quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O prefeito eleito de Itaituba, Valmir Climaco, deu uma coletiva à imprensa

Para esclarecer a Operação Deseduca da Polícia Federal
Prefeito eleito Valmir Climaco

O prefeito eleito Valmir Climaco retornou no final da manhã hoje de Brasília, seguindo do aeroporto para o diretório do PMDB, onde concedeu entrevista coletiva à imprensa local, a qual estava inicialmente marcada para amanhã, sexta-feira, às dez horas. Ele falou a respeito da operação Deseduca, da Polícia Federal, que resultou na apreensão de documentos, na prisão de uma pessoa, e na condução de outras para prestar depoimento. Houve muitos boatos pelas redes sociais dando conta de que Valmir teria sido preso, o que nunca aconteceu, tendo ele se apresentado espontaneamente à PF em Brasília.

“Em primeiro lugar, todo mundo, no município de Itaituba sabe que eu estava para Brasília. Fui tratar das emendas parlamentares, já que o prazo para apresentação terminou no dia 22 de outubro. Lá, recebi um telefonema terça-feira (25/10) pela parte da manhã, por volta das sete horas, informando que a Polícia Federal estava na minha residência. Chegaram lá em casa, chamaram meu filho, que estava só em casa, pois a Solange (esposa) estava viajando, e os policiais queriam falar comigo. 

Havia uma ordem judicial para fazer busca e apreensão de uma documentação. O Valmir Filho disse que eu estava para Brasília, tendo pedido para ligar para mim. Em seguida eu conversei com o delegado (que chefiava a operação), o qual pediu que eu fosse até a sede da Polícia Federal em Brasília. Eu disse que assim faria. Como eu só tinha compromisso após as 10 horas, às 9 horas eu fui lá. Fui ouvido por um delegado, na companhia de um advogado nosso, de Belém, Dr. Mailton Ferreira.

As perguntas do delegado foram em cima disso que se fala desde que eu saí do governo, em 31 de dezembro de 2012, que eu teria pago R$ 658 mil da obra de uma creche em Moraes Almeida. Eu nunca paguei esse dinheiro e isso já foi comprovado. Eu vi as fotos que eu não sei quem divulgou, se foi a Polícia Federal, ou se foi alguém, de uma escola. É bom que se diga que em Moraes Almeida tem duas escolas com o mesmo nome, sendo uma grande e uma pequena. A grande, tem dezesseis salas de aula, uma quadra, e a medição que foi feita foi da quadra grande.

Quando chegou em 2013, em que a atual prefeita (Eliene Nunes) assumiu, ela mudou o nome da escola grande, tendo deixado o nome (César Almeida) na escola pequena. Então, se alguém pegar hoje a documentação, vai ver que a obra licitada teria sido na escola pequena, em vez de ser no local correto. Quero deixar bem claro que nunca foi feita nenhuma medição de obra na escola pequena.

Por ocasião da mudança do governo (de Valmir para Eliene), em 2013, a atual administração cancelou os contratos com as empresas que estavam fazendo a obra, não dando oportunidade para ser feito um levantamento completo da obra, com as duas partes. Se havia alguma dúvida, era só ela chamar a administração anterior e a empresa que estava fazendo a obra para checar a medição feita, porque não se pode fazer justiça ouvindo apenas uma parte. Nunca fui chamado para tratar desse assunto.

Eu deixei, somente das quadras, R$ 2 milhões em conta, que a própria prefeita confirmou em março de 2013. Isso, todos os canais de TV tem. O que eles (o atual governo) fizeram? Cancelaram os contratos da empresa que estava fazendo a obra; tem BO (Boletim de Ocorrência) feito na Delegacia, tendo sido levada a Polícia para retirar a empresa que estava trabalhando, respaldada por um contrato. 

Não pagaram a medição do que tinha sido feito, mas não tinha sido ainda pago; cancelaram o contrato, fizeram um laudo supercriminoso, incriminando a mim e minha família, como uma quadrilha que desviava dinheiro público. Nós estamos provando, e vamos provar tudo na Justiça, que não temos nada a ver com isso. Se alguém cometeu algum crime, foi a atual administração. Por quê? Porque tirou o contrato que foi feito após uma licitação e deu para os seus aliados políticos”, afirmou o prefeito eleito.

A imprensa perguntou a Valmir Climaco, o que ele tinha a dizer a respeito das acusações sobre um saque de mais de R$ 500 mil, que teria sido feito no dia 31 de dezembro de 2012, último dia de seu governo. Ele explicou o que houve.

“O meu mandato foi até meia-noite do dia 31 dezembro de 2012, conforme a lei. E eu não paguei nada no último dia. A medição que eu paguei foi no dia 28 de dezembro. Por que eu paguei no dia 28? Porque a medição tinha sido feita há dias; o controle interno da prefeitura pode provar isso. A medição foi feita pelos técnicos da prefeitura e a lei não proíbe o pagamento de contas nos últimos dias de governo. Paguei dia 28 de dezembro porque foi naquele dia que o dinheiro entrou na conta. Então, não havia como ter pagado antes. E por que eu não paguei a medição das quadras, já que o dinheiro chegou também no dia de dezembro de 2012? 

Não paguei, porque as medições não estavam prontas! Ficou para o novo governo pagar, e a empresa apresentou as medições depois do dia 2 de janeiro de 2013. O estranho foi terem cancelado as obras e entregar para os aliados políticos da prefeita. Foi para o Paulo Gilson, que era aliado dela, para o Fernando, que também era aliado e para a família D’Almeida, do grupo dela.


Ao assumir o governo eu vou fazer diferente. Quando eu tomar posse, em 1º de janeiro do ano que vem, as obras que estiverem sendo feitas, não vou chamar somente um engenheiro do meu lado para fazer laudo. Vou chamar um engenheiro da nossa administração e outro da administração atual para visitar as obras e fazer o que tiver que ser feito. É dessa forma que vamos trabalhar”, finalizou Valmir.

Fonte: Blog do Jota Parente, 27/10/2016

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