmente abriu suas portas à população santarena. O empreendimento começou a funcionar nesta sexta-feira (7), meio-dia. A direção do shopping recebeu os laudos do Corpo de Bombeiros que faltavam para a abertura deste novo espaço comercial. O Rio Tapajós Shopping é o maior empreendimento comercial construído no município nos últimos anos. Lá, foram investidos mais de R$ 200 milhões. A expectativa é que o novo centro de compras aqueça a economia local movimentando em torno de R$ 20 milhões em vendas por mês.

Em novo caso de nudez pública, mulher corre pelada em Porto Alegre

Corredora se exercitou no centro apenas de tênis, boné e óculos. Nos últimos dias, três casos de nudismo foram registrados na cidade.

Do G1 RS, 09/11/14

Mulher foi flagrada correndo nua pelas ruas do Centro da capital (Foto: Fernando Teixeira/Futura Press/AE)

Uma nova moda parece ganhar as ruas de Porto Alegre: ficar pelado em público. Após dois casos de nudez registrados no intervalo de uma semana, uma terceira mulher foi flagrada correndo completamente nua neste domingo (9) no centro da capital.

A foto foi feita em uma rua nas imediações do Palácio Piratini, a sede do governo gaúcho. Sem nenhuma roupa, a mulher corria apenas com tênis de corrida, boné e óculos escuros para se proteger do sol forte. A temperatura máxima chegou a 30,5ºC neste domingo na cidade.
Homem fica nu na Carlos Gomes  (Foto: Anderson Vanzan/Arquivo Pessoal)

O 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), responsável pelo policiamento no centro da cidade, informou que recebeu uma denúncia sobre o caso por telefone, mas os policias não conseguiram localizar a mulher.

Pelas redes sociais, mais de 3 mil pessoas confirmaram presença em uma “corrida pelada” marcada para as 16h na Avenida Carlos Gomes, mas cerca de 15 pessoas compareceram ao local. No final da tarde, um homem tirou a roupa e caminhou nu na avenida.

Nas últimas semanas, outros dois casos de nudez pública foram registrados em Porto Alegre. O primeiro ocorreu no dia 30 de outubro, no Parque Moinhos de Vento, o Parcão. Uma mulher foi detida pela Brigada Militar enquanto corria nua no parque e levada para uma clínica psiquiátrica.

Na última quinta-feira (6), outra mulher foi flagrada nua andando na chuva em meio aos carros na Terceira Perimetral, uma das avenidas mais movimentadas da cidade. Ao ser abordada por um repórter da RBS TV, ela disse que era lutadora de MMA e que seu ato era um “desabafo” contra a falta de incentivo. Ela também foi abordada pela polícia e levada para um posto de saúde.

domingo, 9 de novembro de 2014

“Jatene trata povo do Tapajós como bandido”

A afirmação é do professor Edivaldo Bernardes ao rebater críticas feitas pelo Governador do Pará 
Professor Edivaldo Bernardes

Chateado com o fato de alguns vereadores de Santarém terem se aliado a chapa que venceu a eleição para o Governo do Pará, nas eleições deste ano, depois de terem se manifestado a favor da criação do Estado do Tapajós, no plebiscito de dezembro de 2011 e também com as declarações preconceituosas do governador Simão Jatene (PSDB) em relação ao povo do Tapajós, em entrevista concedida ao um jornal de grande circulação nacional, o coordenador do Instituto Cidadão Pró Criação do Estado do Tapajós (ICPET), professor Edivaldo Bernardo, declarou que o gestor estadual age com discriminação com a população desta região. Após Jatene declarar em reportagem que “o plebiscito de 2011 foi uma das experiências mais sérias e traumáticas que o Estado já teve e, que não dá para meia dúzia de irresponsáveis, de lideranças sub-regionais, fazer um estrago deste tamanho”, o professor Edivaldo Bernardo disse que o atual Governador está desrespeitando a vontade popular. Para ele, ao invés do Governador ficar incitando a discórdia entre os povos do interior e da Região Metropolitana, ele deveria ter o consenso de debater e aceitar que a divisão é a melhor solução para desenvolver o Pará. Veja a entrevista na íntegra:

Jornal O Impacto: Em relação aos vereadores que apoiaram a criação do Estado do Tapajós no plebiscito de 2011 e que em 2014 se aliaram ao governador Simão Jatene. Qual análise o senhor faz com relação a atitude estranha desses parlamentares?

Professor Edivaldo: O que observei é que a região continua se comportando de acordo com as suas conveniências. Não existe, na verdade, por parte da grande maioria dos políticos a luta por uma causa, que é a criação do Estado do Tapajós. Essa adesão deve ser a favor ou contra e, depende muito da conveniência de cada um. O exemplo disso é que grande parte dos prefeitos da região Oeste estão nessa batalha a favor do Novo Estado. Essa questão do ponto de vista político e do ponto de vista público é um pouco difícil de conseguir apoio. Precisamos de apoio das prefeituras e das câmaras municipais, em função de que sempre há alguma dificuldade para se conseguir esse tipo de apoio de algumas lideranças. Nessas eleições de agora, faltou muito esse tipo de apoio, porque muita gente passou a se juntar com o Governo do Estado, tudo porque estavam voltados para arrecadar votos no maior colégio eleitoral, que ainda é Belém.

Jornal O Impacto: Para conseguir votos em Belém, os políticos da região tiveram que não declarar apoio ao Estado do Tapajós?

Professor Edivaldo: Ninguém queria ir contra Belém, para perder parte dos votos. Todos os vereadores, deputados estaduais e federais fizeram as bases políticas deles e, seguiram as orientações de lá. Essa orientação cabe a essa questão da emancipação da nossa região. Acho que eles devem repensar isso tudo pra ver se querem continuar na luta pela emancipação. Se eles querem a emancipação devem parar com esse negócio de ficar mudando de posição política, para sonhar com algo que é possível e que poderá dar uma qualidade de desenvolvimento melhor para a nossa região.

Jornal O Impacto: Alguns políticos da região ficam em cima do muro e isso dificulta toda a luta de criação da nova Unidade Federativa?

Professor Edivaldo: Da forma como está, não dá para continuar! Eu particularmente estou me sentindo um ‘Dom Quixote’, onde tudo aparentemente vai bem, mas por trás dos bastidores as pessoas que dizem nos apoiar tomam posição contrária. Esse ponto é muito complicado. Acredito que devemos repensar essas questões do ponto de vista político, embora a população queira a mudança. Algumas pessoas deixam se levar por essas lideranças, enquanto que os políticos ficam fazendo suas alianças de acordo com suas necessidades. Foi notado um posicionamento entre algumas pessoas, em que sua personalidade, seu brilho, seu caráter, seu orgulho, isso ficou totalmente desprovido, em função de sua própria necessidade. A terceira coisa é que temos uma população muito pequena ainda em relação à Metrópole Belém. Por enquanto temos que repensar isso em relação a esses fatos, porque se todo mundo tivesse focado, como a população, políticos, vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, para essa causa, essa emancipação sairia mais rapidamente. Se depender somente da vontade do povo, que mostrou isso nas urnas e pela vontade de alguns, aí realmente fica um pouco difícil.

