Essa foi uma constatação que ficou mais clara para mim a partir de ontem. Viajei, ontem a tarde para o município de Capanema que fica a cerca de 160 km de Belém. No percurso passamos por Ananideua, Santa Maria, Santa Izabel, Castanhal e finalmente chegamos a Capanema. No total oito municpios.
Na região do Tapajós, quem viaja de Itaituba em direção ao Estado do Amazonas, pela BR 230, a rodovia Transamazônica, só depois de 400 km chega a primeira cidade, Jacareacanga. Na direção oposta, vai para Rurópolis, que fica a 150 km de distância de Itaituba. Saindo de Itaituba, pela Rodovia Transamazônica, depois entrando na Rodovia Cuiabá Santarém, em direção ao Mato Grosso, a primeira cidade, Trairão, fica a 80 km, a segunda, Novo Progresso, fica a 400 km distante de Itaituba.
Em síntese, as cidades ficam muito distantes uma das outras se compararmos com outras regiões do nosso próprio Estado, imagine se compararmos, com outros estados brasileiros de regiões mais desenvolvidas.
Sem falar na deturpação geográfica que o distrito de Castelo de Sonhos, município de Altamira, representa. Para chegar a cidade de Altamira, por rodovia, Cuiabá Santarém e depois Transamazônica, é preciso atravessar uns 8 municípios,viajando mais de mil quilômetros. Outra situação de deturpação geográfica é Moraes Almeida, distrito pertencente ao município de Itaituba. Você sai da Cidade de Itaituba, viaja 80 km e chega a Trairão, percorre mais 120 km e de novo você está no município de Itaituba, percorre mais 120 km e, então entra no município de Novo Progresso.
Essa duas localidades, preenchem todas as condições legais para sua emancipação. Creio que, também, Miritituba e Campo Verde tenham condições de se emancipar. Divinópolis, a 70 km de Itaituba, se não tem , caminha para isso. A emancipação dessas localidades, aproxima suas populações da administração municipal, do poder legislativo e consequentemente do próprio Estado, que obrigatoriamente, passa também a ser presente no espaço emancipado.
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