quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dilma veta criação de municípios

O que causou surpresa, pois o projeto havia sido elaborado pelo próprio Planalto, após o primeiro veto à iniciativa dos Congressistas


A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto aprovado no início do mês pelo Congresso Nacional, para estabelecer novas regras para fusão, incorporação e criação de municípios. É a segunda vez que uma proposta com esse objetivo é rejeitada por Dilma. A decisão, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), impede que quase 50 pedidos de emancipação de bairros e distritos atualmente na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) voltem a tramitar. Desse total, segundo levantamento feito por O LIBERAL, 19 já atendiam a todas as exigências contidas no texto aprovado pelo Congresso no início desse mês.

No último dia 5, o Senado aprovou o texto encaminhado para sanção presidencial. Quando vetou o primeiro texto sobre o tema, em outubro de 2013, Dilma manifestou preocupação com as despesas decorrentes do aumento do número de municípios. As duas propostas foram apresentadas pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Por conta da ameaça de derrubada do veto, a base aliada ao Palácio do Planalto elaborou um novo projeto, negociado com o governo, e apresentou critérios mais rigorosos para emancipação dos municípios.

‘Em relação ao veto divulgado ontem, Dilma reconheceu o “esforço de construção de um texto mais criterioso”, mas afirmou que a proposta não afasta o problema da responsabilidade fiscal. “Depreende-se que haverá aumento de despesas com as novas estruturas municipais sem que haja a correspondente geração de novas receitas. Mantidos os atuais critérios de repartição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o desmembramento de um município causa desequilíbrio de recursos dentro do seu estado, acarretando dificuldades financeiras não gerenciáveis para os municípios já existentes”, justificou Dilma.

Para os parlamentares, a definição de regras para a criação de municípios resultaria em benefícios como a redução das desigualdades regionais, expansão da presença do poder público e geração de empregos. 

Caberá aos congressistas manter ou derrubar o veto. O Congresso tem uma pauta com mais de 30 vetos presidenciais pendentes de análise. A atitude pode gerar nova crise, porque o primeiro veto está no topo da lista das propostas a serem apreciadas pelo Congresso, depois do recesso branco.

O vice-presidente do PMDB e relator do projeto, senador Valdir Raupp (RO), ficou surpreso com a decisão do Palácio do Planalto. Segundo Raupp, houve um acordo político para aprovação da proposta, que era mais branda do que a original.

“Fiquei surpreso. É muito estranho, porque estava tudo previsto e acordado com o governo. Acredito que, depois das eleições, em novembro, as bancadas vão derrubar um dos vetos às propostas de criação dos municípios”, disse Raupp.

Fonte: OrmNews, 28/08/14

Marina Silva e a verborragia do vazio profundo

por Válber Almeida (*)

O debate do dia 27 de agosto entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes apenas reforçou as minhas impressões sobre Marina Silva: uma pessoa vazia, que não tem a menor noção do que está sendo proposto pela sua equipe de governo ao país e que não tem preparo algum para liderar um país tão complexo quanto o Brasil.

Fala um monte de verborragias para enganar incautos e para se auto-enganar.

Provocada por Luciana Genro sobre autonomia do Banco Central, tergiversou, falou, como de praxe, hectolitros de lugares-comuns e não encarou o que esta medida realmente significa: a entrega do controle da macroeconomia do país nas mãos dos banqueiros e especuladores.

Como a maioria destes banqueiros e especuladores é europeia e norte-americana, significa entregar para europeus e norte-americanos o controle da nossa economia.

Adeus soberania brasileira, é um retrocesso colonialista, isto é, a mudança que a Marina está propondo é a mudança para o retrocesso.

Para quem não sabe ou não se lembra, vale rememorar: foram estes especuladores e banqueiros que quebraram a Grécia, a Espanha, Portugal, os Estados Unidos e meteu a Europa em recessão.

A filosofia política de Marina Silva parece ser: “nada está tão ruim que não possa ficar ainda pior”.

Novamente perguntada sobre o Estado Laico e instigada por Luciana Genro, que a chamou de dogmática, propalou verborragias, frases prontas, vazias para um público que ela deve julgar esvaziado como ela.

Não encarou as consequências danosas da interferência religiosa nos processos políticos para o avanço dos direitos civis e para o próprio desenvolvimento científico, como é o caso da pressão religiosa contra as pesquisas com células embrionárias, baseada nos preconceitos da fé e nas interpretações de espertalhões e golpistas sobre as supostas vontades de Deus.

Chamou o “Mais Médicos” de um programa paliativo e foi repreendida por Dilma: cai na real, para quem está doente, em risco de morte, acesso à saúde nunca é paliativo, é urgente.

O coroamento de todas as asneiras foi chamar Chico Mendes de “elite”. Nossa! Doeu fundo essa, pelo que representa e pelo sacrifício pessoal que fez em favor de seus companheiros de pobreza, miséria e opressão, Chico Mendes não merecia ser igualado aos seus algozes.

Não é surpresa para mim, acostumada a trair seus companheiros para agradar as elites, a saga de golpes políticos de Marina já vem dos anos oitenta, quando resolveu se elitizar ao trair a proposta revolucionária do Chico Mendes e se aliar a um ambientalismo vazio e a um viés da sustentabilidade neoliberal***.

Não tenho mais dúvidas: Marina Silva é apenas um fantoche nas mãos de uma verdadeira elite que, esta sim, sabe muito bem o que quer e o que está fazendo.

Seu governo será uma tragédia, mas, em fim, é a democracia, só espero que o povo que vai lhe eleger esteja disposto a arcar com o sacrifício que lhe será imposto para bancar a farra dos especuladores com a capitulação do Banco Central e o inevitável fechamento das torneiras para os programas amplos de inclusão social.

Apesar ter saído dos confins do Brasil profundo, Marina aparenta viver um conto de fadas e não consegue se aprofundar em assunto nenhum: é superficial, rasa, despreparada e só.

Um Ciro Gomes a faria chorar ou ter um colapso nervoso num debate. Em tempo: Luciana Genro foi a única que expôs a verdadeira face dos nossos problemas: pagamento de juros abusivos e amortizações ilegítimas da dívida pública para banqueiros e especuladores.