Jornal O Impacto: Essa declaração do governador Simão Jatene a um jornal de grande circulação no Brasil, de que o plebiscito foi uma ‘campanha desgraçada’ para o Pará. Isso mexe com o sentimento da população da região Oeste do Estado?

Professor Edivaldo: Acho que essa questão do Governador é a parte mais difícil da gente engolir. Na época do plebiscito, o Governador tentou se mostrar como o pai de todo mundo, porque era o Governador do Estado. Porém, ele se mostrou a favor dos filhos mais ricos e ficou contra os filhos mais pobres. Se ele era o pai de todo mundo, não poderia ter ficado a favor de uns e contra outros, deveria ter sido imparcial. A segunda coisa que feriu o orgulho de todo o povo do Tapajós, foi que durante a campanha do Jatene neste ano, fomos tachados de separatistas, como se fôssemos estrangeiros querendo invadir o território do inimigo. Fomos chamados de esquartejadores do Estado, como se fôssemos assassinos. Nos chamaram de ladrões do território do Estado, como se fôssemos bandidos. O que ele está desprezando é que falamos a mesma língua e somos irmão da Região Metropolitana e do Estado. Ainda temos as mesmas leis constitucionais e estamos sendo vítimas de todo esse preconceito e essa discriminação.

Jornal O Impacto: Mesmo sendo contra a criação do Estado do Tapajós, o governador Simão Jatene pleiteou votos aqui na região nas eleições de outubro deste ano?

Professor Edivaldo: Neste ano esse mesmo Governador queria o nosso voto, como se nada tivesse acontecido e, como se a população tivesse a memória curta e não sentisse orgulho de ser do Tapajós. O pior de tudo é que ele mente muito e continua mentindo, onde na reportagem do jornal de circulação nacional, ele falou que é apenas um grupinho de meia dúzia de políticos que querem a emancipação do Tapajós. Ele esquece que toda a população de Santarém votou mais de 98% a favor do Sim, no plebiscito de 2011. Ele esquece que houve uma consulta plebiscitária popular, onde a população mostrou que quer se emancipar. Ele sempre coloca que é apenas um grupo político e esquece da vontade do povo, como se o povo não tivesse valor nenhum e nem vontade.

Jornal O Impacto: Falta humildade para o Governador perceber que o melhor para o Pará é a emancipação da região Oeste?

Professor Edivaldo: Ele deveria ter a humildade de falar: ‘Olha, vamos debater sobre essa questão. Vamos discutir a emancipação’. Ele deveria chamar a população para um debate, para tentar contornar essa situação de que o Estado está dividido, para que as metas em cada região possam chegar melhor e a população ter um atendimento melhor. A própria eleição desse ano mostrou que ele governa para Região Metropolitana de Belém e esquece das outras regiões do Estado. A grande maioria dos municípios do interior do Estado votou contra ele, que governa somente pra Região Metropolitana, porque é onde está a maior concentração de eleitores e, que pode decidir uma eleição. As outras cidades do interior ficam com as migalhas que sobram da Região Metropolitana. Essa Democracia dele é complicada, porque ele governa pra uns e esquece de outros.

Jornal O Impacto: O resultado das urnas neste ano mostrou a total insatisfação da população da região Oeste do Pará?

Professor Edivaldo: Sim. Tanto é que em Santarém, por ser a cidade pólo, e o terceiro maior colégio eleitoral do Pará, a população votou expressivamente contrária ao governador Jatene. O povo mostrou essa insatisfação. Então, não podemos aceitar a forma de governar de Jatene, como a coisa mais natural do mundo. Até porque essa região vive no esquecimento e no descaso e sem crescimento econômico.

Fonte: Manoel Cardoso, no O Impacto, 06/11/14

DNPM vai indeferir mais de 5.000 requerimentos de lavra garimpeira em Itaituba

Porque nos processos faltam documentos obrigatórios


Marcos Antônio Cordeiros, representante do DNPM, falando na Cãmara de Itaituba

Marcos Antônio Cordeiros, representante do DNPM, de Itaituba, atendendo convite do vereador Peninha, esteve na manhã de 4ª feira, dia 5 de novembro, na Câmara de Vereadores de Itaituba, O geólogo falou que no período de 1990 até 2014, o DNPM já expediu 481 PLGs - Permissões de Lavra Garimpeira, somente no Vale do Tapajós. Isso significa que apenas 481 áreas de garimpagem estão estão regularizadas junto ao órgão para as atividades minerais.

Outro dado importante colocado pelo chefe do escritório do DNPM em Itaituba foi o número de requerimentos que o órgão vai indeferir em alguns dias. São em torno de 5.000 requerimentos. Os motivos são diversos, entre eles: o não cumprimento das exigências em lei para adquirir a PLG. Vai desde requerimentos em áreas como reservas, em áreas já requeridas, para pesquisa ou para extração de ouro, falta de documentos, etc.

Porém, o que mais retarda a expedição da PLG e a falta da Licença Ambiental, pois o DNPM só pode liberar a permissão após a apresentação da LO. Este documento é expedido pelo IBAMA, SEMA ESTADUAL OU SEMMA MUNICIPAL, dependendo onde se localiza a atividade. Entretanto, após o requerimento dar entrada no DNPM, o requerente tem que imediatamente, porque tem prazo, requerer a licença no órgão ambiental. De posse do pedido da LO o interessado deve encaminhar ao DNPM cópia do protocolo do órgão ambiental para poder provar que seu processo está vivo, ou seja, está cumprindo as exigências da lei.

O fato é que cerca de 5 mil requerimentos não cumpriram essas exigências e deverão ser indeferidos.

sábado, 8 de novembro de 2014

Dilma escala Lula, Mercadante, Berzoini e Temer para pacificar aliados

Na tentativa de distensionar as relações com o parlamento, Dilma alterou duas características: está mais disposta às conversas e deu autonomia para aliados dialogarem

Paulo de Tarso Lyra/Correio Braziliense, 08/11/2014
Dilma convive com uma base insatisfeita, que ameaça intensificar os problemas no parlamento em 2015

Reeleita para mais quatro anos, a presidente Dilma Rousseff herdará um Congresso Nacional com uma base aliada fragmentada, rancorosa pelo descaso do primeiro mandato, ansiosa por mudanças no tratamento e voraz por mais cargos. Tudo isso embalado em um período de recessão econômica, que impedirá pacotes de bondade para o eleitorado. Na tentativa de distensionar as relações com o parlamento, Dilma alterou — pelo menos até o surgimento da primeira crise concreta no relacionamento — duas características que a marcaram no quadriênio 2011-2014: está mais disposta às conversas e deu autonomia para aliados dialogarem com os partidos que integram a coalizão governista.

Quatro nomes foram escalados para a missão: o vice-presidente Michel Temer, designado pela presidente para domar o PMDB e, sobretudo, acalmar o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ); o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável por contornar as insatisfações do PT; o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que vai auxiliar Dilma no desenho do mapa ministerial e dos segundos e terceiros escalões do governo; e Ricardo Berzoini, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, incumbido de monitorar as rebeliões no Congresso.

O trabalho não será fácil. Durante o jantar de quinta-feira no Palácio da Alvorada com a bancada de deputados do PT e governadores eleitos pela legenda, Dilma disse que uma de suas prioridades será azeitar a relação com a Câmara. Precisará fazer uma reforma ministerial para iniciar o segundo mandato, o que, inevitavelmente, vai causar ciúmes. Mesmo com 39 ministérios, a luta por cada naco de poder é intensa, deixando a impressão de não haver espaço para todos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

JUSTIÇA AFASTA SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE

Por meio de medida liminar, a Justiça de Itaituba afastou na tarde de hoje, o secretário de meio ambiente, Valfredo Marques Jr.

Por enquanto não há informações mais completas, pois nem a Prefeitura, nem o secretário foram ainda citados sobre a decisão. Entretanto, o que se sabe é que o motivo é uma ação popular de autoria de José Lemos de Oliveira, mais conhecido como Tatá, dono do FRIVATA, contra o secretário por causa do imbróglio dos frigoríficos.

Falei com o secretário há poucos minutos, quando ele me informou que acabara de sair de uma audiência com a MP tratando da conciliação entre as partes para tentar resolver o impasse do funcionamento dos frigoríficos.

Tão logo seja citada, a Prefeitura de Itaituba, através da Procuradoria Geral do Município entrara com agravo no Tribunal de Justiça do Estado para derrubar a medida cautelar que afastou o secretário de meio ambiente.

Fonte: Blo do Jota Parente, 04/11/14

Tucano critica pedido de impeachment de Dilma e é hostilizado

Ex-deputado e coordenador digital da campanha de Aécio, Xico Graziano diz que quem apoia a derrubada da petista após sua reeleição e a volta dos militares ao poder deveria deixar o PSDB

Xico Graziano: "Militantes da direita exigem que nós, os sociais democratas, encampemos sua ideologia, o que seria um absurdo"

Ex-coordenador digital da campanha presidencial de Aécio Neves, o ex-deputado Xico Graziano classificou como “absurdas” e “antidemocráticas” as manifestações do último sábado que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a volta dos militares ao poder. Após fazer a crítica em seu perfil no Facebook, Graziano foi hostilizado por internautas que o chamaram de “petralha”, “petista infiltrado”, “comunista” e “esquerdopata”. Em resposta, o tucano escreveu um texto em que diz que é “absurdo” militantes da direita exigirem do Partido da Social Democracia Brasileira que encampem sua ideologia.

“Quem concordar com as teses dessa turma aguerrida que vê o comunismo chegando, é contra os benefícios sociais, sonha com a ordem militar, por favor, deixem o PSDB. Vocês é que estão no lugar errado, não eu!”, desabafou Graziano, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no governo tucano.

Para Xico Graziano, a direita brasileira mostra sua força na internet, mas não encontra representação em nenhum partido político. “Ora, nós, do PSDB, nascemos inspirados na socialdemocracia europeia, com viés da esquerda. Nossa origem reside no MDB autêntico, que foi decisivo na derrubada da ditadura militar. Nós fomos decisivos na Constituinte de 1988. Fomos nós, com FHC à frente, que criamos as bases socioeconômicas do Brasil atual, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas”, escreveu o ex-deputado.

Em São Paulo, cerca de 2,5 mil pessoas participaram da manifestação criticada por Xico Graziano na Avenida Paulista. A polêmica com o tucano começou no domingo quando ele publicou o seguinte comentário no Facebook: “Só para esclarecer: achei absurda tal manifestação. Antidemocrática, não republicana. Ainda por cima, pedindo a volta dos militares, meu Deus, tô fora disso. Esconjuro”.

Leia abaixo o texto na íntegra:

“Mexi num vespeiro da política ao postar aqui, ontem, opinião contrária ao impeachment da Dilma. Julguei a causa antidemocrática, não republicana. Não gostei daqueles discursos irados, revanchistas e reacionários. Tomei um troco bravo. Recebi centenas de comentários, críticos a maioria, de baixo nível muitos deles. Vou aprofundar a polêmica. Sigam meu raciocínio.

Existe no Brasil uma ideologia própria da direita que se encontra desamparada do sistema representativo, quer dizer, sem partido político. Sua força se mostra na rede da internet. Essa corrente luta para destruir o PT, acusando-o de querer implantar o comunismo por aqui. Defendem as liberdades individuais, combatem tenazmente a corrupção organizada no poder, desprezam totalmente as lutas sociais, mostrando-se intolerante com o direito das minorias. O deputado Bolsonaro e o ensaísta Olavo de Carvalho são seus expoentes.

Tudo bem. Acontece que, no período das eleições presidenciais, essa tendência se articula no seio do PSDB, trazendo para nosso partido suas causas. É normal existirem as alianças eleitorais, e para tal existe o segundo turno. O problema surge quando os militantes da direita exigem que nós, os sociais democratas, encampemos sua ideologia, o que seria um absurdo.

A intolerância mostrada em minha página do facebook reflete essa incompreensão. Criticam minha coerência, decepcionam-se com os meus valores imaginando que eu deveria assumir os deles. Pior, alguns tolamente me acusam de ser “petista infiltrado”. Dá até um pouco de dó.

Ora, nós, do PSDB, nascemos inspirados na socialdemocracia europeia, com viés da esquerda. Nossa origem reside no MDB autêntico, que foi decisivo na derrubada da ditadura militar. Nós fomos decisivos na Constituinte de 1988. Fomos nós, com FHC à frente, que criamos as bases socioeconômicas do Brasil atual, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas.

Na complexidade do mundo contemporâneo anda difícil rotular os partidos, e as pessoas, como de “direita” ou de “esquerda”, categorias válidas no século passado, mas ultrapassadas hoje em dia. De qualquer forma, quem concordar com as teses dessa turma aguerrida que vê o comunismo chegando, é contra os benefícios sociais, sonha com a ordem militar, por favor, deixem o PSDB. Vocês é que estão no lugar errado, não eu!”

