segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

especialistas recomendam cautela no mercado de imóveis

Os preços tendem a se manter nos mesmos patamares de 2013 ou até mesmo cair em algumas cidades


A compra da casa própria é um sonho difícil de ser realizado. E, nos últimos anos, quem observou o mercado pensou bem antes de se aventurar. Os preços dos imóveis sofreram uma grande escalada em todo o país, sobretudo no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal — desde 2010, a média nacional acumulada de reajuste foi de 67%, segundo levantamento da revista britânica The Economist. Esse movimento, porém, começa a mudar, com o setor passando por um processo de acomodação. Por isso, quem tem interesse em adquirir ou em vender um bem desse tipo deve se atentar a quesitos como o desempenho do mercado de trabalho, do ganho salarial e da oferta de crédito.

Pelo Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados, em 2013, o valor médio do metro quadrado no país cresceu 13,7% — segundo The Economist, de 23 países analisados, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos no ranking das maiores correções. Apesar disso, os preços de imóveis em Brasília, por exemplo — que tradicionalmente foram influenciados pela especulação —, tiveram o menor aumento entre 16 cidades brasileiras pesquisadas pelo FipeZap: 4,2%, o único resultado abaixo da média nacional. Diante desse cenário, o que se pode perceber é que será difícil lucrar com transações de compra e venda em 2014.

Crise
Os preços tendem a se manter nos mesmos patamares de 2013 ou até mesmo cair em algumas cidades. “Os investimentos em ativos reais servem muito mais como segurança e como proteção do que para ganhar dinheiro. Não são indicados em tempos de crise e de instabilidade monetária”, adverte o economista Alex Agostini, da Austin Rating. Ele ressalta ainda que quem pretende adquirir esse tipo de bem para alugar deve repensar a estratégia. “O retorno deve ficar abaixo do esperado. O salário do trabalhador crescerá menos e o inquilino dificilmente suportará altos percentuais de reajuste.” Nesse caso, a dica é esperar 2015 chegar.

Fonte: Correio Braziliense, 13/01/2014 

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