quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Brasil precisa de uma nova lei de imprensa!

Franklin Martins, defende a regulação do setor

Já está na hora do Brasil ter uma lei de imprensa semelhante a dos EUA e a da Europa que, inclusive, já querem revê-la para torná-la ainda mais democrática. Por que aqui não?

A imprensa brasileira se constituiu, ao longo do tempo, num poderoso monopólio que derrubou presidentes e facilitou a chegada de outros ao poder. É um grupo que ficou conhecido como o 4° poder, depois do executivo, legislativo de judiciário e está vinculado aos interesses do grande capital internacional , dos especuladores da bolsa de Wall Street, da City e de Londres.

Essas organizações publicam toda sorte de baixezas, corrompem os jovens, incitam ao sexo precoce, projetam grandes eventos "musicais" à céu aberto, onde bandas de guitarristas drogados levam os jovens à loucura. Não se ouve da parte deles reprovação a esses encontros danosos à saúde física e psíquica dos jovens, prisioneiros da propaganda ardilosa, multicolorida e sedutora.

É difícil, hoje, nesse contexto dominado pelos grandes meios de comunicação, educar um jovem no Brasil. Ele está cercado de toda sorte de atrações sedutoras, apelando para seus instintos mais primitivos e básicos.

A má vontade dos diários conservadores paulistas e cariocas, cristaliza-se de forma a evidenciar, segundo analistas políticos, a existência de um cartel formado com o objetivo de atuar como um partido político não convencional.

Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, editou um projeto-de-lei que determina parâmetros para que a concentração de poder neste segmento, no país, não seja alvo de novos escândalos, como aquele noticiado pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, que aponta a existência, no Brasil, de 30 berlusconis, referindo-se ao capo da mídia italiana.

Segundo o relatório da RSF, divulgado na semana passada, o Brasil é “o país dos 30 Berlusconis”, numa crítica à concentração dos veículos de comunicação do país em poucas mãos. “O Brasil apresenta um nível de concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu território e a extrema diversidade de sua sociedade civil”, analisa a ONG de defesa da liberdade de imprensa. “O colosso parece ter permanecido impávido no que diz respeito ao pluralismo, um quarto de século depois da volta da democracia”, destaca a RSF.

O relatório foi composto após visitas de membros da ONG a Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o RSF, “a topografia midiática do país que vai receber a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 pouco mudou nas três décadas que sucederam a ditadura militar de 1964-1985″. O documento destaca que as 10 maiores companhias de mídia do país estão baseadas em São Paulo ou Rio de Janeiro, o que “enfraquece a mídia regional”.

“A independência editorial da mídia impressa e transmitida e minada pela pesada dependência de propaganda do governo e suas agências”, analisa o relatório, que destaca que, em 2012, houve 11 jornalistas mortos no país. Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no Brasil é a figura do magnata da imprensa, que “está na origem da grande dependência da mídia em relação aos centros de poder”. “Dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massas”, lamenta a RSF.

Portanto, o Brasil precisa, urgentemente, ter uma lei que regulamente a existência da sua imprensa, dos grandes veículos de comunicação e que a elaboração desta lei envolva todas as partes interessadas.

Um País que avança na construção e consolidação de um projeto de desenvolvimento que represente os interesses da maioria de seu povo não pode se tornar refém de uma imprensa que caminha na direção oposta.

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