sábado, 21 de fevereiro de 2015

Prefeita não apresenta proposta e SINTEPP deflagra greve na educação de Itaituba

Professores dão cartão vermelho para gestão de Eliene Nunes, em Itaituba

Pessoal da educação dá cartão
 vermelho para Eliene
Após inúmeras reuniões frustradas, na tentativa de estabelecer um entendimento quanto a sua campanha salarial 2015 e outros temas atinentes a educação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, SINTEPP decidiu radicalizar. 

A gota d’água foi não apresentação de propostas da secretária Uzalda Miranda que ignorou os demais itens da pauta do Sindicato e concedeu readequação do piso de 5% para Ensino médio e ainda desconsiderando o pessoal de apoio.

Nos cinco encontros entre sindicalistas e governo a ladainha do lado de lá foi sempre a mesma, o Município não tem dinheiro, gastou mais do que arrecadou só com folha de pagamentos em relação ao Fundeb.

Para tentar forçar uma negociação o Sintepp promoveu na manhã de quinta-feira, dia 19, um ato publico em frente à Semed, com faixas,cartazes e carro de som.

Celso Noronha, que compõe a coordenação do Sindicato, disse que a Prefeita foi categórica em demonstrar má vontade e desrespeito para com a categoria ao afirmar que não tem dinheiro e que não tem nenhuma proposta de negociação e que não quer o dialogo.

O Sindicato tem exigindo documentos com números que comprovem de que forma o Município vem gastando o que arrecada, tanto das verbas carimbadas quanto da arrecadação própria mas não houve resposta.

Na contramão do processo, a prefeitura que que o SINTEPP prove que o município tem dinheiro e assim, negociará com a entidade.

Professores vestiram preto simbolizando
 luto pela morte da educação
Nem sequer o piso que sempre foi pago pelas gestões anteriores foi levado em consideração pelo governo. Representando o Sindsaúde que também está se mobilizando para garantir aumento e outros direitos, o professor Felipe Gomes disse que a Prefeita anunciou redução de 10% na folha e depois anunciou que aumentaria 10% sem deixar claro as questões, o que para o sindicalista demonstra falta de compromisso e transparência com a coisa pública.

Nas negociações, técnicos do governo usaram como referência para negar pedido de aumento, o impacto causado pela folha do mês de outubro do ano passado, considerando, também, o programa Mais educação.

Protesto ocorreu nas ruas da cidade
Suely Souza criticou o governo que alega falta de dinheiro, lembrando que nesses dois anos a prefeita Eliene Nunes não construiu nenhuma escola, tendo como única obra municipal a reforma da Praça do Congresso que se encontra abandonada. Trabalhando apenas com verba federal, no caso dos ginásios poliesportivos e outras obras que mesmo assim estão inacabadas.

A sindicalista questiona o destino da arrecadação própria do Município e critica as condições desumanas a que professores são submetidos na escola Águia do Saber, já existindo denúncias no MP para fechamento da mesma.

Suely ironizou o fato de exatamente uma educadora estar massacrando a categoria, reiterando suas críticas a quem antes pregava direitos e hoje está negando direitos, numa alusão a Eliene Nunes que é professora e que se tornou a maior decepção da história política de Itaituba.

Os coordenadores foram unânimes em afirmar que o governo vem tentando enganar a categoria, apresentando números fantasiosos que não expressam a realidade financeira do Município, dizendo que não tem dinheiro para reajustar o salário do pessoal da educação. 

Professor Paulo Sérgio teceu críticas afirmando que quase 98% dos professores votaram na Prefeita, mas assegura que agora eles estão revoltados e estão aderindo em peso a greve. 

Outros professores contestaram a Semed ter obrigado educadores a irem para salas de aula aos sábados vendo nisso falta de planejamento. Rebatendo o argumento da Prefeita e da Secretária de Educação sobre a falta de dinheiro, professores questionam que a Prefeita repassou dinheiro para a Câmara dando direito a cada Vereador contratar mais dois assessores e não tem recursos para negociar com a categoria.

Após a reunião relâmpago com a Secretária, os professores saíram pelas ruas principais protestando contra o que consideram total descaso para com a educação do Município.

Em seguida o Sintepp promoveu durante a manhã e tarde de quinta-feira, uma assembléia aonde por aprovação unânimes foi deflagrada a greve, comunicada de imediato à Prefeita, Secretária de Educação e diretores de escolas, através de oficio como manda a lei que seja feito 72 horas antes.

Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos

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