domingo, 14 de junho de 2015

Denúncias de falsificação de documentos e venda de casas no Programa Minha Casa Minha Vida, em Itaituba

Os envolvidos têm que ser penalizados, para que não fique a sensação de que o crime compensa
Uma das denunciante de irregularidades na distribuição de casas populares 

Em sessão da Câmara Municipal de Itaituba, para dar continuidade aos trabalhos da CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, além dos vereadores interessados, estavam os gerentes da Caixa Econômica Federal, Jorge Luiz e Murilo, pessoas interessadas em receber casas populares através do Programa Minha Minha Vida, do Governo Federal, a advogada Nayà Fonseca e o procurador Ricardo, representando a Prefeitura e diversos representantes de entidades e manifestantes. 

Na pauta do dia, irregularidades na distribuição de casas populares do Residencial Wirland Freire, do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, em parceria com a Prefeitura de Itaituba e a Caixa Econômica Federal

A Caixa esclareceu que de todos os cadastros o banco só recebeu 1.300 inscritos e que a responsabilidade de fazer a inscrição, triagem e seleção é da Prefeitura, através da Diretoria de habitação. 

A Caixa também explicou que o Programa reserva 3% das casas populares para deficientes e idosos, além de que oficializado o contrato, o contemplado não pode vender, nem alugar, pois isso caracteriza que o mesmo não precisava do imóvel.
Mesa constituída por autoridades foi sabatinada sobre casas populares

No decorrer da audiência também ocorreram denúncias sobre irregularidades no Residencial Vale do Piracanã, também construído com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, que têm muitas casas alugadas, fechadas e até vendidas.


Mas o fato que mais chamou a atenção na audiência foi a denuncia de uma mulher de nome Milla, que de súbito adentrou o plenário e disse que estava ali para fazer uma denuúncia grave. A denunciante disse que não tinha filhos e que foi orientada por Márcia, que trabalhava na SEMDAS, a falsificar a certidão de nascimento de uma criança para que o mesmo se passasse por seu filho e assim foi feito com um sobrinho. Mostrando documento da Caixa, Milla provou que comprou a casa através de fraudes. Segundo a denunciante, Márcia, além de orientar a falsificação de documentos também teria atuado como vendedora de várias casas. Após a denuncia a mulher foi retirada rapidamente do plenário por assessores da prefeita. A denúncia é muito grave e se espera que haja uma investigação por parte das autoridades responsáveis.  A denúncia se refere à cadastros de 2013 na gestão da prefeita Eliene Nunes. 


O vereador João Paulo, do PT, disse que não abre mão de provar que o governo pratica fraudes

A audiência terminou com a assinatura de um documento aonde se comprometeram em fazer o adiamento da entrega das casas até que seja refeito o trabalho de triagem e seleção dos cadastrados  e se cumpra rigorosamente o que determina o programa que subsidia casas para a população carente.

Com informações e fotos do blog do Nazareno Santos, 13/06/2015

Nenhum comentário: