quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

6 pontos do seu currículo que saltam aos olhos do recrutador


Currículo: olhar do recrutador se fixa mais nos dois ou três últimos empregos do candidato

São Paulo - Diante de uma pilha gigante de currículos, um recrutador tem duas opções: ler todos, integralmente, ou “pinçar” as informações principais de cada um para decidir se ele merece, ou não, uma leitura mais atenta.

A maioria opta, claro, pela segunda estratégia. “Eles precisam ganhar tempo, então a primeira coisa que fazem é caçar falhas que permitam eliminar um currículo”, diz Paulo Dias, diretor de recrutamento da Stato.

De acordo com Rafael Souto, presidente da consultoria Produtive, essa análise prévia não costuma demorar mais do que 30 segundos. “É o suficiente para ele montar a imagem da pessoa, decidir se vale a pena continuar a leitura”, diz.

Mas, com tão pouco tempo para fisgar a atenção do recrutador, como garantir que as informações mais importantes sobre você não ficarão invisíveis?

O primeiro passo é saber quais pontos se destacam, logo de cara, em um CV.

Embora essa resposta dependa de muitas variáveis, como o grau de senioridade da vaga, é possível pensar em alguns itens "universais", segundo Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH.

Veja a seguir seis desses pontos que se sobressaem em currículos de todas as fases, de acordo com os três recrutadores ouvidos por EXAME.com:

1. Momento atual
“A leitura sempre parte do presente”, afirma Dias. Por isso, o seu cargo atual - ou o mais recente, se você estiver sem emprego - deve estar em destaque. 

Souto explica que, embora as experiências passadas sejam importantes, os últimos cinco anos da trajetória profissional são os mais visíveis. “Os dois ou três empregos mais recentes são os que o recrutador olha primeiro”, diz.

2. Apresentação
Seu currículo é limpo, conciso e bem organizado no espaço da página? A qualidade formal do documento, na opinião de Karpat, é uma das primeiras mensagens captadas pelo avaliador.

Nessa pré-análise, textos mal escritos, erros de português e formatação confusa dificilmente passam impunes. “Falhas, de forma geral, chamam muito a atenção”, afirma.

3 . Nomes “fortes” 
Se a sua formação acadêmica inclui universidades de ponta, vale a pena apresentar essa informação da forma mais explícita possível. “Instituições fortes sempre saltam aos olhos”, afirma Souto.

O mesmo vale para empresas famosas no mercado. Se há nomes desconhecidos entre os seus empregadores, a dica de Souto é compensar o fato com uma descrição do seu ramo de atuação e outros dados, como faturamento anual e número de funcionários. “Isso ajuda a situar o recrutador e impedir que ele tire conclusões equivocadas sobre a empresa”, diz ele.

4. Mudanças de trajetória
Segundo Karpat, é comum que um currículo seja observado de forma panorâmica, para que sejam captados padrões na trajetória do candidato. “Num primeiro olhar, você já consegue perceber se é um profissional 'pula-pula', que não fica mais de alguns meses num emprego”, afirma.

De forma geral, lacunas temporais, mudanças, promoções e outros episódios da sua trajetória serão observados imediatamente - e é bom estar pronto para explicá-los de forma consistente numa eventual entrevista.

5. Proximidade geográfica
Pode parecer irrelevante, mas o seu endereço residencial tem chance de ser um dos primeiros dados checados no seu CV. “É uma forma de avaliar a viabilidade da contratação, em muitos casos”, afirma Dias.

O critério geográfico não serve só para eliminar candidatos que moram em cidades distantes da sede da empresa. “Sobretudo em grandes metrópoles, o recrutador pode preferir um profissional que não demore muitas horas para chegar ao trabalho”, diz Karpat.

6. Palavras-chave
Em sua leitura dinâmica, os olhos do recrutador podem procurar no seu currículo alguns termos específicos da vaga que ele precisa preencher.

Vai se candidatar a uma oportunidade na área de tecnologia? É melhor que termos ligados à sua área, como HTML, CSS ou WordPress, por exemplo, sejam mencionados. “Algumas palavras-chave precisam estar lá, para facilitar uma identificação rápida”, diz Souto.

Fonte: Revista Exame, 27/01/14

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