Lobão coloca PSDB numa cilada histórica

Colunista Renato Rovai avalia que o partido fundado por pessoas como Mário Covas “está se deixando sequestrar pelo mais tacanho conservadorismo e parece não se incomodar mais em ser associado a movimentos que clamam por intervenção militar”; segundo ele, ou o PSDB isola o movimento “Banana’s Party”, liderado por nomes como o de Lobão, ou “não há mais como não entender o partido como o centro das articulações de um movimento golpista”

247 – O colunista Renato Rovai vê em movimentos liderados por nomes como de Lobão, Roger, Danilo Gentile, Reinaldo Azevedo, Luciano Hulck, Ronaldo Fenômeno, que clamam por intervenção militar”, como uma grande ameaça para o PSDB. ‘Ou isola a ação, ou vai se entregar como centro das articulações de um movimento golpista’. Leia: 

Lobão e o seu Banana’s Party colocam PSDB numa cilada histórica

Costuma-se dizer que o Brasil não é um país para amadores. Mas o fato é que eles abundam em terras tupiniquins. E mesmo no universo da política, onde o mais bobo consegue consertar relógio suíço num quarto escuro e com luva de box, cada dia surgem novos nomes invocando-se líderes de um pedaço da população e falando em nome dela. Os recrutas de turno atendem pelas alcunhas Lobão, Roger, Danilo Gentile, Reinaldo Azevedo, Luciano Hulck, Ronaldo Fenômeno e figuras que conseguem ser ainda mais caricatas como um tal de Olavo de Carvalho, que se apresenta como filósofo, e Rodrigo Constatino, que nem se apresenta porque não sabe terminar uma frase.

Eles se tornaram os ídolos dos verdadeiramente desinformados. Aqueles que leem Veja, gostam de piadas racistas e fascistas e que reproduzem chorume pelas plataformas de rede sociais.

Os novos heróis do Brasil que clama por intervenção militar nada mais são do que a tentativa de reproduzir um movimento que levou (pasmem!) o Partido Republicano a perder não só eleições, mas o eixo. Nos EUA, esse movimento ultra-direitista conhecido como Tea Party tem como centro de seu discurso a redução dos impostos, mas para dar molho à sua tese também defende o criacionismo, porque Deus é o pai de todos, e a guerra, porque ela geraria empregos. Para a turba que de vez em quando sai às ruas americanas para protestar, Obama é o principal alvo por ser um comunista radical. Isso mesmo, você não leu errado. Não é a toa que eles acham o PT um partido de extrema esquerda.

Como nos EUA o nome do movimento é denominado de Tea Party e nossa terra não é exatamente caracterizada pela ingestão de chá, vou batizar o movimento liderado de Lobão de Banana’s Party (pode usar a vontade Lobão, não vou cobrar direitos autorais pela ideia). Banana’s Party tem muito mais a ver com o estilo dos manifestantes daqui. São uns covardes que não aceitam o resultado das urnas e querem uma intervenção militar.

Nos EUA esse movimento de direita emburrecida é centrado na luta contra os impostos. Mas aqui no Brasil como provavelmente boa parte da tropa é sonegadora, o que os une é o grito contra a corrupção e o PT. Para eles, o PT e sua estrela vermelha criaram a luta de classes. Sem o PT, garantem, os pobres não iriam querer deixar de ser pobres e os negros iriam continuar no seu cantinho.

Não há nada que incomode mais essa gente do que as palavras cotas e Bolsa Família. Se quiser fazê-los cair no chão e estribuchar use-as como se fosse alho contra vampiros. Elas são infalíveis.

O valor do Bolsa Família eles gastam numa taça de champanhe, mas consideram que ao garantir essa renda mínima para os mais pobres o governo petista transformou o Brasil num país de vagabundos.

É o Bolsa Família que os impede de continuar pagando os 200 reais de salário mínimo da época do FHC para suas empregadas domésticas e por isso eles não perdoam nem o Lula e nem a Dilma.

Quanto as cotas, aí o buraco é ainda mais embaixo. Elas são até mais assustadoras para a turma do Banana’s Party porque estão misturando seus filhos com os filhos dos pedreiros. Onde já se viu um garoto negro estudar na mesma faculdade da minha filha que foi criada como uma Barbie? E pior ainda, imagina minha filhinha que estudou em escola americana não entrar numa faculdade na qual o filho do pedreiro que estudou num colégio público entrou. Aí já é vandalismo. E por isso eles vão para a rua gritar contra o PT. E por isso eles apoiram fervorosamente a candidatura de Aécio Neves.

Mas como Aécio Neves perdeu, eles decidiram que cansaram de brincar com esse negócio chamado democracia. E que eleição é coisa de pobre e não tem a menor graça. A turma do Banana’s Party quer intervenção militar. Querem um governo que prenda e arrebente quem defender direitos humanos, direitos sociais, direitos de gênero etc. O pessoal do Banana’s quer no mínimo Lula e Dilma na cadeia. Mas preferem vê-los sendo eliminados por um batalhão de fuzileiros em praça pública.

O Tea Party americano quando sai às ruas é um pouco mais engraçado do que o Banana’s Party. A galera sai fantasiada. No Brasil, os Bananas apenas carregam cartazes com suas palavras de ordem facistas.

Mas você pode estar se perguntando. Você está assustado com o Banana´s Party, Rovai? Você acha que eles podem conseguir o impeachment de Dilma? Você acha que eles podem fazer os milicos de pijama (ou bananas?) saírem dos seus clubes militares e marcharem em direção ao Congresso?

Claro que não. Até porque o nome do movimento que alcunhei para que eles não fiquem por aí perambulando sem nome já denuncia o que essa turma é. E mais do que isso, qualquer coisa que for liderada por pessoas do nível do Lobão tende a ser no máximo uma piada.

A questão é outra. Creiam, estou preocupado com o PSDB. O partido fundado por pessoas como Mário Covas está se deixando sequestrar pelo mais tacanho conservadorismo e parece não se incomodar mais em ser associado a movimentos que clamam por intervenção militar. Isso é o mais assustador dessa história. Com todas as suas idiossincracias, sempre considerei os tucanos como um partido de liberais democratas. Agora, até isso já é algo a se duvidar.

Ou o partido reage e isola o Banana´s Party, deixando que as ovelhas do Lobão se organizem em torno de um Feliciano ou Bolsonaro ou o PSDB vai ser sequestrado por recrutas que juntam 500 pessoas na frente do Masp, mas que vão levá-lo a um fim desastroso.
O povo, amigos, é muito mais inteligente do que parece. E, entre outras coisas, o que ele rejeitou nas urnas em 26 de outubro foi o ódio. O ódio que escapa por todos os poros da turma do Banana´s Party. O ódio que move Bolsonaros e Felicianos. O ódio que pode fazer bem a extrema direita como projeto político, mas que não era a pedra de toque do PSDB.

Só há uma forma de o PSDB continuar a existir. É dizer claramente à sociedade que rejeita o Banana´s Party. E que condena veementemente suas posições. Ou é isso ou não há mais como não entender o partido como o centro das articulações de um movimento golpista.

Fonte: Brasil247, 05/11/14

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A pergunta que não quer calar

O vice-presidente da República é Michel Temer, do PMDB e a mídia noticia diariamente que Eduardo Cunha, do PMDB, contrariando um acordo do seu partido com o PT, se articula no sentido de se eleger Presidente da Câmara Federal e opor-se a presidente Dilma. O que está acontecendo: o PMDB é contra o PMDB ou a Imprensa está ficando inventando coisas?

MPF quer que governo pague diretamente cubanos

, 0311/14

O Ministério Público Federal em Brasília cobrou na Justiça que o governo Dilma Rousseff pague diretamente os médicos cubanos que atuam no programa "Mais Médicos". Ponto de destaque na campanha de reeleição da petista, o programa prevê o pagamento de R$ 10 mil a cada profissional que tenha aderido ao Mais Médicos. Entretanto, os cubanos recebem mensalmente US$ 1 mil, por meio do convênio entre a União e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

O MPF contestou, em dois pareceres encaminhados à Justiça Federal do Distrito Federal, os termos do acordo entre a União e a OPAS para viabilizar a vinda desses profissionais ao País. Os questionamentos judiciais foram apresentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e um advogado, que moveram ações para tentar decretar a nulidade do convênio. A procuradora Luciana Loureiro Oliveira, autora dos pareceres, afirmou que o acordo com a OPAS não permite saber como foram empregados os recursos repassados pelo governo federal à entidade. Isto é, "não se pode saber, precisamente, quanto efetivamente cada médico vem recebendo pela sua participação no projeto Mais Médicos".

"Note-se que a indagação não é de somenos importância, como quer fazer crer a União, porque, em sua defesa, está dito que os valores repassados à OPAS (R$ 510.957.307,00) - quinhentos e dez milhões, novecentos e cinquenta e sete mil, trezentos e sete reais) apenas em 2013, o foram à razão de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por médico intercambista", destacou Luciana, nas duas manifestações.

A procuradora afirmou que, embora reconheça a importância da motivação e da finalidade do Mais Médicos para o Brasil e das "inegáveis contribuições" que os médicos de Cuba podem trazer para o Sistema Único de Saúde (SUS), a forma como foi realizado o convênio com a OPAS "se mostra francamente ilegal e arrisca o erário a prejuízos até então incalculáveis, exatamente por não se conhecer o destino efetivo dos recursos públicos brasileiros empregados no citado acordo".

"É dizer, em breves linhas, que o convênio com a OPAS se ressente de graves vícios, eis que viola, a um só tempo, os princípios constitucionais da legalidade, da publicidade/transparência e da motivação dos atos administrativos", disse. Nos pareceres referentes às duas ações, apresentados nos dias 14 e 15 de outubro, antes do segundo turno das eleições, mas só divulgados hoje à tarde pela assessoria de imprensa do órgão, o MPF cobra que a Justiça Federal reveja decisões anteriores que rejeitaram pedidos de concessão de liminar para suspender os acordos.

domingo, 2 de novembro de 2014

Rapidinhas

Ombudsman questiona denúncia frágil de Veja


Segundo a jornalista Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de S. Paulo, denúncia está ancorada em fontes anônimas, que não apresentaram provas do suposto depoimento de Alberto Youssef.

Cotado para a Fazenda, Meireles dá a sua receita 


O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, diz que o Brasil tem um caminho para crescer com inclusão social; "No período que conheço melhor por ter participado diretamente, foram adotadas políticas de austeridade monetária e fiscal e reformas para o desenvolvimento dos mercados que geraram queda da dívida em relação ao PIB e estabilização da inflação na meta com crescimento econômico e criação de empregos", afirma; presidente Dilma já vê seu nome com menos resistência.

PODER: Reforma: fim de coligações deixaria Câmara com sete partidos


Um dos temas da Reforma Política defendidos pela presidente Dilma Rousseff, o fim das coligações nas eleições provocaria uma reviravolta nas composições dos partidos atualmente com assento na Câmara dos Deputados; aplicado à situação atual o fim da coligação para eleição de deputados, cinco partidos seriam automaticamente excluídos da casa; redução no número de partidos já vem sendo discutidas por dirigentes de várias siglas; enfraquecidos após a última eleição, PSB, PPS, Solidariedade e DEM já começaram a discutir fusões; PSB elegeu 34 deputados, o Solidariedade, 15, o PPS, 10, e o DEM, 22

Eliane surta e vê Dilma no 'mato sem cachorro'


Embora a economia demande ajustes bem mais suaves do que supõem os catastrofistas, a jornalista Eliane Cantanhêde diz que a presidente Dilma Rousseff pode ser forçada pelas circunstâncias a provocar um arrocho sem precedentes, no que seria um "estelionato eleitoral"; análise econômica, pelo jeito, não é o forte da colunista.

Goldman: Não sustentamos que houve fraude na urna


O tucano Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, sinaliza que foi um erro questionar no Tribunal Superior Eleitoral o sistema das urnas eletrônicas; para ele, o PSDB deve aceitar o resultado, mas continuar representando a parcela do eleitorado que não votou no PT.

"Líder" do impeachment, Lobão vive seu triste fim

Primeiro, ele prometeu ir embora do Brasil caso a presidente Dilma Rousseff fosse reeleita; com o resultado das urnas, ele mudou de ideia e disse que ficaria no país em nome de uma "verdadeira oposição" que estaria nascendo; neste sábado, Lobão discursou numa manifestação em São Paulo pedindo o impeachment da presidente reeleita; cerca de 2 mil pessoas participaram do ato; pelo Twitter, Lobão disse que "nada poderá deter" o tal movimento; longe dos palcos, Lobão vive sua decadência sem elegância!

O que o PMDB quer é proteção 

Por isso, para LEONARDO ATTUCH, a rebelião da base aliada tem como pano de fundo a Lava Jato e suas consequências.

Encomenda pra Sheherazade 

Para Lelê Teles, nada como um dia atrás do outro. A polícia do Rio acaba de mandar para o xilindró um grupo de jovens de classe média. Homens de bens. Entre eles, o que dirá Silvio Santos?, estão os amiguinhos de Sheherazade, os tais justiceiros.

Descer do palanque 

é a que afirma Sócrátes Santana sobre a atitude de aecistas. Apesar do esforço da jornalista Eliane Cantanhêde, a oposição não arreda o pé do palanque. De um lado da escada, o de cima, Aécio Neves põe em suspeição o TSE e pede recontagem dos votos. Do lado de baixo, Dilma encerra o pleito e proclama diálogo.

Unidade na diversidade

Renan Calheiros, diz que um dos dos maiores recados dados aos governantes nas ruas em 2013 e, agora nas eleições gerais de 2014, foi que a sociedade está atenta, madura e exigindo ser ouvida com mais assiduidade e mais respeito.

O bacanal das pesquisas

Ricardo Guedes, diretor do instituto, chegou a dizer que Aécio já estava eleito e que rasgaria seu diploma caso os dados fajutos do Sensus estivessem errados. Será que ele vai cumprir a promessa ou amarelar como o Lobão? 