É por isso que o Brasil não cresce e é por isso que a carga tributária não diminui. Por isso, qualquer promessa de redução da carga tributária é mentirosa e meramente eleitoreira se não houver uma renegociação da dívida pública.

Para quem quiser conhecer a metamorfose Marina Silva e sua saga de traições ideológicas e políticas: http://jornalggn.com.br/noticia/marina-e-sua-verdadeira-rede

* Santareno, é professor universitário. Reside em Belém (PA).

Fonte: Blog do Jeso, 28/08/14


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Professores se acorrentam na Prefeitura de São Luís, MA

Professores só vão desocupar sede do Executivo quando tiverem reivindicações atendidas

Professores municipais continuam acorrentados

Professores municipais continuam acorrentados na sede da Prefeitura de São Luís nesta segunda-feira (25). No domingo (24), o sindicato voltou a afirmar que só vai desocupar a sede do executivo municipal quando tiver as reivindicações atendidas. A informação foi publicada pelo jornal “O Estado do Maranhão”.

Aproximadamente 130 mil estudantes e 5.712 professores de 280 escolas formam a rede municipal de ensino da capital maranhense, segundo dados do sindicato. A categoria afirma que a greve completou 93 dias, já que foi iniciada no dia 22 de maio, e que a adesão é de 80%. Já a prefeitura diz que é preciso descontar os 25 dias referentes às férias escolares do período de greve e que a adesão é de 70%.

Segundo o jornal, o sindicato informou que não houve contato da prefeitura desde a última rodada de negociações, realizada no dia 20 de junho. Na ocasião, mediada pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) com a presença de representantes do Municipio e dos trabalhadores, o sindicato apresentou nova proposta após revisar a pauta de reivindicações. Na sexta-feira (22), a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que as propostas estavam em “fase de estudo”.

A categoria propôs redução do percentual de reajuste de 20% para 11,32% e aceita que as progressões horizontais; as progressões verticais e aposentadorias; e as titulações e gratificações de difícil acesso sejam pagas nos meses de setembro, outubro e novembro, respectivamente. Os professores também sugerem que o retroativo dos direitos estatutários esteja previsto somente na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015.

Ocupação

Desde o dia 13 de junho, um grupo de professores ocupa a recepção e os corredores de acesso aos gabinetes do Palácio de La Ravardière, sede do executivo municipal, no Centro Histórico de São Luís. Outro grupo está do lado de fora do prédio, em um acampamento montado em frente ao palácio. O expediente foi interrompido desde o início da ocupação. Os manifestantes afirmam que só deixarão a sede da prefeitura depois que as reinvindicações dos trabalhadores forem atendidas.

Os professores decidiram ocupar a sede depois que a 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís atendeu ao pedido de tutela antecipada do MP-MA e concedeu liminar determinando o reinício imediato das aulas na rede municipal de ensino.

Um dia depois, alguns professores decidiram se acorrentar nas dependências do palácio após a Justiça conceder liminar em favor da Prefeitura de São Luís, que ajuizou ação pedindo reintegração de posse. Um greve de fome foi realizada por 48 horas, entre 18 e 20 de junho.

Aos dois meses de paralisação, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) decretou a ilegalidade do movimento e determinou reinício imeadiato das atividades. A decisão, no entanto, não foi atendida pela categoria. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia negou recurso do SindEducação e manteve a decisão anterior do desembargador Antônio Guerreiro Júnior.

Fonte: G1

Marina é "a grande razão" para candidatura ao Senado, diz Pedro Simon

Senador assume vaga deixada por Beto Albuquerque, agora vice na chapa da ambientalista

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou nesta segunda-feira (25/8) que concorrerá ao quinto mandato no Senado Federal. No lançamento da candidatura, o gaúcho criticou as negociatas que regem a política brasileira, e revelou “a grande razão” de ter aceitado a candidatura: apoiar a campanha de Marina Silva à Presidência da República. Em um segundo plano, a ideia também é fazer campanha por José Sartori, candidato da coligação entre PMDB, PSB e outros seis partidos ao governo estadual.


Simon concorre na vaga originalmente destinada ao deputado federal Beto Albuquerque (PSB), agora candidato à Vice-Presidência da República na chapa encabeçada por Marina Silva. A ex-ministra do Meio Ambiente foi alçada à cabeça da chapa após o trágico acidente que vitimou o candidato peessebista ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, e mais seis pessoas do staff da campanha, em 13 de agosto.

O senador havia recebido recomendações médicas de não encarar mais uma campanha, cujo ritmo intenso pode colocar em risco a saúde do parlamentar, de 84 anos. Mas aceitou concorrer ante a pressão do PMDB do Rio Grande do Sul. "Eu poderia entrar na Justiça com o argumento que vocês me pressionaram psicologicamente", brincou Simon, para emendar: ”No fundo, aqui é o meu lugar. A caminhada vem de tão longe... termino aceitando com muita alegria essa responsabilidade”.

Guerreira

“Só tem uma maneira: Marina, a nossa candidata guerreira”, anunciou Simon, como a única alternativa para impor ética e moralidade à relação entre o Poder Executivo e o Legislativo. Em mais de um momento durante a coletiva, Simon falou da necessidade da pressão das ruas para que o poder público tome medidas necessárias, como teria ocorrido no julgamento dos envolvidos no escândalo do Mensalão e na aprovação da Lei da Ficha Limpa.

Na visão de Simon, a postura séria e íntegra de Marina, a "responsabilidade e credibilidade" da ex-senadora, aliadas à tentativa de “governar com o povo brasileiro e debater as ideias com os melhores, os mais competentes”, serão os ingredientes necessários para garantir a governabildiade de uma eventual gestão no Planalto. ”Só fazendo isso ela vai ter condições de se impor” ao Congresso, analisou. “O que o Papa Francisco pode fazer na Igreja, essa mulher pode fazer pelo Brasil”, anunciou, dizendo repetir discurso ouvido de um interlocutor próximo.

