segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O mercado do voto

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma pesquisa sobre as eleições de 2014 que revelou um dado perigoso para a democracia: 28% dos eleitores entrevistados afirmaram ter testemunhado ou tomado conhecimento de compra de votos. A sondagem foi realizada pela Checon Pesquisa/Borghi Lowe e está disponível no portal da Corte.

De acordo com o levantamento por estado, Roraima é considerado o mais crítico do país, com 71% de percepção de compra de votos. O Rio de Janeiro aparece com 23%, enquanto São Paulo e Minas Gerais somam 22% cada um. Estados do Norte e Nordeste (com exceção do Piauí) estão acima da média. Rio Grande do Sul é o menor, com 18%.

Circulam pela internet diversas fotos e vídeos que pressupõem a compra de votos. No Rio de Janeiro, por exemplo, um vídeo mostra o “piquete” de um grupo de pessoas que acusava a campanha do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) de não pagá-los. A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio também apura outras denúncias.


Políticos não são os únicos culpados nessa relação promíscua. Se há quem compra votos é porque existem os que vendem. O eleitor consciente jamais poderia trocar seu direito de escolha por qualquer benefício material, como dinheiro, jogo de camisa, botijão de gás ou churrasco. O voto é uma decisão que envolve o futuro de todos.

Fonte: www.marcospereira.com

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