Curso de leitura rápida para direitistas

Valter Pomar diz que O PT participa do Foro de São Paulo desde 1990 por estar convencido de que a integração latinoamericana e caribenha é extremamente importante para o Brasil e para o povo brasileiro.

Sonhei que há prova de que Veja cooptou o doleiro 

Para Eduardo Guimarães , A vitória de Aécio teria um efeito benfazejo na vida do doleiro. Com toda grande mídia do seu lado, Youssef se tornaria um herói como Roberto Jefferson, delator do mensalão. Afirmaria em juízo tudo que a Veja disse e o domínio do fato se encarregaria do resto. 

Vitória do PT, derrota da imprensa

marco regulatório e povo no poder. Mais do que o PSDB e seus coligados, mais do que certos setores do MP, da PGR, do STF e de outros tribunais superiores, a imprensa corporativa e historicamente golpista é a maior derrotada nesta eleição. 


A pergunta que não quer calar

Já que estamos num País democrático e o PSDB é democrático, por que o partido e boa parte de seus eleitores não aceitam o resultado das urnas e estão protestando em algumas cidades contra o resultado das urnas que reelegeu a petista Dilma Rousseff para a presidência?

PMDB prepara farsa contra reforma política

Correio do Brasil, 31/10/2014/Por Breno Altman - de São Paulo


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mal esperou o final de sua reunião com o chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para anunciar compromisso com a mais importante proposta presidencial.

“Reforma política é um consenso”, disse a jornalistas após encontro com o ministro. “E tem que ter realmente a participação popular.” Suspiros de alívio puderam ser ouvidos entre os que se esmeram por construir pontes no Congresso.

Mas a declaração do parlamentar não passa de uma farsa.

A Proposta de Emenda Constitucional 352/2013, enviada à Comissão de Constituição e Justiça no dia 28 de outubro, reafirma os piores aspectos do sistema político-eleitoral. Trata-se de documento que reforça o poder econômico, limita a participação popular e fragiliza os partidos políticos.

Apesar do PT ter se oposto frontalmente aos termos desta proposta, um parlamentar da legenda foi seu relator. O deputado paulista Cândido Vaccarezza, derrotado nas últimas eleições, é quem se prestou a esse papel.

A tal PEC traz sete medidas fundamentais:

– Introduz o voto facultativo, que deixa de ser obrigação constitucional. Analfabetos, maiores de setenta anos e jovens entre 16 e 18 anos nem sequer precisarão se alistar.

– Acaba com a reeleição para todos os cargos executivos, determinando que seus mandatários somente poderão se recandidatar no período subsequente.

– Unifica o calendário eleitoral, fixando que o povo brasileiro somente irá às urnas a cada quatro anos.

– Mantém o financiamento privado das campanhas, tanto individual quanto empresarial, normatizando que apenas partidos políticos poderão receber doações.

– Adota o formato de circunscrição distrital, reduzindo a base eleitoral para áreas menores, que escolherão de quatro a sete parlamentares para a Câmara dos Deputados. O sistema de voto uninominal é mantido.

– Estabelece cláusula de barreira, a ser válida de forma progressiva, pela qual apenas agremiações com um mínimo de 5% dos votos válidos poderão ter funcionamento parlamentar, acesso ao fundo partidário e direito a horários gratuitos no rádio e na televisão.

– Mantém as coligações proporcionais e a possibilidade de descasamento das alianças nas diversas jurisdições eleitorais, além de reduzir o prazo de filiação partidária obrigatória para seis meses.

Vamos ao resumo da ópera.

O projeto costurado pelo PMDB preserva os pilares do modelo eleitoral herdado da ditadura.

Ao consolidar o financiamento empresarial, salvaguarda a influência do capital sobre a representação política. Além de contaminar o processo democrático, conserva uma das principais causas de corrupção no Estado brasileiro.

A continuidade do voto uninominal intensifica a desidratação das agremiações como expressão de projetos nacionais. Chancela-se a reconfiguração partidária em agências gelatinosas para a alavancagem de indivíduos ou grupos ávidos por espaço institucional.

A introdução do voto distrital, se supostamente barateia campanhas, por outro lado reduz ainda mais a densidade programática das disputas. Financiados por máquinas eleitorais irrigadas de recursos privados, candidatos poderão aprofundar laços clientelistas e almejar um posto legislativo federal pela lógica que orienta competições para vereador.

Aprovada a PEC 352, os partidos serão induzidos a reforçar seu caráter de legendas com pouca identidade, conformadas por interesses corporativos e fisiológicos. A clausula de barreira, nessas condições, serve apenas para impulsionar a monopolização dos partidos-empresa ou obstruir atividades de partidos ideológicos minoritários.

Ao contrário de inventar novos mecanismos para a participação popular – como a criação de referendos revogatórios ou consultas populares impositivas -, a PEC dobra o intervalo para a manifestação das urnas.

O comparecimento facultativo somente piora a situação: estimula a ampliação de ofertas materiais ou de ameaças para atrair votantes, expandindo em nosso território o pior das práticas eleitorais, além de reduzir a base de legitimação do poder público.

Não há como esconder, no núcleo fundamental da proposta, o desejo de despolitizar o país.

São medidas, entre outras, para alargar a influência de correntes centristas, a mais importante delas o PMDB. O ambiente de baixa intensidade programática, afinal, é imprescindível para a existência de blocos que perseguem nacos do eleitorado à sombra da polarização entre os campos conservador e de esquerda.

Esta apresenta-se como opção dominante, ainda que muitas lideranças peemedebistas e dos demais partidos que ocupam espaço ao centro rezem por outra cartilha, eventualmente alinhando-se às forças progressistas ou abrindo-se ao diálogo nessa direção.

O fato é que está emergindo, com ímpeto crescente, uma aliança entre os partidos da direita e o centro oligárquico, mudando o cenário parlamentar dos últimos anos.

A farsa encarnada pela PEC 352 é passo estratégico para esta coalizão antipopular.

Se for aprovada, irá a referendo. Vitoriosa, terá barrado o esforço pela democratização do Estado, principal batalha para que as demais reformas possam ser aceleradas e aprofundadas.

Breno Altman, é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi.

Com broche de Dilma, Sarney votou em Aécio

É muita cara de pau. mesmo com 84 anos de malandragem!

Amapá 247 - Imagens produzidas pela TV Amapá, retransmissora da Rede Globo no Estado, revelam que o senador José Sarney, mesmo usando broche da presidente Dilma Rousseff (PT), na hora de digitar o voto optou pelo candidato Aécio Neves (PSDB) no último domingo 26.

Sarney vota no Amapá desde que transferiu o domicílio eleitoral do Maranhão para o Estado, onde se elegeu senador logo após deixar a presidência da República. Recentemente, às vésperas do prazo para o registro de candidatura, o senador anunciou que estava desistindo de disputar novamente o pleito.

Provavelmente pesou na decisão de Sarney a forte oposição do PT do Amapá e a falta de apoio da direção nacional do partido da presidente Dilma. O senador esperava obter apoio da direção nacional para impedir que o PT local lançasse a atual vice-governadora Dora Nascimento (PT) como candidata ao Senado.