Fonte: Correio Braziliense, 26/08/2014

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Empresário denuncia perseguição da Prefeita de Itaituba

João Altevi disse que o frigorífico FRIARA foi fechado por perseguição política


João Altevi usou a tribuna e disse que está sendo perseguido por Eliene Nunes

Na manhã de quarta-feira, dia 20, o empresário João Altevi do Prado, proprietário do Frigorífico FRIARA, esteve na Câmara de Vereadores de Itaituba, quando usou a tribuna para falar sobre o fechamento de seu frigorífico e pedir apoio dos vereadores no sentido de reabri-lo.


João Altevi disse que o frigorífico FRIARA foi fechado por perseguição, e acusou que o Poder Executivo está por trás desta ação. Disse que a prefeita Eliene Nunes e o Secretario Municipal de Agricultura de Itaituba, Gregório Souza, estiveram em Belém, onde pessoalmente pediram a suspensão na ADEPARÁ das guias – GTA do Frigorífico Friara.


João Altevi, falando aos vereadores, acusou um esquema para prejudicá-lo. Disse que na SEMAGRA de Itaituba, existe uma veterinária, que é irmã do veterinário que presta serviço ao seu concorrente, no frigorífico FRIVATA, é quem arma toda esta perseguição. O mais grave, foi a denúncia que Altevi fez contra a administração municipal, acusando que hoje a Prefeitura está funcionando em um prédio de propriedade do proprietário do frigorífico FRIVATA, seu concorrente, que é o mais interessado no fechamento do Frigorífico Friara. Ali é o local onde a prefeita Eliene Nunes despacha.

Para o vereador Peninha, o relato feito pelo empresário João Altevi deixa claro que o fechamento de seu frigorífico foi questões políticas e mais ainda, compromisso de campanha que estão sendo resgatados. “Em vez de a Prefeita trazer investimento para Itaituba, está fechando e causando mais desemprego. Com o fechamento do Frigorífico Friara, serão demitidos 56 pais de famílias, que diretamente trabalham ali e foram preparados para aquele tipo de trabalho”, lembrou o vereador Peninha. O que mais revoltou alguns vereadores, foi a atitude do Secretario Municipal de Agricultura, Gregório Souza, não ter atendido um grupo de vereadores, que em companhia do empresário João Altevi, estiveram na Secretaria. Para os vereadores, foi uma falta de respeito com os edis. Já para a vereadora Célia Martins, vice líder do governo na Câmara, o secretário Gregório de Souza não atendeu porque não havia sido marcada a audiência em sua agenda.

A verdade é que o Frigorífico Friara está fechado por determinação judicial, em decorrência de solicitação da SEMAGRA e da própria prefeita Eliene Nunes. Com isso, apenas um frigorífico está abatendo gado e o preço vem aumentando, por não haver concorrente. Entretanto, estão sendo feito abates clandestinos, tanto na cidade, como no Distrito Municipal de Miritituba.

O vereador Iamax Prado, sobrinho do empresário e que é aliado da prefeita Eliene Nunes, fazendo parte de sua base de governo, ao usar a tribuna fez um grande “teatro”, falando até falou em “PORRADA”, mas quem estava presente não gostou do vocabulário usado pelo Vereador, que demonstrou despreparo ao falar sobre o assunto. O vereador Iamax Prado anda juntinho com a Prefeita, mas não tem moral de ser recebido pelo seu Secretario de Agricultura que deu as costas para o mesmo. Ele disse que prefere seu tio ao invés da Prefeita. Mas, será mesmo? Então, o Vereador já pode trocar, porque seu tio afirma e reafirma que seu frigorífico está fechado a mando da Prefeita. Será se o Vereador vai pular do barco? Ou vai continuar na base tendo alguns privilegiativos? Com informações e fotos de Luiz Sadeck e Junior Ribeiro.

Fonte: RG 15/O Impacto, 21/08/14

domingo, 24 de agosto de 2014

Ceni exalta Ganso após golaço em clássico: "É jogador de Real ou Barça"

Do UOL, 24/08/2014


Um dos principais nomes do São Paulo na vitória de 2 a 1 sobre o Santos, neste domingo, no estádio do Morumbi, foi o meio-campista Paulo Henrique Ganso. Além de ter uma boa atuação na armação de jogadas, fez um golaço que abriu o placar para o time casa. Até por isso, ele foi alvo de muitos elogios do capitão Rogério Ceni.

"Ganso é genial, cara. Se ele conseguir ser competitivo 90 min é jogador pra tar em Real e Barcelona. Talento que ele tem ninguém tira. Competitividade ele tem de mover dentro de si, gente tem de provocar um pouco também", afirmou o camisa 01.

Após a partida, Ganso evitou qualquer tipo de provocação por ter feito o primeiro gol em seu ex-time, apesar de ter comemorado muito o tento. "Gosto especial por ser no ex-clube, mais importante foi a vitória, diminuir diferença para o líder e ir buscar o título. Luis [Fabiano] tem qualidade incrível, é nosso artilheiro junto com Pato e Kardec."

Ganso celebra lindo gol marcado no clássico contra o Santos, no Morumbi     Ernesto Rodrigues/Folhapress

terça-feira, 19 de agosto de 2014

PSB prepara lista de cobranças para apresentar a Marina

Partido quer que a candidata mantenha os compromissos de campanha firmados pelo socialista. Pontos serão apresentados a nesta terça-feira

O PSB vive a expectativa de um dia de definições nos rumos da campanha presidencial. Após a missa de sétimo dia de Eduardo Campos, marcada para as 12h15 de amanhã (19), o partido se reunirá com Marina Silva, provável substituta do político morto na quarta-feira da semana passada em acidente aéreo em Santos (SP)

Integrantes da legenda vão entregar um documento com os compromissos que a ex-ministra do Meio Ambiente deverá assumir para continuar em campanha. A lista inclui acordos regionais firmados pelo partido.

Cotados para integrar a chapa, como vice de Marina, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) participará das discussões. A previsão é de que os nomes que vão compor a chapa sejam confirmados até a quarta-feira, quando ocorrerá reunião da Executiva Nacional do partido.

