quarta-feira, 14 de maio de 2014

Revolta, medo e insegurança em Jacareacanga

Jacareacanga - Sem sombra de duvida, que o jogo do empurra-empurra, faz de conta, descaso das instituições MEC, FUNAI, SEDUC, fizeram alguns indígenas, que reivindicam a contratação de 70 (setenta) professores indígenas, que não puderam mais ser aproveitados e por consequência desligados da Secretaria Municipal de Educação, puramente para que fosse obedecida regras estabelecidas na Lei de Diretrizes e Base da Educação, como disse, fizeram com que um pequeno grupo de indígenas inconformado com a situação, se excedesse em suas reivindicações e de forma exagerada e inaceitável ao protestarem pela ausência de atitude dessas instituições que conhecem a problemática e nada resolvem, resolveram para chamar a atenção, causar pânico na Casa dos Professores em transito pelo município ateando fogo, que foi logo debelado por populares. O incêndio não se consumou.
 
Por contrariar a LDB e dispostos na Lei de Responsabilidade Fiscal, o prefeito de Jacareacanga sentiu-se impedido de contratar ou manter o vinculo de trabalho de 70 professores, concorrendo para que os aldeamentos indígenas sofressem sérios prejuízos que vão desde a subtração da economia de 100 mil reais mensalmente, que dá sustentabilidade econômica a aproximadamente a 300 famílias, e se exclui das salas de aula quase 600 alunos. Levando em consideração esse prejuízo nas comunidades indígenas, através da Secretaria de Educação o Gestor municipal determinou exaustivas reuniões com os indígenas e lideranças, para que buscassem junto às instituições responsáveis (Funai, Seduc, Mec) pela resolução de um curso a nível de ensino médio que garantiria em 4 anos e que já somam 7 um curso profissionalizante para habilitar seus alunos a lecionarem contratados pela Secretaria de Educação do Município. Raulien Queiróz mesmo, determinado a prevenir reação dos indígenas comandou pessoalmente de forma oficial contatos com esses atores da educação, e ainda com o Ministério Publico Federal, Ministério Publico Federal do Trabalho, Sexta Câmara do MPF em Brasília, para que achassem uma solução e autorizassem obedecendo as formalidades legais a Prefeitura continuar contratando os professores indígenas, coisa que até o momento nada foi resolvido.

O MEC nada diz, a SEDUC emudeceu, a FUNAI de Brasília provoca o jogo do empurra-empurra, dizendo em determinado momento que a culpa é de um depois de outro e não assume a sua verdadeira responsabilidade que era de coordenar o caduco curso, que por estar inconcluso provoca toda essa celeuma impedindo da Prefeitura de contratar, e essa, Funai que faz de conta que trabalha em defesa dos indígenas, não apresenta sequer articulação com essas instituições para que assumam suas responsabilidades, e se chegue a um denominador comum que é a formação de seus alunos para que adquiram formação mínima para serem contratados.

Há tensão no seio da sociedade local, onde se teme que haja conflitos, já que existe concentração de muitos indígenas na Aldeia Sai Cinza, participando do sobredito curso, entretanto é justo confirmar que a grande maioria do Povo Munduruku não concorda com essa ação radical realizada, e consideram que o dialogo responsável seria a solução para o problema e uma ação urgente entre as adormecidas FUNAI, SEDUC e MEC.
 
Fonte: Blog do Valter Tertulino, 13/05/14

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