quarta-feira, 26 de abril de 2017

Golpe enterra a CLT

Michel Temer, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, consegue aprovar no Congresso sua reforma trabalhista, que privilegia o negociado sobre o legislado.

Isso significa que direitos antes consagrados na CLT poderão ser sacrificados, se houver acordo entre patrões e empregados.

O texto-base foi aprovado na noite desta quarta-feira 26 por 296 votos a 177.

A base de Temer ainda tentou uma manobra para que a votação não fosse nominal, e a população não pudesse saber quem apoiou o fim de direitos trabalhistas, mas a oposição conseguiu evitar.

Os deputados contra a reforma levaram cartazes com a imagem da CLT rasgada, além de caixões e cruzes, para denunciar a morte das leis trabalhistas.

Projeto que flexibiliza a legislação trabalhista é aprovado pelo Plenário da Câmara e segue para o Senado. Críticos da proposta veem nela o maior ataque aos direitos trabalhador brasileiro na história. Defensores afirmam que ela é importante para reduzir o desemprego

Antonio Cruz/Agência Brasil

Rodrigo Maia enfrentou protestos durante todo o dia em plenário.

Câmara aprova reforma trabalhista e altera quase cem pontos da CLT. Veja as principais mudanças.

Só oito partidos orientaram voto contra a reforma trabalhista: PT, PDT, Psol, PCdoB, Rede, PSB, SD e PMB. O PHS liberou a bancada. Os demais apoiaram a reforma.

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