Fonte: Correio Braziliense, 19/08/14

Noni promete emagrecimento rápido, mas pode causar hepatite

Originária do sudeste asiático, os benefícios quase milagrosos por seu consumo estão espalhados pela internet. Saiba mais mais sobre os perigos de seu uso indiscriminado

Fernanda Nazaré

A aparência da noni é estranha, e seu mau cheiro rendeu apelidos como 'fruta queijo' ou 'fruta vômito'

Frutinhas e sementes com nomes estranhos, muitas vezes oriundas de países longínquos. Esta parece ser a receita de uma indústria que vende novidades naturais, com a promessa de emagrecimento ou combate ao envelhecimento, tudo em favor da vaidade. Goji berry, chia, chá verde, hibisco e linhaça já foram estrelas nas prateleiras dos mercados, mas, agora, a bola da vez se chama noni. Originária do sudeste da Ásia, essa fruta da família das rubiaceae – a mesma do café, por exemplo –, possui o nome científico Morinda citrifolia, e é consumida pelos nativos cozida ou crua com sal. Seu cheiro é bem forte e nem sempre agradável.

Receitas caseiras de sucos dessa fruta estão se espalhando pela internet. A noni está sendo associada à perda de peso, ao controle do mal de alzheimer, ao combate à depressão, e até para acabar com vermes intestinais e desinfecção de feridas. Pelos diversos relatos encontrados em sites e blogs, a fruta verde claro de aspecto exótico parece fazer "milagre". Para tirar a dúvida, consultamos uma especialista. Afinal, qual é o real benefício de se consumir a noni?

De acordo com a professora de medicina da UFMG e especialista em nutrição, Maria Isabel Toulson Correia, a única prova na literatura médica de efeito gerado pelo consumo dessa fruta é a hepatite aguda. "A noni tem dois componentes farmacológicos importantes, a escopoletina [ácido crisotrópico] e a rutina [vitamina P]. O problema é que, em 2005 e 2006, foram documentados relatos de jovens que adquiriram hepatite aguda, devido a seus hábitos alimentares, que incluíam o consumo do suco dessa fruta em grande quantidade e de forma regular", conta. Ainda segundo ela, os pacientes relataram ter tomado o suco com o propósito de emagrecer e de combater o envelhecimento.

A médica afirma que o único estudo feito com noni foi realizado em camundongos e apenas para avaliar seu efeito sobre a hipertensão arterial: "E essa pesquisa não foi conclusiva".

A especialista em nutrição é categórica em dizer que não há receitas milagrosas para emagrecimento. A velha máxima de reeducar os hábitos alimentares e praticar exercícios físicos ainda é a melhor forma de se ter o corpo saudável. "É uma receita simples. O problema é a falta da força de vontade das pessoas. Não existem milagres. O imediatismo para perder peso não funciona", alerta.

Fonte: Correio Braziliense, 19/08/14

Em programa eleitoral, Lula pede voto 'sem medo' em Dilma e fala de Campos

Foto: Divulgação

O principal cabo eleitoral no programa de estréia da presidente Dilma Rousseff no horário eleitoral gratuito, que começa nesta terça-feira (19), será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ele pedirá o voto “sem medo” em Dilma e afirma que o segundo mandato da petista será melhor que o primeiro. Lula acrescenta que ninguém se arrependeu de dar a ele mais quatro anos de governo e que o mesmo acontecerá com sua correligionária. 

Com 11 minutos e 24 segundos, Dilma terá o dobro do tempo de TV de Aécio Neves (PSDB). O programa com a participação de Lula será veiculado às 13h, e segundo Folha, não atacará o tucano. O material traz ainda um depoimento gravado em estúdio do ex-presidente sobre o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, morto na última quarta-feira (13) em um acidente de avião. 

De acordo com Folha, ele dirá que tinha uma relação de "pai e filho" com o ex-governador de Pernambuco e repetirá a frase que virou o bordão de Campos, ao dizer que ninguém deve "desistir do Brasil". 

O vídeo da campanha, que tem o lema "Mais mudança, Mais Futuro" e é capitaneada pelo marqueteiro João Santana, encerra com imagens de grandes obras da gestão petista e o jingle "Coração Valente", lançado durante a convenção da sigla, em junho.

Fonte:Bahia Notícias, 19/08/14

domingo, 17 de agosto de 2014

Corpo de Eduardo Campos é sepultado em cerimônia seguida por multidão

Multidão acompanha o caminhão dos Bombeiros que leva o corpo de Eduardo Campos até o cemitério Santo Amaro, em Recife (PE), neste domingo (17). Campos morreu na última quarta-feira, em um acidente de avião que matou ainda outras seis pessoas Folhapress 

O corpo do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos foi sepultado no começo da noite deste domingo (17) no Recife, após um velório que durou mais de 15 horas e foi seguido por uma multidão.

Após ser tocada a marcha fúnebre, a viúva Renata Campos e os filhos tocaram e beijaram o caixão, que foi colocado no túmulo sob aplausos e gritos de "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro".

Uma queima de fogos de artifício em homenagem ao ex-governador durou mais de 20 minutos. Campos foi enterrado ao lado do túmulo do avó e também ex-governador do Estado, Miguel Arraes. 

O governo do Estado não estimou o número de pessoas que acompanharam as homenagens a Eduardo Campos, mas policiais consultados pela reportagem falaram em 160 mil pessoas que participaram do velório e cortejo ao longo do dia. 
Filho de Eduardo Campos abraça o caixão durante o velório do pai neste domingo (17), no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual de Pernambuco, em Recife Paulo Whitaker/Reuters

Cortejo

O centro do Recife parou no fim da tarde para acompanhar o cortejo do corpo. Por volta das 16h30, após homenagem com artistas locais e visitação de milhares de pessoas, o caixão foi colocado no carro do Corpo de Bombeiros.

O clima por onde passou o caixão foi de comoção. Antes mesmo de deixar o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, onde o corpo do ex-governador foi velado, a ponte Princesa Isabel já estava completamente tomada por fãs de Eduardo, que queriam acompanhar o trajeto. Com a saída do cortejo, uma longa salva de fogos foi disparada, acompanhada de palmas do público.

Do rio Capibaribe, uma embarcação com cerca de cem pessoas carregava faixas pretas em sinal de luto. Outro pequeno barco ao lado, com cerca de 10 pessoas, também acompanhou a saída do cortejo.

O caminhão do Corpo de Bombeiros, assim como na chegada ao Recife, levou os três filhos mais velhos de Campos, Maria Eduarda, João e Pedro. Renata Campos e Marina Silva também estavam em cima do carro.

Na rua da Aurora, cerca de 150 ciclistas prestaram homenagem silenciosa, fazendo um corredor entre as duas calçadas. No prédio da Assembleia Legislativa do Estado, deputados acompanharam a passagem do corpo do ex-governador.

Nas sacadas dos prédios da avenida Mário Melo, moradores seguravam bandeiras e acenavam para a passagem do cortejo. 

Em cada esquina, o PSB colocou ao menos um carro de som tocando jingles antigos de Campos e o atual, citando também o nome da sua vice, Marina Silva. Em vários locais eram vistas bandeiras de Pernambuco.

Na chegada ao cemitério de Santo Amaro, policiais militares lançaram flores em direção ao caixão durante cerimônia de honras de Estado para Campos. Os gritos do público eram pela ex-ministra Marina Silva --que deve substituir Campos na disputa pela Presidência da República--, que entrou antes da chegada do caixão.

Velório

O velório do corpo de Eduardo Campos durou mais de 14 horas em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Também foram velados no local os corpos do assessor Carlos Percol e do fotógrafo Alexandre Severo.

Uma multidão ocupou durante a manhã e a tarde de hoje as ruas próximas ao palácio. Uma missa campal foi celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.

Na chegada, Lula e Dilma -que vieram juntos-- chegaram a ser vaiados, mas em seguida foram recebidos com aplausos.

Na madrugada de hoje, um carro do Corpo de Bombeiros com o caixão de Campos percorreu 22 km entre a Base Aérea do Recife e o local do velório, passando por vários bairros do Recife.

Fonte: Uol, 17/08/14

Helder tem 38%, Jatene, 37%, e Marco Antonio 3%, aponta Ibope

Margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Instituto entrevistou 812 eleitores entre 11 e 14 de agosto.


Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (16) aponta o candidado Helder Barbalho (PMDB), com 38% das intenções de voto na corrida eleitoral deste ano. Em seguida, aparece o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), com 37%. Os candidatos Marco Antônio (PCB) e Zé Carlos (PV) estão empatados com 3%.

Encomendada pela TV Liberal, esta é a primeira pesquisa realizada após o registro de candidaturas.

Confira abaixo os números do Ibope, segundo a pesquisa estimulada, em que os nomes de todos os candidatos são apresentados ao eleitor:
Veja os números do Ibope para a pesquisa estimulada:

Helder Barbalho (PMDB) - 38% 
Simão Jatene (PSDB) – 37%
Marco Antonio (PCB) – 3%
Zé Carlos (PV) – 3%
Elton Braga (PRTB) – 2%
Marco Carrera (PSOL) – 2%
Brancos e nulos – 6%
Não sabe – 9%

A pesquisa foi realizada nos dias 11 e 14 de agosto. Foram entrevistados 812 eleitores em 44 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.

A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará sob registro nº PA-00004/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo nº BR-00379/2014.

Pesquisa espontânea

Na parte da pesquisa em que os entrevistadores do Ibope perguntaram ao eleitor em quem votará (sem apresentar a ele a relação de candidatos), 24% mencionaram Jatene. Veja abaixo:

- Simão Jatene: 24%
- Helder Barbalho: 22%
- Menções a outros candidatos: 2%
- Brancos e nulos: 9%
- Não sabe 43%

Rejeição

O Ibope também apontou a rejeição dos candidatos. A maior rejeição é do peessedebista Simão Jatene, que tem 32%. Na sequencia aparecem Helder Barbalho (24%). Os demais candidatos apresentam índice de rejeição entre 12% e 16%. Eleitores que declararam possibilidade de votar em qualquer um dos candidatos somam 10% e 21% não responderam. Os entrevistados podiam citar mais de um candidato.

Avaliação do governador

Na mesma pesquisa, os eleitores também responderam sobre a avaliação ao governo Jatene. Segundo o Ibope, 26% disseram que ele é "ótimo ou bom". Outros 44% afirmaram que ele é regular. Os que dizem que ele é “ruim ou péssimo” somam 28%.

Fonte: G1

sábado, 16 de agosto de 2014

PSB sela acordo para lançar Marina Silva no lugar de Eduardo Campos

O PSB superou as divergências internas e selou acordo para lançar Marina Silva à Presidência da República no lugar de Eduardo Campos. Ela concordou com a inversão da chapa e deverá ser anunciada oficialmente na próxima quarta-feira (20).

O novo presidente do PSB, Roberto Amaral, era visto como último entrave ao acerto. Sob forte pressão de correligionários, ele se convenceu a apoiar Marina, que disputou o Planalto em 2010 pelo PV.

O PSB agora discutirá a indicação do novo vice na chapa presidencial. O deputado gaúcho Beto Albuquerque, hoje candidato ao Senado, é o mais cotado para a vaga.

Zanone Fraissat/Folhapress 
Roberto Amaral e Luiza Erundina, do PSB, no prédio onde Marina Silva está hospedada em São Paulo

“A candidatura de Marina contempla nosso projeto. Será uma solução de continuidade. O PSB indicará o novo vice”, disse Amaral à Folha.

Depois de uma reunião com Marina, o coordenador da Rede Sustentabilidade, Bazileu Margarido, confirmou à reportagem que ela aceita disputar a Presidência.

“Com o OK do PSB, ela está à disposição para ser a candidata”, disse.

Por respeito à memória de Campos, o anúncio oficial da nova chapa só deverá ser feito três dias depois do enterro, programado para o domingo (17), em reunião da executiva nacional do PSB.

A negociação se acelerou após Marina receber apoio público da família do ex-governador de Pernambuco. Segundo aliados, ela se sentiu revigorada ao conversar com a viúva Renata Campos, que a incentivou a concorrer.

Ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula e considerado próximo ao PT, Roberto Amaral visitou Marina na tarde desta sexta (15). Com seu aval, começou a consultar os governadores do PSB sobre a inversão da chapa.

