sábado, 15 de fevereiro de 2014

Contratos de R$ 1,26 bilhão iniciam fase de montagem da UHE Belo Monte


Ezau Bezerra, Francisco Codina, Moto Kamoshima, Duilio Figueiredo, Elias Herrmann e Welington Ferreira, reunidos em Belo Monte

A construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte ingressa em uma nova etapa. Na quinta-feira (13/02), em Brasília (DF), a Norte Energia firmou dois contratos que somados importam em cerca de R$ 1,26 bilhão, sendo um com o Consórcio Engevix Engenharia/Engevix Construções/Toyo Setal e outro com a empresa Andritz Hydro Inepar para a montagem eletromecânica de aproximadamente 141.000 toneladas de equipamentos nos Sítios Belo Monte e Pimental, onde serão instaladas, respectivamente, as Casas de Força Principal e a Casa de Força Complementar do empreendimento.

“A Montagem Eletromecânica é o último dos grandes contratos da Usina Belo Monte, uma vez que as obras civis e a fabricação dos equipamentos eletromecânicos já estão contratados” afirma Duílio Diniz Figueiredo, diretor presidente da Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte.

Na Casa de Força principal, que terá 18 turbinas, a montagem eletromecânica se estenderá até dezembro de 2018, quando estará concluída a montagem da última turbina. No pico dos serviços serão gerados 2.071 empregos diretos sendo 1.295 em Belo Monte e 776 em Pimental.

A preparação para a montagem eletromecânica já está em andamento. Na semana passada chegaram aos canteiros de Belo Monte e Pimental 1,6 mil toneladas de equipamentos, descarregados na Estação de Transbordo de Cargas de Vitória do Xingu.

AVANÇO NAS OBRAS

A assinatura dos contratos entre o Consórcio Engevix Engenharia/Engevix Construções/Toyo Setal para Belo Monte e com a empresa Andritz Hydro Inepar é parte do cronograma de implantação da UHE Belo Monte. O último levantamento aponta mais de 45% das obras civis estão concluídas. Até agora foram usados mais de um milhão de metros cúbicos de concreto, 120 mil toneladas de cimento e 22 mil toneladas de aço. Até 2019, ano em que 24ª turbina entrará em operação comercial, terão sido aplicados mais de 3 milhões de metros cúbicos de concreto.

JUSTIÇA APROVA ESTUDOS AMBIENTAIS DE BELO MONTE

Beleza do Rio Xingu

“A validação dos Estudos de Impacto Ambiental no rio Bacajá reitera que as obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte cumprem rigorosamente a legislação ambiental em vigor e estão comprometidas com a conservação da fauna e da flora e povos tradicionais da região do Xingu.” A afirmação é do diretor presidente da Norte Energia, Duílio Diniz Figueiredo, acerca da decisão da 9ª Vara Federal do Pará que reconhece que área do entorno do empreendimento já foi analisada e a análise contempla aspectos ambientais e socioeconômicos.

Duílio ressalta que o amplo estudo sobre a região do rio Bacajá ocorreu entre 2010 e 2012, sendo acompanhados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) através de relatórios encaminhados pela Norte Energia. Em 2013, os resultados e conclusões foram apresentados ao órgão indigenista e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As análises sobre desmatamento e pressões provocadas pelo ser humano na região incluíram a Terra Indígena Trincheira Bacajá.

“Todos os aspectos técnicos foram exaustivamente discutidos e questionados pelas equipes técnicas de ambos os órgãos, ocasião em que todas as dúvidas foram esclarecidas pela equipe técnica da Norte Energia”, destaca o presidente da Norte Energia. “A decisão da Justiça reconhece que Belo Monte é um empreendimento comprometido com a conservação da flora e da fauna no Xingu, além de respeitar os povos tradicionais da floresta, como os indígenas que moram na Trincheira Bacajá.”

A decisão da 9ª Vara Federal do Pará destacou que a Norte Energia cumpriu todas as medidas cabíveis para assegurar a validade das obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Foram acatados os argumentos da Advocacia-Geral da União e negou-se o pedido do Ministério Público Federal (MPF) de paralisar as obras do empreendimento até a realização de estudos complementares e a inclusão de medidas compensatórias na área do Rio Bacajá e da Terra Indígena Trincheira-Bacajá.

Fonte: RG 15/O Impacto e Anderson Araújo, 15/02/14

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