O peemedebista foi um dos mais fortes aliados dos petistas durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e manteve a aliança durante o governo Dilma indicando inclusive ministros, como Edison Lobão, das Minas e Energia. Mesmo usando broche da atual presidente, Sarney votou contra ela.

COMENTÁRIOS

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

Celia 1.11.2014 às 19:33 - Ufa! Parece que é sua última vez! VADE RETRO SARNADEPAU!

Bruno Kraemer 1.11.2014 às 18:40 - A matéria mostra claramente que esse Senhor tem no mínimo um desvio de caráter.

Alvimar N Santos 1.11.2014 às 15:40 - O sarnei é uma resenha, nunca fez nada pelo o nosso país, e na questão do voto dele sendo pra o Aécio isso não significa nada, por que na realidade ele já esta gagá, caducando, é isso que eu penso.

Renato 1.11.2014 às 12:27 - dois comentários: o primeiro é que é um absurdo filmarem o voto de alguém, o voto é secreto! o segundo vai diretamente para o PT: foi com esse e outros trates que o PT fez alianças para conseguir ganhar eleições.

Edna Freitas 31.10.2014 às 22:19 - Não resisti em deixar de responder a Wilfrido, digo sim que tem valor ético, moral, tem o valor da honestidade que se espera dos homens de bem, que respeitam a palavra emprenhada, tem o valor que que só os falsos desconhecem!!! Tem o valor que um político de 84 anos de idade não aprendeu e nem aprenderá.

Coelho 31.10.2014 às 13:57 - Cara de pau...
Fonte: Amapá 247

sábado, 1 de novembro de 2014

Fora Dilma’ é a banalização da retórica golpista

Josias de Souza, 01/11/2014

Seis dias depois da abertura das urnas do segundo turno, pipocaram manifestações em pelo menos três capitais. A maior delas, em São Paulo, reuniu cerca de 2.500 pessoas. Pediram o impeachment de Dilma Rousseff. Alguns chegaram a defender a volta dos militares. PT e PSDB ainda não se deram conta. Mas patrocinaram em 2014 um processo de deseducação política que fez alguns brasileiros recuarem à fase pré-1964.

Se a última campanha presidencial evidenciou alguma coisa foi que PT e PSDB consideram-se um ao outro desprovidos de senso moral. Discutiram mais a textura da lama de cada um do que planos para o país. A brigalhada entre os partidos ateou fogo às redes sociais. Atiçados por robôs e militantes remunerados, grupelhos anônimos destilaram na web uma histeria que saltou da tela do computador para se converter na principal marca da campanha.

A ameaça de perder o poder e suas benesses fez com que o PT levasse às fronteiras do paroxismo a tática do ‘nós contra eles’. Rendido à marquetagem de João Santana, o partido fez da política um mero ramo da publicidade. O verbo da eleição foi desconstruir. Conjugando-o, Dilma prevaleceu sem se precupar com a autoconstrução. Derrotado por um placar apertado, o PSDB levou ao tapetão do TSE um pedido de auditoria das urnas sem pé nem cabeça.

Eleita, Dilma vive a antecipação de 2015. Começa a colocar em prática a agenda econômica de Armínio Fraga, o ex-futuro-ministro da Fazenda de Aécio Neves. Para tentar deter uma inflação que a candidata dizia estar sob controle, o Banco Central elevou os juros. Para tapar o rombo nas contas públicas que o marketing disfarçava, a Fazenda prepara um ajuste fiscal de gelar os ossos.

Eliminou-se o último exemplo que pais e mães poderiam dar aos filhos. Que dizer na hora das refeições de agora em diante? Não minta, meu filho. Olha que você acaba morando no Palácio da Alvorada! E pensar que ainda nem vieram à luz os depoimentos dos delatores premiados da Petrobras.

Quanto ao PSDB, sempre foi um oposicionista capaz de tudo, menos de se opor. De repente, questiona na Justiça Eleitoral o resultado da eleição sem apresentar uma mísera prova de fraude. De uma legenda de oposição, espera-se que embarace o governo na base da fiscalização e cobrança, não na mão grande.

O que o PSDB insinuou com sua petição ao TSE foi o mero desejo de puxar o tapete da presidente. Mal comparando o tucanato faz agora o que o petismo fazia, por meio da CUT, em 2001. Naquele ano, a máquina sindical do PT desfilava a faixa ‘Fora FHC’ em manifestações pelo país.

O ‘Fora Dilma’ é a banalização dessa mesma retórica golpista. Pode interessar a muita gente, menos aos dois partidos que se servem da normalidade institucional para monopolizar as disputas presidenciais há duas décadas. Por sorte, a democracia brasileira é mais sólida do que o miolo mole de petistas e tucanos. Em tempos de Comissão da Verdade, o atalho dos quarteis caiu em desuso.

Ainda assim, o flerte com a ruptura institucional é um abuso desnecessário. Melhor aposentar essa retórica de fim do mundo que ganha as ruas. A moderna política brasileira já viveu um Apocalipse. Deu-se na época de Fernando Collor. Ficou demonstrado que a saída passa pelas vias institucionais, não pelo golpe. O asfalto é sagrado. Merece mais respeito.

A farsa do mesário que denunciou “urna fraudada”


Suposto mesário da cidade de Campina Grande divulgou foto de um Boletim de Urna “provando” que a urna de sua seção já estava com 400 votos a favor de Dilma antes da votação. 

Uma breve análise comprovou que a denúncia não passava de uma mentira

Um dos casos citados da fraude nas eleições amplamente repercutidas nas redes sociais foi o de um suposto mesário de Campina Grande chamado Ricardo Santiago, que publicou no Facebook uma foto de um Boletim de Urna “provando” que a urna de sua seção já estava com 400 votos a favor do PT antes do início da votação.

O boletim de urna é uma impressão feita em papel por cada urna eletrônica de votação. Antes do início da votação, ou seja, antes das 8 horas, o presidente da seção, na presença dos demais mesários, emite a chamada zerésima que mostra que não existe voto registrado. E, ao final da votação, é emitido um novo boletim com os votos computados.

O dito mesário publicou foto desta “zerésima” que já exibia a quantidade inicial de 400 votos totalizados para Dilma e “zero” para o candidato Aécio Neves. O seu post foi compartilhado milhares de vezes nas redes sociais juntamente com inúmeros comentários.

O site E-farsas.com, que existe desde 2002 e busca desmistificar histórias que circulam na internet, afirma que o post não passou de uma mentira. De acordo com o site, o boletim da urna fotografado por Ricardo Santiago apresenta o número 16589 e o código de identificação 725.847.686.947.768.967.103.448.