Ele quer dar caráter coletivo à decisão e agora buscará entendimento sobre o vice até a reunião da executiva. “Vou fazer um trabalho de afunilamento. O ideal é chegar com dois nomes. Ou um”, disse.

Além de Albuquerque, que se aproximou de Marina desde que ela aderiu à candidatura de Campos, são vistos como alternativas o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), o ex-deputado Maurício Rands (PSB-PE) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff.

Marina sinalizou ao PSB que respeitará as duas principais exigências do partido: respeitar os acordos regionais fechados à sua revelia, em Estados como Rio e São Paulo, e incorporar o discurso desenvolvimentista.

A ex-senadora disse a pessoas próximas que pretende conduzir a campanha da mesma forma que Campos a conduziria, atuando como líder de uma coligação, e não apenas da Rede, o futuro partido que ela quer criar.

Embora tenha se recusado a falar publicamente sobre política, em respeito ao luto pelo ex-governador, repetiu a aliados que era preciso manter o projeto da chapa.

Ela disse que o PSB foi generoso ao abrigar a Rede em 2013, quando a Justiça Eleitoral negou registro ao partido, e agora é a hora de retribuir.

Colaboraram RANIER BRAGON e VALDO CRUZ, de Brasília, GUSTAVO URIBE, de São Paulo, NATUZA NERY e MARINA DIAS, enviadas especiais ao Recife

Fonte: Iberoamerica, 16/08/14

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Marina diz a aliados que ‘não é hora de discutir política’

Uol, 14/08/14

Joel Silva/ FolhapressA hora de Marina Abalada com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva atendeu ligações de amigos e parentes, mas se recolheu durante boa parte do dia para fazer orações e meditar. Antes do breve pronunciamento em Santos, avisou a aliados, a portas fechadas: “Não é hora de discutir política”. Mais tarde, disse o mesmo a integrantes da Rede Sustentabilidade que buscavam orientação sobre o futuro da chapa. “Nem as pessoas mais íntimas conseguiriam arrancar algo dela agora”, disse um deputado.

Choque Marina estava em seu apartamento em São Paulo quando soube do acidente. Após a confirmação da tragédia, chorou muito.

Tempo O governador Geraldo Alckmin disse à ex-senadora que a liberação dos corpos pelo IML pode levar até cinco dias. Só após o enterro ela deve falar do futuro.

Família À noite, após se despedir dos assessores, Marina ficou em casa na companhia da filha caçula, de uma irmã e de um sobrinho.

Roda Dirigentes do PSB terão hoje as primeiras conversas sobre o destino da candidatura. O ex-ministro Roberto Amaral viajou para São Paulo. Primeiro vice-presidente do partido, ele é o substituto imediato de Campos.

Tensão Amaral e Marina já tiveram fortes atritos. Em 2013, ele declarou que a Rede seria um partido “fundamentalista, religioso e preconceituoso”. Marineiros temem que ele agora defenda uma adesão a Dilma Rousseff (PT).

Silêncio O ex-ministro disse ontem que não tinha condições de pensar no futuro da chapa. “Estou com a cabeça em outro lugar.”

Desunião Um deputado próximo à vice espera novos conflitos. “Vai ter muita resistência, a começar pelo Amaral. O único consenso no PSB é a antipatia à Marina.”

Moderadora Marineiros torcem para que a viúva Renata Campos tenha voz ativa na definição do rumo do partido. As duas ficaram muito amigas nos últimos meses.

Futuro Boa parte do PSB já defende a manutenção de uma terceira via. “Temos consciência da nossa responsabilidade”, diz a senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

É ela A maioria dos integrantes da campanha de Dilma Rousseff acredita que Marina será candidata. O PT está cauteloso sobre a nova configuração do xadrez eleitoral.

Potencial Em princípio, a ex-senadora é considerada uma adversária mais forte do que Campos. No entanto, os petistas acreditam que ela se enfraquecerá caso não escolha um vice que controle a máquina do PSB.

Descolados Nesse cenário, governadores do PSB como Renato Casagrande (Espírito Santo) e Camilo Capiberibe (Amapá), que resistiram a se desvincular do PT, não entrariam com força na disputa.

Prorrogação A estimativa de dilmistas é que Marina agregue eleitores que hoje votam em branco ou nulo, o que impulsionaria a realização de um segundo turno.

Última impressão Antes de decolar no Rio, Campos estava entusiasmado com sua entrevista ao “Jornal Nacional”. “Ele estava vibrando no telefone”, diz Cláudio Valverde, secretário paulista de Turismo, que o aguardava na base aérea de Guarujá.

Na linha Fernando Henrique Cardoso estava em casa quando soube da tragédia em Santos. Quem o avisou por telefone foi José Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo.

Borracha O site Muda Mais, da campanha de Dilma, apagou texto que atacava a participação de Campos no “JN”. O Blog da Dilma, mantido por militantes petistas, não seguiu o exemplo.

Esperança Nascido em 1965, Campos repetia a aliados que seria o primeiro presidente da geração pós-64. Dilma e Aécio Neves (PSDB) nasceram antes do golpe.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

"Perdemos uma jovem liderança com um futuro promissor", diz Dilma

Presidente lamentou morte de Eduardo Campos e prestou condolências a todas as famílias das vítimas

Dilma: "Espero que o exemplo de Campos sirva para mantê-lo vivo na memória dos corações dos brasileiros e brasileiras".

A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do candidato Eduardo Campos (PSB), em um pronunciamento feito na tarde desta quarta-feira (13/8). Dilma afirmou que ao acidente foi uma enorme perda para o povo brasileiro e deu os pêsames para as famílias de todos as vítimas que estavam no avião.

"Hoje o Brasil está de luto, sentindo com uma morte que tirou a vida de um jovem político promissor. Esse fato entristeceu todos os brasileiros e brasileiras", afirmou a presidente.

No discurso, Dilma recordou os momentos em que esteve ao lado de Campos, quando era ministra de Minas e Energia, durante as campanhas políticas e durante todo o governo da presidente.

Campos e Dilma se encontraram pela última vez no funeral do escritor brasileiro Ariano Suassuna, em julho. No velório, a presidente fez questão de cumprimentar o ex-governador. "Mantivemos mais uma vez a reiterada relação afetuosa que construimos ao longo da vida", afirmou.

