sábado, 21 de março de 2015

Educação no Pará deve entrar em greve a partir de quarta-feira que vem

Deliberação de greve tomada em Assembléia Geral       Foto do site do Sintepp

Em assembleia geral na manhã desta sexta-feira (20), realizada na quadra da EE. Cordeiro de Farias, em Belém, os trabalhadores em educação da Rede Estadual de ensino aprovaram GREVE em resposta a ameaça do Governo do Pará, de reduzir salários e pelo fato de está efetuando o pagamento do Piso Nacional da Educação.

Após o esclarecimento da Coordenação Estadual do Sintepp quanto a sequência de tentativas de negociação junto ao governo para o cumprimento do acordo da última greve e a pauta de reivindicação da categoria, os educadores externalizaram sua indignação.
Professores de Santarém também decidiram grevar para pressionar o governo

Também foi informado que a posição do governo é manter o sistema de lotação que vem sendo implantado, lotação de 150h, contrariando o que foi acordado com o Sintepp.

Os municípios presentes apontaram o panorama da educação em suas localidades e demonstraram para o início imediato da greve, para garantia do pagamento do piso, reforma das escolas, segurança, gestão democrática, PCCR unificado e ajustes da portaria de lotação.

Na segunda e terça-feira (23 e 24.03) nossa categoria permanecerá nas escolas, pois além de cumprir o prazo legal de 72 horas para a comunicação oficial do início do movimento, serão realizadas reuniões com a comunidade e também organizará a greve por distritos e subsedes. A partir do dia 25.03 (quarta-feira) as aulas serão suspensas, até que o governo cumpra o que nós exigimos.

Veja as reivindicações da categoria:
  1. Cumprimento do Acordo de greve firmado em juízo;
  2. Cumprimento do PCCR.
  3. Cumprimento das 200 h/aulas sem redução de turma/salário como critério para lotação;
  4. Eleições diretas para direção de escolas;
  5. Merenda escolar;
  6. Lotação dos especialistas em educação levando som conta os níveis de ensino ofertados (fund., médio e EJA) e turno e considerar a hora aula dos docentes que já fazem parte do grupo magistério e 1/3 da carga horária para organizar as ações pedagógicas;
  7. Lotação de 2015, assegurando a jornada, destinando no mínimo 1/3 de hora atividade de acordo com a lei do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público; 
  8. Lotação de 2015 com base na lotação de 2014; 
  9. Lotação por jornada, assegurando as aulas suplementares de acordo com a lei aprovada;
  10. Reajuste do vale alimentação, com base no maior valor pago hoje, bem como a sua manutenção do vale alimentação no período de licença;
  11. Reajuste da gratificação de diretores, vices e Secretários;
  12. Reformular a portaria de lotação, incluindo como critério para lotação o local do concurso público prestado;
  13. Reforma e construção de escolas, bem como a Conclusão das obras paralisadas de construção e reformas de escolas;
  14. Concurso público para o preenchimento de vagas nas áreas de: sociologia, inglês, filosofia, espanhol, física, química, biologia e artes;
  15. Pagamento das perdas históricas; 
  16. Pagamento de salário família; 
  17. Pagamento do Pasep, 
  18. Pagamento do Piso Salarial retroativo a janeiro/2015 
  19. Pagamento do retroativo da mudança do percentual de hora atividade de 2014, tal qual firmado em acordo judicial; 
  20. Pagamento do recesso com o novo piso;
Segundo lideranças do Sintepp, na busca por um consenso foram incontáveis, no entanto alternativa do governo primeiro foi de ignorar o sindicato, em seguida partiu para a manipulação de informações.

Depois de só receber o Sintepp em 16.03, o secretário de educação, Helenilson Pontes, que foi vice governador na gestão passada, alegou estar arrumando a gestão. O fruto desta reunião foi uma ata adulterada, com informações que não condiziam com o negociado com o sindicato. Por isso o Sintepp devolveu a ata e solicitou as alterações.

A categoria chega ao seu limite no momento que recebe da Seduc a orientação de que nenhum professor poderá extrapolar as 150h e diante de mais um engodo quanto ao pagamento do piso nacional. O governo sinaliza que apresentará uma data a partir de 15 de abril. Enquanto isso padeceremos com redução salarial. Isso é inaceitável!

Acompanhe a AGENDA DA GREVE aprovada na assembleia:

23.03 (segunda-feira), faz reunião com a comunidade

24.03 (terça-feira), O Sintepp fará reuniões por distrito e subsedes, às 16h., nos seguintes 
locais: Daico/Daout: EE. Palmira Gabriel, Dasac: EE. Graziela de Freitas, Daent: EE. Cordeiro de Farias, Damos: EE. Nonato Filgueiras, Dagua: EE. Brigadeiro Fontenelle, Dabel: EE. Deodoro de Mendonça, Daben: EE. Raimundo Viana

25/03 (quarta-feira)   Assembleia geral, às 9h, Praça da Leitura (São Brás)

26.03 (quinta-feira), Ato público, às 9h, concentração Praça da República.

Observe como ficam as perdas remuneratórias a partir da proposta de Jatene/Helenilson com a imposição da jornada de 150h.

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