Transparência do TSE

“Já falamos aqui no E-farsas que as urnas eletrônicas não são 100% seguras, mas para conseguir fraudar uma urna seria preciso da ajuda de muita gente (que vigia todo o processo eleitoral). No caso dessa suposta denúncia, podemos afirmar com certeza de que se trata de farsa!”, diz a matéria publicada no site por Gilmar Lopes, dia 28 de outubro.

Com base nas informações da foto postada pelo dito mesário Ricardo Santiago, o E-farsas.com aponta que o “denunciante” não mostrou a seção e a zona eleitoral de onde o boletim supostamente teria sido impresso. Mas ainda assim, segundo o site, a numeração correspondente à votação do Aécio Neves possui somente um dígito. Os demais campos numéricos possuem quatro dígitos, o que já denuncia a manipulação.

Mas a prova irrefutável é o código de identificação de carga de número 725.847.686.947.766.967.103.448, mostrado no papel impresso. Por meio desse número é possível rastrear a origem da tal urna supostamente fraudada.

Como estabelece a lei, o Código de Identificação de Carga é criado no momento de configuração da Urna Eletrônica para uma determinada seção e não se repete. É um número público, ou seja, está disponível para acesso de qualquer cidadão, inclusive pela internet. Além disso, esse código único fica armazenado no banco de dados dos TREs, que só recebem os resultados das votações de urnas que apresentarem esse código. “Essa chave é tão específica para cada urna que se o mesmo equipamento fosse configurado algumas horas antes (ou depois), seu código já seria outro”, ressalta o site.

Com base nesse código, o E-farsas afirma que a urna do Campina Grande, na Paraíba, citada pelo suposto mesário é na verdade do Rio de Janeiro. O site, além de apontar a mentira, foi verificar a votação real da urna citada: 144 votos para Dilma e 172 votos para Aécio, totalizando 353 votos. Ao contrário do que dizia o post que mostrava 400 votos.

Fonte: Revista Forum, 01/11/14

Justiça condena político cassado, que insistiu em concorrer, a ressarcir despesas com nova eleição

Da Agência Brasil, 01/11/2014

A Justiça do Paraná confirmou, pela primeira vez, sentença que condenou um político cassado a ressarcir a União pelos custos com novas eleições. No caso concreto, Richard Golba, ex-prefeito de Cândido Abreu (PR), foi condenado a pagar R$ 46,7 mil pelas despesas com a organização do pleito. Com base no mesmo entendimento, a Advocacia-Geral da União (AGU) cobra na Justiça R$ 3,2 milhões de candidatos barrados que insistem em disputar eleições, mesmo depois de condenados por fraudes ou outras irregularidades.

Nas eleições municipais de 2008, Golba tentou a reeleição. Ele não conseguiu registro de candidatura, pois teve as contas rejeitadas no primeiro período em que governou a cidade, entre 1998 e 1999. Mesmo com o registro rejeitado, ele continuou a campanha e foi eleito. Em seguida, o Tribunal Superior Eleitoral manteve a candidatura dele barrada e determinou a realização de novas eleições.

De acordo com entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, a União não pode arcar com prejuízos causados pelo ex-prefeito, que concorreu por sua conta e risco.

Conforme o Artigo 186 do Código Civil, não pode a União arcar com um prejuízo que adveio de ato do réu. Baseado neste dispositivo, a decisão estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Ressalta que, "dessa forma, encontram-se preenchidos os três requisitos da responsabilidade civil: ato ilícito, nexo causal entre esse ato (continuar concorrendo ao pleito eleitoral com o registro indeferido) e dano que acarretou a necessidade de realização de eleições suplementares".

Para recuperar os custos de novas eleições, a AGU entrou com 84 ações de cobrança. Em quatro processos, houve pagamento do prejuízo com novas eleições. Seis acordos de pagamento foram fechados. A Justiça Eleitoral determina eleições suplementares quando o candidato vencedor obtém mais de 50% dos votos válidos.

Protestos contra Dilma e Alckmin abrem '3º turno' em São Paulo

Do UOL, em São Paulo, 01/11/2014


Recém reeleitos, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), serão alvo de dois protestos na tarde deste sábado, em São Paulo. Contra Dilma, um grupo pretende se reunir às 14h, no vão livre do Masp, para iniciar uma campanha pelo seu impeachment. Uma hora mais tarde, Alckmin será confrontado pela falta de água no Estado, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista.

"Ou a Dilma cai ou São Paulo para" é o chamado nas redes sociais para o protesto contra a presidente. Para os seus organizadores, "a República está comprada e entregue nas mãos de uma corja de ladrões e ditadores sem quaisquer escrúpulos" e a "democracia está fragilizada". No convite para o protesto do Largo da Batata, Alckmin é apontado como o vilão da falta de água em São Paulo. "O verdadeiro culpado por essa crise não é São Pedro e sim o governador Geraldo Alckmin (...) Agora, os tucanos não tem como escapar".

Pelo tom dos discursos e dependendo da adesão aos dois movimentos, que pretendem ser sistemáticos contra os reeleitos, a polarização política vista no período eleitoral deverá se estender em uma espécie de "3º turno" das eleições.

Eleitores lamentam derrota de Aécio Neves pelo Brasil

O convite lançado nas redes sociais para o protesto contra Dilma foi colocado na rede pelo advogado Paulo Batista (PRB), 34. Ele foi candidato a deputado federal e obteve pouco mais de 16 mil votos, insuficientes para se eleger. Ficou conhecido por se apresentar como um super-herói, em vídeos na internet, disparando "raios privatizadores" sobre "comunistas".

Batista é paulistano, advogado, e vive em Campinas, no interior do Estado. De carona na fama, pretende ser candidato a prefeito da capital paulista em 2016. Segundo ele, a mobilização nas redes sociais é apartidária e "um fenômeno descentralizado com amplo engajamento".

Para Batista, ir às ruas logo após as eleições é um direito da população, descontente com o primeiro mandato de Dilma Rousseff. "Existe prazo para se protestar contra um esquema de compra de parlamentares e financiamento de campanha como o petrolão? Tal como o mensalão, este escândalo configura um atentado à democracia, e, se comprovadas as relações entre a presidente e os envolvidos, existe base para exigirmos do Congresso o impeachment da mesma", diz ele.

Segundo ele, o protesto é também uma forma de pressionar os parlamentares para um trabalho efetivo nas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) "vindouras" e "garantir a liberdade de imprensa independente e honesta".

Thiago Aguiar, 25, do Movimento Juntos, um dos responsáveis pela convocação da manifestação "Alckmin, cadê a água?", afirma que a ideia é iniciar uma jornada de manifestações para defender um direito básico: o direito à água. "Queremos apontar a irresponsabilidade com que o governo do Estado vem conduzindo a crise", disse ele.

Aguiar diz que o movimento 'Juntos' não é adepto da tática Black Bloc e não a pratica. "Temos debatido com ativistas que devemos nos mobilizar de outras formas. Achamos que essa tática joga na contramão, fazem com que as manifestações fiquem com tamanho reduzido", disse ele.