A presidente ressaltou a forma calorosa como sempre foi recebida pela família de Campos e mencionou a mãe, e a esposa do candidato. Ela também lembrou como foi influenciada pelo avô de Campos, Miguel Arraes, três vezes governador de Pernambuco: "Neto de Miguel Arraes, exemplo de democrata para a minha geração, Eduardo foi uma grande liderança política. Desde jovem, lutou o bom combate da política, como deputado federal, ministro e governador de Pernambuco, por duas vezes”.

A presidente não poupou elogios ao candidato e afirmou ter certeza de que ele conseguiria exercer os mais altos cargos do país. "Espero que o exemplo de Campos sirva para mantê-lo vivo na memória e nos corações dos brasileiros e brasileiras. Sem dúvida, há um momento de pesar, de tristeza, um momento que devemos acatar com o reconhecimento que nos seres humanos fomos afetados pela fragilidade da vida", disse Dilma.

A presidente também prestou condolências para as famílias dos assessores Pedro Valadares, assessor direto; Carlos Augusto Percol, assessor de imprensa; Marcelo Lira, cinegrafista; e Alexandre Severo, fotógrafo oficial, além dos pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha. Dilma também estendeu o pesar para todos aqueles que foram afetados no acidente de alguma forma. "Fomos afetados pela fragilidade da vida, mas também pela força e exemplo das pessoas", disse.

Dilma disse que vai ao enterro do candidato e que tentou falar com a mãe de Campos, Ana Arraes, mas não conseguiu contato. “Tentarei também ligar para a Renata (mulher de Campos) com quem tive uma relação pessoal e agradeço a forma calorosa com que ela me recebeu”, disse. 

Dilma contou também que ligou para o governador de Pernambuco, João Soares Lyra Neto, colocando à disposição “todas as condições materiais” do governo federal pedindo a ele que avise sobre a data do funeral, quando confirmada. 

Luto de três dias

Mais cedo, em nota, Dilma divulgou que decretou luto de três dias pela morte de Campos. As bandeiras do país já estão a meio mastro. Dilma também cancelou a agenda de campanha que teria nos próximos dias. Na nota divugada mais cedo, a presidente afirmou que o Brasil perdeu um “grande companheiro” e “grande brasileiro”. 

Dilma e Campos tiveram grande convivência durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência”, afirmou Dilma. A presidente disse ainda que Campos foi um “pai e marido exemplar”.  Com informações de Julia Chaib

Fonte: Correio Braziliense, 13/08/2014 

Com a morte de Campos, PSB tem 10 dias para escolher novo candidato



A coligação do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que morreu nesta quarta-feira (13) num acidente aéreo, terá 10 dias para escolher um novo candidato para a disputa presidencial.

De acordo com a legislação eleitoral, o PSB terá preferência na indicação do novo nome, mas ele poderá abrir mão e integrantes dos demais partidos da coligação (PHS, PRP, PPS, PPL, PSL) também podem assumir a candidatura.

O nome escolhido deverá ter o apoio da maioria da aliança.

Apesar de ter se registrado como candidata a vice-presidente, Marina Silva (PSB) pode assumir a campanha presidencial caso esta seja a vontade da coligação.

Para a substituição não é necessária a realização de uma nova convenção partidária. A escolha do novo nome pode ser feita em reunião com maioria absoluta das executivas dos partidos que compões a coligação.

Neste link, as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a morte de Eduardo Campos.

Fonte: Blog do Jeso, 13/08/14

Nota de Pesar e Solidariedade

Em respeito ao falecimento do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, em acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira, 13 de agosto, em Santos, me solidarizo ao PSB, família, amigos e apoiadores de Eduardo Campos e lamento profundamente a perda do ex-governador de Pernambuco.

Eduardo Campos morre após acidente aéreo em Santos

Jato que estava o presidenciável caiu em aérea residencial no litoral paulista

RIO - O presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE) morreu na manhã desta quarta-feira, após sofrer um acidente aéreo em Santos. O jato em que estava o político iria para um compromisso em evento na cidade de Santos chamado SantosExport. A aeronave em que viajava do Rio para Guarujá perdeu contato com controle aéreo. Segundo o candidato do PSB no DF, Rodrigo Rollemberg, a direção do partido o informou que os passageiros a bordo do avião que caiu eram: Eduardo Campos, sua esposa Renata, o filho Miguel, os assessores Pedro Valadares, Carlos Percol e um cinegrafista ainda não identificado.

O avião, um Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, deixou o aeroporto do Santos Dumont às 9h20m com destino a Santos.

Carlos Siqueira, primeiro secretário do PSB, disse que Campos estava a bordo do avião que caiu

O ex-deputado Walter Feldman, que está ao lado de Marina Silva em São Paulo, disse logo depois do acidente ter conversado com o deputado Márcio França, que recepcionaria Campos em Santos. França confirmou para o aliado que a aeronave que caiu tinha o prefixo da alugada pela campanha de Campos:

- Márcio França ligou e disse ter confirmado que o prefixo do avião é o mesmo de Campos. Mas temos que aguardar _ explicou o ex-deputado. Aliados de Marina Silva estão apreensivos porque a companhia aérea que fretou o avião não consegue contato com o piloto.

Em seu gabinete no Tribunal de Contas da União, a ministra Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, ao ser informada dos rumores sobre a queda do avião em Santos, caiu no choro. Mas assessores informam que não há informação que confirmem que o candidato do PSB estava na aeronave. O Corpo de Bombeiros confirmou a queda, que ocorreu na altura do número 136 Rua Alexandre Herculano, esquina com Rua Vahia de Abreu, nas imediações do Canal 3, a cerca de sete quadras da praia. Logo após a queda, a primeira informação era a de que se tratava de um helicóptero. Sete pessoas ficaram feridas e pelo menos três imóveis foram atingidos.

A sala de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que sete vítimas foram socorridas em hospitais da região, mas ainda não há informações se elas eram ocupantes da aeronave ou moradores dos imóveis atingidos. O Pronto-Socorro Municipal de Santos confirmou que há quatro feridos internados na unidade.

