sábado, 22 de agosto de 2015

Polícia Federal está no encalço da prefeita de Bom Jardim/MA. Lidiane Leite fugiu

Lá a coisa é séria
Lidiane Leite, prefeita foragida de Bom Jardim/MA, ostentava boa vida

Com Lidiane Leite (PP) foragida da Polícia Federal (PF), o Município de Bom Jardim (MA) ficou sem ninguém à frente da prefeitura. Segundo o presidente da Câmara Municipal Aarão Silva, a vice-prefeita Malrinete Gralhadas (PPS) não pode assumir o cargo até que haja o afastamento da prefeita. Os vereadores estão impedidos de realizar votação por causa de uma cautelar obtida por Lidiane na Justiça que proíbe a câmara, que já a afastou duas vezes, de realizar novo processo.

Agora, só a Justiça poderá suspender a cautelar ou determinar novo afastamento da prefeita, que já foi afastada três vezes. Na primeira vez, em abril de 2014, ela foi afastada pelo prazo de 30 dias após denúncias de improbidade administrativa e retornou ao cargo em 72 horas, depois de obter liminar na Justiça.

Na segunda, o juiz Raul Goulart Júnior determinou o afastamento da prefeita pelo período de 180 dias, em dezembro de 2014, após ela ter descumprido decisão judicial que a condenava a regularizar as aulas, a merenda e o transporte na rede municipal de ensino. A liminar teria sido suspensa pelo Tribunal de Justiça do Maranhão em 48 horas.

A Operação Éden da Polícia Federal reforçou a vigilância em aeroportos e rodoviárias para capturar Lidiane, considerada foragida desde quinta-feira (20), quando foi deflagrada a operação que investiga denúncias de desvios de verbas da educação no Município.

Foram presos o ex-secretário de Agricultura, Antônio Gomes da Silva, conhecido como "Antônio Cesarino", e de Assuntos Políticos, Humberto Dantas dos Santos, conhecido como Beto Rocha, que seria ex-namorado da prefeita.
Ex-secretários municipais presos pela PF (Foto: Reprodução / TV Mirante)

Esquema

A polícia investiga transferências de cerca de R$ 1 mil realizadas da conta da prefeitura para a conta pessoal de Lidiane que chegam a R$ 40 mil em um ano. Também foram feitas transferências para o advogado da prefeitura, Danilo Mohana, que somam mais de R$ 200 mil em pouco mais de um ano.

Além da prefeita, secretários, ex-secretários e empresários também estão sendo investigados por causa de irregularidades encontradas em contratos firmados com "empresas-fantasmas". Houve duas licitações para reformar 13 escolas, pelas quais a "Zabar Produções" obteve R$ 1,3 milhão e a "Ecolimp" recebeu R$ 1,8 milhão. Nenhuma das empresas foi encontrada.

Em 2013, a prefeitura firmou contrato com 16 agricultores para o fornecimento de merenda escolar nas escolas municipais, pelos quais cada agricultor receberia em média R$ 18 mil por ano. Os agricultores afirmaram que não receberam os pagamentos.

Fonte: Rastilho de Pólvora, 22/08/2015

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