domingo, 12 de janeiro de 2014

Pesquisa afirma que cafeína pode ajudar cérebro a fixar memórias



Amantes de uma boa xícara de café acabam de ganhar mais um argumento em favor dessa bebida. Isso porque um estudo conduzido por pesquisadores das Universidades Johns Hopkins e da Califórnia, ambas nos Estados Unidos, confere à cafeína a propriedade de consolidar memórias no cérebro.

A descoberta é destaque em edição do periódico científico Nature Neuroscience publicada neste domingo (12).

A atuação da cafeína como fixador de memórias foi identificada por meio de experimentos que envolveram 100 pessoas.

No primeiro experimento, os participantes assistiram à uma exibição de imagens. Logo após a tarefa, metade deles ingeriu uma pílula com 200 miligramas de cafeína, enquanto os outros 50 participantes ingeriram uma pílula inócua, sem nenhuma substância (um placebo).

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No dia seguinte à exibição das primeiras imagens, ocorreu mais um experimento: dessa vez, os 100 participantes assistiram a mais uma exibição de imagens. Só que nessa etapa, as imagens vistas no dia anterior apareceram misturadas a novas imagens.

Os participantes, então, tinham de classificar as imagens que viam como "novas", "velhas" ou "semelhantes às primeiras fotos vistas".

O desempenho dos 100 voluntários mostrou aos cientistas que aqueles que haviam ingerido a pílula de cafeína tinham mais capacidade de apontar com exatidão quais imagens haviam de fato sido vistas no dia anterior (as "velhas") e quais apenas se pareciam com as que já tinham sido vistas.

Já os participantes que tomaram o placebo tendiam a apontar de forma errada as imagens, dizendo que as fotos parecidas eram as que haviam sido vistas no primeiro experimento.

A pesquisa afirma que antes de garantir que a cafeína seja capaz de consolidar memórias serão necessários mais testes.

Segundo o texto do estudo, doses inferiores a 200 miligramas de cafeína não surtiram o mesmo efeito. A cafeína também não ajudou a consolidar memórias quando ingerida apenas uma hora após a aplicação do primeiro teste.

A forma como o café é preparado pode fazer diferença na saúde

VERDADE: dois conhecidos elementos químicos dos grãos do café, o cafestol e o caveol, elevam os níveis de colesterol e LDL no sangue, mas são removidos em parte com a água quente. O que a água não consegue eliminar fica retido no coador de papel ou em filtros. Mas os elementos permanecem no café feito com coador de pano, no expresso e no de estilo francês, por exemplo. "Outro ponto a ser observado é a cor do pó de café, que deve ser marrom claro (cor de chocolate), pois o pó que é muito escuro indica que o café foi submetido a altas temperaturas por tempo prolongado, podendo perder suas substâncias benéficas ao organismo", aponta Tatiane Muniz de Oliveira, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.
 
Fonte: Folhapress, 12,01/14
 
 

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