A queda ocorreu pouco depois das 10h. A poucos metros do local do acidente funcionam uma escola infantil e uma academia de ginástica. A região tem casas e comércios.

O Comando da Aeronáutica informou, por nota, que o avião, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu às 10h.

“A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”, diz nota da Aeronáutica.

O local onde ocorreu a queda é bastante movimentado. Testemunhas relatam que ouviram barulho de uma explosão. O quarteirão foi isolado pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e equipes de resgate. Com o estrondo na hora da queda, vidraças de lojas quebraram-se.

Fonte: JusBrasil, 13/08/14

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Celpa: Uma história de entrega e dilapidação do patrimônio e dinheiro públicos

É abusivo o reajuste da tarifa de energia elétrica, que penaliza sobremaneira o já massacrado povo paraense. São inúmeras e de longo prazo as mazelas sofridas pela maioria da população à mercê da insegurança pública, dos serviços de saúde insuficientes e precários, de uma educação de baixa qualidade, do caos no transporte, sem falar de habitação e saneamento básico. 

O extorsivo aumento é o cume de uma série iniciada há 16 anos com a privatização da Celpa, que chega a mais de 400% num histórico de inflação acumulada de 176%, conforme o Dieese. Em contra partida, desmentindo a tão propalada vantagem da transferência da estatal para a iniciativa privada, subiram vertiginosamente as tarifas, diminuíram os investimentos e as manutenções, os serviços ficaram precários e escassos, causando grandes prejuízos materiais, com o baixo nível de experiência e conhecimento, advindo das demissões e da terceirização.  

O que explica essa exorbitância de 34,34%, só no Pará, que é um dos maiores produtores de energia? Por que contraditoriamente é a energia mais cara do país, quando não vivemos uma crise no setor, atualmente, e sim um período de expansão? Muito além do indefensável incentivo fiscal ao “projeto alumínio”, o encarecimento das tarifas ultrapassa a lei de mercado, alegada por alguns, resvalando para a entrega e a malversação do dinheiro e do patrimônio públicos.

A CELPA, maior empresa do Estado, teve sua história de decadência anunciada, em julho de 1998, quando o governo de Almir Gabriel, com execução de Simão Jatene, então secretário de Planejamento, vendeu a mesma por 450 milhões de dólares para o grupo REDE, com base em alegações mentirosas. Antes da venda, a tarifa disparou; em seguida, a elevação do ICMS, em janeiro de 2001; outro reajuste em 2002, para cobrir o apagão de FHC. Inúmeros empréstimos milionários, em nome da Rede/Celpa, para investir em outros estados. Enfim, um faturamento crescente com aumentos de tarifas estratosféricas, à custa do suor e do sacrifício do povo paraense, desviado para outros fins e cobertura de rombos.

O governo FHC emprestou o dinheiro, o governo Almir vendeu, a Rede deu o calote e faliu. Esse é o resultado da irresponsabilidade tucana com o dinheiro público materializada no vergonhoso leilão, que passou a empresa, por um mísero Real, para o grupo Equatorial. Portanto, para salvar mais uma vez a CELPA privatizada, abusa-se do usuário, promovendo um reajuste cavalar, injusto e desrespeitoso, concedido indevidamente pela ANEEL, que privilegiou o capital e o lucro em detrimento do social.

Nesse sentido, condeno a elevação da tarifa, acuso o governo tucano de principal causador desses males que começaram com a privatização da CELPA, e exijo do governo Dilma uma posição que anule a autorização feita pela ANEEL. Ao mesmo tempo, solidariza-me com o povo paraense na sua luta pelo fim do reajuste abusivo em qualquer campo de batalha. No entanto, denuncia como: hipócrita, oportunista e eleitoreira a ida do governo de Jatene à Justiça, por razões óbvias, sobre o assunto.

PELO FIM DAS TARIFAS ABUSIVAS!

Eleição proporcional: candidato mais votado nem sempre é eleito deputado



Para ser eleito deputado federal ou estadual em 5 de outubro deste ano, além de obter votos para si, o candidato também depende dos votos que serão dados ao partido ou à coligação a que pertence. Ao contrário dos cargos majoritários, cujo eleito é o mais votado, no caso dos parlamentares, a vitória depende do cálculo do quociente eleitoral e partidário.


Devido a esses quocientes, quando um eleitor vota em um determinado candidato, mesmo se o escolhido não for eleito, aquele voto vai contar para eleger outro candidato daquele partido ou da coligação.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Henrique Neves explica: “o voto é contado primeiramente para o partido político. O voto nominal a um determinado candidato significa que eu estou votando naquele partido político e estou escolhendo o candidato não para ser o vencedor das eleições, mas para ser o primeiro colocado na lista de candidatos daquele partido. Então eu estou dizendo que quero que o partido tal me represente no Poder Legislativo e quero que dentre estes candidatos do partido, o que me represente seja o fulano”.

Quociente eleitoral

Para participar da distribuição das vagas na Câmara dos Deputados ou nas Assembleias Legislativas, o partido ou coligação precisa alcançar o quociente eleitoral - resultado da divisão do número de votos válidos no pleito (todos os votos contabilizados excluídos brancos e nulos), pelo total de lugares a preencher em cada Parlamento.

Quociente partidário

Feito o cálculo do quociente eleitoral, é realizado o cálculo do quociente partidário, que determinará a quantidade de vagas que cada partido ou coligação terá assegurada. Para se chegar ao quociente partidário, divide-se o número de votos que cada partido/coligação obteve pelo quociente eleitoral. Quanto mais votos as legendas conseguirem, maior será o número de cargos destinados a elas. Os cargos devem ser preenchidos pelos candidatos mais votados de partido ou coligação, até o número apontado pelo quociente partidário.

Com os quocientes eleitorais e partidários pode-se chegar a algumas situações. Um candidato A, mesmo sendo mais votado que um candidato B, poderá não ser eleito se o seu partido não alcançar o quociente eleitoral. O candidato B, por sua vez, pode chegar ao cargo mesmo com votação baixa ou inexpressiva, caso seu partido ou coligação atinja o quociente eleitoral.

Fonte: TSE