sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Uma análise da sessão intinerante da ALEPA, em Itaituba

Ontem, de manhã, perguntei a alguns participantes o que ficou de positivo da sessão itinerante da Assembléia Legislativa para Itaituba e a resposta foi quase nada. Sessão essa realizada em 19/08/2015.

Estive no local da sessão e vi o distanciamento da realidade dos parlamentares para nossa realidade. Eles têm tudo de bom e melhor, em todas as sessões, na sede ou fora dela, enquanto nossa vida está cada vez mais dificil. Teve até sobrevoo de helicóptero, com razante, sobre o local da sessão. 

Depois, assisti no "Focalizando" o comentário de Weliton Lima onde ele destacou que foi uma pena os nossos representantes não apresentarem nenhum projeto de lei com real relevância para o município e região.

Os deputados Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta, que representam nossa região, praticamente não disseram nada. Ambos têm uma forte ligação com o governo Jatene e a princípio, até aqui, fazem vista grossa a inoperância do executivo estadual, poder que deveriam fiscalizar, conforme preceitua a Constituição. Obras do governo estadual estão paralizadas ou muito devagar, aditivos de milhões de reais  e nenhuma manifestação dos parlamentares e se há, não sabemos.

Por outro lado, enquanto o governo sempre manteve distância das vontades da região do Tapajós, os dois deputados, têm pouca afinidade com os interesses da sociedade tapajoara. Portanto, não havia uma grande expectativa com relação a realização dessa sessão itinerante.

Perguntei ao prefeito de Novo Progresso qual o saldo da sessão itinerante e ele respondeu-me que só Itaituba ganhou. Ganhou em que?

Os prefeitos que compareceram tiveram suas presenças registradas, mas certamente poderiam ter sido convidados a uma reunião específica com os deputados para apresentarem suas demandas, seus reclames, suas decepções. Eles são gestores e sabem muito bem das dificuldades que vivem no dia-a-dia. Só que isso não aconteceu. 

Por outro lado, os prefeitos já sabem que de cada 100 reais repassados ao município, 90 reais vem do Governo federal. Portanto, o Governo do Estado, tem pouca serventia no contexto, além de que o investimento percentualmente superior ocorre em outras regiões com maior densidade eleitoral.

Aproveitando a deixa, é de se estranhar que esses parlamentares citados não fizeram qualquer defesa em favor dos professores estaduais, quando os mesmos têm descontos mensais dos dias parados durante greve recente, parcelados em dez vezes, quando tal desconto fere de morte o que pensa o Supremo, para o qual o salário é tido como verba alimentar. Registre-se que têm professores passando necessidades e deixando de honrar compromissos financeiros assumidos, por conta do desconto indevido. Não se pode descontar dias parados quando os mesmos terão que ser repostos por conta da obrigatoriedade de cumprimento do calendário letivo estabelecido em lei federal.


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